Capítulo 6: O dia dos namorados

Harry estava agora no salão principal de Hogwarts, ou pelo menos o que deveria ser o salão principal. Por toda parte havia corações vermelhos pendurados, enquanto pequenos querubins dourados espalhavam pétalas de rosas e voavam por entre as mesas, que estavam enfeitadas com toalhas cheias de corações e estavam repletas de doces. Algo muito parecido com aquele evento do dia dos namorados promovido por Lockhart em seu segundo ano na escola.

Lílian estava sentada na mesa da Grifinória e, muito sorridente, comia chocolates e conversava com algumas garotas. Seus olhos brilhavam orgulhosamente enquanto ria e não mostravam qualquer tipo de rancor ou tristeza, como Harry os tinha visto na última memória. O garoto aproximou-se da mesa e viu que sua mãe tinha em uma das mãos uma pequena pilha de cartões.

-Eu disse para o Vincent que se ele não colaborasse estaria tudo acabado entre nós novamente. – A garota loira que Harry vira no quarto falava com ar de indignação para as outras – E o que ele fez? Deu-me um simples cartão no dia dos namorados! Um simples cartão! Podia ter dado qualquer outra coisa, mas não o fez e agora vem reclamar para mim que não quer terminar o namoro...

-Vamos Violet, todos sabem que vocês se amam. – Lílian disse revirando os olhos, enquanto pegava mais um bombom – Daqui a alguns dias estarão juntos novamente.

-Não será assim. Estou decidida a terminar de vez. Mas ao contrário de você não recebi tantos cartões de admiradores...

-São apenas cartões – Lílian corou discretamente e colocou a pilha deles sobre seu colo – Nada de mais.

-Mas de quem são, hein Lilly? – A garota parecida com Neville Longboton pegou um doce do grande pote a sua frente.

-De ninguém importante, são apenas cartões idiotas... Maggie! – Lílian levantou-se assustada ao ver a amiga correndo em sua direção daquela maneira. Seu rosto estava pálido e lágrimas peroladas escorriam de seus olhos.

-Posso falar com você um minuto? – Maggie tentava enxugar as lágrimas, mas estas não paravam de escorrer por sua face – Em particular?

-Claro. – No mesmo instante Lilly se levantou e seguiu a amiga, que se dirigiu ao jardim perto do lago, sentando-se na beira deste. Harry observava-as de perto, e pode perceber a preocupação que sua mãe demonstrava diante da amiga em prantos.

-Eu fiz... Eu fiz a pior besteira da minha vida.

-O que Maggie? Não pode ter sido tão sério assim... Vamos, conte me o que está acontecendo.

-Eu... Ah Lilly, como eu queria não ter feito isso! – Maggie abraçou desesperadamente amiga e desabou em prantos, como uma pequena criança.

-Se você não me disser o que fez eu nunca poderei ajuda-la... – Lílian tentava ser solidária, acariciando levemente os cabelos dourados da garota desesperada.

-Lembra quando disse que estava na hora de encarar meus medos? Quando disse que eu não devia me esconder de tudo e todos?

-Sim... Mas qual o problema nisso?

-Todos, Lilly, todos... Eu... eu mandei um cartão para Sirius. – Maggie soltou a amiga e encarou-a; seus olhos estavam vermelhos e cheios de lágrimas.

-Você? Você mandou um cartão de dia dos namorados para Sirius Black? – Lílian estava perplexa. Nunca acreditara realmente que Maggie fosse capaz de enfrentar seus medos, muito menos de se declarar para Sirius.

-É! E foi a coisa mais estúpida que já fiz na vida... Justo agora que estávamos começando a nos falar, justo agora que as coisas começavam a caminhar da maneira que devia... Eu resolvo seguir seu conselho e acabar estragando tudo.

-Mas a culpa não é minha! Eu disse isso quando você se recusou a tomar aquela poção para fazer seu braço melhorar, aquela que tinha medo de que o gosto fosse ruim!

-Mas eu não estava bem, estava morrendo de dores! Meu cérebro simplesmente armazenou a informação e resolveu usar hoje... Justamente hoje...

-Mas o que exatamente você escreveu no cartão para ficar tão preocupada?

-Eu disse tudo. Simplesmente revelei meus sentimentos e abri meu coração naquele cartão idiota... E agora ele vai ler e me achar incrivelmente patética! – As lágrimas voltavam a escorrer pelo rosto da garota, que levava as mãos freneticamente aos olhos e tentava conte-las, sem êxito algum.

-Maggie! Você não é patética! Você simplesmente disse o que sentia... O quanto isso pode ser ruim?

-O quanto? O que você faria se simplesmente chegasse para Tiago e dissesse o quanto gosta dele?

-Mas... Mas eu não gosto dele! – Lílian revirou os olhos e moveu a cabeça negativamente.

-Lilly, por favor. Não venha com essa novamente, está falando comigo e só eu sei o quanto você gosta dele...

-Eu não gosto dele! – Lílian parecia um tanto confusa, apesar de insistir naquela idéia - Mas não vou discutir com você agora... E não fique desesperada, pois o que você disse não será grande novidade para ele...

-O que? O que você está dizendo? – Maggie estava com os olhos muito abertos e fixos em Lílian, um certo pavor ecoava em sua voz.

-Todos sabem de sua queda por Sirius, Maggie. Não há como negar, até mesmo ele já percebeu isso.

-Mas não fui eu que disse! Até agora podia ser tudo uma simples mentira, mas eu acabei de confirmar a história!

-Hum hum, posso falar com você um segundo? – Tiago chegou silenciosamente por trás das garotas, e Lílian tremeu ligeiramente ao ouvir sua voz, mas logo se recuperou e voltou a ser sarcástica como sempre era com o garoto.

-Não vê que estamos ocupadas?

-Por favor! Só cinco minutinhos, Maggie... Já a trago de volta... – E pegando Lílian pelo braço o garoto se dirigiu a uma árvore conhecida por Harry. Lílian encostou-se no tronco desta e inclinou a cabeça impacientemente para frente.

-O que você quer afinal?

-Vejo que recebeu meus cartões... Espere! Têm alguns que não são meus... Lilly, o que significa isso? – Um olhar sério a encarava diretamente.

-Não lhe devo satisfação alguma. Diga logo o que quer para que eu possa voltar a minha conversa com Maggie...

-Como você consegue ser tão fria e egoísta?

-Aprendi com você, querido.

-Lílian! Por favor, me escute... Sei que já disse isso um milhão de vezes, mas você não me dá atenção...

-Se você parar de enrolar, posso pensar em te ouvir.

-Eu gosto de você. Gosto mais do que devia. Não consigo mais suportar esse seu fingimento, essa indiferença... Preciso que me dê uma chance.

-Já lhe dei, se lembra? Aquele "encontro" em Hogsmeade. E você, por sinal, estragou tudo.

-Não é justo. Eu só estava brincando daquela vez! E você levou a sério quando não devia...

-Como eu vou saber quando devo ou não leva-lo a sério? Prefiro não arriscar e não levar, e nem escutar o que você diz!

-Lílian pare, por favor... Eu não...

-Você não o que, Tiago? – Nesse momento o garoto, que estava com a cabeça baixa, observando os cartões na mão de Lílian, levantou-a subitamente. Naquela fração de segundos em que seus olhos encontraram os de Lílian sentiu seu coração bater como nunca havia batido antes, num ritmo desesperadamente rápido, e tudo em que pensava era ela... Impulsivamente aproximou seu rosto do da garota e beijou seus lábios. Foi empurrado e acabou ao chão, e Lílian o encarava confusa.

-Seu idiota! Como... Como se atreve... – e pisoteando-o a garota atravessou o gramado até onde Maggie estava, deixando-se cair no chão ao lado da amiga.

-O que acabou de acontecer, Lílian? – Maggie perguntava, uma vez que tudo que vira foi o garoto ao chão e a amiga correndo.

-Ele... Ele... Aquele idiota me beijou...

-Beijou? – Maggie estava boquiaberta – Mas como isso aconteceu?

-Ele se aproximou, eu congelei, depois só vi que estávamos nos beijando...

-E então? O que você sentiu?

-Eu não sei... É estranho, não consigo explicar ainda. Eu preciso pensar... Ah, Maggie, desculpe-me! – Lílian abraçou a amiga novamente e seu olhar repousou sobre o lago.

Harry podia ouvir os pensamentos de sua mãe, ainda mais confusos e embaralhados que na outra cena. O garoto lembrara do episódio que acontecera no ano anterior, quando ele perguntou sobre seus pais para Sirius e este disse que os dois só começaram a sai no sétimo ano, e agora mais que nunca sua mente se enchia de dúvidas. Como então aqueles fatos que presenciara poderiam ser explicados? Pois pelo que entendera eles ainda estavam em seu quinto ano de Hogwarts.

O garoto resolveu esperar para ver o que acontecia, e foi até o local onde seu pai permanecia caído, deitado de costas no gramado.

-Ótimo, Tiago, ótimo – O garoto deitado murmurava para si mesmo. Seus olhos negros estavam opacos e parecia não ter ânimo para coisa alguma. – As coisas não podiam piorar, não é? Pois você conseguiu meu caro, parabéns!

Enquanto mencionava aquelas palavras e colocava as mãos sobre o rosto, inconformado, seus amigos vinham em sua direção. Remo parecia ter sido o único a notar as garotas sentadas à beira do lago, pela pergunta que fez quando o grupinho cercou Tiago.

-O que foi que você fez? Lílian está ali e acredito que de propósito você não estaria aí, deitado no gramado...

-Prefiro não falar sobre isso – Tiago sentou-se rapidamente, o rosto fechado e os braços se cruzaram na frente do corpo.

-Você deve ter feito alguma besteira enorme mesmo...

-Pedro, faça-nos um favor e cale a boca. – Sirius lançava um olhar frio para o pequeno garoto e estendia a mão para o amigo sentado se levantar – Você não foi brigar com ela novamente, foi Pontas?

-Não... – Tiago, que acabara de levantar, ajeitava suas vestes e bagunçava ainda mais os cabelos – Não intencionalmente...

-Vamos, é melhor ir para o salão principal e acabar com aqueles doces – Lupin ainda observava as garotas – Elas não me parecem bem...

-Nós iremos – Sirius começa a caminhar e vira-se para Lupin, sorrindo sarcasticamente – Você fica aqui e vai checar o que aconteceu. As garotas me amam, mas você é o único que consegue conversar racionalmente com elas.

O garoto observou os amigos, repreendendo-os com o olhar, mas seguiu na direção do lago ao invés de acompanhar o grupo. Harry correu em sua direção para ouvir o que falariam, afinal queria alguma explicação lógica para aquele não ter sido o início do relacionamento de seus pais.

-Posso interrompe-las por um segundo? – Remo aproximou-se amigavelmente das duas garotas. Lílian mantinha o olhar perdido no horizonte e Maggie tinha os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. – Mas o que foi que aconteceu aqui?

-Não foi nada... – Maggie levava as mãos aos olhos mais uma vez para enxuga-los e Lílian agora percebia a presença do garoto, voltando o olhar em sua direção.

-Espero que não tenha sido culpa de Tiago. – Remo sentou-se e encarou Lílian diretamente nos olhos – Ele estava meio inconseqüente quando nos deixou no salão principal...

-Meio inconseqüente? – Lílian levantou a voz nervosamente – Ele não tem noção do mal que causa.

-Calma Lilly. – Maggie observava a garota – Tenho certeza que foi coisa do momento ele ter te...

-Maggie, não quero ouvir sobre isso nunca mais, entendeu? Não aconteceu nada e nem irá acontecer.

-Se ao menos eu soubesse o que não aconteceu poderia tentar ajudar de alguma forma – Lupin tentava descobrir o que acontecera, mas quando percebeu que não teria êxito em sua tarefa simplesmente sorriu e mudou de assunto. – Vejo que ganharam muitos cartões de dia dos namorados...

-Lílian ganhou...

-E você, Maggie?

-Há! – A garota sorriu e fixou seu olhar no de Lupin – Eu nunca ganho nenhum... Mas não me importo com essa festa ridícula...

-Claro que não... – Lílian se dirige a amiga ironicamente – E o drama que você acaba de fazer por um simples cartão? Não conta?

-Eu... – Maggie estremeceu e olhou repreensiva para Lilly, pedindo que não continuasse aquela conversa.

-Todo esse choro é porque não recebeu um cartão? – Remo olhou intrigado para Maggie – Ora, se eu soubesse te mandava um...

-Não é isso, Remo... – Maggie abaixa o olhar nervosa.

-E você? Recebeu muitos cartões? – Lílian interferia para tentar ajudar a amiga, afinal ela não a deixara na mão quando precisou.

-Eu não recebo cartões, Sirius recebe por nós todos... – Remo sorri para a amiga.

-E ele recebeu muitos esse ano? – Lílian começava a pensar numa maneira de ajudar Maggie, então segurou a mão da amiga em sinal de que controlaria a situação, para que a outra não se desesperasse.

-O tradicional monte... – Remo revirou os olhos, como se estivesse cansado daquela situação – Provavelmente só acabará de lê-los amanhã de manhã, após passarmos a noite inteira em claro ouvindo o que suas fãs escreveram...

-Ele lê em voz alta? – Maggie sentia seu coração disparar e sua voz começara a tremer novamente, denunciando choro próximo.

-Normalmente sim... Mas por que vocês estão tão interessadas nisso?

-Remo... – Lílian vira-se para o garoto e observa fixamente seu olhar – Onde ele guarda todos esses cartões?

-No dormitório, onde eles são entregues... Como eu acabei de dizer, por que vocês estão tão interessadas nisso? – Remo as observava intrigado - Achei que o grande causador de problemas fosse Tiago.

-Ele é, quero dizer... – Lílian pensava rapidamente no que iria dizer, e sorri levemente – É que estamos curiosas para saber o que tanto essas garotas escrevem para ele...

-Sei... – O olhar desconfiado de Lupin passou pelos das duas garotas e, ao encontrar o de Maggie, tornou-se um sorriso – Não se preocupe, são sempre as mesmas histórias... O quanto ele é lindo e cheios de elogios ou reclamando por ele tê-las esquecido. Nada que lhe cause outra reação senão boas horas de risos com o grupo...

-Acabo de me lembrar de uma coisa... Maggie, será que você poderia me acompanhar até a biblioteca? – Lílian se dirige a Remo após o aceno afirmativo e intrigado de Maggie – Me desculpe, Remo... Conversamos outra hora, certo?

-Claro... Eu só queria saber se vocês estavam bem mesmo. – O garoto sorri enquanto se levantava – Vou aproveitar que estou aqui fora e vou perguntar algumas coisas a Hagrid... Como guarda caças ele conhece bastante sobre criaturas mágicas, e estou precisando de ajuda em meu trabalho sobre Murtiscos...

Conforme o garoto se distanciava, Lílian ajudou Maggie a levantar rapidamente e puxava-a para dentro do castelo, parando em frente à escadaria principal do hall de entrada.

-Maggie, eu sei como recuperar seu cartão antes que Sirius o leia... Mas para isso preciso que você me descreva como ele é.

-Eu não entendo como... – Maggie para por um segundo, suspira e volta a observar Lílian intrigada – É um retângulo vermelho com coraçõezinhos amarelos se movendo na capa... Mas o que você vai... Lilly!

-Espere aqui, querida... – Lílian corria escadaria a cima – Já volto!

A garota corria desesperada, seguida de perto por Harry, que estava curioso para saber o que aconteceria depois daquilo. Seguiram por alguns corredores extensos e então pegaram dois atalhos, chegando rapidamente ao salão comunal da grifinória. Lílian, após checar e ver que não havia mais ninguém no salão, seguiu até um dos quartos masculinos – coincidentemente o mesmo de Harry – e abriu a porta com um "alohomorra".

Harry pode ver que o quarto já estivera ainda mais bagunçado do que ele e seus amigos costumavam deixa-lo, e escutou o som de descontentamento que Lílian fez ao adentra-lo em meio a tantos livros e roupas espalhados pelo chão. A garota retirou do bolso interno de sua capa a varinha e murmurou "Accio cartão", fechando os olhos em seguida, provavelmente tentando visualizar o cartão descrito por Maggie. Sobre uma das camas uma jaqueta de couro se moveu e caiu no chão, mostrando o que estava escondido sob ela: uma pilha imensa de cartões, de várias cores e formatos, mas todos de dia dos namorados. Dali um exatamente igual ao que Maggie havia descrito saiu voando e pousou nas mãos de Lílian.

Após abrir o cartão e conferir o remetente, Lílian sorriu, segurou-o firmemente e saiu do quarto, trancando-o em seguida e correndo para voltar ao hall de entrada, onde Maggie havia ficado de espera-la.

-Consegui! – Lílian gritou ao avistar a amiga, que estava sentada e encolhida sobre um dos bancos laterais, e sacudiu a mão em que carregava o cartão.

-Lílian! – Um sorriso despontou no rosto de Maggie, que correu em sua direção, tomando o cartão das mãos da outra e pendurando-se em seu pescoço alegremente – Você conseguiu! Eu sabia que iria pensar em algo, mas não que conseguiria tão rapidamente...

-É o mínimo que podia fazer por você. Agora veja se não vai se precipitar novamente... Eu que não quero invadir aquele dormitório nojento mais uma vez.

-Muito obrigada! – Maggie soltou-a e encarou-a sorridente - Agora precisamos ver como resolver o seu problema...

-Não há como resolver... – O sorriso no rosto de Lílian desapareceu, assim como o brilho de seu olhar apagou-se em um instante apenas – Não há nada a fazer por mim.

-Maggie acabou ganhando um cartão? – Remo se aproximava das garotas com um sorriso no rosto, e era seguido pelo grupinho dos marotos. – Não disse que não precisava se preocupar?

-É... – Maggie sorriu e corou ligeiramente ao ver que Sirius a observava, então abraçou o cartão junto ao corpo.

-Então vocês estavam tristes por causa de um simples cartão? – Sirius passou a mão nos cabelos, colocando-os graciosamente para trás, e observou as garotas com um ar de desapontamento – Achei que fosse algo mais grave e que Tiago que tivesse aprontado...

-Não, era por causa do cartão. – Lílian tentava esconder sua confusão ao olhar diretamente para Tiago e perceber que estranhamente ele não havia contado nada aos amigos.

-Menos mal. Bem, agora é hora de saber o que minhas fãs me dizem esse ano... – E com um sorriso sarcástico, Sirius passa pelas garotas, acenando em seguida e se dirigindo a Maggie antes de virar e subir correndo – Não se preocupe por causa dessas besteiras. Afinal, são apenas cartões...

-É hora de começar a maratona... – Pedro acompanha Sirius e é seguido por Remo e Tiago. Este, ao passar por Lílian, acena timidamente.

-Muito obrigada, Lilly... – Maggie sorri e abraça a amiga rapidamente quando o grupo some de vista. – Queria poder fazer algo por você.

-Você sempre faz, Maggie. – Lílian sorria docemente, apesar do que seus pensamentos, que ecoavam pelo hall para Harry, diziam. "Meu primeiro beijo... E foi com esse imbecil do Potter. Eu odeio esse garoto!".

E ouvindo ainda o eco dos pensamentos de Lílian, Harry viu-se envolver pela névoa prateada mais uma vez, e pôde senti-la girando em torno de si, cada vez mais rápida e intensa, e por um período mais longo que das outras vezes.