Dark Potter

Capítulo 2 – Salvando o Mundo

Uma pasta branca em volta da boca. Harry já tinha aprendido tudo o que era para ser aprendido. Aquele desgraçado. Quantas vezes abusara sexualmente de Harry. Sentia-se moído por dentro só de se lembrar. Mas finalmente tivera o que merecia. E Harry ainda o fez suplicar muito pela vida antes de devolver os abusos para depois, finalmente, matá-lo.

Muito mais do que 72 anos haviam se passado. Tinham se passado exatos 100 anos. Ou quatro anos no mundo exterior. Agora fazia a barba. Seu corpo de um garoto de 20 anos. Sua mente tão perturbada pelos rituais e cenas que presenciara... Com certeza tinha vivido e visto coisas para nenhum fantasma militar botar defeito. A magia negra agora corria pelas suas veias como o sangue. E o desejo de vingança não diminuíra, apenas tinha aumentado. Se Voldemort não tivesse matado seus pais, ele não teria enfrentado tudo o enfrentou. Não teria se tornado o assassino frio e calculista que logo sairia para o mundo real.

Acabou de fazer a barba e olhou novamente para o corpo de Emanuel Dumbledore, filho considerado morto de Alvo Dumbledore. Estava sentado do seu lado, o corpo era apenas osso e pele, uma lâmina de uma espada entrava pelas suas costas e saia pelo seu olho. A boca aperta, destorcida. As orelhas não estavam mais lá; agora, empalhadas, eram o chaveiro de Harry. Mas nada disso o abalava. Ele tinha visto coisas piores nos rituais satânicos nos quais Gynder matava duas trouxas fincando uma lâmina em suas costas enquanto as estrupava e gritava palavras de um feitiço que fazia o sangue delas evaporarem... Todo ano Harry presenciava aquilo. Não fora por acaso que matara o desgraçado da mesma maneira. Porém, como não convocara o Demônio, ele não tinha visto sua vítima a lâmina no corpo, sem sangue, ser cremada ainda viva enquanto era consumida pelas chamas que lembravam uma face demoníaca, na qual a vítima entrava em uma espécie de fogo.

Pegou o chaveiro, jogou fora. Não queria ele andando consigo para onde ia:

- Sabe, primeiro vou matar seu pai. Ele me traiu, mentiu para mim. Depois mato Voldemort. Se bem que talvez seja melhor o contrário... O que você acha? – fala para o corpo do seu lado. Desculpe, me esqueci que não pode mais falar! – diz e gargalha friamente. Insano.

Então desaparatou para Largo Grimmauld. Ninguém lá, o local parecia ter sido destruído recentemente, pois ainda havia focos de incêndio em alguns lugares nos destroços. Perfeito. Sairia como herói que volta da morte. Procurar sobreviventes.

E procurou. Com sua varinha usava simples Leviosa's para mover as pedras. Até que encontrou. Viu algo se mexendo. Uma cabeça, ruiva. Rapidamente tirou-a dos destroços, era uma mulher, uma jovem de 19 anos. Gina.

Há muito tempo não via uma mulher. Pelo menos não uma bela mulher. As trouxas para os sacrifícios precisavam ter mais de 100 quilos, para "saciar a fome do inferno". E Gina, realmente estava mudada. Fez uma AP (Análise Preliminar) da garota. Aprendera nas suas de cabelos longos e lisos, 1,65m, 53 quilos no máximo, cintura fina, seios fartos, bunda inconsciente e levemente empinada ao andar. E as pernas, a parte do corpo que ele mais gostava, principalmente as coxas, eram P-E-R-F-E-I-T-A-S! Arqueadas de formas lisas. Céus! Daria tudo para passar as mãos por ali agora. Seu pênis já ereto, só de olhar para a garota. Ainda era virgem heterossexualmente falando. Nunca fizera sexo, mesmo com aquele maldito. Apenas era uma forma de castigo, de mostrar quem é que mandava...

Mas não podia fazer aquilo! Não por enquanto! Depois que a garota se recuperasse ele iria abusar dela todos os dias. Sempre foi doido por ele. Com certeza sentia uma forte saudade do seu amado Harry, que sempre a ignorara. Seria ótimo, ele pensou.

Mas tinha que procurar por mais sobreviventes ao ataque. Conjurou uma maca-cama para a Weasley e se pôs a procurar novamente. Encontrou muitos mais, mas seus pensamentos estavam naquelas lindas coxas que salvara. Estranhou o ministério da magia ter demorado tanto para chegar. Somente depois de cinco horas de espera, e depois de Harry ter pessoalmente cuidado de todos os feridos, de forma que já tinham acordado e estavam bem, foi que aurores do ministério chegaram. Aliás, todos estavam acordados excetuando-se Virgínia. Harry preferia conversar com ela em particular quando ela acordasse. Quem sabe não poderiam transar no ato?

Logo ele descobriu o que havia acontecido. Comensais da Morte atacaram de surpresa a casa, e até mesmo o próprio Voldemort compareceu. Dumbledore tinha morrido havia uma semana, mas Lord Voldemort tinha cinicamente declarado luto de uma semana. Todos correram para se esconder dele e, logicamente, foram para o lugar mais óbvio do mundo: O ex-QG da Ordem da Fênix.

Assim que os aurores chegaram Harry inventou qualquer coisa sobre o motivo de ter sumido por tanto tempo e desaparatou com Gina para A Toca. Destruída. Depois foi desaparatando por vários locais conhecidos, todos destruídos, até finalmente chegar a um lugar conhecido: Hogwarts. Parecia que mesmo com a morte do velho, Voldemort não tinha conseguido entrar na antiga escola.

Logo ao aparatar no castelo de Hogwarts, dentro do seu antigo dormitório, viu que estava vazia. Mas havia algo de estranho, uma energia de várias pessoas unidas... Vinha do Salão Principal. Ele tinha que ir até lá. Deitou Gina delicadamente sobre a cama, admirou novamente aquele corpo e depois saiu do quarto. Fez um feitiço de proteção para que ninguém pudesse perturbar a garota. Foi andando pelo castelo, pensativo.

O único conhecido que tinha encontrado, ou melhor, conhecida, havia sido aquela de despertara seus desejos. Mas se encontrasse alguma bela mulher no caminho, provavelmente iria amenizar seu desejo sexual com ela. Se não fosse por bem, seria por mal.

Mas no momento tinha uma preocupação maior em mente. Como explicaria o fato de ter usado Magia Profana, o mais alto nível da magia negra que era desconhecido por muitos, para ter entrado em Hogwarts aparatando? Em um momento olhou pela janela, e viu o céu da escola já encoberto por nuvens negras. Uma chula rala caía no local. Quanto estava no treinamento aprendeu que quando a pessoa era muito forte, efeitos excepcionais a seguiam. Para um mago do bem, provavelmente fosse deixar o céu limpo, e todos à sua volta tranqüilos. Dumbledore conseguia produzir o segundo efeito nas pessoas. Mas não era forte o suficiente para limpar o céu.

Finalmente chegou ao seu destino. O Salão Principal. Mas estranhamente as portas estavam fechadas, trancadas. Quando tentou abri-las, assim que tocou nelas sentiu uma dor incrível, muito maior do que as dores de um Cruccio, passar pelo seu corpo. Rapidamente retirou a mão, mas continuava com o corpo todo dolorido. Se fosse qualquer idiota, provavelmente teria gritado e se jogado ao chão. Mas não, ele já experimentara dor igual. Era Magia Pura. Muito mais forte que magia branca. Apenas alguns poucos conseguiam chegar a esse nível. Quando um mago com tantas trevas dentro de si, assim como Harry, tocava um objeto encantado com magia pura, ele simplesmente sentia uma dor incrível. O mesmo acontecia ao inverso.

Mas aquela dor era interessante, talvez até gostosa. Deixava seu corpo em alerta. E para abrir a porta teria que 'profanar' a mesma.

Pegou um punhal num bolso. Na palma da mão esquerda fez uma cruz. Um corte tão fino que sequer saiu sangue. Na mão direita fez uma estrela de cinco pontas com a ponta apontada para o pulso. Aquilo significava que transformaria o bem, no mal. Então tocou a porta com as duas mãos, com os dedos apontados para cima, e os dedões se tocando.

Veio novamente aquela dor inexplicável, o corpo dele parecia que ao mesmo tempo era queimado, congelado, perfurado e desconfigurado. Mas a experiência o havia ensinado que aquilo era apenas psicológico, apenas dor.

E foi nesse momento que veio a pior parte. Os cortes foram aprofundados, só não atravessava a mão de Harry o lado oposto da mão. Apenas não lhe perfurava a pele que não havia sido cortada previamente.

O sangue foi saindo. Era como se a porta absolvesse-o, pois não ficava nada úmido, apenas a porta tomava uma coloração vermelho vivo a partir do local onde era tocada por Harry. Sentia o sangue saindo e deixando seu corpo quase seco. E realmente ficaria seco se depois de feito o feitiço o sangue não voltasse.

Quando finalmente a porta dupla e grossa ficou completamente vermelha:

- PELO PODER DA MAGIA PROFANA EM SEU MAIS ALTO NÍVEL, EU CONVOCO A INVERSÃO DE P"LOS DESSA PORTA! QUE O BEM SE TORNE MAL, QUE A LUZ SE TORNE TREVAS, QUE QUEM FEZ ESSE FEITIÇO FRACO USANDO INUTILMENTE A MAGIA PURA... – era agora que Harry decidiria se mataria ou deixaria vivo. Isso acontecia pois a Magia Pura e a Magia Profana não deveriam ser usadas de forma que alguma outra pessoa pudesse desfaze-las. Eram Magias Sagradas, e deveriam ser usadas apenas para fins grandiosos e sagrados. Se matasse quem tinha feito aquele feitiço na porta, ficaria com o poder daquele(s) que matou, ficando muito mais forte, porém antes de se transformar no novo bruxo das trevas que todos temeriam, ele tinha que destruir Voldemort – PERMANEÇA VIVO ATÉ QUE TOM RIDDLE ENCONTRE SEU FIM!

Trovões foram escutados por ele, uma energia negra que saía de seu corpo tomou conta de todo o corredor. Ele não podia ver nada, apenas sentia seu sangue voltar para seu corpo e um poder novo tomar conta daquela porta. Então, quando o sangue voltou, ele sentiu um calor reconfortante percorrer todo o corpo. A porta, antes de um marrom claro, tinha se tornado completamente negra. Mas ele continuava sentindo aquela energia estranha vindo do Salão principal. Talvez não tivessem se incomodado com aquilo, ou, mais provavelmente, não tivessem sequer percebido, já que para isso teriam que ver a porta ficar vermelha e depois preta. Com certeza estavam fazendo algo que os deixavam completamente entretidos, concentrados.

Agora sim, conseguia sentir completamente a energia que vinha do Salão Principal. Agora não havia nenhuma barreira entre ele o local por trás daquela porta. Era algo estranho, diferente... Muito mais puro e poderoso de tudo que já vira... Era impressionante... Um ritual provavelmente... Mas espere! Um ritual com poderes tão elevados, com forças extremas unidas apenas visando um único objetivo... Não podia ser!

O jovem empurrou a porta dupla com força com as duas mãos, abrindo-as completamente. Uma estrela branca de seis pontas estava traçada no solo do Salão Principal de Hogwarts. No centro da estrela, trajando uma roupa também branca, estava Dumbledore, flutuando, morto, a um metro e meio do chão. Sobre ele, pairando no ar, um 'ser' quase transparente, deitado na mesma posição que o velho. Cinco pontas da estrela estavam ocupadas por homens trajando vestes também brancas. Porém tinha uma ponta, colorida de preta. Esta estava vaga.

Era isso, os Cinco Guardiões Sagrados, três senhores e duas senhoras imortais, que nunca se intrometiam em assuntos mortais. Nunca, com exceções. Eles podiam ser convocados quando a situação estivesse crítica, quando o Bem se sobrepusesse sobre o Mal, ou vice-versa. Eles existiam para manter o Ekilíbrio no mundo. Poucos haviam visto-os. Um dos guardiões falou, sem olhar para Potter, ainda olhando concentrado para Dumbledore, como os outro Guardiões.

- Harry Potter. Que prazer encontrá-lo aqui. Não, não duvide, estamos sim fazendo o Grande Ritual, aquele com o qual até hoje, antes de Dumbledore, apenas Godric Gryffindor deve a oportunidade de ser honrando. O Grande Ritual da Ressurreição!

- Mas... Como?

- Com a morte de Dumbledore, o mundo saiu do Ekilíbrio. Era ele quem impedia o Lorde das Trevas de matar a todos e destruir o mundo. Agora a balança pende para as Trevas. E não a nada que ninguém possa fazer para impedir isso.

Harry gargalhou uma risada fria e sem vida, divertido com aquilo:

- Seu tolo, Voldemort não tem poder para destruir o mundo, e se matasse a todos não teria a quem fazer de submisso. Ele nunca faria isso.

Então o Guardião Sagrado olhou para Harry com seus olhos puramente brancos.

- Não estamos falando de Tom Riddle, Harry Potter. Estamos falando de você.

Primeiramente, assustado, ficou sem reação. Depois deu outra gargalhada fria:

- E o que eu ganharia matando a todos? O que eu ganharia destruindo o mundo? Mas o mais absurdo: como vocês acham que Dumbledore, esse idiota que mesmo Voldemort conseguiu matar, irá me impedir?

- Você está buscando vingança. Você quer que todos peguem pela morte de seu padrinho. Quer que todos paguem pelos anos que ficou nas mãos de Gynder. Você é capaz de qualquer coisa para conseguir isso, para saciar esse desejo vingança. Até que você matará a todos, destruirá o mundo, mas ainda assim não estará saciado. E morrerá, de fome, de frio, de velhice no espaço, cansado, amargo.

Bateu palmas com força e disse cínico:

- Uau! Você é mesmo ótimo com historinhas para hipogrifo dormir... Acho que chamarei você quando Bicuço estiver com insônia... Mas muito bem, valeu a tentativa. Agora repito minha última pergunta: como vocês acham que Dumbledore, esse velho imbecil que mesmo Voldemort conseguiu matar, irá me impedir?

- Nós iremos dar a ele poder para tal.

- Uhh... Que força... Mas pelo que me consta... - faz cara de pensativo – Acho que vocês precisariam do bruxo das trevas mais poderoso da época para reviver alguém... Puxa, o que os faz acharem que eu colaborarei para que ressuscitem alguém que irá me matar?

- Nós somos os Cinco Guardiões Sagrados. Se você não colaborar por bem, será por mal. Você sabe que não tem como nos derrotar. Somos imortais, indestrutíveis, e poderosos como o próprio Deus, ou como o próprio Satã.

Harry estalou os dedos, com um sorriso debochado no rosto.

- Adoraria ver qual é a força de De... – antes de terminar a frase algo o fazia levitar em direção à ponta negra na estrela. Tentou feitiços de proteção, de banimento de magia, mas nenhum deles surtiu resultados.

- Agora diga as palavras. Ou teremos que fazer com que você fale-as obrigatoriamente também?

Assustado, Harry começou a convocar o feitiço. Nunca imaginaria alguém com tamanhos poderes para fazer algo como aquilo com ele, que era o mais poderoso do mundo. Agora sabia como Salazar Slytherin tinha aceitado ressuscitar Godric Gryffindor antigamente, para alguns meses depois o mesmo matá-lo sem pena.

Assim que ele acabou de falar o feitiço, os outros guardiões falaram também, até que voltou à vez dele concretizar o feitiço. A estrela brilhava intensamente. Pequenos 'raiozinhos' surgiam do nada no local. Uma energia além da imaginação estava naquele local. Então ele respirou fundo, sabendo que estaria revivendo aquele que traria sua destruição. Mas aquilo, pensou ele, é o que o Guardiões dizem. 'Eles não conhecem meu verdadeiro poder. O poder da união de sangue de Slytherin com Gryffindor. O poder mais puramente cruel que se podia imaginar. E para não ser morto, matarei Dumbledore pelas costas, já que ele não se lembrará de nada do que aconteceu durante sua morte!' Dum um sorriso malicioso com o canto dos lábios antes de pronunciar, com a voz mais firme do que nunca:

- QUE ASSIM SEJA, PARA O BEM DE TODOS! QUE ASSIM SEJA, PARA O EKILÍBRIO!

Um clarão brando iluminou o local, seguido por todas as sete cores do arco-íris. Ele viu a alma que flutuava sobre o corpo entrar de uma só vez em Dumbledore, que foi jogado ao chão bruscamente. Dele saiu uma força mágica maior do que a de Harry, mas que se amenizou antes de sumir.

'Então é esse o poder que enfrentarei. Que vença o melhor. Ou melhor, o mais traiçoeiro.'

E todos desapareceram. Harry ressurgiu no quarto em que estava Gina, pensativo. Teria que matar logo Voldemort para absorver a energia dos Guardiões. Imortais ou não, tinham usado Magia Pura para selar uma porta, e o feitiço tinha sido desfeito. Se não os matasse, pelo menos ficaria muito, muito mais poderoso, pois ainda assim absorveria seus poderes, ou ganharia poderes iguais. Seu poder seria inigualável, ficaria mais poderoso do que o próprio Satã. Assim quando morresse poderia governar o Inferno, e comandar a invasão ao mundo! E talvez, quem sabe, aos Céus!