Ms. CE - Obrigada! Espero que você continue lendo, continue gostando e acima de tudo alimentando meu ego. sorrisos
Kurtfan - Aw... Aquilo foi estresse demais pra você? analisando cuidadosamente seus olhos estreitos Talvez esse capítulo faça você se sentir melhor, não vejo como você possa chamar aquele final como se ele fosse um verdadeiro penhasco. Fofo sim, suportável não.
Shahrezad1 - Sim, eu gosto do Lupin também. Eu tinha pensado numa participação maior para ele, mas isso acabaria com meu grande plano. Lol. Oh, mas não diga que Severus está ficando "melhor". Afinal de contas, assim ele não seria mais o sórdido mestre de poções que todas nós conhecemos e amamos.
Lenore e Mademoiselle Morte - Leiam! Aproveitem! E arrumem para si mesmas um pouco e chocolate e um docinho para ter algum, aham... divertimento. Como o nosso casal em andamento, acho que seria fantástico ter uma companhia para essas longas noites de inverno... Heh heh heh.
Capítulo Quinze - Celebrações
Sonora sentou-se no enfeitado Salão Principal, no meio de todas as decorações de férias e estudantes sorridentes e estava depressiva. Algo estava errado com Severus. O banquete estava delicioso, os professores estavam todos sorrindo e mastigando ruidosamente o pudim de ameixa e vários biscoitos de açúcar. Mas ela estava imóvel mexendo com a comida porque o grande idiota fora pra longe dela, desviara seu olhar e se recusara sequer a olhar pra ela. E, que droga, ela ainda não tinha a menor idéia do porquê.
Como Remus a escoltara até a sala dos professores, seus olhos estiveram um pouco perspicazes demais, e sua voz um pouco gentil demais para que ela fingisse que ele não entendia o que estava acontecendo. Ele desaparecera por um tempo mais tarde, e ela não o vira desde então.
E agora, ela estava ali, sentada com um dos seus vestidos favoritos, observando os alunos rirem e conversarem nas pequenas mesas espalhadas pelo salão enquanto terminavam seu banquete. Dumbledore se levantou naquele momento e de algum modo conseguiu fazer o salão inteiro cair em silêncio profundo.
"Vocês trabalharam duro esse semestre, e agora deixem-me convidá-los a relaxar", ele disse com um sorriso. Com essas palavras, as mesas desapareceram e o Salão Principal tornou-se limpo enquanto os alunos perdiam de vez sua comida. De um canto do salão, a música começou a tocar. Sonora não conhecia nenhuma das canções mas claramente viu que os alunos conheciam quando começaram a encher a pista de dança. Ela sorriu um pouco, saudosamente, sabendo que aquilo era o máximo de diversão que ela teria.
Algumas músicas depois, uma sombra larga apareceu perto dela e Sonora ergueu os olhos de seu assento para ver Hagrid sorrindo para ela. "Estava me perguntando se não quer dançar, Professora", ele disse, o rosto parecendo um pouco rosado.
Sonora engasgou por um segundo e sentiu um ímpeto de alegria que afastou definitivamente sua expressão triste. "Oh, eu adoraria, Hagrid!", ela exclamou, esquecendo por um momento de sua perna, pulando da cadeira. Ela estremeceu um pouco e então se lembrou. "Mas eu não sei como posso conseguir", ela admitiu com um suspiro, fazendo menção de sentar-se novamente.
Hagrid se abaixou e segurou a mão dela com a sua. "Não se preocupe", ele disse, alegremente. "Não vou deixá-la cair." E então, antes que Sonora pudesse suspirar de novo, ele a estava levando na direção da massa de estudantes e ela estava rindo.
Hagrid cumpriu sua palavra e seu braço era forte o suficiente para sustentá-la. Obviamente, Hagrid era grande o bastante e ela podia simplesmente deixá-lo carregá-la por ali, Sonora pensou impressionada enquanto eles giravam e rodopiavam pelo chão. Ela reconheceu os rostos dos alunos, e sorriu para eles enquanto a observavam, alegres e surpresos.
Ela estava ofegando um pouco quando Hagrid a depositou de volta a sua cadeira. "Obrigado", ele disse, como se estivesse a ponto de enrubescer outra vez. "Não são muitas senhoras que aceitam dançar um pouco com alguém do meu tamanho."
Sonora inclinou-se para trás, de modo a olhar para o rosto do homem e riu. "Hagrid, volte para dançarmos um pouco mais logo que quiser", ela disse a ele, e o outro piscou.
"Não pense que eu não voltarei!", ele disse, antes de se afastar.
Sonora mal teve tempo de respirar antes que um ruivo alto de sorriso malicioso aparecesse diante dela. "Professora Stone", ele disse, sorrindo afetado.
Sonora olhou-o, impressionada. "Sr. Weasley", disse, não totalmente certa de qual dos gêmeos era aquele e dando-se conta de que provavelmente isso não importava.
O sorriso dele aumentou. "Sou o Fred", ele disse e então fez uma reverência bem elaborada. "Posso convidá-la para dançar?"
Sonora ergueu uma sobrancelha, definitivamente surpresa com a fala do rapaz. "Acha que agüenta comigo?", ela perguntou secamente.
O Sr. Weasley flexionou os braços. "Sim, senhora, acredito que sim", ele disse, estendendo uma mão. Sonora riu e segurou-a enquanto ele a ajudava a se levantar.
"Então vamos l", ela disse.
Severus ficou sob as sombras de um canto distante do Salão Principal enquanto Sonora era conduzida pela pista de dança por outro maluco e alegre do sexo masculino. Desta vez era o Professor Flitwick, cuja altura ia até os ombros dela, mas ainda parecia alegre e feliz, ajudando-a a se manter em pé. Ele observou-a dançar com alunos e professores até que a música terminasse, e depois ficou observando-a voltar para sua cadeira, do outro lado do salão.
Daquela vez foi Dumbledore quem se aproximou dela, sua longa barba branca sobre suas longas vestes escuras, que davam a impressão de refletir a luz sob a qual se encontrava. Severus notou vagamente que o tecido parecia ter estrelas voando displicentemente, pra cima e para baixo. Ele assistiu de seu lugar sombrio enquanto Sonora sorria suavemente para o diretor e segurava sua mão estendida.
Aquela música era de longe muito mais lenta do que as outras, e Severus teve muito tempo para deixar seus olhos sobre as formas delicadas de Sonora, que usava vestes de um tom rico de vinho. A cor parecia fazer o dourado pálido de sua pele brilhar mais do que o usual, e ele se descobriu imaginando-a soltando seus cabelos em cascata sobre a seda.
Dumbledore estava dizendo alguma coisa, ele percebeu, e Sonora erguia os olhos, aqueles maravilhosos olhos escuros que refletiam as chamas de todas as velas do local. Desejou estar ali na pista de dança com ela, abraçando-a e observando seus olhos se iluminarem e suavizarem ao vê-lo. Então ele fechou suas mãos em punhos. Ele não podia arriscá-la daquele jeito. Ele nem tinha certeza se poderia mesmo ter subido até ali, para começo de conversa.
Severus se escondeu mais ainda em seu canto escuro. Era àquele lugar que ele pertencia, às trevas. E ela... Ela merecia estar no meio de toda aquela alegria e sorrisos, com a luz refletida em seus cabelos e seus olhos.
E então Dumbledore se inclinou para beijá-la no rosto e deixou-a ir, e Severus observou, confuso, enquanto Sonora se virava para ir embora. A música não estava terminada, tinha apenas começado, e ela estava saindo? E então ele percebeu que ela estava caminhando diretamente na direção dele.
Seu coração pareceu tremer em seu peito enquanto a observava vindo até ele, sozinha também, como seu trouxesse a luz junto consigo. Ele se perguntou se o resto do salão não veria que ela possuía um brilho próprio entre as outras pessoas. Como eles podiam não perceber?
Seus punhos estavam fechados e sua respiração acelerada enquanto ela parava diante dele. Ergueu os olhos e fitou-o com aqueles limpos olhos escuros e ele se deixou cair novamente. "Oi", ela disse, simplesmente.
Severus apenas encarou-a, vendo o calor e a suavidade que estavam logo ali apenas quando ela olhava para ele. Deus, como ele poderia ignorar aquilo? Ele temia que se o fizesse, não haveria nada restante em seu mundo para o qual retornar. Nada para evitar que ele se afogasse na escuridão na qual ele era sempre forçado a mergulhar.
Ela sorriu para ele, com um pequeno traço de incerteza, e então estendeu uma mão. "Vem comigo?" pediu. Sem nenhum pensamento, Severus segurou a mão dela para logo depois olhar em volta para ver se alguém os tinha percebido. Seus olhos encontraram os de Dumbledore, do lado oposto do salão, e ele poderia jurar que o velho homem piscara para ele.
Sonora estava puxando-o e ele a seguiu, como um cordeiro manso, até um pequeno balcão. O frio ar da noite alcançou-os, transformando suas nuvenzinhas brancas de vapor. A música do baile atingia-os até ali onde estavam.
Ela parou e virou-se para olhar para ele. Baixando os olhos, Severus percebeu que ela estava nervosa. "Dança comigo?", ela perguntou, os olhos fixos nele, cheios de esperança e luz.
Severus engoliu seu impulso e meramente chegou mais perto. Ela veio tão facilmente, tão voluntariamente para os seus braços que até o modo como ela se aconchegou nele machucou seu coração. Lentamente, tendo certeza de que estava sustentando com segurança todo o peso dela, eles começaram a se mover, balançando se acordo com o ritmo lento da música. Seus corpos se aproximaram e Severus podia sentir seu coração martelando dentro do peito, Ele fechou os olhos, com medo de despertar e ver que estava sonhando.
A música finalmente fechou ao fim, mas eles ficaram ali parados por mais um tempo. Sonora parecia relutante em deixá-lo ir, e Severus não estava com a menor vontade de se mexer. Finalmente, ele percebeu que ela deveria estar com frio, usando apenas aquele fino vestido de seda, e verdade seja dita, o frio atravessava até mesmo suas vestes pesadas.
Relutantemente, ele se afastou. Levantou um braço e ergueu o queixo dela na direção do dele. "Obrigado pela dança", ele disse suavemente.
Ela sorriu daquele jeito maravilhoso de novo. "Obrigada por dançar comigo", ela disse. Enrubesceu um pouco, e seus olhos pousaram no queixo dele. "Eu sei que você esteve perturbado por alguma coisa mais cedo, e eu estava com um pouco de medo..."
"Sonora", ele interrompeu, não querendo que ela se preocupado com algo que não era realmente seu problema. "Você mesma disse, sou um velho mal-humorado e excêntrico."
O sorriso dela voltou por um momento na escuridão. "Não sei se essas foram exatamente as palavras que eu usei", disse.
Ele riu um pouco antes de ficar sério novamente. "Eu sou. Não sou uma pessoa terrivelmente boa, e algumas pessoas não hesitarão em contar a você, sou um homem horrível". Ela bateu no peito dele, frustrada, e ele riu de novo, tocado pelo modo como ela se recusava a enxergá-lo como o resto do mundo fazia. "Mas eu prometo", disse ele, a voz baixando, " Eu prometo que nunca lhe machucarei, e nunca deixarei que façam isso se estiver em minhas mãos impedi-lo".
Enquanto ele a olhava, seus olhos brilharam na luz fria da noite, e então uma única lágrima escorreu por sua bochecha. "Ninguém nunca disse algo tão lindo para mim", ele sussurrou e então balançou a cabeça. "E eu o prometo, Severus. Prometo a mesma coisa."
Abraçando-a como se ela fosse algum tesouro feito de um cristal valioso e delicado, ele inclinou sua cabeça e tocou os lábios dela com os seus, sentindo um fogo e um desejo começarem a queimar dentro dele. Mas ele tinha outra tarefa aquela noite.
Inclinando-se de volta, ele levou uma mão dentro de seus bolsos e dali tirou uma longa corrente. "Tenho algo para voc", ele disse calmamente.
Os olhos dela arregalaram-se enquanto ele erguia o objeto. Uma garrafinha de cristal estava pendurada na delgada corrente de ouro, e continha um líquido rosa pálido.
"O que é isso?", ela perguntou, observando o adorno.
Ele pressionou seus lábios juntos e balançou a cabeça enquanto colocava cuidadosamente a corrente em volta do pescoço dela. Aquela não era a hora para contar a ela. Talvez algum dia, talvez quando a escuridão já tivesse sido dissipada... "Apenas algo", finalmente disse. "Explicarei outra hora. Apenas quero que me prometa que sempre irá usá-lo."
Os olhos dela se encheram de lágrimas de novo, e ela fungou. Um som nada romântico, mas que ainda fez com que o coração dele acelerasse. "Não vou tirá-lo.", ela disse. "É lindo."
Ele olhou o pequeno frasco, jazendo contra a curva dos seios dela e sacudiu a cabeça. "Não. Você é linda", ele disse roucamente, e então ergueu a garrafinha e jogou-a para trás das vestes dela, onde poderia ficar mais discreta. Deixou uma mão ali, supostamente bem sobre o coração dela, sentindo-o bater sob a palma de sua mão.
E então ele respirou fundo. "Eu... vou indo expulsar os alunos de algumas salas de aula desertas", ele disse, recuando um passo. "Você deveria voltar para..."
Sonora ficou onde estava e sorriu pra ele. Um sorriso que fez seu coração martelar e sua cabeça girar. "Eu te amo, Severus", ela disse suavemente.
A palavra pareceu fazer o mundo parar e ele encarou-a. Não acreditando no que ouvira. Ela sorriu para ele e caminhou de novo até ele, enquanto Severus permaneceu congelado. Ela ficou na ponta dos pés e beijou-o delicadamente. "Vejo você mais tarde", ela disse com um calmo sorriso que iluminou a noite com seu brilho. E então ela se foi.
Severus ficou ali no frio e no escuro por outro longo minuto antes que sua respiração voltasse. Ela o amava. Amava. Ele manteve seus olhos fechados, tentando recuperar o controle de si mesmo. Bem, ele pensou com um toque de humor, aquilo ruía com o plano de tentar tirá-la de sua vida. Ele conhecia Sonora bem o suficiente para saber que agora ela não se afastaria mais.
E aquilo o fez respirar profundamente. Ele apenas teria que encontrar um modo de mantê-la segura, pensou.
Com isso, ele deixou de enxergar o romance na luz das estrelas e na música distante e forçou-se a voltar para dentro. Ele tinha estudantes para repreender e trabalho a fazer antes de se deixar cair nos braços de Sonora.
