DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).
Notas: não, eu não sou dona dos personagens… Mas isso não me impede de amá-los!
Observação: essa fic já foi previamente publicada, sob o pen name CMZANINI, e o título de "SACRIFÍCIO DOLOROSO". Porém, por algum problema no fanfiction, desapareceu e ficou "bloqueada" para leitura, por isso está sendo republicada sob um novo título e sob um novo pen name (Cris Krux). Como também perdi todas as reviews, não posso agradecer aos leitores, mas agradeço a todos os que me apoiaram, me incentivando a republicar todas as fics: Becka, Camila Geisa, Claudia, Fabi, Ju, Lady K, Lady F, Lord Ed, Nay, Ninna, Pri, Rosa, Si Bettin, Si Ianuck, Tata (espero não ter esquecido de ninguém, mas se esqueci de citar meu coração com certeza não esqueceu, viu?)
Referências: Trapped, True Spirit, The Chosen One, Phantoms
CUIDADO: esta fanfic é proibida para menores de 18 anos! É também uma fanfic que tem muitas cenas de violência e cenas tristes... Lida com estupro! (o motivo é longo, mas é justo, portanto, aviso antes para que você não leia caso não queira ler sobre esse assunto).
Se quiser pular a parte triste / violenta e ir para as coisas se resolvendo, vá diretamente para o capítulo 5 (CINCO)!
Challenger se aproximou dele, e parou a seu lado no balcão, suas mãos também segurando o corrimão 'Vamos entrar' Challenger convidou, amigavelmente.
'Para que?' John perguntou desanimado. Como Challenger não respondeu, John levantou os olhos, e viu um sorriso leve no rosto de Challenger. Ele franziu a testa 'Como você pode estar feliz, Challenger?'
'Porque ela finalmente se mexeu, John! Ela mostrou algum sinal de vida.'
'Ela acordou?'
'Não, não ainda, mas pode acontecer a qualquer momento nas próximas horas. Eu vim aqui contar a você porque achei que você poderia querer estar lá no caso dela abrir aqueles olhos maravilhosos dela …'
Challenger parecia aliviado, e tinha agora um sorriso largo no rosto. Roxton sorriu de volta, e abraçou Challenger inesperadamente, correndo para dentro da Casa da Árvore. Challenger permaneceu ali, e logo Verônica e Ned se aproximaram dele: 'Por que John estava correndo? E ele até parecia feliz?'
'Talvez ele esteja abalado com a situação de Marguerite'
'Eu concordaria com isso, Ned, mas em outro sentido. Ela se moveu alguns minutos atrás. Não voltou a si ainda, mas pode acontecer a qualquer momento agora. Eu creio que finalmente ela vá sobreviver a tudo isso...' Verônica estava chorando e rindo ao mesmo tempo, e Ned sorria de um jeito que não tinha feito nas últimas semanas.
…
O primeiro sentido a voltar a ela foram os sons. De repente, no meio de um mundo escuro e silencioso, ela começou a ouvir uma balbúrdia. Mas logo isso se acalmou, e ela pôde reconhecer os sons de pássaros e da brisa leve através de folhas das árvores. Tão calmo... Se a morte fosse assim, ela não poderia reclamar... Mas ela estava realmente morta? Ela se sentia tão fraca, mas tão calma. Mas ela estava respirando. Os mortos respiram? E o ambiente onde ela estava cheirava a remédio, folhas, e lar. Lar? Agora ela tinha ficado confusa. Não era o cheiro de sua casa, em Londres. Era... Sim! O cheiro da Casa da Árvore. Bem, talvez tivesse sido permitido a ela levar para a morte as melhores memórias de sua vida na terra, e embora ela só tivesse admitido isso uma vez para John, na noite em que eles tinham trazido Ned de volta do mundo dos espíritos, o tempo de sua vida no platô tinha sido o único tempo realmente feliz na vida dela, rodeada de pessoas que se importavam, em quem ela podia confiar, que a amavam e que ela tinha aprendido a amar como sua família tão desejada. Ela suspirou. Ela sentia falta deles. Estar morta e lembrar deles podia ser uma benção, mas ainda assim ela sentia falta da presença deles.
E ela podia quase dizer que podia senti-los. Agora mesmo ela podia dizer que estava sentindo o perfume almiscarado de Roxton. Oh, como ela amava aquele aroma – e como ela iria sentir falta dele, estando morta... Então ela involuntariamente se encolheu. E uma corrente de dor cortou seu corpo. Bem, depois de tudo que ela tinha feito na vida, ela não podia esperar ter ido para o céu – se isso fosse realmente o paraíso. Então, o inferno podia ser assim. Boas memórias cercadas de dor por todos os lados. Mas a maior dor era em seu abdômen e... Oh, Deus, não só boas memórias, hein? As terríveis memórias do estupro e do sacrifício a inundaram. Ela tentou se mover novamente, mas novamente a dor a subjugou, e seus olhos se abriram tentando entender o que não tinha explicação. E lá estava ela: deitada em sua cama, em seu quarto, na Casa da Árvore. Pela luz do céu, parecia um fim de tarde. Ela sentiu alguém se aproximando e sentando ao seu lado na cama, e tomando suas mãos. Ela estava temerosa de quem poderia ser, e não podia acreditar em seus próprios olhos quando viu os olhos aveludados de Roxton olhando profundamente para ela, de um jeito tão amoroso, seu rosto banhado em lágrimas, mas com um sorriso no rosto. Ele parecia ao mesmo tempo cansado e aliviado.
'Oi' ele disse. Ela tentou falar, mas ele colocou o dedo em seus lábios. 'Shhh, você precisa descansar mais. Mas tudo vai ficar bem'.
Ela insistiu com voz fraca 'Estamos vivos?'
Ele sorriu 'Sim, meu amor, estamos vivos. Acima de tudo, você está viva. Mas agora você realmente precisa descansar e ficar quietinha, senão vai sentir dor.'
Suas pálpebras estavam pesadas. Então Challenger finalmente entrou no quarto, como um trovão – como ele sempre fazia 'Hum, hum, você realmente decidiu voltar ao mundo dos vivos, minha querida.'
Ela apenas sorriu fracamente, mas se encolheu e disse 'Eu sinto dor …'
'Oh, sim, tome isto' ele disse, enquanto John e ele suportavam a cabeça dela enquanto ela bebia o chá.
'Agora descanse, é o que você mais precisa no momento'.
Ela piscou pesadamente, assentindo, murmurou algo que eles não entenderam, e caiu no sono novamente.
'Você acha que ela lembra do que aconteceu, Challenger?'
'Tenho certeza que as memórias do que aconteceu vão voltar tão logo ela comece a ficar acordada mais tempo, John. Além da recuperação física, ela tem um longo caminho na recuperação moral, se você me permite dizer'.
'Não importa, George, eu sempre vou... isto é, nós sempre vamos estar aqui para ajudá-la' Roxton disse, ruborizado.
'Tudo bem, meu amigo, nós todos sabemos o quanto você ama essa mulher …'
Ela dormiu a noite toda, e só acordou novamente na manhã seguinte. Dessa vez, Challenger estava sozinho tomando conta dela. Ela abriu os olhos lentamente, e sorriu quando o viu tomando notas em seu caderno. 'Oi' ela chamou timidamente. Ele ergueu os olhos e um sorriso largo se espalhou em seu rosto.
'Você finalmente acordou novamente, minha criança. Como você está se sentindo hoje?'
'Dói muito, Challenger'
Ele não estava certo se ela estava se referindo à dor física, ou às memórias. Ele decidiu não se arriscar a perguntar. Mas ela, como sempre, fez o primeiro movimento.
'Challenger, eu tive um pesadelo? Ou tudo de que eu me lembro aconteceu realmente?'
'Eu não sei exatamente do que você se lembra, Marguerite, mas a maior parte do que aconteceu infelizmente sempre vai ser um pesadelo em sua mente, se você não lidar com isso'.
Seus olhos estavam rasos d'água, entendendo. Ele precisava contar a ela que os outros sabiam, que ela não estava mais grávida, mas ele não sabia por onde começar. 'Er, bem, qual a sua última lembrança?'
'Uma lança me atravessando…'
'Então você se lembra de tudo… Bem, eu posso lhe dizer o que aconteceu da nossa perspectiva. Nós assistimos quando ele a feriu, mas estávamos muito longe para matá-lo impedindo-o de feri-la. Quando nos aproximamos o suficiente, Roxton atirou nele, matando-o, e nós resgatamos você. Levamos quase dez horas para voltar e conseguir cuidar de você, e você mal estava respirando quando chegamos. As últimas duas semanas foram um pesadelo para todos nós, já que você não dava nenhum sinal de estar melhorando …'
Ela estava tensa, e temendo a resposta dele, mas tinha que perguntar 'Eu vi você naquele dia, no laboratório, antes de eu partir. Eu estou grávida?'
'Vamos dizer que sim, você esteve …' ele disse, praticamente sublinhando o esteve em sua frase.
Ela entendeu. Mas então se encolheu 'porque vocês me seguiram?'
'Eles sabem, Marguerite. Eu contei a eles, de outro jeito eles nunca entenderiam porque você tinha fugido. Perdoe-me, eu quebrei a promessa que lhe fiz. Mas era uma questão de salvar sua vida, você sabe. Você pode até me odiar por isso, não há nada que eu possa desfazer.'
Ela ficou emocionada com o tom dele. Dolorosamente ela moveu sua mão para tocar a dele 'Está tudo bem, Challenger, mesmo depois de saber vocês ainda vieram atrás de mim. Vocês não me desprezam, depois de tudo, isso é tudo que importa'.
Ele sorriu para ela 'Agora, descanse mais um pouco'.
Ela acordou à tarde novamente, e encontrou Verônica à beira da sua cama, lendo na espreguiçadeira. Os ouvidos sensíveis da loira pressentiram que ela tinha acordado. Ela largou o livro e se aproximou da cama, sem dizer uma palavra. Marguerite não entendeu até que olhou nos olhos azuis de Verônica 'Hey, você não precisa chorar. Eu estou viva. Bem, talvez seja por isso mesmo que você esteja chorando – a vida seria mais calma e tranqüila sem eu estar reclamando de tudo', Marguerite brincou, tentando alegrá-la.
'Obrigada, Marguerite' foi tudo que Verônica conseguiu dizer, segurando as mãos de Marguerite. Mas os olhos de Verônica diziam tudo o que estava em seu coração.
'Eu fiz a coisa certa, Verônica, talvez pela primeira vez na minha vida. E eu morreria em paz sabendo que eu tinha feito a coisa certa pelo menos uma vez. E eu tenho certeza que você ainda não esqueceu meu comentário sobre sua roupa, huh?'.
CONTINUA...
