Intenções Secretas
Mais uma vez, eu peço desculpas por não responder individualmente, mas eu quis publicar esse capítulo logo nesta manhã, ao invés de fazer isso no fim de semana! Obrigada a todos que comentaram, e mantenham os reviews a caminho!
N/T – só queria avisar que todos os seus reviews estão sendo traduzidos e mandados para a autora, ok?
Capítulo Dezessete – Confiança
Na manhã seguinte, Severus estava sentado à sua mesa, esperando que Draco chegasse enquanto Sonora cantarolava alguma música de Natal trouxa ao mesmo tempo que cuidava de sua poção.
"Acho que esta está pronta", ela disse, estudando-o com um olhar significativo. "O que você acha da consistência, Severus?"
Ela estava dando a ele a oportunidade pela qual ele estivera esperando, e ele hesitou em se meter no assunto. Mas ele queria saber, ele estava incrivelmente curioso para descobrir de que servia aquela poção. Ele tinha algumas idéias, tendo ouvido algumas conversas que ela tivera com Draco e conhecendo os hábitos dela. Mas ele ainda não chegara a uma conclusão.
Limpou a garganta. Pelo menos ele podia tentar, disse a si mesmo. "Isso dependeria", ele disse.
Sonora ergueu a cabeça e enrugou a testa a isto. "Depende de... Oh!", ela exclamou, virando os olhos. "Nossa, me desculpe MESMO. Eu esqueci completamente de que não havia explicado todo o projeto ainda pra você." Ela começou a ir na direção de sua mesa, e Severus automaticamente puxou a cadeira para ela. "Acho que apenas pensei que você tivesse lido minhas anotações..."
"Eu não li suas anotações", ele interrompeu enquanto ela se sentava.
Ela olhou-o, surpresa. "Não? Mas eu as deixei sobre a mesa na noite em que pegamos no sono na minha sala..."
Ele ergueu uma sobrancelha para ela. "Eu posso ser um espião, mas creio que tenho respeito suficiente por você para ler suas anotações pessoais.", ele murmurou numa voz lenta.
Ela olhou-o por um momento e então beijou-o firmemente. Severus ficou surpreso, mas nada insatisfeito. Os beijos de Sonora nunca o desagradavam. "E você ainda pensa que não é um homem bom", Sonora disse ao recuar.
Severus ficou um pouco alarmado ao ver o olhar no rosto dela. "Sonora", ele começou hesitantemente, com medo de que ela o estivesse tomando por mais do que ele realmente era.
Ela virou os olhos para ele e então sentou-se em sua cadeira. "Não pode ser, Severus", ela disse. "Eu já ouvi seu pequeno discurso antes. Francamente, agora eu tenho que dizer que eu te conheço melhor do que você mesmo", ela disse, começando a livrar-se de alguns papéis.
Severus resistiu ao impulso de bufar. Mulheres, ele pensou, também se inclinando para sentar. Elas sempre têm que ter a última palavra. Ele observou-a com um olhar malicioso enquanto ela parecia procurar alguma coisa em suas anotações. Honestamente, onde ele estava se metendo? Porcaria de mulheres que sempre tinham de estar certas. Seus lábios se entreabriram, em contradição a sua expressão. A pior parte era que geralmente ela estava certa.
"Ah", Sonora disse, puxando um pedaço de pergaminho. "Aqui", falou, passando-o a ele. "Diga-me o que acha".
Severus pegou o documento e estudou-o.
Uma tentativa de desviar os efeitos da Maldição Cruciatus,
Baseada na Poção Mata-Nervos e combinada com
Elementos da Poção Reenergizante, a Poção Aumenta-Força
E a planta Sangue de Coração
Ele baixou o papel. "Você está tentando encontrar um preventivo para a Cruciatus?" ele perguntou. Ele já suspeitara algo parecido entre as linhas, mas ter isso confirmado... era inacreditável. Inédito. Algo que nunca ninguém tinha conseguido, usar uma poção para resistir a uma Imperdoável.
Sonora assentiu, parecendo séria. "Minha hipótese é de que será de efeito temporário, com força limitada. Mas ainda assim... imagine que bem não poderia fazer. Os aurores teriam uma imensa vantagem se não fossem afetados pela crucio."
"De fato", Severus murmurou, ainda contemplando as poções que ela estava tentando combinar e os ingredientes que ela estava usando para isso. Ele a ouvia apenas com metade da atenção, então demorou um minuto para se tocar de algo importantíssimo. Ele congelou e então se virou lentamente para ela.
"O quê?", ela perguntou e ergueu uma sobrancelha. Céus, ela era tão linda para ele, ele pensou em alguma parte de sua mente. Pele macia e pálida, um pouco dourada; grossos cabelos escuros; olhos profundos e expressivos que eram suas janelas para a alma dela. E tudo isso agora estava subitamente, terrivelmente, em risco.
"Voldemort vai querer esta poção", ele disse numa voz vazia, ainda a encarando. "Se ele ouvir uma palavra sobre sua existência, ele não vai parar até consegui-la."
Ela sorriu para ele. "Eu andei sendo cuidadosa", disse Sonora, severamente. "Por quatro anos, eu estive trabalhando nisso. E não contei sobre isso a ninguém, com exceção agora de você, o que precisamente eu estava tentando dizer." O sorriso dela era morno e suave. "E você não vai contar a ninguém."
Os dedos dele estavam rígidos ao baixar o pergaminho. "Não voluntariamente", ele disse. E odiou a si mesmo. "Mas se ele souber... Haverão meios de extrair a informação."
Sonora empalideceu um pouco e Severus soube num momento de tristeza que a fizera pensar naquela possibilidade. Sonora era valente, ele sabia, mas ela o... amava, e aquilo era um pequeno ponto fraco dela. "Mais ninguém sabe", ela disse firmemente, ainda pálida. "Não há razão para ele sequer ouça sobre isso."
"Espero mesmo que você esteja certa", Severus disse pesadamente.
Sonora pareceu sacudir a si mesma. "Droga de honesta que eu sou", ela disse. "Não estou arriscando quatro anos de trabalho, não mencionando a voc, algumas pequenas imprudências."
Houve um ruído na porta da classe naquele momento, e Severus foi interrompido tendo que dizer mais. Assim que Draco empurrou a porta e Sonora cumprimentou-o com um sorriso alegre, ele se sentou e meditou sozinho. Ele ainda tinha medo das possibilidades, mas não conhecia modo de afastá-las.
Sonora mexeu a mistura pensativamente. "Sim, eu acho que estamos prontos", ela disse. Draco estava parecendo ansioso. Ele estava derrubando sua máscara adolescente de arrogância e superioridade mais e mais, ela pensou com orgulho. Ela tinha muita esperança pelo garoto.
Severus estava ainda largado em sua cadeira. Ele ainda estava com a testa um pouco franzida, provavelmente de sua última conversa. Verdade seja dita, Sonora tivera que fazer grande esforço para afastar aquelas palavras agourentas de sua cabeça. Ela tinha resolutantemente, finalmente conseguido afastar a idéia depois de se convencer de que ninguém podia ter ouvido sobre seu trabalho, simplesmente porque ela nunca contara a ninguém a verdade.
Ela ergueu uma sobrancelha para ele. "Vai observar hoje, Professor Snape?", ela perguntou docemente. Era a coisa mais divertida provocá-lo quando ele estava mau humorado.
Ele fechou a cara para ela. "Por que raio de motivo eu estaria aqui sentado?" ele demandou sucintamente.
Sonora sorriu largamente. "Você gosta da nossa companhia?" ela sugeriu. Ela ouvir Draco limpar a garganta atrás de si, e Sonora percebeu que sua réplica fora bem colocada. Severus tinha uma reputação de não gostar da companhia de ninguém.
Ele olhou bravo para ela. "Continue com isso", grunhiu.
Ela resistiu ao impulso de rir do jeito dele; ao invés disso, virou-se para Draco. "Pronto?", perguntou a ele. O garoto assentiu. "Tudo bem então. Nox", ela disse, e a masmorra ficou escura.
"E ponto disso é...?", a voz de Severus fez-se ouvir entre a escuridão. "Suponho que não seja para ver se você consegue derrubar todo o trabalho nessa escuridão, não é?"
Sonora sorriu maliciosamente ainda que ele não pudesse vê-la, e logo em seguida estendeu a mão para onde sabia que estava a caixa com o Sangue de Coração. Sem uma palavra, ela abriu a tampa.
Draco deixou escapar uma pequena exclamação, e Sonora não podia culpá-lo. Aquilo a impressionara, do mesmo modo, da primeira vez que ela o vira. Uma luz de um rosa pálido ondulou das folhas em forma de gotas, enquanto as plantinhas silenciosamente brilhavam no escuro.
"Impressionante", Severus murmurou. Sonora olhou-o para ver um olhar mais do que interessado em seu rosto.
"Elas crescem na escuridão completa", disse Sonora suavemente. "Bem no fundo das cavernas, tão fundo de modo que as pessoas quase nunca as encontrem. Eu tive que andar tanto que me levou um dia inteiro para chegar até elas, e outro dia para sair." Ela suspirou um pouco, lembrando-se. "Eu estava andando no escuro, com a minha varinha acesa, quando vi uma luz rosada mais à frente. Eu apaguei a varinha e entrei na câmara e..." ela parou um pouco, sorrindo. "Foi mágico. Lindo acima de tudo."
"A luz mata essas plantas?" Draco perguntou.
"Qualquer luz", Sonora disse. "Uma alfinetada faria um buraco através de toda a folha." Draco estendeu uma mão para tocar a folha e observou. Será que ele teria a mesma experiência que ela, ela se perguntou.
Sua pergunta foi respondida quando Draco encolheu a mão após passar os dedos por uma folha. "O quê..." ele questionou antes de se voltar para ela, o rosto confuso sob a luz rosada.
Ela sorriu para ele. "O Sangue de Coração te mostra coisas", ela disse. "Problemas do coração. Lembre-se de que eu lhe contei que os nômades siberianos a colhiam para descobrir o amor verdadeiro."
Draco estava parecendo estar ligeiramente em pânico e engoliu em seco. "Isso... Isso aconteceu com você?" ele perguntou. Deveria ter sido alguma imagem que ele recebera.
Sonora balançou a cabeça. "Eu tive uma reação ao tocar a planta pela primeira vez", ela disse, distraidamente. "Mas não foi uma visão... não exatamente." Sem pensar, seus olhos se moveram até Severus, que observava Draco com os olhos estreitos. Ela provavelmente não acreditava de que tivesse tido uma visão, ela pensou silenciosamente. Mas ela tinha visto... Aquilo fora esperado. Um desejo de uma emoção então sem nome em uma imagem obscura. A sabedoria de que, em algum lugar de seu futuro, aquela emoção existiria.
Ela sacudiu a si mesma e se voltou novamente para Draco, que agora franzia a testa para ela. O rosto dele apenas perdeu o feitio sério ao perceber o olhar dela. "Então como se colhe isso?", ele perguntou.
Sonora sorriu e se abaixou para pegar uma faca. "Assim", disse.
Severus tinha que admitir, o Sangue de Coração era impressionante. Ele não perdera a reação de Draco ao tocá-lo, e estava imensamente curioso para saber o que o garoto tinha visto. E então Sonora revelara que também vira algo, do mesmo modo que ele...
Ele havia finalmente decidido pegar uma das folhas cortadas enquanto Sonora instruía Draco sobre a técnica de colheita das folhas. Ele resistiu ao impulso de esmagar a folha entre seus dedos conforme se formava uma espécie de névoa em sua visão.
Ele viu cabelo negro... sentiu uma onda de amor tão profunda e terrível... ouviu uma risada lenta. E então ele piscou, e a névoa sumiu.
Severus baixou os olhos para a folha entre seus dedos. Incrível, de fato.
Sonora mexeu a negra mistura mais uma vez no caldeirão antes de estender a mão para as folhas cuidadosamente cortadas de Sangue de Coração. "Muito bem então", ela disse. "Vamos tentar agora, não é?"
"Uh, professora?", Draco perguntou, soando um pouco experimental. "Sabe pra quem esta poção está sendo feita?"
Sonora não pôde evitar de olhar rapidamente para Severus. Ultimamente? Sim, ela sabia. Foi quando ela voltou sua atenção para Draco. "Um excelente ponto, Sr. Malfoy", ela disse. Baixando as folhas, cuidadosamente ela baixou o conteúdo da mistura em outro caldeirão, menor. Severus ajustou a chama para ela até que ficasse igual à chama do outro.
"Vamos começar fazendo-a para mim mesma", ela disse. "Desse modo, eu posso testá-la sem arriscar mais ninguém". O rosto de Severus ficou tenso, ela viu pelo canto do olho. Ele não gostava da idéia de que fosse ela a testar a poção. Não totalmente. Ela ergueu as folhas antes que ele pudesse pensar num argumento, mas não podia dizer nada convincente na frente de Draco.
"Vamos ver...", ela murmurou, lentamente mergulhando uma folha e depois tirando-a, para depois soltá-la de vez. "Sonora Stone", ela disse ao repetir a ação com a segunda folha. Com a terceira, a mistura subitamente ficou vermelha, e então rosa, então soltou um jato de luz antes de voltar a ficar escura. Rapidamente Sonora enfiou o Sangue de Coração no bolso e murmurou Lumos.
Ela olhou para o caldeirão. Parecia haver ali um líquido pálido e brilhante, que reluzia sob a luz. "Mais denso que a água", ela disse baixinho, estudando a poção, "com um pequeno brilho que o diferencia. Realmente lindo."
Draco estava anotando tudo. "Você vai testá-lo?", ele perguntou ansiosamente.
Sonora desejou apenas poder dizer sim, claro, vamos tentar. "Não", ela disse gentilmente. "Você se lembra por quê?"
A expressão de Draco desanuviou-se e ele ficou mais pálido. "Você não quer arriscar que alguém descubra", ele disse. Os quais saberiam apenas se eu contasse a eles, foi o que ficou suspenso no ar.
Sonora observou o garoto, odiando o fato de que não podia confiar totalmente nele. "Certo", ela disse suavemente. "Você tem sido um excelente assistente, Draco, mas algumas coisas precisam permanecer apenas comigo". Draco assentiu de leve, o rosto branco como uma tábua imóvel.
"Então nós terminamos por hoje, professora?", ele perguntou, agrupando as anotações numa pilha caprichosa e se levantando.
Sonora olhou para ele tristemente, o belo garoto loiro, com seus aguçados olhares e suas inseguranças normais de adolescente. Não era justo, ela pensou, que aquele rapaz não pudesse ser como os outros de sua idade. Graças a sua herança, seus pais, o estado do mundo bruxo como estava naquele momento. Muito parecido com olhos de outra pessoa que também escondia seus pensamentos, ainda que atrás de olhos verdes, não cinzentos.
"Sim", ela disse um pouco tristemente, e observou-o deixar a sala de aula.
As mãos de Severus pousaram em seus ombros e ele baixou a cabeça para beijá-la na nuca assim que a porta da sala se fechou. "Você não pode mudar o mudo inteiro, Sonora", ele disse calmamente.
Ela olhou-o com os olhos um tanto atormentados, preocupados pelo garoto e por ela mesma. "Talvez, mas eu quis contar a ele, Severus, eu realmente quis. Ele trabalhou tão duro nessa poção nesses últimos dois meses..."
Severus alisou uma mecha de cabelo do queixo dela. "Vou admitir que Draco tem me surpreendido", ele disse, os olhos sombrios e o rosto pensativo. "Eu não tive muitas expectativas sobre ele. O garoto sempre foi sedento por poder, um pequeno ganancioso." Ele balançou a cabeça. "Acho que não fiquei terrivelmente surpreso quando ele te atacou."
A lembrança fez a perna de Sonora doer. Severus chegou mais perto, envolvendo Sonora em seus braços e apoiando seu queixo na cabeça dela. "Mas na verdade, minha querida, você parece ter descoberto como lidar com ele. Francamente, eu não ficaria surpreso se ele já não estivesse na metade do caminho de ter uma paixão por você, e tudo isso sem ter confiado nele sobre a sua pesquisa."
Sonora suspirou, sentindo o calor e o conforto do corpo dele contra o dela, sentindo o perfume masculino que ele emanava. "Ele não tem uma paixão por mim", ela murmurou contra as vestes dele. "Eu não sou linda o suficiente."
Severus riu. "Sim, você é", ele disse.
Ela começou a sorrir. "Não sou.", disse.
"Claro que é", ele insistiu.
Ela sorriu maliciosa. "Prove".
O sorriso dele era lento e sensual e envolveu-a numa maravilhosa emoção familiar. "Com prazer", ele murmurou antes de baixar a cabeça.
Nenhum dos dois ouviu a porta fechar um último centímetro.
Severus atravessou raivosamente a sala de aula de um lado a outro. "Eu não vou fazer isso!", ele trovejou para Sonora.
Sonora que, aliás, estava notavelmente indiferente a sua atitude assustadora. "Sim, você vai", ela insistiu, o único sinal do recente tombo dos dois na cama dele sendo um rubor remanescente no queixo dela. "Você vai fazer isso porque sabe que eu estou certa." Ela se sentou de frente e falou de novo. "Severus, eu não quero entregar isso a Dumbledore sem ter certeza de que funciona. Há menos chance de falha se eu entregar isto aqui previamente testado."
Ele girou depressa e encarou-a furiosamente. "Eu não vou lançar uma Imperdoável em você!", ele quase gritou. Não podia. Ele não poderia simplesmente apontar sua varinha para ela como fazia em sua juventude. Não com Sonora. Aquilo iria verdadeiramente matá-lo.
Sonora estava prestes a prosseguir discutindo, quando subitamente ele notou um olhar de compreensão no rosto dela. "Não é só porque você não quer testá-la, é?", ela perguntou. "Você realmente não quer ser quem vai lançar a maldição. É isso, não é?"
Severus se virou de novo, murmurando pragas baixinho. Haviam tantas vantagens quanto desvantagens de se envolver com uma mulher inteligente. Claro, você nunca seria perturbado, e sempre haveria alguém capaz de entendê-lo. Mas então, essa pessoa realmente o entenderia, mesmo quando você não quisesse isso.
Ele encarou a parede e resistiu a responder. Criancice, ele admitiu para si mesmo. Ele ouviu o ruído de Sonora caminhando até ele, e então sentiu os braços dela á sua volta. "Me desculpe", ela disse, humildemente. "Eu não tinha pensado. Eu nunca deveria ter pedido isso a você."
Ele não conseguiu evitar de segurar as mãos dela. Céus, ele precisava do toque dela. Apenas o simples contato do corpo dela ajustava o mundo nos eixos. "Eu só não acredito que eu pudesse fazer isso", disse finalmente.
Ela o abraçou um pouco mais forte, a cabeça encostada em suas costas. "Iremos falar com Dumbledore depois do jantar", ela disse calmamente. "Nós podemos testá-la em mim. Você pode ter uma reserva da minha poção, apenas por precaução."
As mãos dele ficaram tensas ao imaginá-la sob uma maldição lançada por ele, e então ele forçou si mesmo a relaxar. "Sim, tudo bem", ele forçou-se a dizer. Então ele teve que deixá-la ir depois de um último abraço. Para engarrafar a poção, ele adivinhou.
Severus se virou e observou aquela pequena forma se movendo conforme preparava um frasco. Ele a amava. Amava-a tão profundamente e ainda tinha tanto medo de dizer as palavras... Por quê? Ele se perguntou. Porque ele tinha medo, respondeu a si mesmo. Com medo de que alguém percebesse e tentasse usar isso contra ele. Contra ela. E isso ele não estava disposto a arriscar.
Ela ergueu os olhos para ele e sorriu, guardando o frasco num bolso das vestes. "Bem?", ela perguntou. "Devemos subir para o jantar?"
Ele deu dois passos até ela, e segurou sua mão, grato por ela estar ali, amando-o. De modo algum ele a merecia, mas ele se amaldiçoaria antes de deixá-la ir.
Ele ergueu a mão dela até seus lábios, pressionando um beijo quase adorador em sua palma. "Sim", ele disse um pouco roucamente. Limpou a garganta. "Vamos."
