No grandioso plano de Catarina, a primeira parte era convencer os cavaleiros a viver em paz e aceitar os outros deuses como aliados. Ao que tudo indica, deu certo, agora estamos no dia da morte do Shun. O que irá acontecer de tão especial e por que Saori afirmou não estar nervosa com a morte do amigo?

Bom, hoje vou tentar arrepia-los e novamente irei utilizar uma carga dramática muito grande, preparem-se!

Cavaleiros do Zodíaco podem não me pertencer, mas também não pertence aos milhões de fãns espalhados pelo mundo que também escrevem, nos emocionam e nos animam com as suas fics.

Leiam este capítulo!

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CAPÍTULO 8 – EXECUÇÃO PARTE 2

Muitos amigos estão visitando Shun para despedir-se do cavaleiro de Andrômeda. June, Shiryu e Hyoga não saem de perto dele. Saori está mais ansiosa do que nunca e Ikky não sabe o que fazer.

- Ikky, por favor, venha ao meu lado. – Shun pede.

- Shun? Não tenho sido um bom irmão nos últimos dias, não é mesmo? Eu tinha que apóia-lo, ajuda-lo, mas não consigo! – Ikky diz como se estivesse desapontado consigo mesmo.

- Eu não te culpo Ikky, não está sendo fácil para você. Não sei o que faria se fosse o contrário, se eu soubesse que você iria morrer e eu não poderia fazer nada para evitar. – Shun tenta confortar o irmão.

- Meu querido irmão! Sentirei tanta falta dessa tua alegria, esse teu jeito doce... – Ikky começa a chorar abraçado ao irmão. Enxugando as lágrimas e novamente olhando para Shun, Ikky fala: - Estou me sentindo uma manteiga derretida como você sempre foi, chorando por qualquer coisa...

Neste momento Ikky sorri, mas o clima é de apreensão e tristeza. June abraça Ikky e senta-se ao lado do seu grande amigo, ou melhor, do seu verdadeiro amor. Saori tem um estalo e fala:

- June, pode tirar a sua máscara.

- Atena? – Todos se assustam.

- A partir de hoje, esqueçam essa besteira de que mulheres devem usar máscara para lutar ou coisa parecida. Esqueçam o castigo de ter que amar ou matar os homens que as virem sem máscara. Sempre achei essa tradição ridícula. Quero que vocês tenham uma vida normal. Mesmo por que não teremos motivos para nos preocupar por um bom tempo. Meu pai garantiu um longo período de paz. – Saori desabafa.

June fica um pouco apreensiva com os dizeres da deusa, mas Shun sorri para ela e pede docemente.

- June, deixe-me ver o seu rosto pela última vez!

Ela olha para os rapazes no quarto. Ikky se vira para ela e da forma mais simpática que pode ser, ele diz:

- Confie em Atena e em nós, June. Hoje é um dia para quebrar tradições e repensar na nossa vida, não acha?

- Ikky? Tudo bem! – A amazona tira a máscara e revela seu belo rosto.

- June, tanta beleza não pode ser oculta. Eu nunca irei esquecer tudo o que fez por mim. – Shun diz passando a mão delicadamente no rosto da amiga.

- Shun, eu te amo. Não como amiga e sim como mulher. Sei que não é o melhor momento para dizer isso, mas não terei outra oportunidade. – Ela diz emocionada.

A cena é arrepiante. Todos estão chorando. Shun a abraça o mais forte que pode. Ele não acredita no que está ouvindo. Mesmo na presença de tantas pessoas no quarto, Shun a beija apaixonadamente pela primeira e última vez. Ikky sorri ao ver a atitude do irmão.

- Shun? – June está surpresa e feliz ao mesmo tempo.

- Eu também te amo, June. Por isso quero pedir que não sofra por mim, pois estarei sempre ao teu lado. – O cavaleiro diz olhando nos olhos dela e se abraçam.

- Amigo, vá em paz! – é tudo o que June consegue dizer antes de sair.

- June! – Shun tenta alcança-la, mas está preso à cama. Mesmo sem sentir dores, seu corpo está debilitado e ele não tem forças para se mover bruscamente. Ele se entristece.

- Shun, desculpe por todo o mal que eu lhe fiz. – Saga pede da forma mais piedosa que pode.

- Eu sei o que está sentindo Saga e já lhe perdoei. – Shun fala amigavelmente.

- Eu também peço desculpas, Andrômeda. – Afrodite é mais seco.

- Tudo bem, Afrodite, você estava lutando pelo seu ideal, assim como eu. – Shun retruca.

- Shun, você sabe que sempre foi como um irmão para nós, por isso desejo muitas felicidades nessa etapa. Sentiremos a sua falta, amigão! – Shiryu tenta ser forte, mas está muito emocionado.

- Descanse em paz, pois faremos a nossa parte. – Hyoga diz chorando.

- Eu nunca vou esquecer a amizade de vocês e tudo o que aconteceu nos últimos tempos. Desejo-lhes muita sorte e felicidade. – Shun fala emocionado.

Neste momento, Albiore (1) entra no quarto.

- Mestre? – Shun se alegra.

- Oi, Shun, há quanto tempo! Estou muito orgulhoso de você. Sempre soube que seria um guerreiro poderoso. Você sabe que gosto de você como se fosse um filho, não sabe? – Albiore diz emocionado.

- Sim, mestre. Desculpe se alguma vez o decepcionei. – Shun fala lembrando-se do fato de ser a encarnação de Hades.

- Você não me decepcionou, muito pelo contrário, provou que tem muita força de vontade para lutar contra o mal e um bom coração... – neste momento, Albiore lembra que seu discípulo está morrendo de câncer no coração.

- Mestre... – Shun começa a chorar sem saber o que dizer. Seu mestre o abraça, como um pai consolando seu pequeno filho.

Catarina chega ao quarto e presencia a cena. Com uma expressão indecifrável, ela diz:

- Está na hora, Shun. Levante-se, despeça-se e venha comigo. Não tenha medo, pois eu o ajudarei a caminhar.

Apesar de achar as instruções estranhas, pois ele mal pode sentar-se, Shun faz que sim com a cabeça e inexplicavelmente se levanta. Saori é a primeira a abraçá-lo.

- Seja feliz amigo e não esqueça que sempre estaremos torcendo e rezando por você. Se me dá licença, vou ao quarto do Seya, não quero ver a sua morte. – Saori está muito triste.

- Cuide dele por mim, Saori. – Shun diz abraçando a amiga.

Saori sai do quarto e Shun continua com as despedidas. Ela encontra Shakka no corredor.

- Parabéns, estão conseguindo! Vai dar continuidade ao plano? – Shakka diz sorrindo.

- Vou. Nunca imaginei que Ikky fosse um ator profissional, a cena dele com o irmão foi surpreendente. Deixe-me ir agora. – Saori diz sorrindo e correndo em direção ao elevador.

- Eles vão nos matar quando souberem a verdade. Bom, deixe-me fingir um pouco também. – Shakka diz entrando no quarto para despedir-se do amigo.

Depois de se despedir de todos, Shun e Catarina desaparecem. O cosmo do Shun some por completo e todos choram a morte do amigo. No quarto de Seya, Saori já está ao lado do cavaleiro quando este sente a morte do amigo e acorda preocupado.

- Shun? – Seya tenta se levantar, mas não pode.

- Seya, finalmente acordou! – Saori diz emocionada.

- O cosmo do Shun... ele morreu? – Seya pergunta tristemente.

- Vou contar tudo o que está acontecendo, meu amor. Fique calmo. – Saori pede olhando docemente para o rapaz na cama.

- Saori, fiquei com tanto medo de perdê-la! Queria abraçá-la, toca-la, mas meu corpo não me obedece... – Seya desabafa.

- Eu sei, já esperava por isso. Bom, vou contar tudo o que aconteceu na última semana que esteve inconsciente e também o diagnóstico do médico. – Saori coloca mão de Seya entre as suas e começa a falar tudo.

CONTINUA

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(1) É assim que se escreve o nome do mestre do Shun?

Infelizmente Shun morreu, mas pela reação de Shakka e Saori há algo errado nisso. Afinal, o que tanto eles escondem? E Shun, como vai reagir ao chegar ao Olimpo, ou melhor, será que ele foi mesmo para o Olimpo?

Continuem lendo e revisando.