Não esqueçam que sou só uma fã de CVZ!
Anteriormente, acompanhamos o despertar de Seya e de Shun. Porque tanto segredo entre nossos amigos? Confiram!
Bom, vamos continuar.
CAPÍTULO 10 – A RESSURREIÇÃO DE SHUN
A cena mostra Ártemis e Shun se encarando. Ela sorri na frente dele e comenta:
- Justo você que nunca gostou de violência quer atacar Ártemis? Eu sou conhecida como a deusa da caça. Mas hoje eu não quero te machucar, por isso pode relaxar, Shun.
- Você é Ártemis? Desculpe-me, mas eu senti o seu cosmo e... Onde estou? – Shun fala um pouco triste.
- Você está no Olimpo e pensou que eu iria atacá-lo, não foi? Não fique assim! Já esperava por isso, mas me diga, como está, meu jovem? – Ártemis se mostra preocupada.
- Estou um pouco confuso. Quase não lembro da luta contra Hades e de alguns momentos no hospital. Sei que estive com câncer no coração e que ia morrer. Eu cheguei a me despedir dos meus amigos, mas não lembro porque esta doença só se manifestou agora. – Shun fala.
- É muito bom saber disso. O que aconteceu foi que havia uma pequena chance de você se curar, mas seria preciso uma técnica poderosa e como o seu corpo estava debilitado, havia chances de não agüentar, mas se não fosse feito nada, você morreria da mesma forma. Quando você chegou, já estava morrendo e o meu irmão Apolo usou todos os seus conhecimentos e a técnica de cura mais poderosa que existia para ajudá-lo. Foi difícil, mas ele conseguiu. Seu corpo resistiu perfeitamente, mas como disse, parte da sua memória ficou comprometida para sempre. – Ártemis fala em tom de desabafo.
- E agora? Terei que viver aqui? – Shun pergunta tristemente. (1)
- Não. Você voltará para ficar ao lado dos seus amigos, mas terá que ter um pouco de paciência, pois precisaremos do consentimento de Atena para autorizar a sua volta. – Ártemis comunica.
- Mas como vou voltar se não lembro como cheguei aqui? – Shun pergunta.
- Nós pensamos nisso e pedimos para que Atena nos enviasse um dos seus amigos. Vou buscá-lo, espere aqui. – Ártemis fala e sai do quarto.
- E então? Deu certo? – Apolo pergunta.
- Sim. Ele esqueceu de uma parte da luta de Hades e das partes comprometedoras que Catarina lhe falou. Nem sabia que estava no Olimpo. – Ártemis diz sorrindo.
- Que bom! Não acredito que vocês conseguiram. Agora temos que pedir para Atena avisar aos cavaleiros e prepara-los para a volta do nosso amigo. – Mu diz emocionado.
- Ah, sim! Avisei ao Shun que levaria um amigo. Por isso temos que ir até lá. – Ártemis comunica ao cavaleiro de Áries.
Mu faz que sim com a cabeça e através do seu cosmo explica a situação de Shun para Saori. A deusa sorri e espalha a notícia. A mensagem que ela passava, era algo já definido antes:
- Cavaleiros de Atena. Devo informar-lhes de que o cavaleiro Shun de Andrômeda conseguiu sobreviver e logo estará conosco. Eu sei que todos acreditavam que ele morreria e passaria a morar no Olimpo, mas Apolo foi generoso e conseguiu cura-lo completamente. Assim, Shun poderá voltar à vida como se nada tivesse acontecido. A única seqüela dessa doença foi o fato dele ter perdido parte da memória para sempre. Ele esqueceu boa parte da luta contra Hades e alguns momentos que ficou no hospital, mas fora isso o nosso cavaleiro de Andrômeda está muito bem e saudável! Espero que o recebam com toda a alegria e respeito necessário.
Quase todos os cavaleiros choraram de alegria e comemoraram de felicidade. Seu amigo mais bondoso estava de volta!
Ikky entra no quarto de Seya, lembrando-se de todos os momentos que ele os ajudou e da amizade e respeito que Seya sempre demonstrou por seu irmão caçula. Ikky nem se importa com a enfermeira que está cuidando do amigo e comemora:
- Seya, deu certo! O Shun vai voltar.
- Eu também recebi a mensagem de... – Seya ia falar Atena, mas se contém ao ver a enfermeira – da Saori. Eu não disse, Ikky? Não precisava se preocupar...
- Sim, você tinha razão. Eu sempre subestimei o meu irmão e os outros, mas você acreditava em nós. Acho que o meu orgulho me impedia de ver os meus amigos como guerreiros corajosos e fortes... – Ikky diz um pouco envergonhado.
- Não tenha vergonha da sua personalidade, pois você sempre foi o nosso irmão mais velho, aquele que deixa a gente quebrar a cara para aprender. Eu tenho orgulho de ser seu amigo e digo que aprendi muita coisa ao seu lado e ao lado de todos os nossos amigos. – Seya tenta anima-lo.
Ikky mais uma vez abraça o amigo como se estivesse abraçando o próprio irmão. A enfermeira olha para Ikky com fúria e fala:
- Ei, o que pensa que está fazendo? Vai acabar machucando o seu amigo.
Ikky recoloca Seya na mesma posição que estava e os dois começam a rir.
- Do que estão rindo? Eu falo sério! – A enfermeira esbraveja.
- Desculpe, senhorita Sakamoto, mas poderia nos deixar a sós um minuto? – Seya pede.
- Nem pensar! Este troglodita vai acabar lhe machucando! – Ela diz apontando para Ikky.
- Não se preocupe com isso. Eu prometo me comportar. – Ikky diz.
- Estou de olho! – Ela sai espumando de raiva.
- A senhorita Sakamoto é uma boa enfermeira, mas me trata como se eu fosse de cristal! – Seya comenta sorrindo.
- Ela tem razão Seya! Você ainda está muito debilitado. Não sei o que aconteceu comigo, já é a segunda vez que faço isso. – Ikky fala como se estivesse pedindo desculpas.
- Não fale assim! Eu me sinto um inválido... agora vamos esquecer isso, por favor! – Seya desvia momentaneamente o olhar. Ele encara Ikky novamente e pergunta – o que pretende fazer agora? Vai ficar no Japão?
- Penso em voltar a estudar, assim como os outros. Sei que sempre fui sozinho, mas depois desta última semana de agonia, percebi que não conseguiria mais viver assim. – Ikky sorri de canto de boca – É, Seya, você conseguiu nos mudar mais do que imaginamos.
- Mas desta vez não fiz nada! Você deve agradecer à Catarina. Se não fosse por ela, não estaríamos aqui agora.– Seya desabafa. Ele faz cara de quem se lembrou de algo importante e comunica – talvez você já saiba, mas ela me disse para não contar nada ainda, pois ela quer ter a honra de contar o plano aos nossos amigos.
- Tem razão! Quando ela voltar, irei agradece-la. Quanto ao plano, nem saberia por onde começar, mesmo! – Ikky afirma.
Neste momento, Shun aparece com Mu no quarto. Andrômeda já havia sido informado sobre o estado de saúde do amigo. Com seu doce sorriso, ele se aproxima dos dois.
- Shun? Você voltou meu irmão! – Ikky vai correndo abraça-lo.
- Estou muito feliz de poder voltar à vida e estar novamente ao seu lado e ao lado dos nossos amigos! – Shun diz quase chorando.
Seya e Mu se emocionam com a cena. Eles sabem o que um significa para o outro. Shun solta o irmão e se volta para Seya, que está quase chorando. Shun pega a caixa de lenço de papel que estava numa cômoda próxima à cama e sorrindo, enxuga as lágrimas do amigo.
- Seya, não chore! Estou muito feliz em poder estar novamente ao seu lado. – Shun diz, tentando animar o amigo.
- Eu sei e é por isso que estou emocionado, Shun! Agora finalmente terei todos os meus melhores amigos comigo. Assim como você, também pensei que fosse morrer, mas agora estamos aqui, juntos! Conseguimos superar nossos limites, salvamos a vida de Atena e agora poderemos viver em paz como bons amigos comuns. – A emoção de Seya é tanta que ele move a mão direita como um pequeno impulso, alegrando a todos.
- Seya, a sua mão, ela mexeu! – Shun observa alegremente.
- É, acho que sim, amigo. Foi a alegria de saber que logo estaremos vivendo uma vida normal e mesmo que eu fique paralítico, já ganhei mais do que poderia pedir aos deuses. – Seya comenta.
Shiryu e Hyoga entram no quarto de Seya. Eles também haviam sentido a presença do amigo de cabelos e olhos verdes.
- Shun? É um milagre amigo! – Shiryu fala em tom de comemoração.
- Que susto você nos deu! Finalmente poderemos viver em paz e podendo desfrutar dessa nossa amizade. – Hyoga estava extremamente feliz, nem parecia o mesmo.
Na tarde do outro dia, quando já estava completamente recuperada, Catarina leva Shakka à casa de Áries, pois o cavaleiro ainda está um pouco fraco para ficar sozinho. Ela vai ao hospital e sem que seja percebido, induz os amigos e o irmão a ir ao mesmo momento.
- Tata? – Hyoga comemora. – Minha irmã! Agora poderemos ficar juntos, não é mesmo?
- Depende da sua reação. – Ela diz como se estivesse nervosa.
- Como assim? – Cisne pergunta.
- Vocês são os grandes cavaleiros de Atena que derrotaram Hades e eu fiquei responsável por dar uma de anjo da guarda. Ou seja, terei que ficar ao lado de vocês para o resto de minha vida. Só que para desempenhar a minha função, eu teria que conhece-los e os acompanhei desde a Guerra Galática. Sei que não perceberam, mas sempre estive ao lado de vocês. Por isso desenvolvi um grande carisma e respeito por cada um. Isso me levou a fazer uma loucura que não deveria, mas deu certo e agora todos estão aqui e é isso que importa. – Catarina começa a se explicar.
- Tata, acho melhor parar de enrolar e falar o que deve. Se continuar assim, acabarei dormindo. – Seya provoca.
- Como queira, Pégaso! – Ela faz uma reverência como se tivesse falando com um deus e ri de si mesma – Bom, a verdade é que os acontecimentos dos últimos dias foram planejados por mim e executados por Mu, Shakka, Ikky e Saori. Tudo, desde a doença do Shun foi armação minha para poder restabelecer a paz. – Catarina diz muito nervosa.
Os cavaleiros se entreolham espantados com tudo aquilo.
CONTINUA
(1) Shun também esqueceu dessa parte.
Bom, Catarina abriu o jogo. Qual será a reação dos amigos?
