DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

Notas: não, eu não sou dona dos personagens… Mas isso não me impede de amá-los!

Observação: essa fic já foi previamente publicada, sob o pen name CMZANINI, e o título de "SACRIFÍCIO DOLOROSO". Porém, por algum problema no fanfiction, desapareceu e ficou "bloqueada" para leitura, por isso está sendo republicada sob um novo título e sob um novo pen name (Cris Krux). Como também perdi todas as reviews, não posso agradecer aos leitores, mas agradeço a todos os que me apoiaram, me incentivando a republicar todas as fics: Becka, Camila Geisa, Claudia, Fabi, Ju, Lady K, Lady F, Lord Ed, Nay, Ninna, Pri, Rosa, Si Bettin, Si Ianuck, Tata (espero não ter esquecido de ninguém, mas se esqueci de citar meu coração com certeza não esqueceu, viu?)

Referências: Trapped, True Spirit, The Chosen One, Phantoms

CUIDADO: esta fanfic é proibida para menores de 18 anos!

Nesse meio tempo, em uma outra caverna... Ned e Verônica tinham se recolhido há mais de uma hora. A fogueira estava acesa, mas Verônica não conseguia dormir. Ela se virou de um lado para outro, e sabendo que ela acordaria Ned do jeito que estava inquieta, ela se levantou e foi para a entrada da caverna. Ali ela ficou, em silêncio. Fazia muito tempo que ela não se sentia tão em paz. Pelo menos os últimos quatro meses da vida deles tinham sido totalmente estressante. E ela tinha sentido tanto medo e culpa. Tinha sido um período terrível para todos, e ela estava realmente feliz por tudo ter terminado. Ela apenas rezava para que Marguerite se recuperasse moralmente, para prevenir sua amiga para adicionar mais uma perda e trauma a sua já enorme lista do passado …

Ela estava tão envolvida em seus pensamentos que não notou que Ned tinha acordado e chamava por ela. Preocupado pela aparente falta de resposta dele, ele se levantou e se sentou perto dela, chamando-a novamente. Tendo escutado-o, ela apenas se virou sorrindo para ele, e surpreendeu-o apoiando-se e aconchegando-se contra ele. Ele não sabia exatamente como reagir, temendo que ela pudesse interpretá-lo mal, então ele apenas moveu um braço para mantê-la perto e ficou quietinho.

Dentro em pouco, porém, a sua curiosidade natural o venceu: 'Não conseguiu dormir?'

Verônica não respondeu. Nesses últimos minutos, ela tinha tomado uma decisão importante, mas comunicá-la ao jornalista era uma outra história. Ela se afastou um pouco dele, se movendo para encará-lo. 'Não, Ned, eu não consegui.'

'Está preocupada com algo? Ouviu algum barulho? Ou teve algum pesadelo?'

Oh, ele podia ser realmente doce, e ela o amava, não apenas por isso, mas por tudo. Ela o tinha amado desde o primeiro dia, quando ela o salvou, e o tempo em que tinham ficado separados, bem como a reação dela à morte de Danu, tinham lhe mostrado claramente que o sentimento que ela tinha lutado por controlar desde há tanto tempo já tinha dominado seu coração desde sempre. Mas ao mesmo tempo ele não estava ajudando-a a expressar isso …

'Ned, eu... eu não sei por onde começar, mas eu preciso falar com você' ela tentou.

Ele pegou a mão dela, preocupado com o ar sério dela 'Vá em frente, sou todo ouvidos.'

'Você sabe, todas essas coisas que aconteceram nos últimos meses me fizeram pensar. Poderia ter sido eu no lugar de Marguerite.'

Interpretando-a erradamente, ele a interrompeu e começou a confortá-la 'Verônica, não pense mais nisso. Está acabado, e Marguerite está no caminho para a recuperação total. Não foi sua culpa...'

'Não, Ned, você perdeu algo que eu disse. Eu tenho pensado que cada dia nesse platô é uma benção e um perigo de vida, tudo ao mesmo tempo. Que qualquer coisa pode acontecer a qualquer um de nós, a qualquer momento. E que eu não quero dar a chance para que coisas que dependem apenas de uma admissão minha não sejam realizadas, e fujam do meu controle.'

Ele começou a entender as palavras dela, mas o significado delas o assustou um pouco, então ele decidiu deixá-la continuar um pouco mais antes de falar alguma coisa, temendo destruir aquele momento bonito que os dois estavam compartilhando.

'Eu sei que você tentou se aproximar de mim várias vezes, mas cada vez eu o afastei, com medo de meus próprios sentimentos. E faz muito tempo que eu descobri que eu amo você, Ned, eu realmente amo. Eu tive medo de amá-lo e perdê-lo quando você encontrasse um jeito de sair do platô e voltar para Londres ou Nova Iorque. Eu tive medo de amá-lo apenas para descobrir que você ainda amava e preferia Gladys. Eu tive medo de amá-lo e vê-lo partir para viver sua própria vida enquanto eu tivesse que conviver com sua perda da mesma forma que eu tive que aprender a conviver com a perda dos meus pais. Mas esse medo não impediu que esse amor que eu sinto por você crescesse, Ned. E eu precisava dizer isso a você, porque nós não sabemos o que nos espera amanhã.'

A surpresa e a alegria de Ned se espalharam em seu rosto jovem. Ele escolheu as palavras cuidadosamente para responder a ela. 'Eu amei você desde o primeiro momento em que a vi, Verônica. Eu aprendi através desses últimos anos que você é uma mulher para ser admirada e amada, e que todos os meus sentimentos infantis por Gladys não eram nada quando comparados ao sentimento profundo que eu tenho por você. Eu tive que estar longe por um tempo para entender isso completamente, e agora eu consigo, eu realmente consigo. Agora eu sei que eu não amo Gladys – eu sei agora que eu nunca amei Gladys nem nenhuma outra mulher em minha vida. Eu sei que eu não quero voltar para Londres ou Nova Iorque, mesmo que nós encontremos um caminho para sair desse platô. E eu sei que eu amo você e quero passar cada minuto que minha vida durar ao seu lado, do jeito que você me permitir. Mesmo achando que você só me permitiria ser seu amigo, ainda assim eu ficaria do seu lado. Eu preciso apenas estar perto de você para sentir que eu continuo vivo.'

Ela ficou realmente emocionada com as palavras dele. Ela sabia que ele a amava, mas ele agora conseguia expressar seus sentimentos de uma forma mais madura que a encantava.

Sentindo lágrimas de felicidade inundarem seus olhos, e não sabendo o que dizer, Verônica abraçou-o forte. Ele a abraçou de volta, e ficou em silêncio, apenas sentindo a mulher que ele amava tão desesperadamente finalmente relaxar seu corpo contra o dele.

Ela olhou fundo nos olhos dele, ainda com lágrimas nos olhos, e começou a beijá-lo. Obviamente ele correspondeu ao beijo, e o que começou como um dos beijos tímidos que eles eventualmente trocavam lentamente se transformou numa explosão de paixão. Ele quebrou o beijo primeiro, incerto se seria capaz de se controlar se ela continuasse tão próxima dele como agora. Ela sorriu para ele, compreendendo suas intenções 'Está tudo bem, Ned. Não fuja' ela murmurou, ainda abraçada a ele e mantendo seus corpos muito próximos.

Ele começou a falar 'Veronica, o problema é que eu não sei se serei capaz de continuar agindo como um perfeito cavalheiro se nós continuarmos abraçados desse jeito' ele gaguejou.

O sorriso dela se abriu e ela murmurou novamente 'Até o momento, Ned, você está fazendo exatamente o que eu quero que você faça. E se nós combinarmos assim, não significa ser pouco cavalheiresco. Vamos combinar que enquanto nós dois estivermos fazendo aquilo que o outro deseja, nada é proibido. Eu não quero correr o risco de me tornar a vítima de qualquer tribo brutal que requeira uma virgem em sacrifício.'

Ele ficou sério 'Você não precisa fazer isso por causa desse risco, Verônica. Você sabe que nós todos faríamos qualquer coisa para protegê-la, de todo jeito. Marguerite já provou isso.' Ele parecia confuso, ainda tentando ter certeza que ela estava fazendo o que quer que ela estivesse fazendo apenas porque ela queria fazê-lo.

'Você não entende, Ned? Eu quero. Eu estou pronta para aceitar que eu quero. Que eu não apenas amo você, mas que eu desejo você, que eu quero você comigo, completamente comigo' a voz dela era apenas um murmúrio e ela começou a beijá-lo novamente, agora com toda a paixão que tinha ficado acumulada por todos esses anos. E ele correspondeu da mesma forma.

A corte deles estava longe das carícias experientes que John e Marguerite estavam trocando em uma outra caverna, mas eram sinceras e os dois teriam toda a vida para aprender um com o outro. Ned tinha chegado virgem ao platô, mas sua curta experiência com Kaya tinha sido muito forte fisicamente para que ele esquecesse, então pelo menos ele sabia a mecânica do amor – e sentiu-se surpreso de como o envolvimento amoroso poderia tornar tudo ainda melhor do que tinha sido com Kaya. Para Verônica, as memórias de um rio e de um fantasma mostraram que o que ela tinha sentido então era apenas uma pálida sombra de tudo o que ela estava sentindo agora com o homem que ela amava. Descobrir as sensações que apareciam como reações a cada carícia e movimento dele era um prazer em si. Eles não tinham pressa, e gastaram muito tempo explorando e estimulando um ao outro, aprendendo de seus corpos o que a experiência de vida dos dois ainda não os tinha ensinado. E quando seus corpos finalmente se encontraram, tudo foi intenso, e perfeito, e eles finalmente se juntaram para tornar-se apenas um.

CONTINUA...