Se alguém quiser se comunicar comigo, pode entrar na minha bio, que tem as informações do e-mail, msn e icq (se digitasse aqui não iria aparecer mesmo! ¬¬). É o carinho e a atenção de vocês que fazem eu me animar a continuar...
Saint Seya não é meu, mas a fic sim!
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Capítulo 7 – A chegada da Onça
Pela primeira vez, Aioros começa a suar e não sabe como começar a atacar. Vendo a expressão de seu adversário, a amazona de onça eleva o seu cosmo e lança um olhar fulminante. A cena se volta ao templo de Peixes, onde Afrodite vestia a sua armadura. O rosto de Ártemis se ilumina e ele fala:
- Pai, estou indo lá!
- É muito perigoso! Além do mais sei que o Seya e o Aioros estão junto da estranha. – Disse Afrodite, em tom receoso.
- Não se preocupe! Eu tenho pena é deles que não conhecem esse cosmo. – Ártemis olha o pai com um sorriso e sai correndo.
- Mas filho... – Afrodite gritava, mas já era tarde demais.
Enquanto Ártemis corria como um foguete, fato que causou espanto em todos os cavaleiros, Aioros e a estranha continuavam se encarando. Ela toma a iniciativa e parte para cima do cavaleiro de ouro, mas não o atinge.
A garota começa a ameaçar chutar, socar, mas move-se como se estivesse dançando. Ela é muita rápida e esperta e desvia dos golpes de Aioros e parece fazer questão de mostrar que não quer bater no cavaleiro. Sempre séria, ela continua sendo leve, graciosa e perigosa, o que deixa Seya sem reação.
Com a movimentação de cosmos, muitos curiosos vão chegando, influenciados pelos pupilos e pela presença que sentem. Até Aioria, com a ajuda de Aldebaran vai ver a luta.
Quando Ártemis chega à roda, já estão todos os cavaleiros de ouro da casa de Virgem para baixo, os pupilos deles e o restante que morava acima está se aproximando. O rapaz fica observando o olhar de espanto da platéia e a luta que se travava ali. Ele sorri.
"É a minha vez!" – Pensa Ártemis.
O garoto pula por cima da platéia e se coloca perto dos dois. A menina percebe aquilo, mas não se desconcentra e continua atacando, até que Ártemis fala:
- Não tem graça jogar capoeira sozinho...
- Aspone? – A garota comemora, sem tirar o olho do adversário.
- Naconi! – Ártemis exclama sorrindo.
Todos olham para os dois sem entender nada. Que tipo de código era aquele? Os dois se conheciam? Os cavaleiros de ouro estavam imobilizados por causa de tudo o que viam.
- Aioros, deixa comigo! – Ártemis diz sorrindo, se pondo entre o cavaleiro e a garota.
- Mas ela é muito forte... – avisa Aioros.
- Eu sei. Conheço muito bem esse cosmo, não é? – diz piscando para a garota.
A garota pára de atacar Aioros e se vira para Ártemis. Com um sorriso irônico, pergunta:
- Está me desafiando, Aspone?
- Não. Estou convidando para uma dança, a nossa dança. – Ártemis responde.
- Aceito. Será muito mais divertido...
- Senhor Aioros, poderia se afastar um pouco? Precisamos de espaço. – Ártemis pede delicadamente.
- Eu não estou entendendo nada... – Aioros comenta.
- Pode confiar em Ártemis, Aioros. Eu passei 5 dias ao lado dele e sei do que é capaz. – Seya afirma.
- Se é assim, Ártemis, está na sua mão! – Aioros diz, juntando-se à platéia.
O garoto sorri e os dois se olham fixamente. Eles começam a fazer movimentos estranhos, como se estivessem estudando um ao outro, mas ao mesmo tempo, eles estão dançando. Aldebaran fala para todos ouvir:
- Mas... Eles estão jogando capoeira!
- O quê? – Perguntam todos.
- O que é capo... isso que falou? – pergunta Aioria.
- Capoeira é uma espécie de dança e luta ao mesmo tempo. Vem da África e na época que havia escravidão no Brasil, os negros treinavam e diziam ser uma dança, para enganar os senhores. Por isso falam em jogar capoeira e não lutar! – explica o brasileiro.
- Eu nunca tinha visto nada parecido... – comenta Shun.
Ártemis e a garota estavam cada vez mais compenetrados na luta. Ninguém se acertava, mas os movimentos dos dois ficavam cada vez mais rápidos e letais. O público também aumentava.
Era um espetáculo incrível. Ninguém conseguia desgrudar os olhos e nem se atrevia a interferir, parecia que os dois se conheciam muito bem, a ponto de saber qual seria o próximo ataque. Afrodite, que decidira ir até lá, estava nervoso com tudo aquilo.
"Ártemis, meu filho, por favor, não morra!" – O cavaleiro de Peixes pensava consigo.
- Não se preocupe, Dite! Ártemis é um grande guerreiro e não vai morrer. – Máscara da Morte dava forças ao seu amante.
Enquanto Máscara da Morte dava apoio a Afrodite, que já estava para desfalecer, os outros se preocupavam em não perder nenhum movimento. A ansiedade era tão grande que ninguém percebera a chegada do Grande Mestre Dohko e da deusa Atena.
Era muito estranho o rumo que a luta tomava, pois os dois aumentavam o ritmo e a velocidade de maneiras incríveis. Eles chegavam a ultrapassar a velocidade da luz em alguns golpes e tinham uma sincronia de deixar até os gêmeos babando de inveja. Porém, ambos já estavam se cansando e percebendo o quanto chamavam atenção. Ártemis falou:
- Estamos chamando a atenção de todos...
- Verdade. Viramos a atração cultural daqui! Acho melhor parar. – A jovem falava.
- Concordo. Até Atena parou para ver! – Ártemis diz sorrindo.
- Não pode ser! O que ela vai pensar de mim? Bom, já era! – A garota diz dando um mortal para trás.
Ártemis também pára e se põe em pé. Todos estão boquiabertos e não conseguem acreditar no que viram. Mesmo Dohko e Atena estão surpresos. O Grande Mestre respira fundo e pergunta:
- Posso saber o que está acontecendo? Quem é essa jovem?
- Mestre Dohko! – Ártemis faz uma curta reverência. Ele se vira para Atena e desta vez faz uma reverência à altura de um deus. – Atena...
- Fi-filho? – Afrodite está trêmulo e sem forças.
- Bom, antes de mais nada, quero apresentar-lhes a amazona de onça, a pequena Diana. – ele fala apontando para a garota ao seu lado.
O tumulto é geral. Ninguém pode acreditar. Como uma garota pode ser uma amazona de prata, ou melhor, a amazona de onça? Ninguém conseguia obter tal armadura há muito tempo. Milo falou, abismado:
- Mas é só uma criança! Deve ter no máximo 10 anos... Além do mais, não usa máscara.
- Na verdade, tenho 12 e se não uso máscara é por que não é comum uma menina andar de máscara no Brasil fora da temporada do carnaval. Todos me tratariam como uma extraterrestre... – ela fala docilmente.
- Ártemis, quando começaram a lutar, vocês não se chamavam pelo nome. Que códigos eram aqueles? – pergunta Aioros, sério.
- Código? Não usamos nenhum código... – estranhou Ártemis.
- Ele deve estar falando dos nossos apelidos, Aspone! – Diana fala.
- Sim, era essa a palavra e você disse outra mais estranha ainda... – Aioros comenta.
- Aspone e Naconi são apelidos que usamos desde crianças. Nos conhecemos no Brasil, desde antes de começar a treinar e nossos mestres, percebendo esse elo poderoso que havia entre nós, decidiram que treinaríamos sempre próximos. Tudo era muito divertido, até o dia em que o meu mestre morreu, sem ter terminado meu treinamento... – Ártemis se entristece ao dizer a última frase.
- Como a minha mestra conhecia o estilo do mestre do Aspone, ou melhor, do Ártemis, decidiu inovar e continuar o treinamento, adotando-o como seu novo pupilo e se aproveitava do fato de termos a mesma idade para fazer um corpo-a-corpo constante. Assim, crescemos juntos e nos aproveitamos da vantagem que tínhamos ao poder crescer lutando contra alguém do sexo oposto, desafiando nossos limites. – Diana terminara de explicar.
- Na verdade, quando comecei o treinamento com a mestra dela, brincávamos que como a Na... Diana era a discípula oficial, ela era a minha comandante e eu era o seu assessor. Um dia descobrimos um termo antigo existente no Brasil, cujo significado era Assessor de Porra Nenhuma. Esse termo era Aspone e passei a utilizá-lo. Meio à força, é claro, mas com o tempo me acostumei com a brincadeira. – Ártemis explicava.
- Como na época éramos crianças, um apelido não poderia ficar sem retribuição. Por isso o As... Ártemis inventou o termo Naconi, que segundo ele significava: Não Comanda Ninguém. E passou a me chamar assim. O pior é que isso foi se tornando tão constante, que até a nossa mestra só nos chamava pelos apelidos... – Diana termina de explicar.
- Então você é a famosa amazona de onça... – comenta Máscara da Morte.
- Sim. Meu nome completo é Diana Schröeder Oliveira. Minha mãe é alemã e meu pai é brasileiro. Podem me chamar de Diana. – A garota diz.
- Eu sou Saori Kido, a reencarnação de Atena e este ao meu lado é Dohko, o Grande Mestre. Seja bem-vinda! – apresenta-se a deusa.
- Sim, obrigado pela acolhida. Sinto-me honrada em estar no Santuário. – a menina diz, ajoelhando-se perante os dois.
Os cavaleiros e aprendizes começam a bombardear todos de pergunta. Eles estão muito curiosos com aquela dupla. Afrodite acaba desmaiando e chamando a atenção de todos. Ártemis, Diana e Máscara da Morte vão ao seu socorro.
- Pai! – Grita Ártemis.
- Dite! – Máscara da Morte o segura no colo.
- Dêem espaço! Ele precisa respirar. – pede Diana a todos que já se amontoaram ao redor.
Afrodite não acordava e, ao perceber que a platéia havia dado um grande espaço, ele finalmente dá um meio-sorriso e uma leve piscada que só Ártemis percebe. Entendendo que o pai só estava fingindo, ele começa a agir como se estivesse preocupado:
- Carlo, precisamos levar o meu pai para casa!
- Não seria melhor ir ao ambulatório? – Máscara pergunta.
- Confie em mim. Eu sei um medicamento natural que pode fortalecê-lo. Tenho certeza que os motivos do desmaio foram: o sol forte, o fato de estar com esta armadura pesada e quente, o nervosismo pela minha luta, sem esquecer é claro do fato de que ele ainda está sofrendo com a anemia e a hipoglicemia... – o jovem fala calmamente.
- O Ártemis está certo, Máscara! Leve Afrodite para casa o quanto antes. Ah sim! O seu pupilo ficará comigo nessa semana. – Saga avisa.
- Mas não vai atrapalhar? – pergunta receoso, Máscara da Morte.
- É claro que não? Esqueceu que o templo de Gêmeos é um dos maiores? Além do mais o meu irmão Kanon está por aqui e pode me ajudar. – Saga responde.
- Se é assim, então ficarei com o Dite e o Ártemis no templo de Peixes. – Afrodite fala com firmeza.
Algum tempo depois, Afrodite, Ártemis, Máscara da Morte e Diana estão no quarto de Afrodite. Os cavaleiros já estão sem armaduras e os jovens não mudaram de roupa. Ártemis sorri e fala:
- Só você para fingir um desmaio, papai!
- Você estava fingindo? – Máscara da Morte estranha.
- Sim... Desculpe, mas eu queria ter uma conversa séria com esses dois! – Afrodite revela.
- O que eu fiz? – pergunta Diana.
- Bom, me expliquem como conseguem ultrapassar a velocidade da luz! – Afrodite exige.
- Treinando, oras! – A garota responde, na maior inocência.
- Então você me enganou, Ártemis? Você não lutou com todos os seus poderes quando me enfrentou? – Afrodite já está muito nervoso e um pouco chateado.
Ártemis se encolhe e fica estático. Afrodite está em pé, à sua frente e parece que vai aniquilá-lo. Máscara da Morte e Diana não sabem como reagir, pois esta é uma conversa entre pai e filho, mas decidem ficar caso eles se desentendam. O clima na casa de Peixes começa a esquentar...
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Devaneios da autora:
Eu sou má! Parei no clímax, não é mesmo? Bom, espero que este capítulo não tenha ficado ruim, pois foi feito meio às pressas. Não esqueçam de continuar participando, a opinião de vocês é importante ao meu estímulo, mas é essencial à minha criatividade!
Ah sim! Desculpem se não pude descrever melhor as cenas da luta, mas eu não conheço quase nada de capoeira. Só vi uma apresentação uma vez e achei emocionante...
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RESPONDENDO:
Persefone-sama: Acabei de ler o seu review, eu tenho mania de brincar com as pessoas e sempre que digo que fiquei vermelha não é para deixar vocês constrangidos ou coisa assim. Significa que gostei muito de um elogio ou sugestão. Desculpe não ter respondido antes, mas recebi o seu coment pouco depois de publicar o capítulo anterior.
Kourin-sama: Obrigada pelos elogios. Bom, como disse anteriormente, não sei que bicho me atacou, mas tentarei me controlar, juro! Eu sou meio impulsiva na hora de escrever e, quando vi já tinha escrito o romance...
