Se alguém quiser se comunicar comigo, pode entrar na minha bio, que tem as informações do e-mail, msn e icq (se digitasse aqui não iria aparecer mesmo! ¬¬). É o carinho e a atenção de vocês que fazem eu me animar a continuar...
Saint Seya não é meu, mas a fic sim!
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Capítulo 8 – Acerto de Contas
INÍCIO FLASHBACK:
Algum tempo depois, Afrodite, Ártemis, Máscara da Morte e Diana estão no quarto de Afrodite. Os cavaleiros já estão sem armaduras e os jovens não mudaram de roupa. Ártemis sorri e fala:
- Só você para fingir um desmaio, papai!
- Você estava fingindo? – Máscara da Morte estranha.
- Sim... Desculpe, mas eu queria ter uma conversa séria com esses dois! – Afrodite revela.
- O que eu fiz? – pergunta Diana.
- Bom, me expliquem como conseguem ultrapassar a velocidade da luz! – Afrodite exige.
- Treinando, oras! – A garota responde, na maior inocência.
- Então você me enganou, Ártemis? Você não lutou com todos os seus poderes quando me enfrentou? – Afrodite já está muito nervoso e um pouco chateado.
Ártemis se encolhe e fica estático. Afrodite está em pé, à sua frente e parece que vai aniquilá-lo. Máscara da Morte e Diana não sabem como reagir, pois esta é uma conversa entre pai e filho, mas decidem ficar caso eles se desentendam. O clima na casa de Peixes começa a esquentar...
FIM FLASHBACK
- Responda, covarde! Estou esperando. – grita Afrodite.
O cavaleiro de peixes aperta o punho esquerdo do filho como se quisesse esmagá-lo. Sua vontade era de apertar o pescoço e fazer Ártemis sofrer muito, mas ele ainda tinha um pouco de razão, o suficiente para saber que aquele era seu filho e, mesmo que fosse um covarde, Afrodite nunca se perdoaria se o matasse.
Ártemis não usava seu cosmo para se defender, pois sabia que seu pai estava alterado e precisava descontar em alguém. A cada aperto, a dor era insuportável e era possível ouvir o barulho dos ossos quebrando. Diana tentava defender o amigo, mas Máscara da Morte a impedia.
- Não devemos interferir numa briga entre pai e filho. – Dizia Máscara da Morte.
- Mas o Afrodite vai estourar o pulso do Ártemis! Pode até acabar levando a uma amputação... – A jovem se desesperava.
- Ártemis tem força para defender-se sozinho e você sabe bem disso. Se ele não o fez é porquê não quis. Eu também estou preocupado e assustado com tudo isso, mas devemos ficar aqui. – Máscara da Morte punha sua mão direita no ombro esquerdo da garota, que resolvera só olhar.
O olhar de Afrodite era cada vez mais ameaçador, enquanto Ártemis soltava lágrimas sem chorar e engolia em seco. Ele nem ligava a para a dor que sentia no pulso. O que mais o incomodava era o olhar de ódio de seu pai e isso parecia perfurar seu peito e rasgar seu coração em milhares de pedaços.
- Estou esperando uma resposta. Ou será que teve medo de me humilhar perante os outros cavaleiros. Foi isso, não foi? – Afrodite pergunta.
- Não, eu nunca faria isso! Eu não sou covarde e por isso perdi. – Ártemis gritava em prantos.
- O que quer dizer com isso? – Afrodite apertava mais e mais.
A fratura no pulso já era exposta e o sangue jorrava rapidamente. Diana e Máscara da Morte se abraçavam, temendo o desfecho trágico de tal cena.
- Eu... Eu nunca me aproveitaria do estado físico de ninguém para conseguir a armadura de ouro. – Ártemis diz, já expressando a dor que sentia.
- Do que está falando? – Afrodite pergunta, sem se mover.
- TODOS os cavaleiros de ouro estão com problemas de saúde. O fato de ressuscitar não significou nada para a recuperação de vocês. – gemia o garoto.
- Mas eu me sinto bem. – comentava Máscara da Morte.
- Realmente você é um dos cavaleiros que estão mais saudáveis, Carlo. Mas não pode lutar com toda a sua força e velocidade. As lesões de vocês não são só físicas, como psicológicas. Por isso meu pai caiu tão fácil. – declara Ártemis.
- Então Kamus e Aioria só perderam por não poder usar seus poderes? – Máscara da Morte novamente pergunta.
- Não subestime aqueles 4 jovens que disputaram as armaduras comigo. O estado de saúde deles é ainda pior que o pior cavaleiro de ouro. Os ferimentos de batalhas foram muitos e como não tinham tempo para o descanso e a recuperação, suas lesões tornaram-se crônicas e... – Ártemis perde as forças por causa da hemorragia.
- Aspone? – Diana gritava, vindo em seu socorro.
Afrodite o impediu de ir com a cara no chão. Ele percebeu a besteira que fizera e a quantidade de sangue no chão, que jorrara do braço do filho. Seu coração disparava, pois ele sentia que o filho já estava perdendo os sentidos.
- Ártemis? Meu filho...
- Eu... e-u...t-te a-mo, pa-pai... – Ártemis disse antes de desmaiar.
- O que foi que eu fiz? O que foi que eu fiz? – perguntava Afrodite, desesperado.
- Ártemis? Vamos levá-lo à enfermaria, urgente! – ordenava Máscara da Morte.
Máscara carregava o menino em seus braços e corria na maior velocidade que conseguia. Diana tentava despertar Afrodite de seu estado de choque. Os dois iam logo atrás de Máscara da Morte, que não fez questão de esperar ninguém, pois agora era uma corrida contra a morte.
Não se soube ao certo quanto tempo levou o exame, mas todos os cavaleiros já estavam apoiando Máscara da Morte e Afrodite. As notícias não chegavam e a angústia aumentava nos olhares de todos. Uns tinham pena do cavaleiro de peixes, outros estavam fragilizados por causa de Ártemis, mesmo. Seya, Shun, Hyoga, Ikki e Shiryu estavam muito abalados com o ocorrido e chegavam a rezar pela saúde do amigo.
Afrodite não conseguia parar de chorar, pois se sentia culpado por tudo. Se o filho morresse, ele também morreria, nem que fosse de tristeza. Máscara da Morte o abraçava fortemente e Diana agora estava encolhida num canto, temendo o pior. Atena a abraçou, sem dizer uma só palavra. O clima era de velório quando o médico chegou.
- E então doutor? Como está o meu filho? – perguntava Afrodite, depois de um pulo.
- O pulso dele foi violentamente lesionado. Muitos nervos e veias ficaram destruídos. O pior é que além do sangue que viu, ele também teve uma hemorragia interna no braço e está muito fraco. Não acredito que ele sobreviva sem um transplante de sangue. – O médico dizia, tristemente.
- E qual é o tipo sanguíneo dele? – Afrodite perguntou
- Você não pode doar sangue pelos próximos 3 ou 4 meses Afrodite. Mesmo que tenha o tipo desejado, morreria devido a sua anemia. Felizmente, vejo que todos os cavaleiros estão aqui e posso afirmar que precisamos de sangue tipo O negativo.
- Mas doutor, esse é o meu sangue. Eu não me importo de morrer se puder salvar a vida do meu filho... – Afrodite chorava, mas foi interrompido por alguém.
- Não se preocupe, amigo, eu também sou O negativo e garanto que poderei doar, não é mesmo, doutor? – Aioros falava calmamente, apoiando a sua mão no ombro de Afrodite.
- Sim. Siga a senhorita Rubi. – O médico diz, apontando para uma jovem enfermeira na porta.
- Ei, não esqueçam de mim! – pedia Hyoga.
- Hyoga? – assustava-se Afrodite.
- Eu também posso ajudar. Não fiquei tão ferido assim e também tenho o mesmo sangue que Ártemis. – O atual cavaleiro de Aquário dizia num sorriso.
- Você seguirá a senhorita Yumi, pois precisa fazer exames preliminares. – o Médico apontava para uma enfermeira mais velha, de cabelos curtos e negros, seus olhos pareciam 2 jaboticabas maduras. Ela tinha uma aparência muito simpática.
Assim que eles saíram, ouviram-se protestos.
- Droga! Não vou poder nem ajudar o meu amigo. – Seya reclamava.
- Acalme-se Seya! Você não é o único que está assim. – Shiryu diz apontando para Afrodite.
- Apesar de tudo, estou com um pouco de pena dele. Saber que o filho pode morrer por sua causa, que você tem o único meio de salvá-lo e não poder fazer nada... – Ikki falava.
- Ikki? – Shun se surpreendia.
- Acho que o seu irmão está finalmente revelando ter um coração. – Seya falava.
- O que disse, cavalo alado? – Ikki o provocava.
- Isso não é hora nem lugar para suas provocações. – Shiryu tentava botar ordem na casa.
Enquanto os jovens amigos acalmavam seus ânimos, os cavaleiros de ouro, Dohko, Kamus e Aioria estavam mais afastados, separados por grupo. Aioria estava sentado no sofá, ao lado de Marin. Milo se aproxima e pergunta:
- Você não foi por causa dos ferimentos, Aioria?
- Não foi essa a razão. Eu não tenho o tipo sanguíneo ideal. – respondia o ex-cavaleiro de Leão.
- Como assim? Pensei que você e o Aioros tivessem o mesmo tipo sanguíneo. – assusta-se Milo.
- Na verdade, o Aioria é O positivo e por isso não pode doar... – explica Marin.
- Temos que torcer para que o Hyoga também consiga e seja o suficiente, pois este é um tipo muito raro de sangue. – desabafa Aioria.
- Tem razão. – Milo diz, com um nó na garganta.
- Eu nunca tinha visto o Afrodite tão abalado. – fala Kamus, aproximando-se de Milo.
- É compreensível, Kamus. Se você tivesse um filho, entenderia. – Aioria responde.
- Me sinto tão impotente numa hora dessas... – Kamus confessava com o olhar triste, virando o rosto na direção de Afrodite.
- Somos os grandes cavaleiros de ouro e não podemos fazer nada para salvar a vida de uma pessoa querida. – Milo fala com ironia.
- Ártemis é forte e tenho certeza que não se dará por vencido tão cedo... – Marin falava.
O clima ali tinha ficado como um pequeno velório. Num outro grupo, estavam Saga, Aldebaran, Shura e Dohko.
- Alguém sabe realmente o que aconteceu? – Dohko perguntava preocupado.
- Ártemis e Afrodite se desentenderam por causa da luta de agora há pouco... – falava Shura.
- É, pelo que soube, o Afrodite pensou que seu filho tivesse reduzido o poder e a força quando lutou contra ele. – interrompia Aldebaran.
- A única coisa certa nisso tudo é que foi o Afrodite quem quase esmagou o pulso esquerdo do Ártemis e agora está sofrendo por isso. – Explica Saga.
Mu e Shakka não acreditam quando ouvem as "fofocas" do dia e caminham para apoiar Afrodite. Mu segura a mão de Shakka ao ver o estado de Diana, que novamente está sozinha. O cavaleiro de Áries vira-se para Shakka e diz:
- Acho que ela está precisando mais de nós...
- Tem razão! – Shakka concorda.
Os dois cavaleiros de ouro se abaixam no chão e Mu seca as lágrimas dela. Diana não parecia chorar, mas ainda estava visivelmente triste e depressiva.
- Não fique assim, Diana. Logo ele estará em pé novamente. – Mu confortava.
- Não estou chorando pelo estado de saúde do Aspo... do Ártemis! A cena que presenciei foi muito triste... o olhar do Afrodite era de arrepiar qualquer um. – A garota dizia tristemente.
- Entendo. Afrodite quando quer tem um olhar demoníaco. – Mu fala.
- Ele devia estar muito nervoso mesmo! Apesar de ser excêntrico, ele não é louco e nunca machucaria o filho em sã consciência... – Shakka fala.
- Vocês parecem ser tão calmos... Conhecem bem o Afrodite? – pergunta Diana, curiosa.
- Eu sou o Shakka, cavaleiro de ouro de Virgem e este é o Mu, o cavaleiro de ouro de Áries. Eu conheço o Afrodite desde garoto. – Shakka faz as apresentações.
- Verdade? Poderia me falar sobre ele? – A garota pergunta mais calma, já se levantando.
Os dois cavaleiros também se levantam e eles começam a conversar. Depois de algum tempo, Aioros sai pelo mesmo corredor onde entrara, comendo um sanduíche e tomando um suco. Afrodite corre em sua direção.
- Finalmente!
- O que está acontecendo, Aioros? – pergunta Máscara da Morte.
- Quanto ao Ártemis, ainda não soubemos nada, mas eles disseram que eu estava em bom estado de saúde e já iniciaram a transfusão. O Hyoga também poderá doar, embora eles não saibam se vai ser preciso ou não. – explica o cavaleiro de Sagitário.
- Droga, se alguma coisa acontecer, eu nunca irei me perdoar. – Afrodite desabafa.
- Confie no seu filho, Dite. Logo estaremos rindo disso tudo... – Máscara da Morte diz, abraçando o companheiro.
Afrodite acabou passando mal com o nervosismo e voltou carregado para casa. Aldebaran e Saga se prontificaram a cuidar dele enquanto os outros aguardavam as novidades. Logo após a chegada de Hyoga, o médico novamente entra na sala de espera, onde os cavaleiros estavam.
- Como o Ártemis está, doutor? – Máscara da Morte pergunta, receoso.
- Vai depender da reação do organismo dele. Não podemos fazer mais nada... – O médico responde.
- Entendo. Ele terá algum tipo de seqüela? – Máscara da Morte aproveita o fato de Afrodite não estar por perto para perguntar.
- Vou ser sincero. A lesão destruiu nervos, veias e alguns ossos. Acredito que os movimentos da mão esquerda dele devem ficar comprometidos para sempre. O pior é que ainda não descartamos a possibilidade de uma amputação, pois há chances do garoto morrer se não fizermos isso... – O médico avisa.
- O quê? – Máscara da Morte grita.
- Isso mesmo! Se o quadro não modificar para melhor em 2 horas, seremos obrigados a amputar a mão esquerda dele há uma distância de 5 a 10 centímetros do pulso. – O médico confessa, cabisbaixo.
- Não podem fazer isso! O Dite morreria se soubesse que o Ártemis amputou a mão por causa dele... – Máscara da Morte começa a se emocionar.
- Então rezem pela vida dele e pela recuperação. – pede o médico.
Agora todos os cavaleiros estão comovidos. Numa cena nunca antes presenciada, eles se reúnem, abraçam-se, sem se importar com o tipo de armadura que cada um veste. Até Marin e Shina, que havia chego a pouco no local, participavam da corrente. Uma tênue luz azulada saía da união dos cavaleiros, amazonas, Atena e ex-cavaleiros e chegava ao corpo de Ártemis.
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Devaneios da autora:
Ai, ai! Desculpem a demora, mas não deu! Espero que tenham gostado desse capítulo. E aí o que acham que vai acontecer? Ártemis vai se salvar? Sobrevivendo, poderá ele recuperar os movimentos da mão ou terá que amputar?
Isso vocês só verão no próximo capítulo. Aproveitem e comentem, até cansar! Preciso da opinião de vocês para continuar...
Ah sim, para quem leu a versão anterior, o Aioros, Afrodite, Hyoga e o Ártemis têm sangue tipo O negativo. Já disponibilizei um cap. especial para explicar sobre os diferentes tipos de sangue. Quem não quiser ler, não precisa, pois não afetará em nada a história. É só uma curiosidade...
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RESPONDENDO:
TEREZINHA-FLEURFico feliz em saber que você esteja gostando e espero não ter lhe decepcionado agora. Continue comentando.
Persefone-sama: Perséfone, não se preocupe, não vou parar! Só vou demorar um pouco mais daqui por diante por falta de tempo. Continuo acompanhando com imenso prazer a sua fic (empresas e confusões). Agora cuide desse seu coraçãozinho que EXIJO que você esteja bem saudável para ler até o último capítulo... Até a próxima!
