Saint Seya não é meu, mas a fic sim!

Oi, aqui é o Afrodite, mas podem me chamar de Dite! Principalmente se for um homem alto, gostoso e... Heim? Não falei por mal Máscara, juro!

Gritos e objetos quebrados são ouvidos ao fundo.

Ai... como ia dizendo, agora eu serei o narrador dessa bagaça e falarei da minha Bianca. Ah sim, só para lembrar, quando uma frase estiver entre aspas é por que alguém está pensando. Bom, continuem me acompanhando!

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Capítulo 2 – Bianca

Eu e o Carlo (mais conhecido como Máscara da Morte) fomos até a sala e sentamos no sofá. Ai, como poderia começar a falar de um assunto tão delicado? Um passado tão distante? O assunto era muito grave e a conversa inevitável. Olhei os olhos dele, respirei fundo e falei:

- Está na hora de você saber a verdade sobre o meu passado, Carlo!

- Estou ouvindo!

- Detesto ter que falar isso, mas ainda não poderei contar todos os detalhes, pois eu te amo muito e não sei o como vai reagir quando certos segredos chegarem aos seus ouvidos. Também não sei como reagirei quando receber a lembrança da Bia, mas vou contar todo o meu romance. Vai ser duro para você ter que ouvir, mas você teria que saber mais cedo ou mais tarde, ainda mais agora...

- Você está me deixando preocupado! Não começa...

- Desculpe, mas tudo começou na Groenlândia, onde conheci a Bianca, uma linda garota com apenas 2 anos a mais do que eu. Ela tinha os cabelos castanhos lisos e olhos azuis que brilhavam mais do que duas safiras. Ela sempre foi corajosa e decidida. Era engraçado, mas eu posso contar nos dedos as vezes que ela chorou e ainda sobraria dedo. Mesmo quando se feria gravemente, ela levantava, sorria e dizia:

- A dor é psicológica, quanto mais você quer, mais você sente.

Aquele sorriso simples e infantil, aquela falsa ingenuidade que a Bia tinha acabava com qualquer um. Nem eu sei quando tudo começou, mas logo aquela espevitada havia roubado o meu coração. Ela me dava forças para continuar e me incentivava a não me dar por vencido nunca.

Nós crescemos juntos e logo descobrimos o amor, pelo menos era o que pensávamos. Duas crianças juntas, não podia ser diferente! Sem ter com quem me aconselhar, fomos muito além do esperado e desde que fiz 11 anos começamos a nos encarar e agir diferente. Cada dia era mais difícil resistir e a curiosidade aumentava.

Eu já estava com uns 12 anos quando aconteceu o inesperado. Era um dia de verão na Groenlândia, estávamos no mês de junho e o tempo colaborava para o clima de romance. Havia mais: estávamos sozinhos e poderíamos fazer o que quiséssemos. Nós organizamos a mesa e tivemos um janta à luz de velas. Quase queimamos a casa, mas deu certo!

Assim que comemos, bebemos um pouco de vinho também. Se bem que eu não sei se 3 litros pode ser considerado pouco para 2 pessoas. O mais engraçado é que misturávamos a um refrigerante para ficar mais doce e mais apetitoso. Logo começamos a nos beijar: primeiro um selinho na boca, depois um carinho no pescoço e logo o álcool fazia o seu efeito, nos deixando leves e saltitantes.

Eu a levei para minha cama e a beijei da testa aos pés, mesmo ela estando com roupa. Algo pareceu me queimar e tive que tirar a minha roupa, assim como ela. Já estávamos completamente nus quando a coisa realmente esquentou. Ainda éramos jovens e inexperientes, mas tivemos uma noite de amor inesquecível.

Eu a beijava, lambia e dava pequenas mordidas. A Bianca me fazia o mesmo e nosso coração acelerava. Eu senti algo sair de minhas intimidades. Era um líquido meio gosmento e quanto mais animado ficava, mais saía. Não sabia o que significava, mas achava que tinha algo a ver com a emoção.

Nos beijamos mais uma vez e como se tivéssemos sido guiados pelo instinto, começamos a transar. Era algo selvagem, mas muito bonito. Ficamos a noite toda assim, inventávamos posições, seguíamos nossos corações e esquecíamos a razão. Cansamos algum tempo depois e dormimos ali mesmo, sem tomar banho nem nada.

Na manhã seguinte, o pai dela entrou no quarto e nos viu dormindo na mesma cama, abraçados e completamente nus. Ele ficou furioso e nos acordou aos berros. Ainda me lembro das palavras dele:

- FILHO DUM CANE! COMO PÔDE FAZER ISSO AO MEU ANJINHO? Filha, nós entendemos que não é culpa sua, este moleque deve ter te enganado e te forçado a isso, não é?

- Pai? Eu... – Bia chorava.

- Não fale assim conosco! Não fizemos nada de errado! – eu gritei.

- Você a estupra e ainda quer ter razão? Seu demônio pervertido! Não vou deixar barato...

- Pai, não faça nada, pois o Afrodite não me obrigou a tirar a roupa. – defendia Bianca.

- Bia, não piore as coisas. Eu fui treinado para ser um cavaleiro de Atena e não é qualquer coisa que vai me afetar! – eu a encorajava.

- Ainda tem nome de mulher! Isso é um insulto, Venha! – O homem me puxava para fora do quarto.

- Minhas roupas... – eu pedia.

- Você virá assim mesmo! – Ele tentava me arrastar.

Eu acho que já sabia o que ele pretendia: me humilhar! Não podia fazer nada contra ele, pois era um simples homem e o pior, era o pai da Bianca. Se algo acontecesse a ele, ela nunca me perdoaria. Ele me levou nu para o meio da praça e chamou todos os moradores da região. Quando o público era grande, ele começou:

- Vejam, senhoras e senhores! Este moleque pervertido ousou tirar a honra de minha filha! Minha querida princesa, a menina que criei com tanto carinho e respeito. Se não se cuidarem, ele fará o mesmo com todas as meninas. Esta carinha de inocente é só para enganar, mas Afrodite é um tarado e não pode viver com as nossas meninas!

- Ele é só uma criança! – Alguém gritou!

- Linche o pervertido! – Ordenava uma mulher.

Eu estava nervoso e mal podia entender o que as pessoas diziam sobre mim, mas muitos me condenavam. Ao final, fui apedrejado, humilhado e ofendido de várias formas. Todos me olhavam com desprezo e repugnância. As meninas não chegavam a menos de 10 metros de mim e minha vida havia se tornado um inferno. Mas uma coisa me animava, ver o rosto de Bianca, que tentava fazer de tudo para me ajudar.

Um dia ela começou a ter tonturas, desmaios, vômitos e notava-se que não estava bem. Os pais a levaram dali e espalharam por toda a cidade que a filha havia morrido por minha causa. Eu tinha deixado a Bianca doente e não podia perdoar-me.

Ainda não sei como arranjei forças, acho que a minha vergonha era tanta que tinha que sair dali de qualquer forma. Quando cheguei ao Santuário, logo achei um motivo para mudar e reescrever a minha história. O sorriso dela não saía da minha cabeça e sempre que estava triste ou muito ferido, lembrava dela e de uma frase que sempre me diziaa:

- Um homem forte não é aquele que mais bate e sim aquele que luta por um ideal justo e digno, desde que realmente acredite nele.

Carlo, ela era linda e pura, mas ao mesmo tempo era uma mulher selvagem e corajosa. A carta que acabei de receber é dela. Na verdade, ela começou a escrever, mas não pôde concluir, morreu 10 dias antes de enviar a carta, que só chegou às minhas mãos por que alguém resolveu acreditar em mim.

- Ela morreu de quê?

A voz de Carlo arrepiou a minha espinha e tive que me controlar para não chorar.

- Foi um acidente. Ela bateu o carro e resistiu por 2 dias, tempo suficiente para contar a verdade a uma pessoa especial e começar a escrever a carta, que foi terminada pela mesma pessoa que soube de todo o nosso segredo.

Não agüentei mais e chorei compulsivamente, amparado pelo meu Carlo. Eu soluçava e perdia o ar às vezes. Ele não havia me julgado, criticado e muito menos exigido alguma explicação. Foi meu primeiro amor e ele sabia o quanto era especial, pois já havia tido um romance na adolescência. Minto, sempre soubemos que o Carlo era o tipo de pessoa que saía pra farra, pegava de tudo, mas não tinha romances sérios.

Sinceramente, ainda não sei como, mas consegui me acalmar. Olhei nos olhos dele, que estavam um pouco perdidos e sem reação. Aquilo era muito sério e não sabia o que fazer, como me ajudar. Eu respirei fundo e falei:

- Não fique assim, o pior já passou!

- Dite, o que posso fazer para ajudá-lo?

- Você já me escutou, Carlo! – tentei sorrir. Foi um sorriso triste, mas sincero.

- Eu nunca imaginava que tivesse passado por tudo isso. Sempre fora tão alegre e brincalhão... É até uma ironia!

- Não, amigo. Você pode ser feliz sempre que tiver a certeza de que sua vida não está sendo inútil.

- Você ainda a amava?

Senti que ele fez uma força descomunal para pronunciar essas palavras. Ele nunca foi inseguro, mas... eu cheguei o mais perto possível e comecei a brincar com seus cabelos.

Falei algo mais ou menos assim:

- Eu a amei muito, mas foi um amor puro e inocente, quase infantil, apesar de tudo. Talvez não fosse a mesma coisa hoje. De qualquer forma, não podemos ficar especulando o que iria acontecer se eu a reencontrasse, pois isso é impossível. Hoje o meu amor é seu, o meu corpo e meus sentimentos estão todos em você...

O puxei para perto de mim e o abracei, como se estivesse com medo de perdê-lo. Acho que ele entendeu meus sentimentos e as minhas intenções. Ele me pegou no colo e me levou para cama, mas quando a coisa começou a esquentar, eu lembrei de Bianca, carinhosamente acariciei o rosto dele e falei:

- Hoje não! Estou de luto.

Carlo não falou mais nada, se virou e entendeu o meu lado, mas não conseguimos evitar dormir de mãos dadas e acordar abraçados na manhã seguinte. Ele foi o primeiro a acordar e me levou café na cama. Foi nesse momento que me lembrei.

- Carlo! Tenho que avisar Atena.

- O que foi, parece nervoso... – ele ainda se preocupava comigo.

- É que Ártemis vem hoje à tarde.

- Ártemis? O que ela quer? – Carlo parecia que ia ter um filho.

- Não falo da deusa e sim da pessoa que me escreveu e enviou esta carta. É um rapaz, que irá me revelar a lembrança da Bia. Ainda não posso contar todos os detalhes, pois preciso ouvir as explicações dele primeiramente.

- Entendo! Quer que eu o acompanhe?

- Não. É um assunto que deve ser tratado em particular. Se for possível, não deixe ninguém interferir, pois é de extrema importância.

- Se quer assim, então tudo bem! Posso fazer mais alguma coisa?

- Explique para Atena a situação, mas não revele os mínimos detalhes. Sei que apesar da sua fama, quando quer, pode ser o mais discreto dos cavaleiros.

- Não o decepcionarei.

Carlo partiu para o templo de Atena pouco depois e me deixou sozinho. Assim que ele saiu, falei comigo mesmo.

- Carlo, como eu posso dizer-lhe que Ártemis é meu filho, a lembrança que a Bia me deixou? Um filho que nunca esperei ter e que nem sei se vai me aceitar?

Tratei de arrumar a casa e de uma forma inusitada, passei o dia sendo encorajado pelos outros cavaleiros. O interessante é que nem os mais curiosos me perguntaram o porquê da minha reação no dia anterior. Eles me respeitaram e até me animaram um pouco, eu confesso. Agora poderei encarar mais facilmente Ártemis, que acaba de chegar ao Santuário e me espera na arena.

CONTINUA

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Nossa, que bomba! O Dite tem um filho... Tadinho dele, que romance e que tragédia, heim? Vamos ver como será o encontro de pai e filho no próximo capítulo.

Para quem quiser se comunicar comigo, meu e-mail é a sornasp ARROBA yahoo. com. br

OBS: entre o primeiro a e o s logo em seguida tem o símbolo de sublinhado (ou underline, como queiram)

Para me achar no messenger, é só digitar esse endereço de e-mail, valeu?

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RESPONDENDO REVIEWS:

Paula-chan: E aí, tudo bem? Obrigada pelo review. Gostou de conhecer a Bianca? Bom, sempre que eu pensava numa mulher para o Afrodite pensava no nome Bianca, pois é tão delicado (e é italiana, assim como eu e o Carlo!). No próximo capítulo, rolarão algumas surpresas e uma perguntinha, participe! Quem sabe não apareça uma personagem chamada Paula?