Macross: The Untold Story

Escrito por Verythrax Draconis - verythrax@myrealbox.com

Script ver. 1.2 - 12/12/2001

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Disclaimer:

Eu não possuo quaisquer direitos sobre a série Macross, ou alguma de suas continuações. "Super Dimensional Fortress Macross" pertence ao Studio Nue,
Artland, Tatsunoko Productions e Big West.

Todos os personagens desta história foram criados por mim, salvo óbvias citações a personagens das séries originais, quando existirem.

Este é um fanfic sobre MACROSS, não ROBOTECH. Os eventos e nomes aqui narrados seguem, sempre que possível os nomes oficiais, ou de comum acordo entre os fãs da série japonesa.

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LIVRO 0 - Um prefácio e um prólogo

Capítulo 2 - Um café e uma estrevista

"Oito e quarenta", olhou Amanda Reyes em seu relógio de pulso. Já fazia quinze minutos desde que a secretária havia anunciado a sua presença ao Major. "Não é normal dos militares se atrasarem assim", pensou consigo mesma, mas logo rejeitou a idéia. Faltando pouco mais de duas semanas para a revelação do UNS Thunderchild, ela tinha muita sorte em conseguir aquela entrevista. Sendo o Major o responsável pela missão "Filho Pródigo", ele deveria ser um dos homens mais ocupados na UN Spacy ultimamente.

Já conformada com a demora, a mulher loira e de olhos escuros ajeitava-se em uma poltrona na sala de espera, quando a porta do escritório se abriu. Um oficial alto, de traços asiáticos e cabelos negros entrou na sala de espera, formando um sorriso no rosto ao reconhecê-la. "Ele parece bem mais jovem pessoalmente", pensou Amanda, levantando-se para cumprimentá-lo.

"A senhorita deve ser a senhorita Reyes, presumo." disse ele num tom simpático, um pouco diferente do que Amanda esperava, deixando-a um pouco desnorteada. "Sim, muito prazer em conhecê-lo, Major Haruhiko Murata".

"O prazer é todo meu". Respondeu ele, fazendo uma pequena reverência. Como a noite está muito agradável, sugiro que façamos esta entrevista em um lugar mais fresco. Conheço um café próximo daqui onde podemos conversar tranquilamente, e que com toda certeza é muito mais agradável que o meu pequeno escritório. Isso se a senhorita concordar, é claro".

"Claro, sem problemas." respondeu ela, um pouco impressionada com a postura sociável do Major. Ela com certeza esperava uma pessoa mais ríspida e insípida.

Após descerem alguns andares de elevador, eles saíram do edifício de Pesquisa e Desenvolvimento da UN Spacy, chegando à Praça Memorial. Clareando a noite como um farol, a imponente visão do SDF-1 ocupava toda a vista. Próximo ao centro da praça, uma enorme armação de andaimes, totalmente coberta com lona plástica podia ser vista, iluminada por holofotes. Com certeza, aquilo era algo que estava sendo preparado para a cerimônia de revelação do UNS Thunderchild. Não havia como descobrir o que havia lá dentro. Não havia um palmo da estrutura que estivesse descoberto. Um forte policiamento garantia que os curiosos ficariam à distância.

Após atravessarem a rua, eles andaram mais alguns passos até um café, no melhor estilo francês: mesinhas redondas ao ar livre, protegidas com guarda-sóis; bebidas servidas em jogos de cerâmica, talheres de prata e cardápios com capas de couro. No toldo verde, lia-se: "Le Soldat". Amanda parou por um instante para apreciar o lugar. "Este café foi aberto pela filha de um mariner morto ainda na Primeira Guerra. Ele é o soldado a quem o nome se refere", explicou o Major. Alguns outros oficiais, assim como civis, ocupavam o café naquele momento, criando uma boa atmosfera. Ambos sentaram-se em uma mesa do lado de fora, sugerida pelo garçom.

Após fazerem seu pedidos ao garçom, Amanda limpou a garganta discretamente, e olhou para o Major. "Com licença Major, o senhor se importa se começarmos a entrevista agora?".

"De modo algum, senhorita Reyes. Quando a senhorita quiser." Gostaria apenas informá-la de antemão que eu não estou autorizado a divulgar nesta entrevista nenhum material sobre as descobertas do UNS Thunderchild. Toda a informação disponível será lançada na cerimônia de divulgação, no dia 24 deste mês, juntamente com o meu relatório ao público". Disse ele, tomando em seguida um gole de seu café, que acabara de ser servido.

"Sem problemas. De certa forma eu já esperava por isso." disse Amanda, disfarçando o seu desapontamento com um sorriso, enquanto colocava uma caneta-gravadora sobre a mesa, gesto esse que o Major demonstrou perceber, mas não pareceu se preocupar. "O senhor não pode pelo menos comentar um pouco mais sobre as circunstâncias em que o UNS Thunderchild foi encontrado?"

"Claro", respondeu ele. "Como foi divulgado até agora, o UNS Thunderchild foi encontrado por naves de mineração da Orbital Mining Company, próximo ao cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter, durante uma missão de prospecção geológica. O UNS Thunderchild foi reconhecido como sendo um cruzador classe ARMD, datado da Primeira Guerra Espacial. Como a nave foi encontrada relativamente intacta, supõe-se que ela havia chegado a pouco tempo naquela região do espaço, pois uma nave daquele porte não passaria incólume pelo cinturão. O destino mais provável da nave era o planeta Terra. Se não ocorresse nenhum acidente, estima-se que o cruzador chegaria aqui na Terra em pouco mais de 20 anos, aproximadamente". Completou ele, tomando mais um gole de seu café.

"Existem registros na Terra relativos a aquela época, sobre a suposta missão do cruzador naquela região tão longínqua para os padrões da época?" perguntou ela, aproveitando a pausa do Major.

"Quanto a existência de registros, isso só será divulgado na cerimônia. Mas me é permitido divulgar que nenhum cruzador ARMD nunca serviu em missão além da órbita de Marte, sendo especialmente utilizados como arma de defesa e patrulhamento das órbitas terrestre e lunar. Isso inclui o próprio UNS Thunderchild", respondeu ele.

"Mas como um cruzador que supostamente nunca viajou para além da órbita lunar foi encontrado além da órbita de Marte? Ainda mais levando-se em consideração que ele deveria estar voltando de um setor ainda mais afastado. E não podemos esquecer que todos os cruzadores da classe ARMD foram supostamente destruídos no primeiro ataque Zentradi!" Disse ela visivelmente agitada, inclinado-se sobre a mesa, em direção ao Major.

"Como disse, estas questões serão respondidas no meu relatório. Mas fique tranqüila, senhorita Reyes. Garanto que após a divulgação das descobertas não deverá restar mais dúvidas sobre o que realmente aconteceu com o Thunderchild." Respondeu ele com um sorriso apaziguador, fazendo com que Amanda se desse conta da sua postura um tanto imprópria. "Mas a descoberta do UNS Thunderchild é uma prova irrefutável de que pelo menos um cruzador ARMD sobreviveu ao ataque", completou.

"Certo. Me desculpe." Disse ela um pouco constrangida, aprumando-se novamente em sua cadeira. "Entendo a sua posição e não vou mais insistir neste tópico." O Major balançou a cabeça em aprovação. "Então, eu gostaria de saber um pouco mais sobre o procedimento da UN Spacy nesta investigação. Agora em dezembro completam-se oito meses desde a descoberta do cruzador e o início da operação Filho Pródigo. Desde então, a UN Spacy tem averiguado o cruzador em segredo, sempre afirmando que os segredos do UNS Thunderchild seriam divulgados assim que a investigação terminasse. Bem, isso foi a oito meses, e a UN Spacy praticamente não divulga nada sobre as descobertas, como a lista de tripulantes, por exemplo. A mídia inclusive especula que a UN Spacy está escondendo informações e que o Thunderchild conteria muitos segredos que não deveriam ser revelados à população. Acredita-se que A UN Spacy está usando todo este tempo como uma imensa manobra de 'maquiamento' da descoberta. O que o senhor pode me dizer sobre isso?" Perguntou ela, finalmente tomando um primeiro gole de seu chá, que já começava a esfriar.

"Ok." Disse ele. O Major tomou mas um gole do seu café, aproveitando estes instantes para planejar a sua resposta. "Obviamente, por ser uma arma militar, o Thunderchild contém os seus segredos. Mas este não é o motivo da demora e de todo o sigilo. Na verdade, a descoberta do UNS Thunderchild é de um grande valor histórico. Com ele, será possível recontar muito do que ocorreu durante a Primeira Guerra Espacial e antes dela, já que as únicas fontes históricas sobre estes acontecimentos são relatos dos poucos sobreviventes da Terra e os depoimentos da tripulação da Macross. Sua importância, antes de tudo, é histórica. Um cruzador de cinquenta anos não poderia ter algo que chocasse a humanidade a esse ponto em que a imprensa sensacionalista desconfia." Disse ele com um sorriso, consciente de apenas ter recitado a velha ladainha diversionista que a "política de transparência" da UN Spacy aconselhava. Ele sabia que aquilo não era exatamente a verdade, mas aquela repórter dificilmente seria a pessoa a quem ele escolheria para dizer aquilo, pelo menos naquele momento. "Toda esta demora se fez necessária devido aos inúmeros procedimentos de resgate da espaçonave e a sua perícia completa, e posterior organização dos relatórios. E a data da divulgação foi a adiada com intuito de aproveitar as festividades de final de ano para tornar este evento memorável. Esta é uma das maiores descobertas históricas desde a confirmação do passado comum dos Zentradi e da raça humana. Havia sido cogitada como data o 47o. aniversário do armistício, no ano que vem. Mas isso seria abusar demais da paciência da população civil. Ao contrário do que possa parecer, também é interesse da UN Spacy que as informações desta investigação sejam divulgadas o mais rápido possível. Esta cerimônia será também a ocasião onde serão rendidas as devidas homenagens aos tripulantes e seus descendentes", terminou ele. "Pelo menos essa parte é verdade", pensou consigo.

"Certo, certo." Disse ela, não conseguindo esconder a sua frustração, o que o Major parecia não perceber - ou não se importar. Como Amanda já esperava por este tipo de situação, resolveu utilizar o seu plano B, para que a sua entrevista não fosse um completo fracasso. "Se o senhor me permitir, gostaria de fazer algumas perguntas sobre o Major. O que se sabe é que o Major Haruhiko Murata começou a sua carreira como piloto de Valkyrie, e retirou-se para o serviço administrativo por motivos de saúde e tem agora 32 anos, sendo um dos oficiais mais jovens entre os cogitados para o comando da operação Filho Pródigo. O senhor poderia contar um pouco sobre as circunstâncias que o levaram a esta posição de tanto destaque ultimamente?"

"Fofocas, é o que você quer saber", pensou o Major. A imprensa, como sempre, estava interessada em transformar a vida privada das pessoas em notícia para as massas. O Major já esperava por isso, e já tinha imaginado como deveria agir, no momento em que os repórteres começassem a vasculhar a sua vida pessoal para se aproveitarem da sua suposta posição de "celebridade". "Não imagino que tenham sido circunstâncias muito especiais, minha cara senhorita Reyes. Devido à minha atual posição no setor de Pesquisa e Desenvolvimento, para o qual eu fui indicado logo após o término dos incidentes com a Frente de Libertação das Colônias, e levando em conta a minha experiência em representar a UN Spacy diante da população, a minha escolha como responsável pela operação me pareceu um tanto óbvia." Tomou o último gole de sua xícara. "Não houve muita discussão sobre isso, e nenhum oficial levantou objeções à minha indicação", finalizou.

"O senhor foi uma figura bastante comentada durante as denúncias de massacres de inocentes pela UN Spacy durante estes conflitos." Comentou ela, em tom casual.

"Aquela era uma situação um tanto delicada, devido a postura terrosista e desumana dos rebeldes. A situação requeria medidas enérgicas e imediatas, e coube a mim, como porta-voz oficial da UN Spacy na ocasião, deixar claro o que realmente estava acontecendo nas colônias. Isso acabou mostrando que muitas daquelas denúncias eram infundadas, como foi provado mais tarde". Disse ele, num tom didático. "Não acharia estranho se soubesse que os meus superiores tomaram esta minha atuação como fator de decisão para a minha indicação para esta operação."

"O senhor quer dizer que a UN Spacy, sabia do potencial jornalístico e histórico da descoberta do cruzador Thunderchild?" perguntou ela, enquanto preparava-se para acender um cigarro.

"Sim, obviamente. É papel do pessoal de relações públicas da UN Spacy avaliar as possibilidades em uma situação como essa. Além do mais, ao ser descoberto, O UNS Thunderchild pôde ser facilmente reconhecido como sendo uma nave reminiscente da Primeira Guerra Espacial. À propósito, a UN Spacy só teve notícias do achado por parte da Orbital Mining um pouco depois que a mídia já notíciava a descoberta de uma 'nave desconhecida'", respondeu o Major, terminando sua frase com um sorriso.

Amanda deu um trago em seu cigarro, enquanto assentia com a cabeça. "Este homem tem a situação toda na mão", pensou ela. Desse modo, não havia muita coisa que ela pudesse escrever sobre aquela entrevista. Quem diria então, ter um furo de reportagem! Infelizmente, aquela entrevista não renderia muita coisa, seria apenas mais uma destas intermináveis notícias sobre o misterioso cruzador, sem contribuir com algo substancial para a história. "Sim, claro. Então Major, acho que podemos encerrar nossa entrevista por aqui." Disse ela, terminando os últimos goles de seu chá.

"Como preferir. Lamento se não pude esclare..." sua frase foi interrompida pelo suave toque do telefone celular em seu bolso. "Com a sua licença", disse ele, atendendo o aparelho. "Alô, Murata falando. ...Sim, ok. Eu te ligo daqui a pouco, certo? Obrigado." O Major desligou o telefone. "Como estava dizendo, desculpe-me se não pude esclarecer mais sobre a operação. Mas para não deixar a mídia sem informações, será agendada uma coletiva de imprensa para às vésperas da revelação, para esclarecer detalhes da cerimônia e alguns aspectos menores do que foi descoberto à bordo da Thunderchild." terminou ele.

"Fico mais aliviada em saber isso", disse ela sorrindo. "Ah sim. e tem mais uma coisa", disse o Major novamente, quase a interrompendo. "Gostaria de saber como
entrar em contato com você, caso me seja permitido revelar maiores detalhes sobre o cruzador. Se você pudesse me deixar o seu número, eu teria o maior prazer em avisá-la."

Amanda estranhou um pouco o pedido. Geralmente eram os repórteres que ficavam correndo atrás dos militares, e não o contrário. Mas esta também era uma oportunidade que ela não poderia deixar passar. Por mais remota que pudesse parecer, a chance de obter um furo de reportagem vindo direto da UN Spacy era algo que não podia ser desprezado. "Sim, claro!" respondeu ela, anotando o número de seu celular num guardanapo, utilizando a caneta-gravadora que segurava, prestes a guardá-la em sua bolsa.

"Grato." disse o Major, conferindo o número e guardando o papel no bolso de sua farda. O Major pediu a conta ao garçom. Assim que a conta chegou, o Major deteve Amanda com um gesto, enquanto ela abria a sua bolsa para pegar a sua carteira. "Faço questão de pagar." Disse ele, pondo algumas notas dentro da pasta de couro que o garçom lhe ofereceu. "Bem, acho que a nossa conversa termina por aqui", disse o Major, levantando-se da mesa, sendo logo seguido pela repórter. "Muito obrigada pela entrevista, Major. Desculpe incomodá-lo. Imagino que o senhor esteja muito ocupado ultimamente". Disse a repórter, arriscando o seu sorriso mais gentil. "Não foi incômodo algum, senhorita. Boa sorte com a sua entrevista." O Major fez uma pequena revêrencia, que foi logo retribuída por ela.

O Major parou por um instante na praça e acendeu um cigarro, enquanto observava Amanda Reyes partir, pegando um táxi junto à calçada. "Senhorita, você pode me ser muito útil caso eu tenha que divulgar a versão 'oficial' do Thunderchild." pensou ele, sentindo o papel em seu bolso. O Major deu um trago demorado em seu cigarro. Ele olhou para a construção no centro da praça. Era impressionante como ela parecia pequena perto da figura gigantesca do SDF-1, toda iluminada. Isso mostrava o tamanho real da preocupação da UN Spacy com os que morreram à bordo do cruzador. As próprias homenagens aos descendentes dos tripulantes também não passava de um fingimento, uma manobra para manter a boa imagem da instituição. A UN Spacy tampouco se preocupava com eles também. Era óbvio que a UN Spacy não divulgaria tudo que descobrisse sobre o cruzador. Qualquer oficial com um pouco de envolvimento em processos administrativos sabia disso. "A estratégia não se aplica somente no campo de batalha, mas nos alojamentos também", lembrou-se ele das palavras de um velho coronel. Não era à toa que a UN Spacy era de longe a maior - e mais cara - instituição humana em atividade.

Todos os oficiais de alguma forma esperavam que algumas descobertas fossem escondidas da população. Mas praticamente nenhum deles esperava que o próprio Major escondesse descobertas da UN Spacy.

"Seb? Olá. Podemos conversar agora." Disse o Major em seu celular.

[Fim do Capítulo 2]

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Notas:

- O meu modelo para Amanda Reyes é a Aika, do anime de mesmo nome. As principais diferenças estão na personalidade e no físico, não tão... bem... ahem, desenvolvido, digamos. Não que a Amanda seja feia, muito pelo contrário. Ela apenas não é uma mulher do tipo "femme fatale". ^_^

- A Praça Memorial, em Macross City, foi criada em volta do local da queda do SDF-1, após a sua volta para Terra. O SDF-1 está em seu formato humanóide, submerso até a cintura no lago formado pela cratera do impacto.

- O nome do café na Praça Memorial de Macross City, "Le Soldat", é uma alusão ao anime "Noir". "Soldat" significa soldado, em francês.

- Apenas para constar, UN Spacy é o nome pelo qual é conhecida a "United Nations Spacy", ou "Marinha Espacial das Nações Unidas", em português. Ela é o órgão supremo responsável pela defesa da Terra e suas colônias, assim como a exploração da galáxia.

- As comemorações do Dia do Armistício são realizadas no mês de março de cada ano, comemorando o fim da Primeira Guerra Espacial. Foram durante as comemorações do 30 anos do armistício em 2040 em que ocorreu o "Incidente Sharon Apple", mostrado em Macross Plus. Caso a revelação do Thunderchild fosse transferida para esta data, tal cerimônia seria adiada em mais 3 meses.

- A "Frente de Libertação das Colônias" nunca existiu no universo oficial de Macross, Apesar da cronologia citar vários conflitos de grupos rebeldes contra o governo centralizado. A idéia deste grupo veio da "Colonial Liberation Army", um grupo rebelde anti-Nações Unidas criado para o jogo de RPG "Rubicon", do site www.unspacy.com.

Verythrax Draconis,
12/12/2001 - Brasil
verythrax.cjb.net