N/A: Bem, estou de volta! Já lá vai um ano e meio, mas aqui estou eu com uma nova e reluzente fic para vocês. Já tenho a ideia básica feita, mas até agora ainda estou a escrever o capítulo dois – eu queria escrever a fic toda antes de a publicar, mas ignorei a minha consciência e postei-a.
Esta fic é, como sempre, um romance D/G. Os dois já saíram de Hogwarts, Ginny tem 21 anos, Draco tem 22. Vou fingir que o aniversário de Ginny é em Janeiro ou Fevereiro. A acção principal decorre em Madrid, na Espanha. Adicionei alguns personagens novos, mas também há alguns da JKR. O que me leva ao:

Disclaimer: Quase toda a gente deste capítulo excepto Creedmore, Anid e Jocelyn pertencem à JKR. Qualquer magia que reconheças provavelmente também é dela.

N/T: "Hit Witch/Wizard", no original inglês, é um Feiticeiro do Esquadrão de Reforço da Lei Mágica (aqueles que prenderam o Sirius depois de ele supostamente ter matado o Pettigrew, lembram?). Este termo é muito usado na fanfic, e como a tradução é muito grande, eu resolvi deixar no original inglês. Para quem não sabe, "Witch" significa bruxa e "Wizard" significa feiticeiro. Tenho de agradecer à Akemi, pela capa e pela força, e à minha beta, por ter betado.
Dedicatória: esta fic é totalmente dedicada à Carol, que se mudou para Londres e que eu vou ver na próxima semana, e que adorou a fic. Adoro-te!!!!

Simplesmente Impossível Ser Mais Simples

By: MochaButterfly ( mochabutterfly22 arroba yahoo ponto com)

Capítulo Um - Hit Witch em treino

Terça-feira, 4 de Março, 2003
Três figuras vestidas de negro estavam estendidas num sofá de cabedal branco imaculado. O trio tinha a aparência de serem muito saudáveis; as suas roupas ficavam-lhes muito bem, o cabelo deles tinha estilo, e as suas caras tinha a expressão constante de arrogância e confiança. Eles contrastavam uns com os outros, e no entanto eles pareciam bem colocados juntos. A sensação que estava no ar era aquela de à-vontade, que provava que aqueles três conheciam, confiavam e respeitavam-se uns aos outros.
A mulher, de estatura pequena e cabelos em caracóis perfeitos com a ajuda da magia, castanhos e brilhantes, que lhe caíam perfeitamente sobre os ombros, tinha as suas pernas pequenas e definidas no colo de um homem com cabelo muito claro, que parecia não notar o fato de que ela estava a usar uma saia. Ela estava deitada de costas, a cabeça elevada pelo braço do sofá. O terceiro, um homem com aspecto negro com cabelos curtos e pretos e olhos ainda mais escuros, sentava-se do lado oposto ao do outro homem, acomodado no canto do sofá com as pernas esticadas à frente dele.
- Esta é uma das tuas melhores casas, Draco, - disse Pansy Parkinson, olhando em volta do quarto e depois encontrando os olhos do louro. - Para um homem, conseguiste escolher algo com estilo.
Draco Malfoy lançou-lhe um sorriso preguiçoso. - A minha… companhia… mais recente era uma decoradora de interiores. Ela forçou-me a comprar esta.
- Consigo ver as tuas calcinhas, Pansy, - falou lentamente Blaise Zabini do seu canto, com um aspecto entediado.
Pansy, que pensava que a sua saia que ia até aos joelhos era longa o suficiente para cobrir tudo o que tinha de ser coberto, sorriu despreocupada. - Nada que já não tenhas visto, Blaise, - ela respondeu suavemente. Contudo, cruzou as pernas.
Um silêncio confortável pairava no ar enquanto os três refletiam em assuntos diferentes. A mente de Draco estava no seu apartamento, e durante quanto tempo ele viveria nele. Pansy tinha razão – o lugar era atrativo, e nos dois dias em que tinha vivido lá tinha aprendido a gostar dele. Já tinha vindo completamente mobiliado, e estava num bairro chique em Madrid, tinha custado uma grande quantia de dinheiro. Draco não se tinha incomodado muito com o preço – dinheiro nunca era problema. Desde que o pai tinha sido mandado para Azkaban e a sua mãe tinha voltado a casar, Draco estava à frente da fortuna Malfoy.
Mas Draco sabia que o Ministério da Magia estava atrás dele. No ano passado ele tinha se mudado para onze países diferentes, raramente ficando num lugar mais do que um mês. Era uma questão de tempo até que o Ministério descobrisse que ele estava na Espanha e ele teria de se mudar outra vez. Ele detestava isso. Queria estabilidade e poder continuar a sua vida, e saltar para um novo país uma vez por mês impedia o seu estilo de vida desejado.
E a pior parte é que no ano passado ele teve de viver como um Muggle. Misturando-se com os muggles e mudando de nome, Draco conseguiu enganar o Ministério – pelo menos por algumas semanas. Mas agora ele estava até proibido de usar qualquer tipo de magia. Pansy tinha apontado, com razão, que o Ministério provavelmente detectava magia vinda de um Muggle e investigava sobre o assunto. - É assim que eles te encontram, - Pansy disse calmamente, enquanto Draco deitava fumo das orelhas só com a ideia de não usar a sua varinha. – Não uses magia, e evita lugares mágicos. É a única maneira de evitares ser Avada Kevadrado por um Auror.
- Só um mês e meio, - murmurou Draco amargamente, - e vou poder voltar a usar magia.
- Pobre Draco, - Pansy disse com um tom de gozo. - A culpa não é nossa se andas a fugir do Ministério.
- É extremamente aborrecido, é o que é, - Blaise falou rispidamente, mandando um olhar sombrio a Draco. - O Plano já podia estar em ação – já o podíamos ter feito – se nós não tivéssemos de andar escondidos para evitarmos ser vistos contigo.
Draco apenas sorriu. O Plano. Era assim que ele gostava de o chamar, visto que não tinha nome. Durante os últimos seis meses, os três estavam a conceber um plano genial para libertar os Devoradores da Morte de Azkaban.
Durante o sétimo ano de Draco em Hogwarts, o Lord Voldemort tinha explodido metade da prisão, matando os prisioneiros que não lhe eram leais – não porque ele queria, mas sim porque ele sacrificaria facilmente a vida dos outros para conseguir o que queria. Ele libertou todos os seus Devoradores da Morte, e o mundo mágico tinha entrado em tempos negros, ainda mais negros que durante o primeiro reinado de Voldemort.
Por causa disso, quando Voldemort foi derrotado no fim da carreira de Hogwarts (por causa de – isto pode ser um choque – Harry Potter, que tinha conseguido acabar com ele para sempre), Azkaban foi reconstruída com uma nova segurança que era quase impossível de penetrar. Aos antigos Devoradores da Morte eram-lhes negadas visitas. Todos as embalagens, cartas e corujas eram inspecionadas por magia para se assegurarem que não tinham nada ameaçador. As novas precauções faziam com que fosse quase impossível alguém escapar ou ser libertado.
Quase.
Blaise e Pansy e as suas famílias tinham de alguma maneira consideradas não estarem envolvidas com o Lord das Trevas, por isso eles não tinham nenhum parente em Azkaban e eles próprios tinham escapado à prisão. Draco tinha tido de fingir a sua própria morte para poder fugir de uma sentença de cadeia, apesar de ele não a merecer. Ele não era um Devorador da Morte – ele nem sequer tinha começado a iniciação antes de Voldemort ser derrotado. Mas o Ministério sabia que ele era o filho do Devorador da Morte mais importante, logo era uma ameaça à sociedade e precisava ficar trancado durante toda a vida.
Então Draco tinha pegado num homem sem abrigo, lhe enfiado Poção Polyjuice pela garganta abaixo, e o matado. Ironicamente, o único crime que tinha cometido tinha se safado.
Até ele ter sido visto há um ano atrás na França.
Era por isso que Pansy e Blaise tinham de ter cuidado quando o visitavam. Eles não queriam ser vistos com Draco e arriscarem-se a ir para Azkaban. A sua situação fazia com que fosse quase impossível eles arquitetarem O Plano; se ele não estivesse em fuga, já o teriam completado meses atrás.
Na verdade, tinham sido eles dois quem tinham se aproximado de Draco com O Plano para libertar os Devoradores da Morte. Apesar de terem escapado de Azkaban, eles tinham sido e ainda eram vagamente apoiantes de Voldemort. Eles tinham pensado que Draco queria fazer parte do plano, considerando que o pai dele estava em Azkaban. Sem mencionar que eles precisavam desesperadamente de outro cérebro e corpo, e Draco era a única pessoa fora da prisão que os podia ajudar.
Eles sabiam que na verdade ele estava vivo; eram as únicas pessoas no mundo que sabiam até recentemente. Ele tinha-lhes dito que ia usar uma pessoa para ser ele morto antes de o ter feito. Pansy e Blaise eram e sempre seriam as duas únicas pessoas no mundo em quem ele confiava. Durante esse tempo, a vida de Draco tinha sido confusa; o seu pai tinha acabado de ir para Azkaban, a sua mãe estava a pensar em sair de Inglaterra, o Ministério mandava-lhe coruja atrás de coruja a avisá-lo que iam mandar Dementors a sua casa para o levarem para a cadeia. Tinha sido uma decisão de último minuto matar-se. Para dizer a verdade, ele tinha ficado um pouco… intimidado com a ideia de "morrer" e de ninguém saber da verdade. Por isso ele tinha contado aos seus dois amigos mais próximos, fazendo-os jurar que eles nunca tentariam entrar em contato com ele, e sabendo perfeitamente bem que eles o fariam se quisessem, e morreu. Por assim dizer.
E eles tinham o contatado, com uma proposta. Draco não tinha recusado a ajudá-los. A verdade era que, ele só tinha concordado porque ele precisava de um projeto com o qual se ocupar. Fugir do Ministério tinha perdido a sua graça.
E agora, depois de seis longos meses de planejamento, eles estavam quase a pôr O Plano em prática. Só mais um mês… Mais quatro semanas… e os Death Eaters ficariam livres. O Ministério estaria tão ocupado a tentar recapturá-los que o mais provável era esquecerem-se de Draco. Ele poderia escapar e assentar numa vida segura tão articuladamente que o Ministério não seria capaz de o encontrar assim que voltassem a recolher as peças.
- Não podemos ter o Ministério atrás de ti agora, Draco, - Blaise disse numa voz inexpressiva. - Não havia problema no início, porque estávamos apenas a juntar os detalhes d'O Plano – não precisávamos de passar muito tempo pensando nele juntos. Mas agora… Agora que estamos quase a acabar… Vamos precisar de trabalhar juntos às vezes durante dias. Ainda precisamos aperfeiçoar aquele feitiço…
- Achas que não sei disso? - Draco exclamou. - Acredita, eu ficaria muito mais contente do que vocês os dois se não estivesse a ser procurado pelo Ministério. Mas estou, e não há nada que possa fazer sobre isso.
- Será que não há? - Pansy perguntou suavemente.
Os dois homens olharam para ela. Não pela primeira vez Draco pensou que quando ela não tinha a cara torcida num trejeito – que era o que ela fazia quando não gostava de alguma coisa, e isso acontecia muitas vezes – a sua semelhança com um buldog atenuava-se e ela ficava atraente. Enquanto olhavam para ela, à espera que continuasse, ela tirou as pernas do colo de Draco graciosamente, os seus caracóis abanaram e um pequeno sorriso surgiu nos seus lábios.
- Acabei de ter uma ideia, - ela disse lentamente, parecendo orgulhosa de si mesma.
Alguns segundos passaram, e ela parecia perdida em pensamentos, um sorriso na sua pequena cara. Finalmente, Draco disse um pouco irritado, - Estamos à espera, Parkinson.
Pansy ignorou o seu tom de voz, lambeu os lábios. Depois ronronou, - E se… nós fizéssemos com que o Ministério mandasse alguém atrás de ti?
Houve uma pausa. - Isso seria maravilhoso, Pansy, - disse Blaise com um pouco de impaciência. - Eles nem mandaram uma pessoa por livre vontade sem a nossa ajuda.
- Escuta, Blaise, - Pansy disse delicadamente. - Podemos usar a Maldição Imperius no comandante dos Aurors. Afinal, eles só estão mandando Aurors atrás de ti, não é? - Sem esperar pela resposta de Draco, ela continuou. - Podemos usar a Maldição Imperius no homem, e fazer com que ele mande quem nós quisermos atrás do Draco.
Blaise intrometeu-se na conversa. - Pansy, se vamos ter esse trabalho todo para usar a Maldição Imperius, então porque não a usamos para que o comandante dos Aurors acabe com a busca de Draco?
Pansy estreitou os seus olhos escuros e olhou para ele. - Não seja estúpido, Blaise. Isso seria muito suspeito. O Ministério quer Draco – e bastante, obviamente, para estar atrás dele há um ano – e eles não vão aceitar que o comandante 'acabe com a busca'. Eles podem contratar outro para dirigir a missão, ou tentar perceber porque é que este mudou subitamente de opinião e descobrir que estamos usando a maldição Imperius nele –
- Está bem, já percebi, - Blaise interrompeu.
Pansy sorriu – foi mais uma careta – e foi até à outra ponta do sofá para dar uma palmadinha na bochecha de Blaise. - Blaise, querido, tens de confiar em mim. Se usarmos a Maldição Imperius no Comandante, então podemos fazer com que ele mande o Auror mais incompetente que tiver.
- Infelizmente, não existe tal coisa, - Draco disse, dando um sorriso um pouco afectado. - Existem cerca de dez Aurors agora, e eles já estiveram todos atrás de mim. Eu já os vi em ação, e eles são tudo menos incompetentes. Se queres chegar aonde eu penso que queres chegar com isto, Pansy, os Aurors só se vão meter no nosso caminho. Como têm feito.
- Então faremos com que mandem um Hit Wizard, - disse Pansy, encolhendo os ombros. - Sabes, aqueles indivíduos que tentam apenas com que a lei mágica se cumpra e não fazem nada tão violento e perigoso como os Aurors fazem. Melhor ainda, um Hit Wizard em treino.
- Por favor, diz-me, - Blaise disse, agora entretido com o esquema absurdo de Pansy. - O Ministério suspeitaria se o Comandante dos Aurors acabe a busca de Draco. Mas não vão desconfiar de nada se o Comandante mandar um Hit Wizard em treino?
- Deixa os detalhes comigo, amor, - Pansy disse, sorrindo mais uma vez. - A Pansyzinha vai cuidar de tudo.
Draco cogitou a ideia na sua cabeça. Pansy tinha alguma razão, tinha de admitir. Se alguém que não soubesse o que estava fazendo fosse enviado atrás de Draco, seria mais fácil livrar-se dele. Não seria difícil andar por aí sorrateiramente com Pansy e Blaise e completar O Plano.
- Está bem, Pansy, - Draco cedeu, passando a mão pelo cabelo perfeito dela. Ela estremeceu e tentou afastar a sua mão. - Vou ter de confiar em ti, não é?
Pansy, irritada por ele ter despenteado o seu cabelo, deu-lhe uma palmadinha. - Pára quieto.

Quinta-feira, 6 de Março, 2003
- Weasley!
Ginny saltou, derrubando chá quente no seu colo. Ela mordeu o lábio para evitar dizer uma maldição e olhou para a frente. O seu patrão, Jacob Creedmoore, tinha a cabeça a sair da porta e os seus pequenos olhos fixos nela.
- No meu escritório, agora, - ele ordenou, e depois desapareceu logo de vista.
- Ouch, isso deve ter doído, - Anid Klepter murmurou compreensivamente. - Queres que limpe?
- Não, - Ginny resmungou, tentando arranjar um espaço vazio na sua mesa livre dos seus papéis para colocar a xícara. Acabou por colocá-la em cima de um pergaminho vazio, achando que podia sacrificá-lo. - Eu faço isso, obrigada.
Ginny e Anid partilhavam um escritório, juntamente com outra garota, Jocelyn Umber. Jocelyn estava, de momento, a tomar chá com o patrão. (- Chá, - Anid tinha gozado com essa desculpa, - eu diria que ela tinha ido beijá-lo loucamente).
As três eram Hit Witches em treino e sob a supervisão de Hit Wizards e Witches diferentes. Na opinião de Ginny, Anid e Jocelyn tinham tido mais sorte que ela. A supervisora de Anid era uma mulher com bom coração chamada Regina Winston, e o supervisor de Jocelyn era um homem lindo, uma máquina de sexo conhecido por Gareth. Ginny estava presa a Jacob Creedmore, um homem gordo, de média idade e mal humorado.
Ginny era praticamente a escrava de Creedmore. Ela sabia que as Hit Witches em treino tinham de fazer tudo o que os seus chefes lhe mandassem, como mexer em papeladas, mandar recados, e por vezes acompanhá-lo em missões. Mas parecia que Creedmore só a punha a fazer as coisas banais; as papeladas e os recados. Nos seis meses em que Ginny lá tinha estado, ainda só tinha acompanhado Creedmore a duas missões.
Mas Ginny suportava isso. Ela tinha chegado até ali; agora só podia continuar. E uma das coisas das quais Ginny se orgulhava era de nunca desistir.
- Ele raramente te chama para o seu escritório, - Anid realçou enquanto Ginny abanou a varinha para remover a mancha de chá da sua camisa. Com ela foi-se também a sensação de queimadura na sua pele, e ela respirou aliviada.
- Eu sei, - Ginny suspirou. Creedmore gostava de mandar nela no escritório de Ginny, ou ao pé de outras Hit Wizards/Witches respeitados, só para mostrar a sua autoridade. Ele apenas a chamava ao seu escritório uma vez por mês. - A última vez que fui ao escritório dele, - Ginny contou a Anid amargamente, - tive de traduzir uma carta com dez rolos de pergaminho em grego para finlandês. Finlandês! Ele disse que tinha de a mandar para o ministério da Finlândia ou uma porcaria parecida – tretas, digo eu, ele só queria que eu ficasse aqui por duas noites seguidas…
- Bem, - Anid disse, levantando a sua chávena de chá num brinde, - para que não hajam mais pergaminhos escritos em Grego à tua espera para os traduzires noutra língua impossível.
Ginny teve de rir. - Deseja-me sorte, - ela disse dramaticamente, e saiu da sala.
- Não foi isso que acabei de fazer? - Anid gritou atrás dela.
Ginny perdeu o sorriso enquanto se aproximava do escritório do seu chefe. Ela começou a sentir-se um pouco ansiosa. Talvez desta vez, Creedmore teria algo útil para ela fazer. Alguma tarefa importante que sugeriria que ela estava quase a formar-se como uma Hit Witch. Ela tinha começado a treinar há quase meio ano, e a maior parte dos bruxos com quem tinha falado tinham acabado o treino em três meses. Ela já tinha feito o dobro; na verdade, ela tinha começado a perguntar-se se ela não era algum tipo de imbecil que não conseguia acabar o treino no tempo habitual. Ela tranquilizou-se com o fato de que a culpa não era dela – era do seu chefe impossível.
"Talvez ele vá me dizer que já estou pronta para me tornar uma Hit Witch," ela pensou, e não conseguiu deixar de sorrir. Era uma loucura esperar isso… Mas não era inútil.
Ginny estava pronta para ter um emprego a sério. Ela tinha vivido com os pais até há pouco tempo; ela finalmente tinha o seu próprio apartamento e era independente. Está bem, ela voltava à Toca todos os domingos à tarde para o jantar, mas ela agora estava praticamente sozinha. Só precisava de um emprego verdadeiro e tudo ficaria perfeito. Depois podia concentrar-se em encontrar um namorado com quem sairia mais de uma vez, o que depois levaria a mais uma família Weasley com dez crianças.
A porta de Creedmore estava aberta, mas mesmo assim ela bateu para anunciar a sua presença. Ele estava escrevendo num pergaminho e não olhou para ela quando disse grosseiramente, - Senta-te. - Ela avançou e começou a sentar-se na cadeira à frente da mesa quando de repente ele gritou - Fecha a porta primeiro, - como se ela fosse a pessoa mais estúpida à face da terra por não saber que tinha de o fazer. Ele obedeceu-lhe, recusando-se a sentir-se descolada como normalmente acontecia na presença dele, e depois sentou-se.
Ele continuou a escrever, ignorando-a, durante cinco minutes. Ela percebeu que estava a olhar para o topo da sua cabeça e reluzente cabeça e relaxou. Ela não gostava nada do homem, mas tinha descoberto recentemente que o respeitava de má vontade. O homem era até brilhante… mesmo quando não queria agir assim.
Finalmente, quando Ginny estava a segundos de se levantar e sair do escritório (oh, quem é que estava a tentar enganar, ela nunca faria nada tão radical), Creedmore pousou a pena e olhou para ela com os seus olhos pequenos e brilhantes. Por um minuto, pareceu estar a examiná-la, e ela tentou não encolher-se desconfortavelmente.
Antes de poder evitar, ela exclamou, - O quê? Tenho tinta na cara? - O seu tom de voz foi um pouco duro, e ela desejou imediatamente poder retirar as palavras.
No entanto, Creedmore ignorou-a. Subitamente, quase como um latido, ele perguntou, - Sabes porque é que ainda não és uma Hit Witch, Weasley?
O estômago de Ginny agitou-se. Ele ia discutir o assunto de se tornar uma Hit Witch com ela! Festejando internamente, ela respondeu o mais calmamente possível, - Não, senhor, não sei.
- Bom, - ele disse rudemente, - tu tens as qualificações. Mas, - ele acrescentou rapidamente, vendo a cara dela alegrar-se, - as qualificações não são suficientes para mim. Estou a manter-te como minha aprendiz, Weasley, porque não tens as qualidades que gosto de ver em Hit Witches.
A excitação de Ginny começou a transformar-se em raiva. "Isso é injusto!" ela pensou, raivosa. Se ela tinha as qualificações, isso queria dizer que pelos padrões do Ministério ela devia ser uma Hit Witch. Mas não, ela também tinha de seguir os padrões de Creedmore. Pela milésima vez ela desejou estar sob a supervisão do Deus-do-Sexo-Gareth.
Tinha julgado que respeitava o seu chefe? Bem, tinha mentido. Ela abominava a criatura sem cabelos sentada à sua frente.
- E que qualidades são essas, senhor? - ela disse, lutando para manter a sua voz controlada.
- Pontualidade, por exemplo, - disse Creedmore, alta e incredulamente, como se não pudesse acreditar que ela não sabia quais eram as qualidades. - Entras neste edifício dez ou quinze minutos atrasada todas as manhãs.
- Isso é porque o meu relógio não funciona bem – Ginny começou.
- Compra um relógio novo, então, - Creedmore interrompeu-a. - Ou dorme na casa de um amigo. Isso nem a coisa mais importante que preciso ver em ti. Tenho que ver auto-domínio…
- Eu tenho auto-domínio! - Ginny declarou furiosamente, esquecendo toda a força que matinha o seu civilismo.
-… porque se perderes a cabeça quando tentas apanhar foras da lei, não te vai levar a lado nenhum, - ele completou. - Preciso ver que respeitas…
- O qu? - por pouco Ginny não gritava.
-… o teu chefe, mas também precisas de respeitar os criminosos, nem que seja só a fingir; ser rude não te vai levar a lado nenhum…
- Não sou rude!
- A tua falta de respeito para com as regras; quantas vezes já te falei da regra de não se poder sair com colegas de trabalho, e quantas vezes já te apanhei aos amassos com um dos meus colegas sem ter vergonha na cara?
- Eu não saio com ele, eu só os beijo… um bocadinho… na verdade, aquela coisa com o Robert foi um equívoco, - Ginny explicou inutilmente, tendo a decência de corar. - E só me apanhaste duas vezes – se excluíres o caso, er, incidente com o Robert – isso não quer dizer que eu desrespeito as regras…
- Há outras regras que tu também ignoras, - Creedmore interrompeu. - 'Não é permitido comer na sala de estar' – e lá estás tu, com uma sanduíche nojenta com todo o tipo de carnes e... e condimentos…
- Para que serve uma sala de estar se não se pode comer lá? - Ginny retorquiu.
- Para se sentar, relaxar, conversar! - Creedmore berrou, exasperado. - Deus, Weasley, estou quase a mandar-te para fora do meu escritório pelo pescoço se não te sentares, acalmares e parares de me interromper.
Ginny mordeu o lábio e rezou para manter a boca fechada.
Creedmore parecia estar quase a estourar. Respirando alto pelas narinas, ele disse, - De qualquer maneira, não te chamei aqui para apontar todos os teus erros – apesar de Deus saber, alguém precisa fazer isso. Estou aqui para te dizer que, contra todos os meus avisos, o Ministério chamou-te precisamente a ti para uma missão.
Ginny levantou-se logo, a alegria de novo a ressoar no seu estômago. - Uma missão Hit? - ela perguntou, um pouco excitada.
Creedmore inclinou-se na cadeira. - Não necessariamente. Na verdade tem sido um trabalho de Auror durante o último ano.
- Ano? - Ginny franziu a testa. - Isso é muito tempo para se estar a tentar matar alguém.
- Os Aurors não tentam matar pessoas, Weasley, - Creedmore disse, cortante. - Eles apanham os Lambedores-de-Bota-do-Aquele-Que-Nós-Sabemos-Quem e os mandam para Azkaban.
- Obrigada, senhor, eu não sabia disso, - Ginny disse, o sarcasmo da sua voz era evidente. Ela s tinha um irmão que era um Auror, e era amiga de outro.
Creedmore olhou para ela, tentado decifrar se ela estava a ser insolente, mas deixou passar. - Tu provavelmente deves saber, no entanto, que nestes últimos cinco anos, os Aurors têm estado ocupados a tentar apanhar qualquer pessoa que tenha estado associada com o Lorde das Trevas.
Voldemort tinha sido derrotado no final do sexto ano de Ginny por Harry Potter. Ele (Voldemort) tinha ido embora, estava morto… nunca mais voltaria. Era fantástico, claro, que ninguém próximo de Ginny tenha morrido nos últimos anos do seu horrível – mas último – reinado… Exceto Sirius Black, mas ela não associava a sua morte à Segunda Guerra. Sempre que pensava nele, ela sentia uma grande tristeza e tentava pensar noutra coisa.
Muitos Aurors foram mortos, apesar de tudo, e desde aí, o número de Aurors tinha se mantido pequeno. Só restavam mais ou menos uma dúzia. Harry tinha (surpresa) se tornado um Auror, com Ron, e apesar do quanto ele se queixava dele quando pensava que só o Ron estava ouvindo, Ginny sabia que ele tinha uma paixão secreta pelo trabalho.
Creedmore continuou o seu discurso. - Os Aurors pensavam que tinham apanhado todos aqueles que estavam associados ao Lord das Trevas e que os tinham posto em Azkaban. Então, há um ano atrás, alguém supostamente viu um velho colega de escola em França que eles sabiam que estava fortemente ligado a ele. O seu passado provou que este homem estava associado, e que eles ainda não o tinham capturado. Eles mandaram um Auror atrás dele…
- Porque é que ele não tinha sido capturado antes? - Ginny interrompeu. Era da sua natureza ser curiosa, e às vezes um pouco ofensiva.
- Ele queria que as pessoas se esquecessem dele, e conseguiu-o até há pouco tempo, - Creedmore rugiu, irritado por ter sido outra vez interrompido.
Huh. Isso não explicou nada, só confundiu Ginny ainda mais.
- De qualquer maneira, o Ministério mandou um Auror atrás deste homem. Mas de alguma forma, ele escapou, se mudou para um país diferente e mudou o nome. Eles estão atrás deste sacana há um ano, e ele ultrapassa-os sempre. Primeiro ele estava na França, depois na Holanda, depois Bélgica, Itália, Suiça, Alemanha…
- Já estou a perceber, - Ginny interrompeu. - Só não percebo o que é que isso tem a ver conosco. - Os Aurors e Hit Wizards/Witches eram duas profissões separadas que raramente se associavam uma com a outra desde a morte de Voldemort. - Os Aurors foram e sempre serão melhores a capturar Feiticeiros Negros do que nós, e toda a gente sabe isso, - Ginny acrescentou.
- Bem, - Creedmore disse lentamente, - é aí que está o problema. Este é o único feiticeiro que eles não foram capazes de apanhar. E está a deixá-los loucos. Depois de pesquisarem e de pensarem um pouco – ou pelo menos é isso que dizem – eles decidiram eu precisam de alguém disfarçado. Eles decidiram deixar essa missão para nós.
- Porquê? Eles também são melhores que nós a disfarçarem-se, - Ginny estranhou.
- Eles não são melhores; é que eles fizeram esse tipo de coisa muitas vezes e têm experiência, - Creedmore corrigiu friamente. Ele parecia ofendido. - Eles deram-nos – ou melhor, a ti – esta missão porque tu correspondes à pessoa que eles procuram. Eles deduziram que precisariam de alguém jovem, uma mulher… Tu sabes, para chamar a atenção deste homem. Já só restam três mulheres Aurors, e a mais nova é uma mulher de quarenta anos que têm cinco filhos e umas ancas que o provam. Por isso o comandante dos Aurors, Octavious Dunnegan, mandou-me uma coruja ontem, pedindo precisamente tu.
Ginny tentou não corar de orgulho. O mais modestamente que conseguiu, ela perguntou, - Porquê eu? Ainda não sou uma Hit Witch. – "Apesar de que já devia ser," ela acrescentou aborrecida.
- Eles viram que tu tinhas uma vantagem, - disse Creedmore. – A nossa Hit Witch mais nova tem trinta anos mas é feia como um morcego.
Ginny quase protestou. Ela sabia de quem ele estava a falar, e ela achava que Paisley era muito simpática. Ginny não podia negar, no entanto, que era quase doloroso olhar para a mulher.
E ainda assim, que raio de conversa era essa da mulher-sem-estilo? O que é que o aspecto, a juventude e ser uma mulher tinham necessariamente a ver em ir disfarçada? Ginny percebeu que eles queriam alguém atraente, mas será que eles não prefeririam alguém com mais experiência e enchê-los de cosméticos e feitiços para mudar a aparência do que... bem, ela?
Posto isso de lado e ignorado, a questão era porquê ela de entre todos os aprendizes? Porque não Anid ou Jocelyn? Afinal, Jocelyn era mais bonita do que Ginny. E Anid tinha uma personalidade mais engraçada. Mas Ginny estava demasiado orgulhosa e excitada por ter sido escolhida para pensar nessas coisas.
- Além disso, - Creedmore disse, dando uma olhada no pergaminho sobre a sua secretária, - segundo esta carta, a maior vantagem que tens sobre ele é de que talvez o tenhas conhecido. Andaste com ele na escola durante seis anos. O nome Draco Malfoy diz-te alguma coisa?
- Malfoy? - Ginny levantou as sobrancelhas, surpreendida. Ora aí estava um nome que ela não ouvia há algum tempo. De repente teve de lutar contra o instinto de sorrir; se eles soubessem da relação que Ginny tinha tido com Malfoy, eles não diriam que ela tinha alguma vantagem. - Sim, eu lembro-me dele.
- Mas não sabias que ele supostamente tinha morrido há cinco anos, - Creedmore assumiu.
Os olhos de Ginny abriram-se. - O quê? Não, nunca tinha ouvido isso.
- Ele foi encontrado morto há alguns anos antes, - ele explicou, - na sua casa. Uma semana depois do Aquele-Que-Nós-Sabemos morrer e os Aurors terem começado a capturar todos aqueles ligados a ele. Se eles tivessem sabido que aquele não era o cadáver dele, e que ele ainda estava vivo, eles provavelmente tinham-no caçado até o apanharem.
- Então ele não está mesmo morto, - Ginny concluiu.
Creedmore olhou para Ginny com o sobrolho carregado. - Se ele estivesse, achas que passaríamos por todos estes problemas para o apanhar? - ele perguntou.
Começou a remexer os pergaminhos na sua mesa, que estava - Ginny notou com um sorriso de satisfação - mais desarrumada que a dela. Ele tirou um único pergaminho e mandou-lho. Ele rodopiou, fazendo com que ela tivesse de se levantar para o agarrar. Ela atrapalhou-se ao agarrá-lo, mas depois sentou-se.
- Bem apanhado, - ele sorriu sarcasticamente, fazendo com que ela se irritasse e olhasse para o pergaminho. - Isso veio com a carta de Dunnegam. Deve dar-te todas as informações que precisas de saber sobre Malfoy. Dá-lhe um toque com a varinha para ver mais informação.
Quando ele não disse mais nada, Ginny voltou a olhar para ele, confusa. - Então se pensavam que o Malfoy estava morto, - disse ela, - então como é que descobriram que na verdade ele estava na França?
- Uns Aurores curiosos desenterraram o corpo que era supostamente do Malfoy, e fizeram uns testes rápidos, - Creedmore respondeu. - Os resultados provaram que o corpo não era dele. Quem quer que tenha morrido naquele tinha tomado Poção Polyjuice para o fazer parecer como o Malfoy, e depois foi assassinado quando ainda estava com aquela aparência. Visto que a poção não estava a circular no corpo do morto, foi preciso um ano para os efeitos desaparecerem. Quando eles desenterraram o homem - apesar de estar num tal estado de decomposição que a sua cara era inidentificável - ele claramente não era Draco Malfoy.
- Como é que têm a certeza? - Ginny questionou. Ela não estava a duvidar; estava apenas curiosa. "Quer dizer, será que o tipo que eles encontraram na França não era só parecido com Malfoy?"
- Temos várias testemunhas oculares que o conheciam em Hogwarts - incluindo o teu irmão e o teu amigo Potter - que confirmaram que aquele era Draco Malfoy quando eles estiveram a tentar apanhá-lo, - Creedmore disse. - Além disso, se não era o Malfoy, então porque é que ele fugiria de nós? Um inocente não teria nada a esconder.
- Mas, porquê ele fingiria a sua morte? - ela continuou. Ela notou com alguma satisfação que estava a conseguir irritá-lo ainda mais.
- Para que nós não o apanhássemos e o mandássemos para Azkaban, - Creedmore disse friamente. - Weasley, costumas ser sempre assim tão rápida?
Ela preferiu ignorá-lo. - Ah. Mas é aí que eu fico um pouco confusa. Ele era só um jovem quando 'morreu', quando Aquele-Que-Nós-Sabemos foi derrotado. Ele ainda estava sob a guarda legal dos pais. Como é que ele podia ser considerado um Feiticeiro Negro?
- O pai dele era s o Devorador da Morte mais poderoso, - disse Creedmore com dentes cerrados. -Weasley, mesmo se esse Malfoy não estivesse diretamente ligado ao Aquele-Que-Nós-Sabemos, ele ainda estava relacionado com ele de mais maneiras do que muitos daqueles que estão sentados em Azkaban estavam. Sem mencionar que ele fugiu dos Aurors onze vezes. O departamento quer os testículos dele num tabuleiro de prata, e querem que sejas tu a fazê-lo - as minhas recomendações que se lixem. Então vais aceitar a missão ou não?
Ginny seria demasiado estúpida se recusasse. - Claro que aceito, - ela disse rapidamente. - Nunca disse que não o faria. Só preciso de instruções. O que é que vocês querem que eu faça na Espanha?
- Precisamos que ele volte para Inglaterra para podermos tocar nele, - ele disse. - A última vez que foi visto foi na Espanha, e em solo espanhol não podemos tocar nele. Precisamos do traseiro dele aqui, ou então o Ministro Espanhol tem direitos sobre ele e pode prendê-lo. Nós o queremos. Queremos acrescentá-lo à nossa coleção em Azkaban. Então tudo o que precisas de fazer é trazê-lo até aqui.
- Como é que eu faço isso?
- Bem, não é suposto ele saber que trabalhas para nós, - Creedmore disse, levantando-se e espreguiçando-se. - Vais ter de o confrontar na Espanha. Tu sabes, pôr um soutien que levante alguma coisa e gastar mais alguns minutos no teu cabelo para que pareça um pouco decente.
Ginny levantou a mão para tocar no cabelo defensivamente. Ela pensava que o cabelo dela era bastante bom, muito obrigada.
- Faz o que quer que aches que o trará para Inglaterra, - Creedmore continuou. - Sê amiga dele, seduza-o, tanto faz. Mas trá-lo para aqui.
- Quanto tempo tenho?
- O tempo que for preciso, - ele respondeu. - Mas se eu fosse você, e se eu quisesse ser uma Hit Witch, eu traria o Malfoy de volta o mais depressa que fosse humanamente possível para que eu tivesse um bom currículo. Apesar de que se conseguires concluir esta missão, mesmo que demore um pouco, provavelmente serás uma Hit Witch no dia em que voltares.
Ginny não conseguiu evitar dizer, - Mesmo que voc não ache que eu tenha as qualificações?
Ele fingiu não a ter ouvido. - Em nenhuma circunstância, Weasley, deves deixar o Malfoy saber que trabalhas para nós, - ele disse severamente. - No minuto que ele descobrir, ele sairá daquele país tão depressa que não teremos tempo para pestanejar. E tu vais dar cabo de toda a missão.
Certo. Sem pressão nem nada do tipo, Weasley.
- Tens outras perguntas? - resmungou Creedmore. Ela nem tinha tido oportunidade de abrir a boca antes de ele dizer, - "timo, então sai daqui. E fecha a porta quando saíres.

N/A: Okay, Capítulo Um acabado e como sempre, não está muito excitante.
Ah, só para que se saiba: eu acho que Blaise Zabini é uma garota. É que eu precisava de um garoto Slytherin, então decidi torná-lo homem nesta fic.
Próximo capítulo: Ginny vai para Espanha, tem dificuldades em localizar Draco, e acredito que eles se vão encontrar pela primeira vez em cinco anos.
Até à próxima, então!