Nome da fic: O dia em que a felicidade de Severus desandou
Autor:
Nielle
Pares: Severus/ todas as meninas de Hogwarts outra pessoa, menos sua
namorada.
Censura: 13 anos
Gênero: Comédia
Spoilers: Snape
novinho.
Desafio: Essa fic foi inspirada no desafio 55. Uma poção do Neville
dá errado e todas as meninas da grifinória ficam louquiiiinhas pelo Snape.
Apaixonadééérrimas, fazendo loucuras, declarações, desmaiando, escrevendo cartas
de amor e tremendo. Pichando a escola com declarações de amor... Todas,
inclusive a Mione, que é a namorada de Rony.. Como fica a situação do Severo?
(jobis).
Resumo: Uma poção vinda de uma receita de revista adolescente faz
com que algo inusitado aconteça com Severus Snape
Agradecimentos: Karla
Malfoy que betou.
Disclaimer: Esses personagens são de JKR, eu não quero nem
vou ganhar dinheiro com eles.
Esta fic faz parte do SnapeFest 2004, uma
iniciativa do grupo SnapeFest, e está arquivada no site
Marte e Vênus eram primas. Suas mães,
astrólogas, tiveram a idéia genial de dar nomes de planetas às filhas. Piadas
como "Ei Vênus, posso conhecer o seu monte?" ou "Marte, venha esquentar a minha
cama" não faltavam. Ser Lufa-Lufa não ajudava. Elas até eram boas alunas, mas
eram medrosas. Tinham medo dos professores, de se relacionar. Tinham medo até
das cantadas que levavam.
Vênus tinha certeza que morreria com lábios
virgens. Já Marte, tinha um plano em mente para que sua boca sentisse o prazer
de um beijo.
Em um domingo, Marte chamou Vênus para um pique-nique. Elas se
sentaram na borda da Floresta Proibida, então começou a contar para a prima o
que pretendia.
- Sinto-me atraída por uma certa boca, prima.
- Serio?
Qual?
- Uma boca inalcançável.
- De quem?
- É sonserino.
- OH! Deus!
É o Urano, seu irmão??
- Não tão inalcançável né Vênus?
- Quem,
então?
- Seu nome é Severus Snape.
- Quem?
- O primo de Katherina
Snape, apanhadora.
- Dela eu lembro, mas ele. Deve ser um perdedor.
-
Não importa, quer saber o que vou fazer ou não?
- Você vai fazer alguma
coisa? – gritou Vênus. – Como? O que?
- Esses dias, fabriquei essa pasta de
dente. A receita eu vi numa revista adolescente.
- E qual o efeito?
- Ele
desejará os meus lábios.
- E como distinguirá os seus, entre tantos?
-
Coloquei o doce dos meus lábios na pasta.
- Que nojo! E como fará para que
ele use?
- Urano.
- Isso não vai dar certo.
- Claro que
vai.
Apesar de Lufa-Lufa, Urano gostava muito da irmã e quando
ouviu seu plano louco, deu longas gargalhadas.
- Então? Pare de rir!! Vai me
ajudar?
- Vou! Desde que, se der encrenca, não coloque meu nome no meio.
-
Encrenca? Não vai dar.
- Ele começou a namorar recentemente, acho que a
menina não vai gostar nada disso.
Não se sabe como Urano fez, mas ele trocou não só a pasta, mas também os rótulos para que o jovem Snape nada percebesse. No fundo pensava que seria divertido, se ele beijasse a irmã, pelo menos teria um motivo para azará-lo. Não que precisasse de um, claro!
Na
segunda-feira, no café da manhã, aconteceu a primeira coisa estranha do dia. As
meninas estavam eufóricas, nem sabiam ao certo por que. Marte havia passado seu
melhor batom e esperava o beijo de seu "cavaleiro sonserino prateado". Ao seu
lado, em plena mesa, Vênus conferia seu visual no espelho.
- Que há? Você
não ia virar clériga?
- Ia! Mas estou sentindo uma atração um pouco fraca,
mas relevante. Só não sei por quem.
O rebuliço se deu a partir do momento em
os sonserinos do 6º ano se levantaram e a professora de Astronomia foi com eles.
Ela agarrou um rapaz alto, cabelos e olhos negros e tascou-lhe um beijo na boca.
Seu nome era Alicia, mas daquele momento em diante virou "a professora que
beijou o primo de Katherina Snape". Confusão gerada.
Francine agarrou a
professora e gritou:
- FIQUE LONGE DO MEU NAMORADO, SUA ASSANHADA!!
Mas
quando se voltou para ele, viu que havia sido agarrado por um bando de garotas
histéricas que gritavam " Agora sou eu! Não, eu! EU!!"
-
EEEEEEEEIIIIII!!!!!! – gritava Francine, mas ninguém lhe dava atenção. E quando
olhou para os lados viu que todas as alunas da escola andavam naquela direção
com os braços estendidos e biquinhos nos lábios.
- Elas viraram
zumbis!!!
Os professores, os alunos-homens, enfim todos os que não estavam
envolvidos tentavam acabar com aquela confusão.
- McGonagall!!! Não vai fazer
nada?? – gritou a namorada
- Não vou mentir, menina, que estou sentindo uma
atração por aquele rapaz.
- AH! – gritou Francine horrorizada – é uma
maldição!! Só pode ser!!!
E foi na direção daquele bololô de gente, gritando
azarações, feitiços, maldições, tudo para se livrar daquele bando de
sem-vergonhas que ousavam roubar-lhe o namorado que conseguira com tanto
esforço!!
Quando tirou a ultima de perto, gritou:
- Tanto homem dando sopa
e vocês vem logo atrás do meu???
- Ah! Não seja egoísta! Divide ele com a
gente!!!
Eles fugiram pela porta mais próxima, e a massa feminina foi contida
no salão principal pelo Diretor, que anunciou:
- QUEM OUSAR BEIJAR ESSE
RAPAZ OUTRA VEZ, SERÁ EXPULSO DE HOGWARTS PARA SEMPRE!!! VOLTEM PARA AS AULAS!!!
- sua voz havia sido aumentada varias vezes. E isso fez com que Severus e
Francine ouvissem o ultimato.
- Isso vale para você também?
Ela deu-lhe um
tapa no rosto. E começou a chorar.
- O que você fez, Snape?
- Eu juro que
eu não fiz nada!! Por que eu ia querer que todas as moças do colégio me
beijassem? Eu gosto é de você!
- Jura?
- Sim!
- Venha lavar esse
rosto, tirar essas marcas de batom.
Quando saíram do banheiro, encontraram
uma pessoa os esperando.
- DIRETOR!!! – gritou Francine
- Minha ordem vale
para você também.
- Mas ela é minha namorada!
- Não ousem desobedecer.
Quer dizer que não quis que isso acontecesse?
- Por que eu quereria? Deve ter
sido alguém que fez esse feitiço maluco.
- Para que alguém faria algo para
todas as garotas te beijarem? – perguntou Francine.
- Talvez...– disse o
diretor
- Talvez?? – disseram os namorados juntos.
- Talvez o feitiço não
tenha dado o resultado esperado.
- E qual seria o resultado esperado?? –
perguntou Severus
- O contrario!!! – gritou Francine com um grande sorriso –
Diretor!! Você é o cara!! Posso beijar meu namorado?
- Não! Só quando
resolverem esse problema! – e os deixou sozinhos
Eles caminhavam devagar.
- E o que seria o contrário? Todos os homens de Hogwarts me beijando – disse
Severus com uma cara de nojo.
- Não, né, Sevvie? Provavelmente, alguém queria
ser beijado (a) por você, mas acabou acontecendo o contrario: todas as meninas
da escola querem fazer isso.
- Todas não. Você não me agarrou. O que há?
-
Eu não preciso de um feitiço para desejar você. Eu faço isso quando eu quero.
- Só que agora você não pod... – ele parou diante do fim do corredor, que
virava à esquerda. Olhava a parede perplexo – Francis...
Ela então olhou para
a parede e gritou – OQUESIGNIFICAISSO?!?!
Estava escrito com tinta azul:
"
PRIMO DE KATHERINA SNAPE, VOCE POSSUI A BOCA MAIS DOCE QUE JÁ BEIJEI!!! MAL
POSSO ESPERAR PARA A PROXIMA VEZ"
- Primo de Kat? Eu não tenho mais nome,
não?
- Digamos que você não é muito popular... mas isso não interessa... não
vai ter próxima vez.
- Claro que não vai... que foi? – ele via o rosto da
namorada se contorcendo sem entender
- Sevviiiieeee! EU MATO ESSAS
ASSANHADAS!!!! – falou isso agarrando o braço dele
- Me larga! Francis... ta
me machucando...
- É pra machucar, dá uma olhada na parede do corredor à
esquerda!!!
Havia pixações uma ao lado da outra até o fim do corredor, eles
foram lendo
"EU NÃO SEI SEU NOME, MAS TUA BOCA TAVA MUITO
GOSTOSA"
"TRANQUE A SUA PORTA GAROTO, DESSA NOITE NÃO PASSA"
"SUA BOCA FOI
A MELHOR COISA QUE ME ACONTECEU"
"EU QUERO TE BEIJAR
MOOOOOOOOOOOOOOOOITO"
"VOCE É TAO BOM NA CAMA, QUANTO DE BEIJO??"
-
AAAAAAAAAAAAAAAARGH! – gemeu Francine, a veia na têmpora latejando. – Eu – não –
agüento – ver – essas vagabundas...
Severus estava vermelho
- É um
pesadelo! Me belisca, Francis!
- Faço melhor! – e deu um cascudo nele.
-
Aaaai, isso dói. Eu não tenho culpa. A gente pode simplesmente passar, sem
ler?
- Boa idéia.
E eles saíram correndo em direção ao final do corredor.
Os alunos estavam saindo da aula de Astronomia, estavam descendo as escadas que
dava para aquela parte do castelo. Uma garota de cabelos púrpura apontou para o
casal de mãos dadas e gritou:
- Ei, Francine!! Está beijando o Snape? Não
pode!!!
Todos olharam.
- Eu.. eu nem toquei nele hoje!!!
- Pare de nos
fazer inveja!!! – disse ela bem alto.
- Se não podemos tê-lo, você também não
deve!!! – disse outra garota, preparando a varinha.
- Não se atrevam a tocar
nela!! – falou Snape entre dentes, colocando-se na frente da namorada.
-
Petrificus Totalus!!! – gritou uma outra garota atrás deles. O feitiço pegou
Francine de costas. Ela ficou toda dura e quando ia cair, Severus a
segurou.
- Francis? – mas somente os olhos da menina se mexiam. Ela o olhava
esperando que fizesse algo. Ele olhou para a dona do disparo com o olhar mais
assassino que possuía. – Eu sinto muito... Cruci...
Mas não pode terminar, a
professora McGonagall surgiu no corredor e o desarmou. Ele voou ate a parede
mais próxima, onde bateu a cabeça e caiu desacordado. Todas as garotas fizeram
um "aaah" desesperado. A professora desfez o feitiço de corpo preso jogado em
Francine. Ela, assim que se pôs de pé, correu em direção ao namorado e
agachou-se ao lado dele
- Sev? Severus? – e lançou um olhar mortal para a
professora – Por que você fez isso com ele??
- Não tive alternativa! Ele ia
lançar uma maldição imperdoável naquela menina e iria ser expulso. Você gostaria
que isso acontecesse?
- Não, mas...
- ATENÇÂO!!! TODOS VOCES!!! VAO PARA A
SALA AGORA!!! ESTAREI LÁ EM UM MINUTO!! – os alunos foram seguindo em direção à
sala – Só vou levar esse garoto à enfermaria.
- Vou com a senhora! – disse
Francine sem pestanejar.
- Nada disso! Você vai para a sala com os
outros!!
- Não posso perdê-lo de vista! Ainda mais a senhora que confessou
ter sentido atração pelo meu namorado...
- A senhorita me respeite! Não se
esqueça que posso retirar pontos de sua casa...
- Tire!! O Severus vale o
risco!
- Vá para a sala agora! – e gritando para as alunas que seguiam por
ultimo – Eii, ela quer ir junto comigo para a enfermaria, vocês vão
permitir?
As três meninas viraram juntas:
- Não, mesmo! Iremos
também!!
- Não, vocês não vão!! Irão levá-la com vocês até à sala de aula,
senão tirarei 50 pontos de cada uma!!
- OH!
- Levem-na daqui!!
As três
agarraram Francine e a levaram dali
- Me larguem!! Me larguem!! McGonagall!!!
Eu te odeiiiiiiiiiiooooooo!!!!
Na enfermaria, Minerva pousou o
aluno delicadamente sobre a cama, deu um longo suspiro, pediu desculpas e chamou
a enfermeira.
- Faye! Rápido!
A srta. Wrain veio em sua direção e olhou o
rapaz com ternura.
- Nossa! Ele parece muito com um amor platônico meu, na
minha época aqui em Hogwarts: Arkanius Snape.
- É o filho dele.
- É?
Aaawww... será que ele é como o pai?
- Cuide dele, eu vou voltar para a aula.
Ah! Faye! O Diretor decretou que qualquer menina que ouse beijá-lo será expulsa.
Ouviu?
- Nooossa! Que especial. Hum-hum... não se preocupe, Minerva, ele está
em boas mãos.
Francine passou o dia muito apreensiva. Ele passou o
dia na enfermaria (que feitiço forte! ºº ) e ela nem pôde visitá-lo, as
sonserinas estavam de marcação cerrada com ela. No fim das aulas ela conseguiu
despistá-las e foi à enfermaria. Ao chegar lá, ficou horrorizada ao ver a
quantidade de flores, cartões, presentes, sapos de chocolate, balas, faixas de
melhoras que cobriam o recinto. O chão estava coberto de pétalas e havia uma
única cama à mostra. Era onde seu amado estava. Havia mais alguém com ele.
Francine aproximou-se devagar e por uma brecha na cortina, viu uma mulher
acariciando o rosto de Snape. Ela tentou ouvir o que aquela assanhada
dizia.
- Olhe só para você, tão igualzinho, eu queria ter dito que o amava.
Agora fico nessa vida infeliz, me arrependendo do que não fiz. Será que seria
tudo diferente? – ela fez uma pausa e o olhou com os olhos mareados – Se eu...
eu gostaria tanto de ter te beijado... Mas você preferiu aquela
Selen.
"Selen?!?!?" – pensava Francine – "que Selen?"
Mas a moça foi
encostando o rosto, cada vez mais e deu um beijo em Severus.
CRACK!!!
A
enfermeira tomou um susto com o barulho da cortina se rasgando. Francine estava
em pé, com o pedaço rasgado na mão.
- O que é isso?? Por que o beijou?!
-
Eu o beijei? – disse Faye olhando o garoto adormecido.
- Sim, não
lembra?
- Desculpe! Não queria ter feito isso. Me afoguei em lembranças
antigas. – Francine cada vez entendia menos – Fui apaixonada pelo pai dele.
Desculpe-me. – ela enxugou as lagrimas e depois voltou a ser a forma alegre que
era.
A garota a olhava com pena:
- Eu sinto muito!
- Não! Tudo bem!
Ah! Você trouxe algum presente? Pode deixar aí...
- Eu sou realmente a
namorada dele...
- Ah! Claro! Você tem noção de quantas vezes eu escutei isso
hoje?
- É verdade!!!
- É incrível!! Deve estar no sangue, sabe? O pai
dele era desse jeitinho. Todas as garotas babavam... Eu era Grifinória,
imagina... era louca por ele. Sem chance. Todo popular.
- O Severus não é
assim.
A enfermeira a olhou com seus grandes olhos e disse:
- Tsc, tsc...
Você criou uma imagem romântica dele. Ele não é assim. Olhe a sua volta. Faixas,
presentes. É alguém inalcançável.
- Ele é super tímido. Ele não é popular, as
pessoas nem sabem o nome dele direito. Você não o conhece, eu sim! Ele é meu
namorado. E por causa de um feitiço estúpido que alguém fez, eu não posso
beijá-lo porque serei expulsa. – disse chorosa.
Nesse instante, Severus abriu
um olho.
- Ai minha cabeça. O que aconteceu? Francis?!
- Olha! O filho de
Arkanius Snape acordou.
- Ack! É incrível! Eu vou ter que fazer algo
realmente excepcional para as pessoas se lembrarem de mim por mim mesmo e não
seguido por algum parente.
- Eu disse que ele não era popular... – falou
Francine.
- E nem tem aquele lindo par de olhos azuis. Aiai.
- O que é
isso? Mais uma doida que foi apaixonada pelo meu pai?
- Doida?? – falou Faye
indignada – Eu cuido de você esse tempo todo e você me chama de doida???
-
Sevvie, não seja tão grosso.
- Ok!! Apenas me diga por que estou na ala
hospitalar?
- Ah! A Minerva te atingiu com um feitiço de desarmamento e você
bateu a cabeça, mas varias meninas te trouxeram lembranças de melhoras.
Ele
olhou em volta.
- Jogue tudo fora! Eu não quero nada que não tenha vindo da
Francine.
- Viu? Eu sou a namorada dele!
- Ok, ok.. Desculpe – e apontando
a varinha para o chão, as paredes e camas disse "Limpar!" e tudo voltou a ser
branco. – Podem ir! Adeusinho, Severus. Que vocês descubram o autor desse
feitiço de mau gosto.
- Tchau!
Saindo da enfermaria, Severus precisou ir
ao banheiro.
- Não se preocupe! Nenhuma menina vai entrar aqui!! – deu um
beijo na bochecha dela e entrou.
O banheiro estava vazio. Quando estava
lavando as mãos, uma pessoa entrou, ele se virou rapidamente.
- Ora, ora,
ora, Severus Snape... o encantador de mulheres.
- Lucius...
- Diga,
Severus, acha correto isso que você fez? Quando acabar o encanto, elas irão
passar séculos desinfetando a boca...
- Você realmente crê que eu quis que
isso acontecesse?
- Eu vou me formar esse ano sabia?
- Claro! Isso é
ótimo!
- É mesmo! Agora todas as meninas nos evitam, elas não querem se
formar. Elas... nos comparam a ... – ele engoliu em seco – A você.
-
Que?
- E eu, Lucius Malfoy, vim aqui humildemente, acabar com isso.
-
Como?
- Se você morrer acidentalmente, ninguém vai perceber.
Severus
tateou a procura de sua varinha.
- Procurando isto? – Malfoy ergueu a varinha
de Snape – Você a esqueceu na ala hospitalar. Deve estar mesmo apaixonado...
hahaha... Ridículo. Está afetando sua prudência.
- Devolva-me!
- Ah-ah-ah!
Não tão depressa, Snape! Antes, você precisa sofrer um acidente.
- Não está
pensando em Avada, está?
- Eu não tenho lá essa força toda.
- Que
incrível. Lucius Malfoy se menosprezando.
- Tenho uma idéia.
Do lado de
fora, Francine se perguntava porque ele estava demorando tanto.
Lucius sacou
a varinha de Snape de onde estava, apontou para o espelho e disse:
-
Estupefaça!!
O feitiço bateu no espelho e refletiu diretamente em Severus,
que não entendeu porque ele atirou no espelho e não desviou. Ele caiu desmaiado.
- Imprudente e burro! Não sabe que o ângulo de incidência é igual ao ângulo
de refração. O feitiço veio de sua varinha, quando te encontrarem, acharam que
você tentou se matar ou algo assim.
Lucius contemplou o corpo do rapaz no
chão. Olhou ao redor e não viu ninguém. Sabia que não iria entrar ninguém no
banheiro àquela hora. Estavam todos jantando. Ele se ajoelhou ao lado do corpo,
e foi abaixando o rosto, os cabelos longos escorregando pelos ombros. Os lábios
cada vez mais próximos. Quando finalmente beijou Severus, seu coração batia
acelerado e ele não podia mais se conter. Sabia que ninguém iria entrar ali, era
agora ou nunca. Tinha que possuí-lo. Mas quando isso lhe passou pela cabeça,
ouviu uma voz feminina.
- Lucius??!?!?!
Ele se levantou rapidamente e
disse:
- Francine?! Ah! Não é nada disso que você está pensando, eu
caí.
- Ahan, caiu com a boca no meu namorado e ficou, ne?
Lucius estava
cada vez mais envergonhado.
- Er... olhe... vamos esquecer que isso
aconteceu, não é? Quer dizer,... você não vai contar, vai?
- Tá maluco? Isso
vai acabar com a pouca reputação que resta no pobre Severus. E você, hein? Esses
maus-tratos, hein? No fundo era amor? Era a ultima pessoa no mundo que eu
imaginaria lançar esse feitiço. Vai! Desfaz!!
- Que? O "Estupefaça"?
-
Não! Esse outro para todas as meninas ficarem beijando ele.
- Eu não fiz
isso!
- Ah! Não? Então ta!
- É serio!
- Então você vai me ajudar a
descobrir quem foi... senão...
- Senão?
- Eu conto para a escola inteira
que você tem uma quedinha por homens...que você "cai de boca" neles,
literalmente!
- Eu te odeio!
- Sossega, lôra! Céus!! Por que eu não posso
sair contando isso pra todo mundo? Por que tinha que ser logo com o
Severus...
- Se você contar, Francine, acaba tudo...
- Oh!! – olhos
brilhantes – É verdade!! Que burra eu sou, ne? Isso quer dizer que de agora em
diante, eu ganhei um es-cra-vo.
- O QUÊ?!?!
- Isso que você ouviu! Será
meu elfo-doméstico. Agora vai descobri quem fez essa maldita maldição!! Anda!
Anda!!
Ele obedeceu. Não tinha alternativa. Ela usou a varinha para erguê-lo
no ar e levá-lo de volta à ala hospitalar.
- Olá, srta. Wrain. Olha quem
voltou!
- O que foi dessa vez?
- Estuporado por Malfoy!
- Oh!
-
Cuide dele! Vou descer e comer algo, estou com fome.
- Sem problemas!! Está
em boas mãos!
Malfoy estava no corredor azarando Francine de todas
as formas possíveis (em pensamento) quando ouviu uma conversa interessante. Ele
se arrastou para trás de uma estatua e lá ficou.
- É, Marte, parece que seu
feitiço da pasta de dente saiu um pouquinho errado.
- E o pior é que ainda
não tive chance de beijá-lo. Só de ver aquelas assanhadas...
- Nem eu!
-
Vênus!!!
- Eu não tenho culpa se ele ficou gostoso de uma hora pra outra.
Você e suas idéias. Quem deveria ter usado a pasta era você!
- É verdade. Mas
eu queria tanto um beijo do Snape. Mas não tenho coragem. Agora ele saiu da
enfermaria e está acordadíssimo.
- Estava – disse Lucius surgindo – Ele acaba
de ser estuporado. Ele está lá sozinho. Sua chance de ouro!
E saiu correndo
em direção ao Salão Principal. Chegando lá, avistou Francine, foi até ela,
agarrou-a pelo braço e voltou correndo.
- Encontrei as responsáveis.
- O
que?
- Elas estão indo para a ala hospitalar. Tudo isso é por causa de... -
Mas Francine nem quis escutar, saiu em disparada, subindo as escadas no
desespero de seu coração. Chegando à porta da enfermaria, viu uma menina
segurando o rosto dele e beijando-lhe a boca. Ela gritou:
- LARGUE O MEU
NAMORADO, SUA VADIA!!!
E começou a espancar a menina, socos, tapas, mordidas,
puxões de cabelos. Precisou ser controlada por Faye.
- Me larga! Foi ela! Ela
que fez todas as meninas quererem beijar o Sev! Vadia!!!
- Controle-se,
Francine!!
- Mas foi ela mesma! – disse Lucius ofegante à porta – Eu as ouvi
conversando sobre uma pasta de dentes.
- Pasta de dentes?!
- É! Desculpe.
Não era para ser assim! Era para ele vir e me beijar, só isso. Mas deu tudo
errado. – disse Marte.
- Sr. Malfoy, vá até à torre da sua casa e pegue a tal
pasta de dentes. Eu faço o antídoto.
- Um minuto, deixa eu me
recuperar...
- Vai logo imprestável!!! Ou eu conto...
-
FUUUUUUUUUUUUUUUUUUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!
- Conta o que? – perguntou a
srta. Wrain
- Nada não...pffffffffff hahahhaha.
- Um momentinho.
Ela
foi até a sala dela, jogou um pouco de pó de flu na lareira e disse:
-
Diretor, o mistério do beijo do Sr. Snape foi desvendado. Poderia comparecer à
Enfermaria?
Horas depois, Severus acordou com um beijo de
Francine.
- Boa noite, belo adormecido. Lembra-se de algo?
- Francis? Você
vai ser expulsa...
- Ii dorminhoco! A gente já resolveu tudo. Foi uma tal de
Marte da Lufa-Lufa que aprontou. Ela vai ter que fazer umas 50 redações durante
as férias. Que bom, hein?
- Marte? Nunca vi mais gorda!
- E ela beijou
você. É aquela ali. – e apontou para uma menina na cama ao lado. Estava toda
esturricada.
- O que aconteceu com ela?
- Sua namorada se exaltou um
pouquinho. – disse Faye sorrindo. – Nunca vi essa enfermaria tão agitada como
hoje.
- Hum...aiai, desculpe se fui o responsável.
- Noooossa, você é
muito diferente do seu pai... pensa assim. Agora toda as escola sabe seu nome.
Severus Snape, o garoto da boca mais desejada de Hogwarts, pelo menos por um
dia.
- Eu não sei se rio ou se choro. Sinceramente, eu prefiro ser lembrado
como "filho de Arkanius", "primo de Kat Snape" e "namorado de Francine" a ter um
titulo desses.
- É mesmo, Sevvie?
- Hum-hum.
- E aí? Ainda teremos
aquelas férias de verão que você me falou?
- Não sei... vai depender se a
esposa do Arkanius conseguir dobrar o Arkanius.
- Ai como sua família é
complicada...
- Ouviu isso, srta. Wrain agradeça aos céus por não ter tido
nada com meu pai, minha mãe se arrepende muito.
- Que? Pelo menos o filho
dela não nasceu feio! Suportamos tudo pela beleza de nossos filhos... – e saiu
falando sozinha para seu escritório.
- Francis... eu acho que essa mulher é
doida!!!
- HAHAHAHHAHAH! Shuac!
Fim!!!
