Intenções Secretas
N/A – Mais uma vez, obrigada a todos que comentaram.
Capítulo Onze – Agradável Progresso
Sonora acordou, sentindo-se bem e verdadeiramente descansada pela primeira vez em algum tempo. Ela se esticou um pouco e então seu cérebro registrou o fato de que estava em sua própria cama. Franziu a testa. Por que aquilo não parecia certo...?
Em séries de flashes, ela se lembrou dos eventos da madrugada passada, e ela se sentou depressa, os olhos imediatamente abertos. Ela estava só em seu quarto, aninhada entre suas cobertas, seu robe posto com cuidado na ponta da cama e sua bengala apoiada contra a parede onde ela geralmente a colocava.
Sonora olhou fixamente sua bengala. Tinha sido apenas um sonho, então? Tinha sua mente exausta criado uma imagem de Severus em sua cadeira, os braços à volta dela? Balançou a cabeça em descrédito. Aquilo parecera tão real...
Determinadamente, ela jogou as cobertas para o lado e pegou sua bengala e sua varinha. A camisola caindo delicadamente sobre ela, atravessou rapidamente o quarto, abrindo a porta para seu escritório e entrando. Fez uma parada, entretanto, quando bateu os olhos em sua mesa.
Suas notas continuavam sobre a mesa, em duas pilhas ao acaso.
Sonora ficou observando, e então olhou para sua cadeira. O tamborete estava mais uma vez sob a mesa e a cadeira arrumada em seu lugar costumeiro. Ela começou a sorrir. Mas suas notas estavam ainda sobre sua escrivaninha.
Cuidadosamente, ela foi rapidamente até a mesa e misturou as folhas em apenas uma pilha, antes de bater de leve nela com sua varinha, murmurando "desaparetus". As palavras surtiram seu efeito, deixando as páginas em branco, e em seguida ela trancou-as na gaveta em segurança. Ela teria que se lembrar de não deixá-las soltas por aí de novo, mesmo que não houvesse perigo ali. Sonora sorriu. Ela estivera muito bem distraída no início daquela manhã.
Tarefa cumprida, ela se virou novamente para a porta fechada do escritório. Desta vez foi com uma certa apreensão que ela caminhou em direção a ela. Assim que sua mão tocou a fechadura, ela pensou ter ouvido um caldeirão borbulhando e franziu a testa.
Ela empurrou a porta para que se abrisse e viu um caldeirão simples borbulhando a fogo baixo. Próximo ao caldeirão, esparramado em sua cadeira e parecendo ter acabado de cair no sono, estava o homem que ela procurava. Sonora simplesmente ficou parada, observando-o.
Sua face perdia umas poucas linhas enquanto dormia, ela pensou. Ele parecia mais jovem, relaxado. Seus deviam estar sendo felizes, julgando pelo modo como os cantos de sua boca estavam ligeiramente erguidos. Ele tomara banho e pusera vestes limpas, e não havia nenhum traço de lama ou sangue dos quais ela se lembrava, de mais cedo.
Enquanto ela o assistia dormir, um calor subindo por dentro dela, o caldeirão deu um pequeno estalo e ele acordou. Seus olhos se abriram e, pela primeira vez, Sonora teve o raro privilégio de ver Severus sem aquela guarda atenta em seus olhos.
"Bom dia", ele disse em voz baixa, enquanto a observava. Seu olhar era escuro e brilhante e mandou uma onda de advertência rasgando dentro dela.
Ela sentiu um rubor subindo até suas bochechas. "Bom dia", ela disse suavemente em retorno.
Ele se levantou lentamente se sua cadeira e ela foi surpreendida novamente pela constatação de como ele era alto. "Você dormiu bem?", ele perguntou.
Sonora sorriu para Severus, quase sofrendo por dentro pela maravilhosamente familiar força dele. "De fato", ela disse, dando dois passos na direção dele sem parar para pensar.
Aparentemente era por aquilo que ele estava esperando porque em duas largas passadas ele eliminou a distância que ainda existia entre os dois e trancou- a fortemente em seus braços, os lábios procurando e então encontrando os dela. Sonora se rendeu sob a força do corpo dele pressionando contra ela e a beijando num delírio de prazer. Ela não sabia como, precisamente, chamar aquilo que ela estava sentindo, mas certamente ela sabia o que fazer com aquela emoção.
Os lábios dele finalmente deixaram os dela instantes depois e ela ergueu os olhos para ele, uma expressão pasma em seus olhos. Ele abraçou-a fortemente contra si, de algum modo erguendo-a do chão. Severus olhou seriamente para ela. "Eu estava com medo...", ele começou.
Sonora balançou a cabeça, sentindo um sorriso se formando de novo em seu rosto. "Hah. Você não foi o único que acordou e se perguntou se a coisa toda não tinha sido só um sonho.", ela disse, humor em sua voz. Ela se sentia como se cantasse, como se dançasse.
Ele riu, e aninhou a cabeça dela sob seu queixo, segurando-a contra ele enquanto ele deixava que a perna dela escorregasse até tocar o chão novamente, suas mãos quentes através do fino tecido da camisola que ela vestia, seus dedos brincando com algumas mechas soltas de seu cabelo. Eles ficaram daquele jeito por um longo e satisfeito momento antes que Severus subitamente recuasse. "Você não se importa que eu te toque?", ele perguntou, uma súbita discrição em sua voz.
Sonora olhou embasbacada para ele. "O quê, você está louco?", ela disse.
A sombra estava de volta, insinuada nos olhos dele. "Eu... Você procurou por mim noite passada", ele disse. "Deixe-me abraçá-la." Olhou de relance para seus lábios. "Eu pensei que você se sentiria diferente à luz do dia."
Sonora bufou e recuou ligeiramente para se aconchegar nele. "Em primeiro lugar, estamos numa masmorra sangrenta. Não HÁ luz do dia aqui embaixo." Ela era recompensada pela sensação do tórax dele contra seu queixo, como se ele estivesse segurando um riso. "Em segundo lugar, que débil mental você pensa que eu sou? Como seu eu fosse me transformar subitamente em outra pessoa todas as noites."
O queixo dele tocou fracamente o topo da cabeça dela antes que desse um passo repentino para trás, segurando as mãos dela firmemente nas suas. "Sonora, ninguém me disse o que você fez noite passada. Eu..." ele desviou o olhar. "Ninguém nunca precisou de mim antes."
Sonora estudou o perfil dele, tocada por saber que seus gestos significavam tanto para ele. "Severus", ela disse numa voz gentil. "Não pe porque ninguém tenha feito isso antes que ninguém nunca faria." Sorriu. "Ninguém nunca precisou de mim antes, também."
Ele tornou a olhar para ela subitamente ao ouvir isso. "Ninguém?", disse, em descrédito.
Sonora balançou a cabeça. "Eu era... calma na escola. Eu passava com os meus livros a maior parte do tempo aqui. E depois, quando eu me formei e comecei a trabalhar, passava a maior parte totalmente sozinha." Seus olhos encontraram os dele. "E ninguém me disse o que você fez a mim, também."
As mãos dele apertaram as dela. "Eu me disponho a fazer isto", disse calmamente, suas palavras soando como uma promessa.
"Assim como eu me disponho por voc", ela disse seriamente.
Ele ficou parado olhando para ela por um longo momento, antes de balançar a cabeça em espanto. "Eu não sei como fazê-lo", disse. Sonora olhou-o interrogativamente. Ele ergueu sua mão e um pouco desajeitadamente pressionou os dedos dela contra seus lábios. "Com voc", ele esclareceu-se.
Sonora sorriu, tocada pela maravilhosa franqueza dele. Virou sua mão dentro da dele e tocou seu rosto. "Nós dividimos ansiedades e preocupações", disse a ele. "Nós nos voltamos um ao outro por ajuda, por cura, por conforto." Os dedos dele apertaram os dela de novo. "Eu lhe asseguro, Severus, não há preço a ser pago pela minha preocupação, pela amizade. No seu caso, é apenas seu."
Seus olhos escureceram enquanto ela falava, mas agora ele baixou a cabeça e muito gentilmente, muito reverentemente, beijou-a nos lábios. "Vou fazer disso um tesouro.", disse seriamente.
Sonora sorriu. "Eu sei", ela disse.
Não acabaria restando a eles um só outro estado emocional naquele dia, e então como conseqüência Sonora fez seu caminho de volta aos seus aposentos para tomar banho e se vestir. Severus observara-a sair, em parte desejando que ela ficasse naquela atraente e bem reveladora camisola. Ele estava rapidamente se tornando extremamente aficionado por aquela peça de roupa.
Deixou escapar um suspiro quando a porta se fechou atrás dela. Ela apenas dera aqueles poucos passos em sua direção, a face cheia de avidez e esperança e todo o seu cuidado, toda a sua prudência cuidadosamente planejada voara pela janela. Ele precisava dela, admitiu para si mesmo. Longe de isso ser bom para ela, e mais longe ainda de ser bom para ele. Severus estremeceu com o pensamento de alguém descobrindo sua nova fraqueza e voltando-se então para Sonora.
Ele recuou para checar as fracas luzes ainda emitidas pelo caldeirão ainda em atividade. Não dera tanto quanto ele esperara que fosse servir, mas ele não ia se prender a detalhes. Ele estava curvado sobre o caldeirão, mexendo com cuidado quando ela ressurgiu.
"O que está fazendo?", ela perguntou, curiosamente.
Ele baixou a tampa sobre o topo do caldeirão e abafou um pouco as chamas antes de se virar e encará-la. Um curioso sorriso em seus lábios, surpreendentemente calmo em sua aparência. "Você ver", ele disse.
Sonora lançou-lhe um cuidadoso mas provocador olhar. "Você não está planejando me deixar roxa, está?", perguntou.
Severus riu. "Você ainda pareceria encantadora, tenho certeza", disse, observando os olhos dela se iluminarem com o elogio. Ele segurou uma de suas mãos, querendo aquele toque com ele o máximo que pudesse. "Venha. Vamos almoçar."
Os dois sabiam que teriam que ser discretos perto dos outros, então os períodos do jantar agora não tinham mais aqueles fracos toques a que ela acabara se acostumando. Severus parecia ter um eterno desejo ardente de contato físico. Sonora suspeitava que isso fosse parte do que ele a contara antes. Ninguém nunca precisara dele antes, ninguém nunca o quisera antes. E agora ela o queria, e sentia como se, de algum modo, estivesse alimentando uma parte dele que correra perigo de murchar e morrer.
E ela sentia sua coragem e força aumentarem cada vez que ele se aproximava. Dúvidas sobre o seu trabalho, seus alunos ou o futuro caíam por terra sempre que as mãos dele tocavam as dela. Sua mente e coração tornavam-se mais fortes cada vez que os dois faziam companhia um ao outro. E seu corpo, bem, cada vez que ele a beijava ou a tomava nos braços, ela sentia espiralar dentro uma dela uma onda de calor e prazer. Ele ainda não tentara levá-la para a cama, mas Sonora não dava importância a isso. Ela estava contente de saborear o que eles tinham naquele momento. Mais cedo ou mais tarde, eles aprofundariam seu relacionamento, ela pensou. Era inevitável, ainda mais quando os dois desejavam aquilo tão intensamente.
Os alunos começaram a se perguntar sobre o comportamento do Professor Snape conforme os dias se passavam. Ele não gritara muito, não zombava muito deles ao menos. Até olhara com aprovação para um dos alunos.
Então não foi uma surpresa completa quando bateram à porta de Sonora numa noite qualquer, e ela ergueu os olhos para encontrar o diretor sorrindo para ela.
"Professor Dumbledore!", ela disse espantada, pegando sua bengala para se levantar. "Que surpresa vê-lo aqui embaixo!"
Dumbledore entrou, os olhos piscando alegremente enquanto acenava para que ela continuasse sentada. "Não agora, minha querida, fique onde você está. Eu apenas desci até aqui para ver como andam as coisas nas masmorras."
Sonora riu e olhou o velho homem à sua frente. "Oh, veio, é?", perguntou.
Dumbledore sentou-se em uma das cadeiras perto de uma escada mais comumente usada por estudantes. "Como você está se dando com Severus?", ele perguntou. Sonora imediatamente enrubesceu, incapaz de parar o processo, sabendo que estava sendo observada por olhos azuis. Dumbledore sorriu. "Foi o que eu pensei", ele disse.
Sonora suspirou. "Eu tentei ser discreta.", disse, como se pedisse desculpas. "Eu sei que é um risco para ele, e..."
Dumbledore balançou a cabeça. "Você me entendeu mal, minha querida. Eu não poderia estar mais feliz, por ambos os dois". Sorriu para ela, compreensivo. "Por algum tempo, andei preocupado com Severus. Ele tem se tornado mais e mais amargo, mais raivoso, sentindo-se mais culpado, conforme os anos passaram. Recentemente, em particular, ele tem se culpado por coisas que ele nunca poderia prevenir."
Sonora escutou. "Pensei que talvez você pudesse ser uma resposta", ele disse com uma piscadela.
Sonora sentiu o queixo cair. "Você nos juntou?", perguntou, em descrédito.
Dumbledore umedeceu os lábios. "Vamos dizer que eu apenas esperei que acontecesse mais do que planejamentos de trabalho entre vocês dois.", ele sorriu.
Sonora olhou para ele, embasbacada, e depois rolou os olhos. "De qualquer modo, por que eu não estou surpresa?", disse para o teto. Olhou de volta para o diretor. "É um homem sorrateiro, Professor."
Os olhos dele brilharam mais forte que antes. "Pois claro", ele disse. Tornou-se solene então. "Tenho em segundo propósito nessa minha visita a você.", disse. "Como está se saindo o jovem Sr. Malfoy?"
Sonora ficou igualmente séria, pensando nas duas últimas noites que passara com o garoto. Ele mal dizia palavra sequer, nunca chegando com pontualidade. Seu rosto estivera estreito e cansado, mas ele ainda cumpria com habilidade cada tarefa que ela dava a ele. "Draco é... um garoto difícil." Disse. "Tem estado tão disposto, cumpriu todas as tarefas com obediência e calma. Em aula, seu comportamento é tão exemplar a ponto de ser quase assustador." Balançou a cabeça. "Sei que ele também andou tento muitos problemas com os outros alunos."
Dumbledore suspirou. "Sim. Os termos de seu período experimental fazem com que seja simples transformá-lo num alvo alheio", disse. "E, infelizmente, Draco tem absorvido toda a repercussão disso sozinho. Existem muitos alunos mesmo felizes por vê-lo tão para baixo assim."
Sonora assentiu. "Eu estava me perguntando, entretanto...", ela começou. Dumbledore ergueu as sobrancelhas quando ela hesitou. "O Sr. Potter", ela finalmente disse. "Eu me pergunto se ele não seria a solução para aqueles problemas."
O diretor olhou-a pensativamente. "Continue", ele disse.
"Eu tenho distribuído os alunos em pares das aulas." Sonora disse. "Coloco sempre o Sr. Malfoy junto do Sr. Potter. Eu não ousaria fazer isso antes, porque alguém poderia acabar estando propenso a ficar sem algumas partes de seu corpo. Mas agora que Draco nada pode fazer..." Franziu a testa. "O Sr. Potter tem me dado a impressão de que realmente não é ele quem começa essas confusões."
Dumbledore pareceu considerar suas palavras. "Acredito que sua interpretação de Harry é muito boa", ele disse. "Não sei o quanto você sabe sobre ele..." Ele ergueu as sobrancelhas de novo, hesitante. Sonora balançou a cabeça. "Ah, bem, ele foi criado por trouxas, e passou todos os anos antes de chegar a Hogwarts sendo alvo de pena, até por ele mesmo. Em algumas crianças, isso pode acabar criando uma violência e uma sede de vingança, mas Harry tem um coração grande demais."
"Sua idéia pode soar muito bem, Sonora", disse Dumbledore, olhando-a atentamente. "Os dois garotos nunca vão gostar um do outro, mas eles podem aprender a trabalhar juntos. E onde Harry Potter vai, os outros alunos tendem a dar suas sugestões."
"O Sr. Malfoy também parece ter um dom natural com Poções", Sonora disse. "E espero que ele seja capaz de usar essa habilidade para me ajudar na minha pesquisa."
Dumbledore assentiu. "Logo serão os feriados de inverno, e eu já pedi a Lucius Malfoy que o deixe passar este tempo aqui. Mesmo que Lucius não seja exatamente um fã meu", Dumbledore deu um sorriso irônico, "creio que ele veja o fato do garoto ficar aqui como uma maneira para ficar de olho em mim e nas minhas atividades".
Sonora olhou-o. "Então espero que eu possa fazer algum progresso com ele", disse, pensando no futuro. Ela poria Draco pra trabalhar, lendo sobre Poções e Significação. Então ela tentaria usar essas tarefas em sua pesquisa nos feriados.
"Assim como eu", Dumbledore disse e enrubesceu. Logo em seguida ouviram o som da porta da sala de aula se abrindo e o barulho de rápidos e firmes passos entrando. Sonora resistiu ao ímpeto de estremecer ao olhar alegre que despontou nos olhos do diretor. Dumbledore deveria gostar muito de Severus, ela pensou tristemente, mas não devia ter humor suficiente para tolerar suas provocações o tempo todo.
"Sonora, você..." Severus começou a perguntar antes de aparecer de todo no batente da porta. "Ah... Diretor." Sonora olhou-o atentamente com espanto. Ele estava vermelho? "Que surpresa vê-lo aqui em baixo."
Dumbledore piscou ao Professor de Poções. "Nem tanto, Severus, eu simplesmente desci para conversar com a Professora Stone."
Os olhos de Severus relancearam em Sonora mas logo desviaram. "Devo perguntar sobre o quê?", ele disse, soando um pouco tenso.
Sonora foi incapaz de resistir. Ele estava parecendo tenso demais com a situação toda, e então soltou aquele ácido senso de humor que usava para controlar qualquer cena. "Noites de amor", ela deixou escapar. E então começou a rir sem parar, vendo seu rosto emudecer e à beira do pânico.
"Oh, querido", ela disse, quase às lágrimas, "Severus, se você pudesse ver a sua cara..." Dumbledore segurava o rosto com uma mão, para esconder seu próprio riso, segundo ela suspeitava.
Severus pareceu se controlar e olhou muito inquieto para Dumbledore, enquanto a própria Sonora tentava parar de rir. "Diretor", ele disse incerto. Sonora abriu bem os olhos, sabendo que ela deveria ser mais compreensiva, mas tinha sido incapaz de se controlar sob a expressão de seu amante. Bem. Não-Totalmente-Amante.
Dumbledore limpou a garganta antes de olhar para o homem mais jovem. "Severus, isso muito me agrada. Verdade", ele disse. Olhou seriamente para o outro. "Você tem precisado de alguém para você há algum tempo, e você tem precisado também de carinho em retorno." Deu um tapinha nas costas de Severus. "Sei que posso contar com os dois para o máximo da discrição..."
"Você pode", disse Severus, soando como se estivesse sendo estrangulado. E lançou um olhar a Sonora que, aliás, soltou o riso dela novamente.
"Bem, então eu vou indo", Dumbledore disse, soando divertido. "Boa noite para os dois."
Sonora girou os olhos de novo, e suspirou quando a porta da sala se fechou atrás do diretor, deixando apenas Severus, ainda muito ruborizado diante da porta. Ela sorriu radiante para ele. "Sim, Severus?", disse.
Ele abriu a boca para falar mas ela se viu pega pela lembrança de como ele parecera há poucos instantes. "Noite de amor", ela conseguiu dizer, enquanto ele a encarava, com uma expressão muito aborrecida.
Severus rolou os olhos, realmente rolou os olhos, antes de chegar mais perto de ergueu o corpo dela de sua cadeira. Sonora escapou uma exclamação entre seu riso quando foi posta de frente para ele, quando ele a olhou de onde estava, abraçando-a contra si.
"Então você pensou que isso é divertido, não é?", ele grunhiu enquanto virava o rosto ainda sorridente dela para si.
"Absolutamente", ela disse e riu de novo.
Ele deu um relutante sorriso para ela. "Espere", disse ele. "A vingança será doce."
Sonora apertou-o mais ainda. "Vou prestar bastante atenção nisso", disse.
