Ao Luar

Braços, calor, mais braços, carinho, amizade, saudade... Eram as únicas coisas que ela conseguia sentir. Quando a avistara, caminhando abraçada com ele pela Era Feudal, Sango desatara a correr e a chorar, e atirou-se ao seu pescoço, empurrando Inuyasha para fora do caminho. A garotinha morena que vinha atrás dela colocara-se atrás do hanyou, muito atordoada. Logo aparecera Miroku, seguido de três garotos, e também abraçou-a. Shippou não demorou a juntar-se ao bolo.

Kagome! Kagome, você está de volta!!! Eu mal posso acreditar! gritava a exterminadora, ainda com lágrimas nos olhos.

É verdade, Kagome, faz tanto tempo... concordou o monge.

Eu estava morrendo de saudades! Não agüentava mais! disse o youkai.

Kagome olhou para eles. Só então ela viu a enorme barriga de Sango marcada pelo kimono amarelo que a jovem vestia. Ao seu lado, Miroku, estava com os cabelos curtos e usava um kimono comum azul-petróleo. Shippou havia crescido, estava bem mais alto e com os cabelos mais compridos. Ao virar-se para Inuyasha, porém, ela se surpreendeu: agarrados em suas pernas, dois garotinhos gêmeos espiavam a cena curiosos, montada em suas costas, uma menina puxava-lhe as orelhas, e em seu colo, um menininho muito pequeno, mal saído das fraldas, bocejava tranqüilamente.

Centenas de perguntas e suposições pipocaram na cabeça da jovem, que sentou-se e começou a falar.

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Algumas horas depois, Kagome já sabia de tudo o que havia acontecido naqueles seis anos: Sango e Miroku tinham se casado, um pouco antes do nascimento dos gêmeos, o que justificava o fato de Sango quase não ter entrado no kimono de casamento. Depois nascera a adorável menina, então veio o pequenino, e Sango estava grávida novamente. Shippou continuara vivendo com eles, e Inuyasha aparecia por lá de vez em quando.

Ela também contou-lhe a sua vida, o acidente, o fim da família. Falou-lhes sobre suas aulas, seus alunos, seu apartamento. E, é claro, acabou contando sobre os novos poderes, de como podia mover objetos, fazer crescer plantas, curar feridas e dores, e até ler alguns pensamento, quando estava muito concentrada. Pela primeira vez em muito tempo, ela se sentiu em casa.

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Eles caminhavam de mãos dadas, sob o sol da tarde. Os dedos e as almas entrelaçados. Os cabelos negros se misturavam aos prateados, ao sabor do vento. Delicadas flores amarelas exalavam seu perfume ao redor deles, e pássaros cantavam ao longe. Kagome sentiu um lágrima descer pelo seu rosto, sem explicação. Foi seguida por um toque suave e um beijo cálido.

Eu senti tanto a sua falta... sussurrou Inuyasha.

Eu também... Eu me sentia completamente perdida sem você.

Eu te amo muito, muito, Kagome. Eu não sou capaz de viver sem você. Eu... eu não quero te perder de novo.

Você não vai m..

Ele a calou com um beijo. Foi um beijo longo e profundo, onde ele a apertou junto de si. Ela passou seus braços pelo pescoço dele e permitiu. Inuyasha foi lentamente deitando-a sobre a grama, enquanto se sentia queimar. Seu corpo estava colado ao dela, sua boca estava colada na dela e ele não conseguia tirar seus olhos de cima dela. Ela retribuía o beijo, ardente e receosa.

Inuyasha afastou-se dela, olhando-a nos olhos. Era uma pergunta muda e sem volta. Kagome o puxou para perto, respondendo com os lábios, as mão e o corpo. Ela tirou o gi dele. Algo explodiu dentro deles. As mãos começaram a trabalhar rapidamente, ansiosamente. Libertavam-se de suas roupas, prisões de pudor. Acariciavam cada pedaço de pele que encontravam, arrancando suspiros e gemidos um do outro. Depois, as mãos foram sendo substituídas pelos lábios quentes. Eles foram ao céu e voltaram várias vezes. Por fim, ele a fez sua para sempre, porque suas almas já estavam ligadas há muito tempo. Abraçados, eles se deixaram ficar.

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Já vestidos, Kagome e Inuyasha se encostaram em uma árvore, ela apoiada em seu peito, as mãos unidas. Não demoraria para o sol tocar no horizonte, mas eles só conseguiam pensar um no outro. Tudo estava perfeito, mas haviam ainda coisas a serem ditas.

Inuyasha... nós precisamos conversar...

Shhhh... Eu sei... Mas isso pode ficar pra depois. O pôr-do-sol já vai chegar... Vamos apenas aproveitar a tarde...

E a segurou mais perto, beijando seus cabelos. Tudo podia esperar. Naquele instante, somente ela importava.

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Bom, gente, espero que vocês tenham gostado. Eu pretendo escrever um epílogo, mas não prometo nada... Se eu escrever, vai levar no mínimo umas duas semanas, se eu tiver um tempinho...

Quero muito receber as opiniões de vocês, até porque eu acho que, como todo o resto da fic, esse capítulo ficou um pouco corrido, as "coisas" acontecendo rápido demais. Por favor, deixem um review.

Bjus da Queen!