Eu já disse, cavaleiros não me pertencem! Não me processem, por favor!

Agora, mais um capítulo.


CAPÍTULO 5 – UMA VISITA

Na manhã do outro dia,durante o horário de visitas, alguns cavaleiros foram visitar os amigos hospitalizados. Ikky decidiu ficar ao lado de seu irmão, mesmo tendo recebido alta e os médicos concordaram em deixá-lo no quarto.

Mu bate na porta do quarto e Ikky atende.

- Oi, ... – ele fica branco.

- Quem é Ikky? Hyoga pergunta.

Ikky deixa os amigos entrar. Ao lado de Mu estão Kamus, Dohko e Aioria. Todos ficam muito alegres de ver seus amigos e mestres, mas também estão espantados.

- Mestre? – Shiryu senta-se na cama.

- Não pode ser! Mestre Kamus! – Hyoga não sabe se ri ou chora. Ele faz menção em levantar, mas ainda está muito fraco.

- Não tentem levantar-se, amigos. Vocês ainda estão muito fracos. – Aioria pede.

- Bom dia. Então a danadinha falava a verdade? – Ikky comenta.

- Então quer dizer que a minha irmã conseguiu mesmo ressuscitar os cavaleiros mortos? E onde ela está? Ontem fiquei tão transtornado que nem consegui falar com ela. – Hyoga está ansioso.

Cada mestre se dirige ao seu pupilo, pois sabe que eles seriam capazes de sair da cama para abraçá-los.

- Sua irmã está descansando no templo de Atena, mas não se preocupe, ela está bem. – Dohko afirma.

- Gostaria de parabenizá-los por tudo. Vocês demonstraram força de vontade e coragem. Superaram todos os limites e chegaram aqui. – Kamus diz, estendendo a mão a Hyoga.

- Pena que os sacrifícios foram muito grandes. – Ikky diz, olhando para o irmão.

- A Catarina já nos contou tudo. Eu sei o que é perder um irmão e entendo o que está sentindo, Ikky. – Aioria comenta.

- Shiryu, você me desafiou e comprovou que poderia ser muito mais do que eu esperava. É um guerreiro muito forte e corajoso. Desculpe se duvidei de sua capacidade um dia. – Dohko fala olhando nos olhos do pupilo.

- Tudo bem, já passou. Eu sei que o senhor estava preocupado com a minha saúde, mestre. – Shiryu fala.

- Não precisa me chamar de mestre, Shiryu. Acho que você até me superou... – Dohko fala sorrindo.

- É o costume. Não sei se conseguirei chamá-lo de outra forma. – Shiryu explica.

- E você Hyoga, como está? – pergunta Kamus.

- Na verdade, estou mais confuso do que qualquer outra coisa. Depois dos últimos acontecimentos, não sei o que pensar. – O loiro confessa.

- Já é estranho ganhar uma irmã a essa altura da vida, ainda mais sabendo quem ela é! Pelo menos não estará mais sozinho. – Kamus tenta ser simpático.

- Tem razão, mestre. Vai ser estranho no começo, mas logo estaremos nos dando muito bem. – concorda Hyoga.

Shun acorda ao ouvir a conversa dos cavaleiros.

- Shun, como está se sentindo? – pergunta Mu.

- Eu estou bem e... não acredito! Então a Tata conseguiu ressuscitá-los. Que bom! – Shun fala animadamente.

- Ela reviveu todos os outros, inclusive os de prata. – Aioria comenta.

- Fico feliz de vê-lo animado Shun. – Ikky sorri.

- Que horas são, Ikky? – Shun pergunta se sentando na cama.

- São 9:10 da manhã. Por quê?

- Nossa, madruguei hoje! Bom, contem as novidades e as reações no santuário. Aquilo deve estar uma bagunça. – Shun começa a sorrir.

- É verdade, bom, o que aconteceu foi que... – Aioria começa a contar tudo o que aconteceu desde que foram revividos e os cavaleiros de bronze começam a se divertir tanto que até se esquecem de seus problemas.

Mais tarde, outros cavaleiros foram ao hospital. Alguns pediram desculpas, outros foram só para ver a situação física dos jovens hospitalizados, mas teve exemplos de amigos que foram dar força e coragem, enfim, o movimento não parou naquele dia, chegando a estressar a todos.

A visita mais importante, no entanto, chegou ao fim da tarde.

- Catarina? – Hyoga se assusta.

- Oi maninho, oi pessoal! Desculpem a demora, mas eu estava ocupada com uns problemas no Olimpo. – Catarina explica.

- Fala a verdade, você estava dormindo. – Shun brinca.

Todos olham o amigo de cabelos verdes e se assustam.

- O que foi? Não posso brincar às vezes? – Shun pergunta.

- Pode, ou melhor, deve, mas é estranho! Desculpe, Shun. – Shiryu fala.

- Como você está minha irmã? – Hyoga tenta ser carinhoso.

- Estou bem, mas infelizmente tenho que resolver umas burocracias com os deuses. Vocês não imaginam o tanto de coisa a se fazer para organizar uma simples reunião ou até um chá entre eles. – Catarina olha com um olhar cansado.

Todos riem do comentário dela e pensam que se na Terra já se cansa só de fazer uma lista de tarefas a ser feita para organizar uma reunião informal, lá a coisa deve ser bem pior.

- Passei aqui para não deixa-los preocupados e também para avisar que amanhã Ikky e Atena terão que me acompanhar até uma reunião. Mu e Shakka também vão. – O desânimo com que Catarina fala isso é impressionante.

- Para que será essa reunião? E por que eu tenho que ir? – Ikky pergunta.

- Ainda não sei, mas sei que tem a ver com a invasão da Terra. Zeus me pediu para levar 2 cavaleiros de ouro com bastante poderes psíquicos e um dos que lutaram contra Hades. Como você é o único em condições de sair do hospital, não tive alternativa. – Catarina parece que está falando de algo realmente monótono e entediante. Ela vai até a cama do irmão e o abraça.

- Tata? – Hyoga fica preocupado.

- Sempre tive vontade de fazer isto, mas agora devo ir. Ah sim! Quando toda esta confusão acabar, quero passar o dia ao lado do meu querido irmão. – Catarina sorri e se despede, provocando uma agitação no quarto.

- E agora, o que Zeus quer comigo? – Ikky pergunta.

- Eu estou achando esta reunião um pouco estranha. – Hyoga comenta.

- Eu também estou preocupado, mas algo me diz que vamos gostar do resultado dela. – Shiryu afirma.

- É melhor não pensar nisso agora. A Catarina já provou ser confiável e os olhos dela passam uma paz e uma inocência que não tem como desconfiar. – Shun fala.

- Shun, você não está escondendo nada, não é mesmo? – Ikky pergunta.

- Desta vez não. Eu também não sabia disso, mas confio na Tata tanto quanto confio em vocês. – Shun responde.

- Não queria ser chata, mas vocês tiveram um dia bem agitado hoje e seria melhor que descansassem. – Mino fala.

- É verdade, principalmente você, Shun. – Ikky diz sentando-se na beirada da cama do irmão.

- Ikky, não fique assim! Eu não quero vê-lo triste. Você promete que vai tentar ser feliz mesmo depois da minha morte? – Shun pergunta como se estivesse falando de algo normal.

- Não diga isso, Shun! – Ikky se assusta com a naturalidade de Shun.

- Mas você sabe que eu vou morrer em 6 dias e não quero partir sabendo que você pode entrar em depressão. Eu nunca me perdoaria caso isso acontecesse. – Shun abaixa a cabeça, lembrando-se do que Catarina lhe mostrou (1).

Ikky não consegue responder, só abraça o irmão. Hyoga e Shiryu choram ao ver a cena.

CONTINUA


(1) Ler capítulo "O futuro de Ikky"

Ainda não me crucifiquem, por favor! Vocês ainda terão muitas surpresas.

Falando em surpresas, o que acontecerá nessa reunião? Tentarei melhorar o enredo, prometo!