Intenções Secretas
Shahrezad1 – Biscoitos! Eee!! rapidamente enchendo a cara antes que outra pessoa possa pegar alguma migalha Umm... carinha inocente Tomara que você goste tanto deste capítulo quanto do outro.
Mademoiselle Morte – Ok, ok, ok, então eles estão com alguns planos pequenos, pequeninos, pequenininhos, mas tudo volta para ele como parte da história! Certo? Certo? limpando a garganta De qualquer jeito. Aproveite.
Anne Boney – Você recebeu meu e-mail? Eu o mandei para os dois endereços que você me passou...apenas por precaução. De novo, espero que você aproveite esse capítulo!
Para todos que estão lendo: Espero que goste deste capítulo, e nada tema, que o fim já chega! Heh heh heh. Por favor! Comentem!
Capítulo Vinte e Um – Clímax
Severus estava mais acostumado a aparatar, então ele tropeçou logo antes da chave de portal terminou e seus pés tocaram o chão de um quarto profundamente sombrio. Perto dele, sentiu sua manga ser solta e um instante depois, a cabeça de Draco apareceu.
"Pode-se chegar às catacumbas pela adega", Draco disse em voz baixa. "Mas há outro caminho pelos meus aposentos."
Severus olhou o cômodo com um olhar aguçado, todos os seus sentidos afiados e atentos. "Que caminho?", ele perguntou curtamente. Ele não tinha tempo a perder em longas explicações. Cada momento que gastavam parados, arriscavam-se a ser descobertos e desastrados. E qualquer momento poderia significar a vida de Sonora.
Draco jogou de volta a capa por cima da cabeça e desapareceu. Mais um tempo, no qual Severus esperou, tenso no quarto silencioso. Então houve um assovio e um sussurro, e uma parte da parede girou para o lado, revelando um portal escuro.
"Tecnologia trouxa", disse a voz de Draco, baixa e irônica. "Instalado gerações atrás. Eu apenas a encontrei por acidente, e nunca contei a ninguém, ou meu pai talvez tivesse se interessado."
"Pare de conversar e mexa-se", Severus sibilou, escorregando a varinha para a mão. Com a outra, ele tocou a garrafa cheia pela metade em seu bolso. Sonora aparentemente preparara aquilo antes de ser capturada, e ele não ignoraria uma poção tão poderosa como aquela que ela preparara.
Movendo-se suave e cuidadosamente, Severus entrou na escura passagem. Nem havia dado dois passos para frente quando a porta atrás dele se fechou e com outro sussurro ele foi jogado na escuridão. "Lumus", ele disse suavemente, e sua varinha passou a emitir uma fraca luz azul. Contando com Draco para segui-lo, moveu-se com pés furtivos pela passagem, e então para baixo de uma longa escadaria. As escadas eram de pedra úmida, não muito diferente de suas masmorras, e elas cheiravam a coisas tolas e cruéis. O cheiro de Voldemort, Severus pensou severamente.
Por fim, ele chegou a uma dura parede de pedra ao fim de outro corredor. "Bem?", perguntou num sussurro.
Draco murmurou algo consigo mesmo, e desta vez a porta apareceu com um vislumbre silencioso. Magia, não trabalho trouxa, Severus pensou. Muito mais típico do estilo Malfoy.
Cuidadosamente, cautelosamente, Severus ergueu o capuz de suas vestes, escondendo seu rosto e tornando-o mais um Comensal da Morte sem rosto. Escorregou a varinha para a manga, pronta para cair sobre os seus dedos, e então caminhou firmemente. Ele tinha uma mulher para encontrar.
Sonora estava encolhida numa pequena esfera num canto de sua cela escura, os braços enrolados em torno de seus joelhos, enquanto fracamente se balançava para trás e para frente. Ela parara de chorar mais ou menos uma hora atrás, e então ela estava meramente sentada e esperando. Esperando para morrer, ela pensou miseravelmente, gelada e terrificada até a alma.
Mas ela tomara uma decisão, e sabia que era a coisa certa a fazer. Ela esperava que Severus entendesse, rezou para ele não se sentisse que ela o traíra, escolhendo morrer e abandoná-lo a render-se ao Senhor das Trevas. Ele entenderia, não ia?, ela pensou miseravelmente.
Ela pressionou a testa contra os joelhos e balançou. Ele ficaria mais uma vez sozinho, ela pensou, as lágrimas brotando em seus olhos novamente. Solitário e abandonado, dessa vez por alguém que dissera amá-lo. Como ele... ela balançou a cabeça fortemente contra seus joelhos. Severus ia viver. Aquilo era tudo que importava. Ela estava certa, até o tutano dos ossos, de que Dumbledore cuidaria dele para ela.
Toda a sua vida, ela sentira que o Chapéu Seletor cometera um erro vários anos atrás a colocando na Grifinória. Ela nunca fora corajosa, nem uma só vez na vida. Ela chorara, lamentara, encolhera-se de medo quando tivera que enfrentar o perigo. Ela se encolhera e não enfrentara ninguém ao ser atacada no Paquistão. E ainda, desta vez as palavras que o Chapéu murmurara para ela todos aqueles anos atrás martelavam em sua cabeça.
"Bem, bem, bem, o que temos aqui?", o Chapéu disse suavemente. "Você é uma coisinha solitária, não é, jovem Sonora Stone?A Sonserina é freqüentemente o nome para isso... mas você tem uma bela sede por sabedoria. Você quer aprender, não quer?"
"Sim", Sonora pensou timidamente.
"A ainda... Eu não acho que a Corvinal sirva para você.", o Chapéu disse pensativamente. "Você tem a mente, mas não o problema. Você faria bem melhor ficando com a Grifinória."
"Eu não sou muito corajosa", Sonora pensou de volta, temerosa. "Estou assustada justamente agora."
Houve uma risada em sua mente. "Oh, mas é isto, minha querida. Está enterrado bem no fundo, onde você não pode ver agora. Quando estiver em sua hora mais escura e mais necessitada, você sentira o Leão dentro de você. Sim, eu acho que você verdadeiramente pertence à... GRIFINÓRIA!"
Pela primeira vez em sua vida, ela estava escolhendo pela coisa corajosa. Não a esperta, nem a cautelosa nem a inteligente coisa. A coisa corajosa. A coisa certa. Ela se agarrou ao pensamento de que Severus ficaria orgulhoso, e abraçou suas pernas mais forte.
Ela ouviu passos ecoando no corredor de pedra escuro, e febril de medo começou a sentir seu corpo tremer, ergueu a cabeça, pronta para enfrentar seu destino.
Severus perscrutava o que pareciam ser mil celas escuras e miseráveis. Claramente, ele não tinha tanta confiança do Senhor das Trevas quanto pensara, se todas aquelas pessoas estavam sendo mantidas sob o comando de Voldemort. Ele pensou ter visto um dos aurores dados por desaparecidos havia algumas semanas.
Até ali, ele fora incrivelmente sortudo. Não havia nenhuma outra viva alma naquele corredor.
E então, sua sorte desapareceu. Outra porta se abriu, e uma figura alta e elegantemente vestida passou pela porta. A mão de Malfoy estava apertada sobre o braço de Sonora quando ele a puxou da cela, o rosto relaxado e divertido.
"Algo me diz que você vai providenciar ao Senhor das Trevas muito divertimento esta noite", Malfoy estava dizendo enquanto insensivelmente empurrava Sonora contra a parede. Ele não prestava nenhuma atenção a Severus, que parecia, como esperado, mais um de seus subordinados Comensais da Morte sem rosto. Malfoy inclinou-se para a forma encolhida de Sonora. "Talvez eu devesse pedir permissão ao Senhor para ter alguma diversão eu mesmo, hein?", ele disse numa voz sedosa e perigosa. "Afinal de contas, seria interessante ver o que tem seduzido Severus de seus modos espartanos."
Severus trancou os pulsos, e sua respiração cresceu em raiva enquanto ele lutava para se controlar. Seus pés moveram-se silenciosamente pelo corredor, na direção dos dois. Malfoy ergueu os olhos, uma careta atravessando seu rosto enquanto olhava para a forma vestida de preto à sua frente.
"O que está fazendo aqui?", Lucius rosnou. "Volte até o Lord, e informe-o de que estou levando a mulher."
Severus destrancou os pulsos e deixou sua varinha escorregar, esperando lançar alguma maldição atordoante antes que Malfoy pudesse perceber seu erro. Mas os olhos aguçados do outro homem capturaram algo de que ele não gostou, e antes que Severus pudesse pensar, Malfoy tinha sua varinha fora dos bolsos e apontada para a garganta de Severus.
"Quem é você?", Lucius atirou. Sua varinha estava rígida, e Severus sabia perfeitamente bem que as maldições costumeiramente lançadas pelo loiro não eram as mais fracas.
Seus dedos se tencionaram em prontidão. Até então, Malfoy nunca tivera oportunidade de testes suas habilidades, Severus pensou austeramente. Ele teria que enfrentá-lo numa surpresa.
"Você tem algo meu, Lucius", ele falou numa fria fala arrastada.
Sonora soluçou, mas ele não podia nem olhar para ela. Toda a sua atenção devia estar focada no olhar sarcástico à sua frente. "Severus", Malfoy disse, triunfo em sua voz. "Eu sabia. Você foi um traidor o tempo todo, não foi?"
"Você parece ter todas as respostas esta noite, não?", Severus disse, sua voz gelada como os pólos. "Entregue-a para mim, e eu não o matarei."
Lucius riu, um som arrogante que ecoou pesadamente à volta deles. "Oh, jura? E como você pretende fazer isso?", ele perguntou, o sarcasmo com força total. "Logo abaixo deste corredor estão vinte Comensais da Morte e o nosso Senhor, Snape. Uma faísca de magia, e todos eles estarão aqui num instante." Seu sorriso era pervertido e maligno. "De outra forma, acho que devo levá-lo ao Lord. Ele certamente ficará feliz em saber que eu capturei um espião para ele."
Severus não sabia onde Draco estava, escondido nas dobras da Capa da Invisibilidade, e ele não podia esperar. Seus dedos firmaram-se.
"Estupefaça!", ele atirou mesmo que Malfoy estivesse pronto para ele.
"Crucio!", o loiro sibilou conforme viu o facho de luz saindo da varinha de Severus.
O feitiço atingiu Severus antes que ele pudesse reagir, e a luz azul da qual ele se recordava dos estudos de Dumbledore acendeu-se antes disso. O feitiço desapareceu na proteção azul.
"Oh, ela é boa, não é?", Malfoy retorquiu. "Muito bem então, clipiatus!". Severus reagiu, e então o duelo estava começado. Os dois homens lançavam maldições para todos os lados, os feitiços diretos atingindo as paredes e sendo absorvidos pela pedra. Aparentemente Malfoy estava errado sobre os Comensais da Morte saberem que eles estavam ali; quem quer que tivesse convertido as catacumbas em celas nas quais estavam agora havia também lançado algum feitiço relacionado a sons. Ninguém os ouviria.
"Primus torturatus!" Malfoy finalmente ordenou à sua varinha, e desta vez, Severus estava desequilibrado demais para reagir. O feitiço acertou-o, mandando uma onda de fogo atingir as pontas de seus nervos e jogando-o no chão. Ele engasgou de dor, mas conseguiu rolar o corpo, puxando a si mesmo para cima, e lançando um feitiço de defesa antes que Lucius pudesse completar o serviço.
E então os olhos de Malfoy se estreitaram e ele desviou o olhar. "Não!", gritou Severus, adivinhando tarde demais suas intenções.
"Crucio!", a voz de Lucius era triunfante ao lançar a maldição sobre Sonora, que conseguira se afastar sorrateiramente da batalha. Um facho brilhante e uma luz fosca foi em direção a ela.
"Não!", escapava pelos lábios de Severus enquanto toda a sua atenção estava focada em sua mulher. Ele podia apenas rezar para que ela estivesse usando a corrente com que ele a presenteara, e que a poção fosse tão potente quanto ele esperara.
Sonora meramente ergueu o braço no ar, como que para se defender, quando o feitiço a atingiu. Ela soltou um soluço de surpresa no ar ao tremer e estremecer por um momento. Então uma luz dourada envolveu-a, iluminando o corredor. Severus encarou-a em descrédito. Ele conseguira. "Habeus mea cor", ele sussurrou.
"Ambos os dois têm a poção?", Malfoy sibilou, a varinha ainda rígida para a figura pálida de Sonora. "Muito bem então, Severus, você pode assistir enquanto eu faço isso pelo modo demorado... Incendio!" O feitiço do fogo foi na direção de Sonora, apenas para mais uma vez ser refletida pela aura dourada à volta dela.
"Você não pode tê-la", Severus disse duramente, tentando voltar a atenção do homem para ele mesmo, esperando e rezando para que Draco estivesse por perto, apenas esperando por sua chance para levar Sonora à segurança. Droga, por que o garoto não estava seguindo o plano, onde quer que estivesse? Ele deveria fugir com Sonora com a chave de portal que estava carregando. Ele rezou para que a poção durasse até que ela estivesse segura.
Malfoy meramente olhou-o de relance. "Eu não acho que vou deixá-lo tê-la ainda.", ele atirou. "O Senhor das Trevas a quis. E você, traidor..." Uma expressão desdenhosa perspassou seu rosto de novo. "Você sofrerá tanto quanto ela!". Sem aviso, Lucius armou-se e lançou uma maldição. Severus endureceu ao ser novamente atingido, desta vez com algo que causou uma aguda onda de dor que o envolveu. Trancando os dentes conforme seu estômago se revolvia, suas pernas perderam a força e ele caiu pesadamente no chão.
"Severus!", ele ouviu Sonora chamar, mas sua mente estava enfraquecida e sem foco. Ele enfrentou a dor, forçando-a a recuar, tornando seus sentidos claros o suficiente para ver Malfoy se inclinar e sorrir um sorriso cruel.
"Diga adeus, Severus", ele disse suavemente.
"Não", Severus conseguiu dizer.
Malfoy voltou sua atenção para Sonora. "Avada Kedavra", ele ordenou, e a luz familiar da maldição da morte irrompeu de sua varinha. Sonora mais uma vez apenas ergueu o braço, a redoma dourada à sua volta.
Desta vez, a maldição acertou a redoma dourada, e algo diferente aconteceu. Severus sentiu um puxão em seu próprio peito e soluçou em dor. O facho de luz quebrou-se em milhares de pedaços que ricochetearam em várias direções. Severus, jogado no chão e tentando desesperadamente se livrar da dor agoniante que persistia nele, ergueu a cabeça a tempo de ver um dos jatos de luz ir diretamente na direção de Lucius.
"O que...", Malfoy começou, apenas para gritar de dor quando o feitiço atingiu seu corpo. Severus começou a se arrastar até Sonora.
Então Draco apareceu, o rosto mais branco do que o próprio branco, as mãos tremendo ao se livrarem da Capa da Invisibilidade. "Pai...", ele murmurou enquanto Lucius caía no chão, ainda gritando.
A porta do corredor se abriu, e Severus pode ver os Comensais da Morte finalmente vindo em socorro do camarada. "Sonora", ele conseguiu dizer, estendendo os dedos. Ela apertou sua mão na dela, seus dedos finos prendendo os deles com uma força impressionante.
"Agüente firme", a voz dela disse em sua orelha, soando amedrontada e tão corajosa ao mesmo tempo. "Draco! Venha, agora!". Os jatos de luz dos Comensais da Morte e suas maldições estavam se aproximando cada vez mais, e Sonora estremeceu ao pôr seu corpo na frente do dele. Ela estava o cobrindo as maldições chovendo à toda volta, ele percebeu vagamente.
Então Draco estava ali, o rosto impassível, enrolando uma mão no braço de Severus. "Hogwarts", o garoto disse, e Severus sentiu a chave de portal ser ativada.
