Primeiro Pecado – A Redenção
Por Hime

-Capítulo 7-

"O sonho acabou
Não consigo expressar meus sentimentos, então repito essas palavras mais uma vez(...)
... me lembro daquelas memórias que usamos para ficarmos juntos
Até que eu consiga esquecer seu amor"
(Endless Rain – X-Japan)

- Bom dia...- Sussurrou ao seu ouvido, enquanto a mantinha presa em um gostoso abraço.

Sakura lentamente abriu os olhos, despertando de um sono repousante, leve, sem sonhos. O quarto lentamente parecia sucumbir à luz do sol, que tentava atravessar as delicadas cortinas das portas que davam para as sacadas. Ainda se sentia um pouco sonolenta, mas se não fosse por Kyo, provavelmente acordaria devido à claridade.

- Bom dia, querido...- Saudou-o.

- Dormiu bem?

- Ah sim... .- Deslizou a mão pelo colchão coberto com alvos lençóis.- Já estava com saudades dessa cama
O homem sorriu. Também sentira muitas saudades. Uma fina mecha dos seus cabelos negros caiu em frente aos olhos e rapidamente a retirou do seu campo de visão.

- Vamos, um delicioso café da manhã nos espera ali.- Com um belo sorriso indicou automaticamente a direção da sala provisória.

- Então ela vai trabalhar em casa?- Encheu com suco os três copos que havia na mesa e a mamadeira.

- Sim. Na verdade é só para não a deixar entediada. Aposto que ela iria ficar muito zangada se eu a deixasse 'de molho' sem fazer nada por muito tempo.- Tomoyo sorriu, ajeitando melhor Mihoshi em seu colo.

- Sei...- Tinha a expressão séria.

- O que foi?- Indagou com o olhar.- Acha que fiz mal?

- Não, não é isso...

- Então...- Ele evitou olhá-la.- Eriol.- Chamou-o e finalmente recebeu em resposta seu olhar tão característico.

- Bem... Conversei ontem com Syaoran.

- E?

- Ele está bem.- Tomoyo quase o fuzilou com o olhar.- Bom.... Hm... Eu acho que ele pretende visitar a Sakura amanhã.

- Ah sim...- Despreocupou-se.- Não tocando em assuntos que envolvam os dois...- Voltou a cuidar do bebê.

- Aí está o ponto. Ele quer colocar tudo em pratos limpos.

- Mas ele não pode!

- Eu tentei dizer isso a ele. Que visitasse Sakura sim, afinal, é o normal, mas que esperasse mais um tempo até contar tudo.

- E o que ele respondeu?

- Bateu o telefone no gancho.

- Mal educado.- Sussurrou baixinho. Eriol sorriu.- E acha que ele te escutou?

- Talvez... Você sabe que às vezes ele toma algumas atitudes imprevisíveis.

Observou sua filhinha, de bochechas tão rosadas e delicados olhos de um violeta profundo. Enfiada dentro de um macacãozinho branco, brincava com as longas madeixas da mãe. Eriol fez uma careta engraçada:

- Não é?

Apertou a campainha.

- Bom dia, eu... Não, não... Assim não. Oi, eu... Não, 'oi' seria muito informal, talvez se...- Syaoran ensaiava em frente ao portão enquanto não o atendiam.- Olá, eu vim...- Foi interrompido.

- Pois não?- A voz soou do interfone.

- Sou Syaoran Li, vim visitar a senhora Ogawa.- As palavras saíram como um tiro pela sua boca.

Abanou-se um pouco com o ramalhete que tinha em mãos, mas interrompeu o gesto ao ver que as pétalas lilases das flores começaram a cair. Fez uma expressão desgostosa ao ver sua blusa cheia de delas. Começou a limpar-se. Droga, estava nervoso. Bem, não era para menos, mas... Será que deveria seguir o conselho de Eriol? Talvez, afinal, ela mal tinha saído do hospital, devia estar se recuperando ainda e... Uma empregada aproximava-se e terminou de bater as pétalas rapidamente.

- Bom dia.

- Bom dia.

- Entre, por favor.- Fez um sinal para que a acompanhasse.

- Obrigado.- Passou a seguir os passos lentos da mulher.- Ahn... Ela já está melhor?

- Ah sim... O senhor Ogawa tem dado muita atenção e cuidado muito dela. Até tirou uns dias do trabalho, imagine!- Disse como se fosse algo extraordinário, subindo os poucos degraus que levavam à porta principal.

- Hm... Que bom.

- Sim.- Parou finalmente, depois de fechar a porta.- Sente-se, por favor. Vou avisá-la, espere um momento.

- Tudo bem.

Viu a mulher subir as escadas num passo lento, regrado. Sentou-se e cruzou a perna direita, apoiando as flores no espaço do sofá ao seu lado. Afastou um pouco a gola do seu pescoço, tudo parecia o sufocar. Balançava o pé nervosamente quando Kiyohide apareceu descendo as escadas.

- Syaoran, que bom o ver!- Veio ao seu encontro e o cumprimentou. Parecia feliz.

- Digo o mesmo, Kiyo. Vim visitar Sakura, ver como ela está.- Lembrou-se de só ter ido ao hospital apenas uma vez.

- Ah, bem melhor. Apenas algum mal-estar esporádico, mas... Vamos subir, ela está lá em cima.

- Está descansando? Se estiver, eu volto outro dia e...- Seria uma ótima desculpa para demorar ainda mais a vir.

- Não, não é isso.- Sorriu.- É que para não haver problemas com esforço físico e deslocamento, achei melhor mantê-la confortável lá em cima, só descendo quando inevitável.

- Ah sim... Tudo bem, então.

Kiyohide sorriu. Syaoran deu alguns passos, mas voltou apressado para pegar o ramalhete esquecido no sofá, voltando a acompanhar o amigo logo em seguida.

Subiu as escadas e logo estava no corredor bem iluminado pelas janelas de todos os cômodos, que no momento encontravam-se abertos. Viu a mesma mulher que o recepcionou dirigindo-se a escada e lhe deu um forçado sorriso simpático. Logo, Kiyohide parou. Deu espaço para que Syaoran entrasse primeiro. Droga. Com alguns passos já estava dentro de um escritório não muito grande, onde podia ver Sakura de costas, mexendo em alguns papéis, sentada de frente para a janela. A mulher virou-se ao perceber a aproximação. Arqueou levemente as sobrancelhas.

- Li!

- Olá. Vejo que já está melhor.- Entregou o ramalhete meio depenado desajeitadamente.

- Sim.- Olhou para as flores, algumas completamente despetaladas. E pareciam ser... De hospital. Sorriu.- São muito bonitas.

Nem notou que ela estava mentindo. Os olhos de cor ímpar sequer piscavam. Os cabelos lisos estavam ajeitados por um arco de cor cobre, perdendo o brilho para alguns fios da mesma cor. Num traje branco e confortável, se assemelhava a uma ninfa a seu ver.

O silêncio que se seguiu foi incômodo. Kiyohide só agora os observou. O que acontecia?

- Sente-se, Syaoran.

- Não, eu só vim fazer uma visita rápida mesmo.

- Relâmpago?- Usou de ironia.- Fique para almoçar ao menos.

- Tenho alguns assuntos para tratar ainda pela manhã.

- Bom, se é assim... Eu te acompanho até lá embaixo.

- Tudo bem.

- Não, espere.- Sakura alcançou o antebraço de Syaoran, tocando-o com as pontas dos dedos. Ele sentiu os nervos eriçarem.- Eu preciso agradecer.

- Não foi nada.

- Claro que foi. Se não fosse você estar passando ali, não sei o que seria de mim e do meu filho.- Inconscientemente levou uma mão ao ventre saliente, mas sem desviar o olhar.

- Tudo bem. Fico feliz por ter podido ajudar.- Seus sentimentos suavizaram-se.

Sakura sorriu.

- Até mais.- a voz feminina era baixa, doce.

- Até.

Syaoran saiu do cômodo, e Kiyohide o acompanhou em silêncio até o portão.

- Hoje realmente não posso ficar mais. Talvez venha um outro dia.

- Sim, será sempre bem-vindo.

- Preciso ir agora. Qualquer coisa me liga.

- Ok. Tchau.- Viu-o distanciar-se.

Já de costas, abanou a mão. Aparentava estar com o ânimo melhor.

O homem de belíssimos olhos azuis entrou em sua casa com um leve nervosismo lhe rondando, e ao fechar a porta, sem perceber, acabou batendo-a, causando um estrondo que acabou por chamá-lo a realidade. Recomeçou a subir o lance de escadas. O que estava acontecendo? Por que aquele pretexto intitulado de 'visita' para ver Sakura? Será que seu amigo... Não, não, estava procurando pêlo em ovos, era melhor sossegar os ânimos e desanuviar a mente.

- Sakura?- Aproximou-se de onde a esposa estava e ouviu o barulho do atrito da cadeira com o assoalho.

Entrou e ela estava sentada novamente. As flores pareciam ter sido jogadas às pressas na cômoda ao lado.

- Tudo bem?- Aproximou-se.

- Tudo. Por que?- Fitou-o com um sorriso no rosto.

Passaria a tarde a contemplar seu sorriso se os seu olhar não tivesse desviado para a mão feminina e a encontrado segurando a caneta ao contrário. Que diabos estava acontecendo ali? Passou rapidamente uma mão pelo queixo:

- Ficou surpresa com a visita?

- De certa forma sim... Mas eu já devia imaginar que ele viria...- Pausou.- Afinal, foi ele quem me ajudou, não é mesmo?- Acrescentou, fazendo a mente do marido fervilhar de idéias.

- Sim, tem razão.

Observou a esposa sorrir e arranjar-se na cadeira corretamente, soltando a caneta e pegando um lápis para continuar seu trabalho. Ela não tinha notado nada. O homem afastou-se e seguiu para o quarto.

Ela parecia ter ficado mais tranqüila ou era impressão sua? Podia ser por vários motivos, mas Syaoran... Não. Jogou-se na cama. Não era certo desconfiar do amigo, afinal, nunca tivera motivos. Pelo menos até agora... Sua memória lhe trouxe algumas lembranças... Algumas poucas coisas que Li havia lhe contado sobre Tomoeda... O jantar... Naquele jantar... Nervosamente passou as mãos pelo rosto. Tudo em sua vida sempre foi claro e transparente, e não seria agora que deixaria tudo se enevoar à sua volta. Levantou-se para tomar um banho. Daria um jeito de descobrir tudo isso.

- Alô.- Disse sem tirar os olhos do papel.- Tomoyo!- Sorriu.- Sim, sim. Já adiantei boa parte. Claro, pode sim. Certo. Vou deixar com a Emi e ela lhe entregará. Até mais, beijos. Tchau.- Colocou o fone no gancho.

Separou as folhas que Tomoyo passaria para pegar mais tarde. Pensando bem, até que trabalhar em casa estava a distraindo realmente, já havia adiantado um bom tanto do trabalho, mas... Será que estava agindo certo? Afinal, Kiyo havia tirado uns dias para ficar em casa com ela. O trabalho era só para... Bem, não importava. Levantou-se. Aproveitaria para curtir o marido enquanto o tinha por perto a todo o momento.

- Kiyo?- O chamou, entrando discretamente no quarto empurrando devagar a porta semi-aberta, encostando-a logo em seguida.

Logo pôde ouvir o barulho do chuveiro e deduziu que ele estava no banho. Sentou-se à frente da penteadeira e tirou o arquinho, pondo-se a escovar as longas madeixas. Syaoran... Até que não tinha sido tão ruim assim vê-lo novamente. Poder encarar novamente aqueles olhos tão intrigantes tinha sido diferente... Ainda não tinha conversado civilizadamente com ele. Será que ele ainda tinha as mesmas idéias, os mesmos conceitos de antes? Pensando bem... Aceitaria sim conversar com ele. Ele não...

- Sakura?- Ouviu a voz masculina.

Virou-se para a esquerda e pôde ver Kiyohide com os cabelos molhados e uma toalha em volta da cintura. Com uma outra toalha secava o cabelo distraidamente enquanto falava algo. Sakura prendeu sua atenção a uma gota d'água que descia lentamente pelo abdômen do marido, mas logo saiu de seu 'transe' e ainda captou o restante do que falava.

- ...por isso achei bom que saíssemos hoje.

- Para onde?

- Ah...- Dirigiu-se ao closet.- Para onde preferir.

- Mesmo? Então...- Voltou-se para o espelho, terminando de arrumar o cabelo.- Que tal ao parque central?

- À tarde?

- Sim. O dia está maravilhoso, acho que devíamos aproveitar.- Pelo espelho observou-o se aproximar, abotoando a camisa.

- Tudo bem.- Disse secamente, sem se importar.

- Podíamos ir logo depois do almoço.

- Você quem sabe, Sakura.

Sakura observou o marido pelo canto dos olhos. Onde estavam os nomes carinhosos pelos quais a chamava? Estava tão sério... Parecia nem estar a ouvindo realmente... Virou-se para ele.

- Aconteceu alguma coisa?

- Comigo?- Não esperou assentimento.- Não. Afinal, não há motivos, há?- Pelos orbes azuis observava seriamente cada movimento da sua mulher.

- ... Não... Claro que não...- Disse em desânimo, se sentindo mal pela resposta.

- Então vamos. Emi já deve ter arrumado a mesa.

- Sim...- Levantou-se. Sentia-se estranha, como se tivesse culpa de algo. Que pecado, afinal, havia cometido?

Sentou-se no banco mais próximo. Já se sentia exausta pela pequena caminhada.

- Quer ir embora?- Kiyohide lhe perguntou assim que sentou-se ao seu lado.

- Daqui a pouco vamos.- Fechou os olhos sentindo a brisa brincar com seus cabelos. Apesar do cansaço, neste dia estava se sentindo mais leve, mais livre.

Ficaram em silêncio por algum tempo. Sakura perdida em pensamentos e Kiyohide em supostos problemas. Ela virou-se e viu o marido com o olhar vago, sem rumo. Tocou seu braço:

- Tudo bem?- Perguntou com certo receio de receber uma resposta atravessada, sentimento percebido por ele.

- Sim... E... Desculpe por aquela hora. Eu... Estava um pouco nervoso.

- Não tem problema. Eu percebi.- Sorriu e acariciou lentamente seus cabelos.

- Sakura... Eu andei pensando e...- Precisava achar as palavras corretas.- Está tudo bem com você?

- Sim, estou bem.

- Não me refiro ao físico.

- Eu também não.- Fagulhas de medo pareciam a ter acertado em cheio.

- Escute.- Fixou seu olhar nos olhos verdes.- Sinto que algo está acontecendo com você, e acho que está na hora de me contar.

Sentia suas mãos gelarem. No fundo sabia muito bem o que estava acontecendo consigo, e o motivo de tudo isso, mas... E agora?

Continua...

N/A: Hei! Tudo bem? Demorei de novo, mas acho que dessa vez foi menos, não? Está na cara que está acabando então não me deixem postar mais que dois capítulos a mais, ok? Acabei de escrever e já postei, nem revisei, então, como sempre, perdoem os possíveis erros. Vejamos se tenho algo a comentar... Hm.. Na hora em que a Sakura fica observando a ingênua gotinha de água descendo pelo corpanzil do moço, não pense o que não é pra pensar, como eu. Foi somente um 'ponto de fuga', mas para torná-lo mais agradável deixei-a observando a gotinha mesmo. Ah, uma NOVIDADE! É verdade que eu já deveria ter feito isso há muito tempo, mas não é sempre que as idéias vem na hora certa, náo é? Pois bem, fazendo uns trambiques, acabei por montar a Sakura, o Syaoran e o Kiyo em carne e osso, haha. Quem quiser dar risad... er..vê-los, eu coloquei as imagens no meu blog, cujo endereço está no meu profile. (ff.net chato não deixa colocar links) Bom, é isso.
Meu muito obrigada à:
Yoruki Hiiragizawa: Ah, Yoruki, bem que eu tentei, mas não achei defeitos no Kiyo.rs Depois desse fic eu vou tirá-lo da Sakura, pode deixar. Tudo vai terminar bem para alguém, com certeza, já que desisti da idéia de matar a Sakura. :p bjinhos
Anna Lenox:
Uhu! Convenci mais uma de que a Sak deve ficar com o Kiyo! Na verdade verdadeira eu é quem devia ficar com ele, mas... bjos, miga
Miaka: O Eriol é exclusivo seu por enquanto, ehhe. Ele está meio sumido por falta do que fazer mesmo, e se eu chamá-lo de inútil 'alguém' vai querer me bater, então... Quem sabe um dia ele não volta? XD
Cherry Hi:
Bom, se você torcer para o Kiyo, ótimo, mas se você torce contra ele... ótimo também! Assim eu o pego apra mim :p. Valeu pela força, Chery!bjos
Merry Anne:
Puxa, assim me sinto lisonjeada (e envergonhada). ## Já está acabando, não vou te deixar esperando por muito mais tempo. kissu
Arwen:
Aqui está a continuação. . Obrigada pelo review.
Violet:
Olá Tomoyo! Também estava com saudades suas. Muito obrigada pelo review, e dentro em breve sua curiosidade estará morta e enterrada com a chegada do final que se aproxima. A sua confusão é inteiramente compreensível e já dominou minha mente muitas vezes e por muito tempo (este é um dos motivos da minha demora passada). Espero que tenha gostado. Bjos
Alexiel Goddess of the war:
Puxa, obrigada Alexiel. Se quiser ver como o Kiyo é, passa lá no meu blog e dá uma olhada. Tenho certeza de que vai gostar ainda mais dele.bjos
Sayo Amakusa:
Percebi que a mocinha aí anda sumida... Ainda quero ver o final daquele fic este ano, hein? Você não é uma droga de amiga, é que dúvidas como 'o que faço com a Sakura?' pairavam sobre minha mente, só isso. Isso é que dá mudar os planos iniciais no meio do fic XD. Ei, se a Sakura morrer (agora só no parto, né?) o Kiyo é inteiramente meu, viu? Que coisa. Ah, se você vir a foto do 'Kiyo' você vai adorar, ahhahha. (meu blog já está em dia)bjos
Madam Spooky:
Nossa, eu ainda quero saber de onde você tirou a idéia de que sou má. Por que? O que eu fiz? Sempre viso a felicidade de todos, não é mesmo? Inclusive meus personagens, criaturas tão adoradas. Obrigada pelo review. bjos
Metabee.x: Claro, afinal, eu sou fã do Matthew. E pára com essa graça do hashi, hein!!! XD
M.Sheldon: Puxa M, você até me deixa sem graça. XD Não sei nem o que te falar. Agradeço pelos elogios e por estar acompanhando este fic, que acho que é um dos meus melhores que fiz até agora, aprendi muito com ele. Obrigada de novo e bjos.(Desculpe)

Até a pró-xi-ma.
Hime