Um mês tinha passado e Draco não agüentava mais aquela situação, estar sempre com Gina e nunca podia assumir os sentimentos dele, tinha que tratá-la com desprezo e se odiava por isso. Era um dia de Sábado, o dia do passeio a Hogsmeade, e também era o dia em que Gina ia às compras com Serena para fazer sua transformação, possivelmente seria o dia em que o "cicatriz" ia ficar com Gina, e aquilo doía em Draco.
Acordou mais mau- humorado do que nunca, o primeiro que o importunasse era capaz de levar um AVADA. Levantou-se da cama e foi tomar banho, bem demorado e depois desceu para o Salão Principal, era muito cedo e quase não tinha ninguém no local. Sentou-se à mesa sonserina e serviu-se, mas não estava com fome. Fitou por uns instantes seu prato, quando uma voz estridente disse no seu ouvido:
--Draquinhoooooooooooooo – disse, aos berros, Pansy Parkinson toda feliz, parecia que o Natal tinha chegado mais cedo.
-- Oi Pansy, não grite, porque eu não sou surdo.
-- Ah, Draquinho, por que você está assim? O que te fizeram?
--Você chegou esse é meu problema.
--Ah, não diz isso, deixa eu te contar sobre o meu passeio ontem com a Mila. Foi assim...
O rapaz abaixou a cabeça e continuou fitando o prato à sua frente, enquanto Pansy falava e falava suas futilidades rotineiras, sentiu que estava sendo observado, e de súbito levantou a cabeça. Era Gina que mantinha os olhos parados sobre ele. Ficaram se encarando por alguns minutos e depois o loiro teve a brilhante idéia de calar a boca de Pansy, e ia fazer isso de um jeito especial. Puxou a buldogue para si e a beijou, apesar de sentir nojo da garota, mas queria fazer aquilo para provocar Gina e calar a boca de Pansy.
Ficou satisfeito ao ver que conseguiu seus objetivos, viu que a ruiva estava perplexa, não sabia para onde olhar, então largou Pansy e saiu do salão realizado. Aquele dia prometia.
Foi para Hogsmeade e passeou pelo povoado, atormentou alguns alunos do terceiro ano, e depois foi tomar uma cerveja amanteigada. Estava muito nervoso, queria saber o resultado da transformação de Gina e a reação de Potter ao vê-la. Deu graças aos céus quando chegou a hora de ir embora, estava mais perto do que longe. Voltou para o castelo e foi para o seu dormitório, sempre ignorando Parkinson que parecia adivinhar onde ele estava. Esperou pela hora do jantar, e foi para o Salão Principal, sentou-se à mesa da Sonserina e passou os olhos pela mesa grifinória, nada da ruiva. Serviu-se e comeu um pouco, quando viu que todos no Salão estavam calados, perplexos, olhavam para a porta e ele jurava que lá estava Voldemort em pessoa, mas não era. A pessoa não parecia nada com um cadáver em estado de putrefação, pelo contrário, era uma linda mulher de cabelos cor de chocolate, cortados em duas camadas, vestia uma saia jeans até o joelho e uma baby luck (n/a: disfarça que eu não entendo de moda...heehe), a roupa parecia simples, mas caía muito bem na garota. Definitivamente não parecia a Gina de antes, a menina além de estar muito bonita, também mostrava um certo ar de segurança e sustentava um sorriso de orelha a orelha.
Com a entrada da ex- ruiva, o loiro tinha esquecido de comer, não sentia mais fome. Só queria observá-la. Ao ver que a garota se levantava para sair do salão, Draco a seguiu e viu toda cena entre ela e Harry Potter. E não poderia estar mais feliz, embora aquilo tivesse afetado à ruiva, ele agora tinha uma pontinha de esperança. Afastou a idéia de ir socar o cicatriz, ele faria isso depois. Continuou seguindo a garota e a encontrou chorando perto da árvore do lago, aproximou-se e tocou-a no braço. Ela disse:
--Sai, Potter, eu não quero falar contigo.
--Assim você me humilha.- disse uma voz arrastada
Ela se virou e parecia sentir ódio por ele estar ali.
--O que você quer, Malfoy?
--Quero saber o que houve com você
--Não houve nada. Agora saia.
--E porque você está assim? Virgínia, sua voz pôde ser ouvida a uns 100kms de distância.
--Então se você sabe, porque pergunta?
--Não sei. Foi o "santo", né?
--Foi sim. Essa transformação não deu em nada. Ele disse que gostava de mim do outro jeito. E nem estou afim de saber qual o jeito que ele gosta em mim. Só sei dizer que ele é um idiota.
--Porque ele é um imbecil
--Não é não
--E você ainda defende ele?
--Não, mas sei lá. Porque você ME defende?
--Eu não estou te defendendo...
--Não????? E porque assumiu a culpa daquele dia no treino e agora toma as minhas dores. O que foi Malfoy? – disse Gina se aproximando dele- E porque beijou a buldogue hoje e ficou me olhando?- disse Gina se aproximando mais ficando com o nariz encostado no dele. – Qual o seu problema ?- disse num sussurro.
--O meu problema é você- disse Draco num sussurro e depois, sem agüentar mais, beijou a garota.
O beijo era intenso, e Draco desejava aquilo há muito tempo, não queria soltá-la, parecia que precisava dela para sobreviver. Sentia-se correspondido, ele sentia que ela também desejava aquilo há tempos e podia o mundo acabar, portanto que eles continuassem daquele jeito.. Alguns minutos depois o beijo acabou, afinal tinham que respirar um pouco. Tinha medo de soltá-la e ela falar o mesmo da outra vez, mas dessa vez ele não deixaria ela escapar. Depois de ficarem se encarando, ele disse:
--Virgínia, você ainda quer saber meu problema?
--Quero, Draco.
--Pois bem, vamos sentar ali.
Foram para debaixo da árvore e sentaram, então Draco falou:
--Quando eu disse que meu problema é você, e não estava brincando. Desde o meu quarto ano que eu venho te notando, você não é igual as outras que eu já tive. Você é doce, sincera, leal, mesmo sendo pobre, não é interesseira e foi por isso que eu me apaixonei. Sim, apaixonado, quem diria que você ia ver um Malfoy assim, mas é a verdade. Eu nunca tive esperanças, até porque nossas famílias se odeiam, e também pelo maldito do Potter, que sempre estraga minha vida. E quando eu te vi naquele dia, queria ajudar, acabar com essa fama de mau logo com a pessoa que mais me odeia seria ótimo. Mesmo que depois eu te visse por ai com o santo, valeria. Você estava feliz e isso que importa pra mim. Naquele dia quando a gente se beijou, e você disse que o amava eu fiquei com raiva e queria me vingar. Hoje eu fiz aquilo com a Pansy pra te deixar balançada, ou pra ver se te esquecia. Mas quando vi aquele imbecil te dizendo aquelas asneiras, eu quase mato o safado, mas resolvi te seguir, você precisava de alguém, mesmo que eu não fosse o mais indicado.
--Meu Deus. E porque você não disse isso antes? Afinal, já faz um mês que estamos nos falando.
--É, mas eu não tive coragem. Isso é difícil de fazer, infelizmente eu ainda sou um Malfoy. E não precisa você dizer que sente o mesmo que eu, sei que não.
--Como assim, você sabe?
--Eu sei, aquele imbecil, você gosta dele
--Quem disse?
--Então quer dizer que não? Então por que você chorava?
--Porque ele me chamou de vulgar, e eu não sou isso.
--E por que você fez a transformação?
--Pra me sentir bem, o Harry já deixou de ocupar meus pensamentos.
--Sei.
--Meus pensamentos agora são ocupados por um loiro, alto, forte, de olhos acizentados..
--Não diga?
--Digo e digo mais.
--O quê?
--Isso.
E Gina o beijou. Draco estava sem reação nenhuma, a única pessoa que tinha feito isso com ele foi Pansy e não era igual aquilo, o beijo da ruiva era tão doce e ao mesmo tempo tão intenso. Se antes tinha alguma dúvida de seu sentimento por Gina, agora tinha certeza, ela era tudo o que ele precisava e não importava as famílias serem rivais, ele renegaria sua família se preciso, mas ainda era cedo, queria conquistá-la e depois assumiria um compromisso com ela. Voltou para o dormitório quase que inconscientemente, aquele dia parecia um sonho, e temia que ele virasse pesadelo.
N/A: Foi mal, eu esqueci de incluir essa parte no outro capítulo... hauahauahaua...Gentem, desculpa, viu! E manda reviews, senao eu não atualizo mais...HUMPF
Bjos e Obrigada para quem mandou reviews! Eu fico tão filix!!!!!!
Intehhhhh!!!!
