Saint Seya não é meu, mas a fic sim!
Eu pretendia fazer uma narração completa das lutas neste capítulo, mas ficou tão sem graça, que tive que reescrever. Além disso, o Afrodite me convenceu a deixá-lo narrar novamente neste capítulo. Como? Bom, ele disse que se eu o deixasse fazer isso iria promover um encontro entre eu e... isso não interessa agora! Já falei demais, vamos logo à fic!
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Capítulo 5 – A disputa pelas armaduras
Hoje é o dia das disputas pela armadura, saber quem se tornará discípulo de algum cavaleiro ou simplesmente passará a ser cavaleiro de ouro. Há 5 dias que não vejo o Ártemis e ainda não o vi na arena. Estou um pouco ansioso, pois não sei o que pode acontecer hoje...
Ainda não entendo porque Atena insiste nessas lutas. Não gosto de ver crianças lutando sem que tenha um bom motivo, já não basta quando tivemos que lutar contra os cavaleiros de bronze e erramos feio quando ficamos ao lado do Grande Mestre.
Estou com um mau pressentimento e não quero lutar, mas essa luta é necessária, pois não ficarei jovem para sempre e logo terei que arranjar outro para me substituir! O jeito é levantar a cabeça e pedir aos deuses que dê tudo certo!
- Afrodite? O que faz aí? – perguntou Aioria, enquanto estávamos no vestiário.
- Aconteceu alguma coisa, Aioria? – perguntei um pouco embasbacado.
- Nada de especial, mas faz um bom tempo que você está olhando pro nada... – ele comentou com um sorriso.
- Estava pensando no Ártemis, nessa luta... estou um pouco preocupado, sei lá! – confessei a ele.
Aioria é o único que já tem um filho e entende o que estou sentindo. Talvez ele esteja passando por um drama ainda pior, já que terá que lutar contra Ikki de Fênix, um dos mais poderosos cavaleiros de bronze...
- Não fique assim, vai dar tudo certo! Seu filho já é forte e pode se cuidar sozinho. Para se acalmar, converse com o Seya e os outros, eles poderão falar onde e como seu filho está. Afinal, eles ficaram juntos até há algumas horas atrás, não é mesmo? – Aioria tenta me confortar.
- Farei isso mesmo, obrigado! Escute Aioria, sei que você está um pouco nervoso e preocupado com a sua luta, mas Ikki é um bom sujeito e nunca faria nada para machucar você ou a sua família. Se ele tiver que vencer, será de uma forma justa. – falei sorrindo, tentando anima-lo.
- Dite, você é incrível, foi o único que percebeu... É verdade, esses garotos são os cavaleiros mais justos e fiéis à Atena. Por isso podemos ficar traquilos quando lutar contra eles. – ele me respondeu.
Sorrimos e nos abraçamos como bons amigos. Carlo viu a cena, mas nem se mexeu, pois ele sabia o que estava acontecendo: o encontro entre 2 pais que estavam trocando experiências e temores.
Mais animado, fui ao encontro dos cavaleiros de bronze. Eles estavam num outro vestiário, como desafiantes. Entrei, o que causou um certo receio nos outros garotos, mas Seya e seu grupo se aproximaram com um enorme sorriso, exceto Ikki que sempre está sério.
- E então, o que fizeram com o meu filho? – perguntei de forma áspera, como se eles tivessem feito algum mal ao Ártemis.
- Nada demais! Estávamos com fome e não tinha nada para comer, então fatiamos a sua carne e fizemos um belo sashimi, afinal filho de peixe, peixinho é! – provocou Ikki, entendendo onde eu queria chegar.
- Não fale assim, Ikki! O Ártemis é macho! Não viu as longas conversas que ele tinha com aquela garota que vivia ligando para a nossa casa? – Seya falou.
- Se a beleza física dela for metade da beleza da voz, vai deixar até o Afrodite apaixonado! O pior é que quando ele falava com ela, a conversa era tão longa que depois eu tinha que esfriar o telefone para não derreter. – brincava Hyoga.
- Mas ele não ficava só conversando. Constantemente ele acompanhava os nossos treinos e acabava fazendo seus comentários... Além de dar dicas de comidas naturais. O Ártemis é muito inteligente e culto! Nunca vi nada parecido, principalmente quando o assunto era cozinha... – Shun comentou.
- Isso devo concordar. O moleque é um excelente cozinheiro! Faz de tudo e ainda inventa pratos. O mais interessante é a forma que ele equilibra a alimentação, pois comemos até carne bovina e nunca sentíamos o estômago pesado. Nós nos demos muito bem, principalmente nas armações. – Seya explicava.
A essa altura, eu estava radiante. Apesar das brincadeiras, insinuações e provocações, percebi o carinho que eles tinham pelo meu filho e certamente estava tudo bem. Neste momento olhei nos olhos de cada garoto e lembrei que eles eram órfãos. Um aperto veio em meu peito e tive vontade de chorar, mas respirei fundo e perguntei:
- O Ártemis está assistindo?
- Ele estava indeciso ainda e disse que viria depois, se fosse o caso. – Hyoga fala.
- É que assim como eu, o Ártemis não gosta de violência e não sabe se vai ficar à vontade assistindo as lutas. – Shun explicou.
- Entendo! Mas fico feliz em saber que ele está bem e já fez novos amigos. – falei com extrema felicidade.
- E quem sabe um dia não poderemos ser companheiros de luta? – perguntava Seya.
Antes que alguém dissesse algo, Carlo surgiu na porta do vestiário. Ele veio ao nosso lado e parecia um pouco sério, mas eu o conheço! Sabia que ele já havia notado a minha tranqüilidade e também estava satisfeito e feliz por Ártemis e eu estarmos bem.
- Dite, precisamos ir! Teremos que entrar na arena em alguns minutos. – ele falou.
- Já? Nem percebi o tempo passar! Obrigado por tudo garotos e boa sorte! – desejei.
- Para vocês também! – responderam quase em coro.
Nós caminhamos de mãos dadas até o vestiário e ficamos passando força e incentivo um ao outro, até o momento de sermos chamado, pois teríamos que entrar na ordem das casas e infelizmente Peixes e Câncer não são vizinhas! Melhor assim... estaríamos mais concentrados.
Todos os 11 cavaleiros de ouro que aguardavam no vestiário, já estavam enfileirados, vestidos com suas armaduras. Havia um lugar na arquibancada que havia sido reservado para os cavaleiros e os pretendentes.
Conforme a luta terminava, você se dirigia para lá, caso se achasse em condições. Shiryu logo se aproximou de nós e ocupou o seu lugar como cavaleiro de Libra. A visão dos 12 guerreiros dourados lado a lado foi arrepiante!
Como já haviam combinado anteriormente, Shiryu, Mu e Kiki haviam se dirigido ao seu lugar na arquibancada. Shiryu por que não iria ser substituído tão cedo e os arianos por que Mu achava que o treinamento de seu discípulo ainda não houvesse acabado.
Os outros ficaram em um local específico, onde poderiam assistir às lutas. O mais estranho era que o pretendente a cavaleiro de Peixes ainda não aparecera, embora Atena garantisse que ele estivesse lá. Neste momento fiquei à beira de um ataque de nervos, mas Carlo me consolava e fazia com que eu tivesse coragem.
Assisti a todas as lutas. Nenhum cavaleiro havia ficado gravemente ferido (quase ninguém se feriu, seria mais verídico) e portanto não haviam perdido seus postos, mas agora viriam as verdadeiras disputas. A primeira grande luta seria entre Aioria e Ikki.
Foi uma luta muito disputada, onde os dois ficaram muito feridos, mas Ikki foi mais forte e venceu, deixando Aioria gravemente ferido. Dava para ver nos olhos do cavaleiro mais jovem o quão desesperado ficara ao ver o que tinha feito ao seu amigo. Ele nem ligou para a sua condição física e levou Aioria até a maca, mas desmaiou logo em seguida. Foi muito triste, mas felizmente não há riscos de morte.
A luta pela armadura de Virgem foi uma das mais belas e serviu para espantar o terror que fora na luta anterior. Shun ainda é muito dependente de sua corrente, mas mesmo assim tem movimentos belos e rápidos. Shakka é considerado o cavaleiro mais próximo de um deus e talvez seja o mais poderoso. Por incrível que pareça, a luta terminou em empate. Como nenhum dos dois teria como prosseguir, decidiram que morariam juntos na casa de Virgem e treinariam até quando achassem necessário.
Bom, Shura venceu o desafio e ganhou um novo discípulo. Aioros e Seya começaram a lutar, mas Aioros parou a luta e pediu para que remarcassem esse combate, pois seu adversário ainda não tinha condições físicas para prosseguir. Seya concordou com a decisão só porque Aioros prometeu ajuda-lo na sua recuperação e nos treinamentos.
Agora vinha a luta entre mestre e pupilo de verdade! Os dois aquarianos ou cavaleiros de gelo, como eram mais conhecidos por nós, logo se encararam e lutaram. Foi uma luta rápida e tranqüila. Hyoga venceu o desafio e Kamus teve que ser levado ao ambulatório. Nada muito grave, mas devido à hipotermia de seu corpo ficou em observação. Hyoga, mais tranqüilo pode assistir à minha luta.
O pretendente a cavaleiro de Peixes finalmente aparecera, mas escondia o rosto e os cabelos com máscara e capuz. Me surpreendi com a sua capacidade e cheguei a me lembrar da luta que tive contra o Shun. Foi uma luta difícil e cansativa, mas alguma coisa nele me chamava a atenção. Mesmo sem ver o seu rosto, tive a impressão de conhecê-lo muito bem.
Comecei a provocar, utilizando todos os meus recursos e forças, pois a única regra nesse torneio é não matar. Ele começou a demonstrar cansaço, mas ainda atacava. Ele era muito inexperiente em batalhas e me aproveitei da situação, mas sei que se essa não fosse a sua primeira grande batalha, a coisa seria pior para mim.
Não consegui entender o porquê, mas eu estava gostando daquela luta, daquela aproximação. Depois de muito esforço, consegui vencer e ele então revelou sua identidade. Caí de joelhos no chão. Não sei se chorava, sorria, mas consegui falar:
- Ártemis?
- Oi, papai. Gostou da surpresa?
- Filho, era você! Como você está? Eu te machuquei?
- Estou bem, só um pouco cansado. Nada que uma boa refeição e uma boa noite de sono não resolvam. E você, como está?
- Sofri muito com a luta, mas não é nada grave. Consegue se levantar?
- Acho que sim, mas você...
Nós rimos e os enfermeiros já haviam chegado ao nosso lado. Insistiam em colocar-nos nas macas. Olhei nos olhos do meu filho e percebi que ele também olhava para mim. Nos deixamos levar e depois de alguns exames confirmamos que não era nada grave. Só precisávamos de uma boa refeição e um bom descanso.
Eu nunca vou esquecer esse dia! O dia que meu filho se tornou meu pupilo. Todos vieram nos cumprimentar. A habilidade e força de Ártemis surpreendera a todos, menos Seya e seu grupo, que já haviam treinado com ele nesses 5 dias. Queria brigar, gritar, mas ao ver o sorriso no rosto do meu filho e a forma que ele se relacionava com os outros, eu amoleci e deixei por isso mesmo.
Ao final do dia, soubemos que Aioria não ficaria muito tempo internado, havia quebrado 3 costelas e a clavícula esquerda e logo receberia alta. Obviamente precisaria de muito repouso e de certos cuidados, mas Marin se garantia sozinha. Apesar disso, Aioros se ofereceu para ajudar e Seya ficaria com eles. Assim eles poderiam fazer algo diferente para ajudar na recuperação dos dois cavaleiros.
Depois de conversar com Dohko e Atena, os cavaleiros decidiram o seguinte: Aioria moraria com a família na casa de Áries e Mu e Kiki iriam para a casa de Virgem, que era espaçosa e abrigaria confortavelmente até 8 pessoas se fosse preciso. Seya e Aioros ficariam em Sagitário mesmo, mas toda manhã eles iriam até a casa de Áries, onde Seya faria tudo o que fosse preciso: arrumar, limpar, enfim o trabalho pesado era dele! Aioros o ficava fiscalizando e aproveitava para tentar distrair e minimizar as dores do irmão. Claro que aproveitava para brincar com o sobrinho.
Eu fiquei cuidando do meu filho e aproveitava para passar adiante todas as minhas experiências em batalhas. Afinal, aquela tinha sido a sua primeira luta e só perdeu por falta de experiência mesmo. Eu e Carlo nos tornávamos mais íntimos e éramos apoiados por Ártemis, tudo entrava nos eixos.
Depois de alguns dias, um soldado veio à porta de nossa casa.
- Bom dia, aqui está a correspondência da casa de Peixes.
- Obrigado. – respondi, pegando os envelopes.
Eram três no total. Entrei em casa e fui caminhando até a sala, onde Ártemis me esperava.
- O que foi, pai?
- Eram as correspondências.
- Sério? O que tem aí?
Comecei a ver o remetente do primeiro.
- Hum... Vejamos! Este é propaganda, vai pro lixo.
Coloquei o envelope em cima da mesa e analisei o segundo.
- Isso deve ser conta ou algo do gênero, depois eu vejo! E o último é...
Li o remetente e não reconheci aquela grafia, aquela letra, olhei o destinatário, mas não reconheci o meu nome. Era uma letra estranha e certamente não era nada parecido com as línguas que conheço. Olhei para Ártemis e disse:
- Estranho, este envelope é estrangeiro, mas não reconheço essa língua.
- Deixe-me ver! – Ártemis correu ao ver o envelope.
Ele nem viu o remetente e já abriu um largo sorriso. Ele cheirou o envelope e seus olhos ficaram cheios de água. Eu estranhei a reação dele e perguntei:
- O que foi?
- É dela, papai! Finalmente ela me respondeu.
- De quem você está falando?
- Da garota mais linda que já vi neste planeta, papai. Uma brasileira muito boa e alegre, a MINHA garota.
- Hum... entendi! Bom divirta-se lendo. Sei que deveríamos começar o treino, mas você não conseguirá se concentrar se não ler esta carta, portanto, aproveite!
- Obrigado! Você é o melhor pai do mundo!
Ártemis me abraçou alegremente e correu para o seu quarto. Ficou um bom tempo lá e então resolvi cuidar de minhas rosas. Depois aproveitei para fazer uma limpeza geral e ele me ajudou. Parecia dançar com a vassoura na hora de varrer e achei tudo maravilhoso, pois nunca o havia visto tão radiante.
- Pai, você pode receber a minha namorada daqui a 30 dias? Ela entra em férias e queria passar pelo menos uma semana ao meu lado...
- Bom, por mim tudo bem, mas devo pedir permissão a Atena antes.
- Acho que Atena não se importará de receber uma amazona de prata.
- Como assim?
- A minha garota acabou de se tornar a amazona de onça.
- O quê? Mas há várias gerações que ninguém conseguia tal proeza!
- É, e ela quase morreu, mas conseguiu.
- Se é assim, melhor. De qualquer forma, avisarei Atena. Mesmo por que a sua amiga terá que ficar na vila das amazonas.
- Certo! Estou tão feliz, papai...
- Eu também querido, eu também.
Nós nos abraçamos carinhosamente e depois continuamos na nossa faxina. Claro que ele aproveitou para me contar tudo sobre a minha futura nora e eu adorei. Foi um dia maravilhoso e inesquecível! Eu nunca me divertira tanto. E pensar que há pouco tempo eu nem imaginara que tinha um filho...
CONTINUA
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Eu sei este capítulo talvez tenha sido o pior, mas não gosto de escrever batalhas e estou um pouco cansada, por isso me perdoem! Para compensar este fiasco, estou preparando um capítulo emocionante para logo mais. Espero postar o mais rápido possível, aguardem!
Bom, as sugestões de nomes que foram enviadas por e-mail, messenger, icq, sinais de fumaça, reviews e outros artefatos foram:
Cristina (Este foi sugestão minha)
Paula
Diana (nome romano de Ártemis)
Vanessa
Infelizmente ainda não consegui pensar na personagem e por isso estou adiando a sua aparição. Confesso que também estou doida para escrever esse romance, mas fazer o quê? Tenho que aproveitar as inspirações. hahaahah
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RESPONDENDO
Elektra de Artemis: Boa sugestão, entrou na lista!
persefone-sama: Vou me deixou vermelha e incentivou a escrever um especial sobre os dias que anteciparam as disputas das armaduras. Pretendo caprichar, por isso tenha um pouco de paciência...
