Os personagens de Cavaleiros do Zodíaco não são meus e... ah! Todos dizem isto, portanto, vamos logo à fic.


CAPÍTULO 3 – MAIS SEQÜELAS

- Shun? – Ikky estava estático, em transe.

- Bom dia, Ikky, eu acho. – Shun fala meio desconcertado.

- Ainda não é meio-dia, por isso pode dar bom dia. – diz Ikky acordando do transe, aliviado.

Shun se levanta da cama e tenta ir pegar as suas roupas, mas sente uma pequena pontada no coração e acaba caindo de joelhos no chão.

- Shun, o que foi? – Ikky está preocupado.

- Estou um pouco fraco e cansado. – Shun sabe que aquilo já é sintoma de sua doença, mas não fala nada.

- Isto é normal. Você não é acostumado a lutar de modo tão agitado. Tenho certeza que não é nada grave. – Hyoga tenta ser simpático.

- Não é isso. Sinto uma dor no coração, um aperto... – Shun começa a reclamar. Ele sabe que quanto antes seus amigos souberem, melhor será.

- Vou chamar um médico, calma. – Ikky tenta acalmar seu irmão, mas está visivelmente mais nervoso que ele.

Enquanto Ikky leva Shun de volta à cama, Shunrei corre para chamar um médico. Não demora muito e os dois aparecem na porta.

- O que foi? – pergunta o dr. Ryoto, que estava acompanhando a recuperação dos cavaleiros.

- Estou me sentindo estranho, cansado e com uma dor no peito... – Shun aperta a região do coração.

- Doutor, meu irmão chegou a cair duro no chão ao tentar pegar as suas roupas. – Ikky está mais aflito do que qualquer um.

- Pode ser só tristeza pelos últimos fatos. – Shiryu tenta acalmar a todos.

- Pode não ser nada, mas é melhor verificar. As senhoritas poderiam me dar licença? – O médico simpaticamente olha para as mulheres no quarto.

Mino e Shunrei esperam do lado de fora. Com o estetoscópio, o médico começa a verificar a respiração do rapaz, que está com o peito nu. (O que foi? Não pensem besteiras, pois ele só está sendo examinado!) Dr Ryoto confere a pressão e os batimentos cardíacos também. Ele anota algo numa prancheta. Depois de um tempo, o médico autoriza Shun a vestir-se.

- E então? – Ikky pergunta, preocupadíssimo.

- Shun está com arritmia cardíaca, respiração descompassada e pressão baixa. Vou levá-lo para um exame mais detalhado. – O médico está um pouco preocupado com os sintomas.

- O senhor desconfia de algo? – pergunta Shun.

- Com estes sintomas, pode ser muita coisa. desde algo simples até doenças fatais. Só um exame mais detalhado pode dizer. – Dr. Ryoto esclarece.

- Seja forte, Shun! – Ikky tenta passar força ao irmão, segurando-lhe a mão.

Você é quem precisa ser! – Shun pensa só consigo.

- Confie em nós, você não vai morrer tão cedo! – Hyoga fala confiante.

- Logo nós 5 estaremos aprontando na escola. – Shiryu sorri para o amigo.

Shun sai sorrindo, parece confiante. Apesar de tudo, ele ainda não quer assustar os amigos. Ele olha para o médico e fala:

- Eu vou morrer, eu sei! Não precisa ficar receoso de dar a notícia na minha frente.

- Sim, um dia certamente você morrerá, assim como todos, mas farei o impossível para que seja bem mais tarde. Agora relaxe! – O médico tenta consolá-lo.

A maca entra no corredor e a cena se volta para o quarto. Ikky estava sentado na cama onde estava seu irmão. Mino e Shunrei o consolam.

- O Shun é forte, ele ainda vai aprontar muitas. – Mino fala sorridente.

- Pode saber que eu estou rezando por vocês. – Shunrei fala ternamente.

- Havia algo errado, os olhos dele não puderam ocultar. Só espero que ele não sofra mais. – Ikky diz desanimado.

- Apesar da aparência, Shun é um grande guerreiro. – Hyoga fala sem pensar.

- O quê está insinuando, pato? – Ikky se irrita, pois sabe que todos acham Shun "delicado".

- Nada de mais. – Hyoga tenta consertar, mas não sabe o que falar.

- Você não vai brigar com ele, vai? O Hyoga não pode nem sair da cama ainda... E você Hyoga, pára de provocar o Ikky. – Mino diz ferozmente.

- Mas eu não fiz nada! – Reclama Hyoga.

- Por favor, não briguem! – Shunrei tenta acalmar os ânimos.

- Shunrei tem razão, parecem crianças! Se o Shun estivesse aqui, não gostaria nada disso. – Shiryu tenta impor-se.

- Vou dar uma volta, preciso esfriar a cabeça. – Ikky diz friamente.

O cavaleiro de Fênix sai, sério e preocupado. ele não pára de pensar no Shun e na luta que tiveram. Hyoga sente-se um pouco culpado pelo estado de Ikky.

- Não deveria ter discutido com ele. Ikky não está em condições de agüentar este tipo de coisa. – Hyoga está um pouco triste.

- Não podemos fazer mais nada, Hyoga! Só nos resta rezar e torcer pelos nossos amigos. – Shiryu fala calmamente.

- Espero que o Seya acorde logo. Nunca precisamos tanto da nossa união. – Hyoga fala olhando para Shiryu.

Shunrei já estava sentada no sofá, rezando. Mino senta-se ao lado dela e também começa. Ao ver as duas, os cavaleiros que ainda estão na cama, começam a pedir proteção aos céus. Saori entra e vê a cena espantada.

- O que aconteceu? – Pergunta a jovem.

- Estamos rezando pelos nossos amigos. – Shiryu explica.

- Já soube do Shun. Ikky deve estar arrasado! – Saori conclui tristemente.

- E como! Ele precisará e muito do nosso apoio. – Shiryu diz com um nó na garganta.

Depois de algumas horas, dr. Ryoto retorna trazendo um Shun desacordado na maca. Ikky estava no quarto e corre até o médico.

- O que o meu irmão tem, doutor? – Ikky está muito ansioso.

- Acalme-se e sente. Enquanto isso, colocaremos Shun novamente na cama. – o médico sabe que esta será uma das piores notícias que poderia dar.

Quando Ikky senta-se na sua cama e vê o irmão inconsciente na outra, o seu coração começa a bater mais rápido. Algo diz que ele não gostará da notícia. Dr. Ryoto respira fundo e diz:

- Shun está com um tumor no coração.

- Quer dizer que ele está com câncer? – Shiryu quase pula da cama, com o susto, mesmo estando sem condições.

- Ainda não podemos afirmar nada. Estamos esperando o resultado para saber se é maligno ou benigno. o problema é que ele está tomando conta de todo o coração e até uma cirurgia seria arriscada agora. – O médico demonstra-se muito triste pela sua impotência.

- Não diga isso! – Ikky está em estado de choque.

- Vai dar tudo certo, Ikky. Confie em mim! – Saori aperta as mãos dele e lhe dá um sorriso.

- Ikky, o Shun já sobreviveu a tantos inimigos e situações, que não será difícil superar este. – Hyoga tenta parecer confiante, embora também esteja com um pouco de medo.

Ikky levanta-se e vai até o irmão. Passa a mão e sorri. O rosto de Shun é tão sereno que ele não sente nem medo e nem tristeza. O silêncio toma conta do quarto e parece que o tempo parou, congelando a todos.

CONTINUA


Meio dramático, né? Tentarei pegar mais leve na próxima. hehehe!

Não percam, no próximo capítulo, Catarina entrará em ação.