Espiando Você
Disclamer : Infelizmente Harry Potter e seu universo não me pertencem, é verdade, não fui tão rápida quanto J.K. Rowling.
Nota da Autora: Essa é uma fic que possui Slash e algumas palavras pesadas e cenas chocantes, por isso é melhor você ter muita certeza de que quer realmente se expor a esse tipo de Fic.
Descobrindo o Esconderijo
Gina acordou, sentindo-se bem e protegida. Olhou para cima, e viu o rosto sereno de Draco, ela estava sendo abraçada pelo loiro e dormira a noite toda encostada no peito do sonserino. Tivera mais um dos pesadelos, agora eles eram espaçados e ela podia acreditar que parariam. Mas quando os tinha, acordava tão apavorada que Draco tinha que ficar com ela para ela poder dormir novamente. Depois de várias noites mau dormidas na poltrona, o loiro falara que ia dividir a cama com ela. E ela adorara, assim ela se sentia mais protegida e dormia bem melhor.
Gina sorriu, vendo Draco dormir. Já conhecia tanto o sonserino que parecia que tinham sido amigos durante toda a vida deles. O loiro era arrogante, orgulhoso e tinha um humor sarcástico e cortante se necessário, mas também era delicado, suave e terno. Gina tinha que reconhecer que o Chalé era lindo, ficava no alto de uma colina, cercado por um jardim de flores lindas e bem cuidadas. Gina adorava ficar no jardim, olhando as flores, lendo ou conversando com Draco. Eles não tinham saído nenhuma vez nos três meses em que estavam ali, e Gina não sentia falta de ver gente. Lupin e Snape apareciam de vez em quando, sempre traziam alguma coisa que Draco havia pedido, sempre era algum mimo ou presente para Gina ou para o bebê. Gina passou a mão pela barriga, agora podia-se ver uma pequena alteração no ventre plano dela. Gina jurava que dava para ver muito bem e Draco concordava cordato. O rapaz a ajudara muitas vezes durante as crises de enjoou matinal, que graças a Deus haviam passado para sempre. Draco também a tinha amparado nas vezes em que ela desmaiara e sempre se mostrava a ponto de ter um enfarte nesses momentos. Gina adorava a forma como o sonserino a chamava de pequena e estava sempre pronto a mima-la. Sua família ainda não sabia sobre a gravidez e Gina achava que estava na hora de parar de se esconder e ver a família, esperaria Draco acordar para falar com ele sobre isso. O sonserino era amável e nunca a pressionava para tomar decisões. Gina se aconchegou novamente no peito do loiro, suspirando feliz por estar com ele ali.
Draco seria um pai exemplar e sabia que seu bebê, ou sua princesa, como Draco insistia, seria muito amada pelo loiro. Draco falava que ela seria a primeira Weasley Malfoy da sonserina e seria tratada como se fosse da realeza, que seria uma linda menina, como a mãe. Gina ria de Draco e dizia que seria u menino e seria igual aos gêmeos, Draco ria e dizia que teria de deserdá-lo se fosse assim. Gina sentira a falta da família, mas sabia que sentiria muito mais a falta de Draco, e ali eles estavam seguros, Draco estava protegido dos comensais da morte que o caçavam como loucos.
Gina conheceu uma nova faceta de Snape também. Quando o antigo professor de Poções ia visita-los era quase chocante ver os sorrisos sinceros, as conversas inteligentes e a alegria que o Diretor da Sonserina demonstrava. Era ele que examinava Gina e era quem mais tinha lhe apoiado a fazer a fazer o Curso de Curandeira, que era o sonho de Gina. Draco também ajudava, garantindo que ele cuidaria da princesinha dele enquanto ela estivesse estudando, também lhe garantiu que pagaria seus estudos para ela não precisar trabalhar e poder ficar mais tempo com a pequena.
Gina sorriu novamente, lembrando da alegria de Draco ao ouvir Snape falar que era uma menina, ele simplesmente a girara no ar e rira como uma criança feliz. Gina ficara tonta de alegria e Draco simplesmente empalidecera ao vê-la assim, obrigara-a a ficar deitada, descansando até que ele achasse que ela estava corada o suficiente para levantar.
Os elfos também a tratavam como um bibelô. Sempre a enchendo de doces e comidas saborosas e nutritivas e fazendo todas as suas vontades. Gina achava que vivia um sonho, um sonho do qual não queria acordar. E em pensar que tudo isso viera do momento mais doloroso da sua vida. Gina não se sentia pronta para um namoro, nem para um flerte para dizer a verdade, mas já não se sentia suja ou maculada. Tinha uma garotinha no ventre e conhecera Draco, era agora sua amiga e nada poderia ser melhor que isso. Aqueles dois Malfoy na sua vida eram tudo. Sabia que sua filha podia ser sonserina e parecida com Draco, mas sabia que ela teria um bom caráter e índole, Draco sabia ser autoritário e impor limites, mas era também tão amável que sua garotinha jamais se perguntaria se era ou não amada por ele. Gina suspirou e algo chamou sua atenção na porta, gelou ao ver Harry Potter parado no batente, com cara de poucos amigos.
- Draco, temos visitas - sussurrou Gina para o loiro adormecido embaixo dela.
- Ninguém em sã consciência chegaria a essa hora - Draco murmurou com a voz rouca de sono - mande Snape ou Lupin embora, diga-lhes que voltem numa hora decente.
Gina viu que Draco se espreguiçava como um gato, era tão natural vê-lo fazendo isso, assim como era natural ver o sorriso lento e luminoso de Draco. O sonserino ainda não abrira os olhos e Gina sabia que ele não abriria a menos que fosse extremamente necessário.
- Na verdade Draco, nossa visita não é nem Snape, nem Lupin - Gina insistiu.
- Mande a coruja embora então.
- Na verdade, Malfoy, essa coruja não vai embora tão fácil assim - Harry falou irritado.
Harry estava irritado, não esperava chegar ali e ver Gina dormindo nos braços do loiro que lhe tirava o sono desde o sexto ano. Harry amava Malfoy em segredo, e achou extremamente sexy ver o sonserino se espreguiçando. Amava Gina como uma irmã, mas sinceramente queria que a garota sumisse agora que a via nos braços do loiro. Harry quase riu do susto que Draco tomou ao ouvir sua voz, se ergueu na cama de supetão e o olhou chocado.
- Como descobriu onde nós estávamos? - perguntou rápido.
- Espiando - Harry falou contente.
- Droga, como você veio, me diga que aparatou - Draco exigiu.
- Na verdade, vim voando - Harry falou mostrando a vassoura.
- Droga, droga, droga - Draco resmungava enquanto levantava da cama.
Harry notou que o sonserino dormia só com a calça do pijama. Gina também levantou e Harry viu que ela usava uma recatada camisola de seda. Draco ainda resmungava enquanto se encaminhou para a porta e se punha na frente de Harry.
- Me diga Potter que veio sozinho - Draco falou sério, o olhando nos olhos - diga que não falou pra mais ninguém que estava vindo pra cá.
- Ninguém, nem mesmo Mione ou Rony sabiam disso.
Ouviram um barulho lá fora, alguém tinha aparatado na propriedade e logo um dos elfos veio correndo.
- Master Malfoy, Master Malfoy, rápido, homens maus no chalé - o elfo estava alarmado, parecia realmente apavorado.
- Bosta Potter, você foi seguido - Draco falou olhando para Harry com preocupação - Gina, rápido, pegue o Pó de Flu e vá para a Toca ou para a Ordem, eu e Potter iremos logo atras.
- Mais Draco, eles...
- Não dá tempo, pequena. Vocês tem de ficar em segurança, vá logo.
Harry viu o desespero e a preocupação no rosto de Draco e entendeu que levara o perigo até ali. Agora Gina corria perigo, agora eles todos corriam perigo.
- Sabia que devia ter feito um Fidelius também, mas achava que vocês, do Trio Maravilha iam ficar de fora e respeitar a decisão de Gina, mas não. Bosta Potter, por que sempre tem de bancar o espião? Nós, os verdadeiros espiões não fomos descobertos nem seguidos, por isso seja o herói, não nasceu para espionar. Sinto muito Potter, mas você não é nada bom nisso.
Ouviram Gina falar A Toca e desaparecer nas chamas da lareira.
Draco olhou Harry novamente e disse para ele ir também. Harry ouviu ele dar ordem aos elfos para irem para a Toca também. A última coisa que Harry viu foi Draco correndo para a lareira e lançar um estuporante no primeiro comensal que tentou entrar no quarto.
Quando Harry chegou na Toca viu Gina se abraçando com os braças e olhando apreensiva para a lareira. Ela ainda tinha fuligem por toda a camisola e parecia aterrorizada.
- Porque Harry, porque tinha que ir até lá? Porque não notou que era perigoso para ele? Ele esta sendo caçado pelo que fez, ele agora esta correndo perigo novamente.
Gina estava desolada e Harry sentiu-se muito mau por ter ido até lá bisbilhotar. Descobrira enquanto pesquisava todas as propriedades da família Malfoy, fizera um feitiço localizador e fora voando, sem pensar que era obvio que tinha algum comensal vigiando todos os que saiam da Toca. Ouviu-se o som de alguém saindo da lareira e logo Draco estava entre eles. Gina se atirou nos braços do loiro.
- Como vocês estão? - Draco estava tão aflito que Harry se assustou. O sonserino o vira sair de lá antes dele, porque a preocupação?
- Nós duas estamos bem - Gina falou enquanto postava a mão no ventre, protegendo a vida dentro dela.
Ouviram um soluço emocionado vindo de uma das portas e os três se viraram juntos, na porta estavam oito cabeças ruiva e uma castanha, olhando para eles com alegria e choque. Foi a matriarca da família que se adiantou e correu até eles.
- Meu bebê, minha menininha esta gravida, meu bebê esta viva, bem e vai ter um bebê - Molly falou emocionada enquanto abraçava Gina.
Depois que Molly soltou Gina ela se virou para Draco e o abraçou também, chorando muito.
- Obrigado, obrigado por ter salvado minha menina, obrigado por ter mantido-a a salvo, ter curado minha menina e por traze-la de volta para mim - agradeceu ela.
Molly olhou bem para o garoto que acabara de abraçar. Harry e seus filhos ela sempre vira como crianças, mesmo podendo ver que eles tinham crescido e se transformado em homens, nunca conseguira notar isso no primeiro olhar. Mas aquele ali, aquele era um homem. Era jovem, alto e forte, e podia ser perigoso também, mas salvara sua filha, arriscara a vida para tira-la das masmorras. Trairá sua família e toda a educação que recebera pelo que achava certo, pelo bem do mundo bruxo. E mantivera sua filha segura pelos meses que se seguiram ao seqüestro de Gina. esperava ver a filha fragilizada e destruída, mas a garotinha que tinha visto ser levada por Lúcio Malfoy voltara, mais madura claro, mas quase a mesma Gina de antes. A filha ainda sentia e sorria, ainda ria e chorava. Era sua Gina, vira a firmeza com que questionara Harry e vira a doçura com que respondera ao Malfoy. Era sua Gina que voltava para casa e isso ela tinha que agradecer a Draco, ele que a curara dos horrores que a filha tinha sentido e vivido.
Draco se viu abraçado pelos Weasley todos, cada um deles parecia querer abraça-lo apertado e dar tapinhas nas suas costas, até Rony Weasley fez isso, claro que o olhou meio desconcertado depois, mas fez. Hermione o abraçou também.
- Obrigado, Draco - Hermione falou para ele.
- Pelo que? - ele perguntou confuso.
- Por fazer Gina, se não esquecer, pelo menos se curar das feridas causadas pelo seqüestro - os olhos da garota eram sérios e agradecidos e Draco viu que ali estava alguém que imaginava toda a força e apoio que ele tinha dedicado para isso.
Eu fiz somente o que cada pessoa decente faria, não foi nada heróico ou...
- Besteira, você realmente se arriscou, e nós somos gratos meu rapaz.
Cortou Artur Weasley abraçando Draco pelos ombros e o conduzindo até a mesa da cozinha. Nesse momento três elfos apareceram na cozinha.
- Master Malfoy, Master Malfoy - um deles falou - os homens feios foram embora, tentaram botar fogo no Chalé da Grota Vermelha, mas não conseguiram. Nós ficar e ver eles tentar, tentar e não conseguir nada.
- Obrigado por se arriscarem tanto - Draco falou se abaixando para ficar no mesmo nível dos elfos e os olhar nos olhos - Vocês poderiam voltar lá e trazer nossas coisas para cá?
- Claro, Master Draco, qualquer coisa que o Master quiser.
- Obrigado, acho que Virgínia vai querer suas coisas por perto e eu adoraria por uma roupa para vestir.
Hermione estava chocada, nunca imaginara que os elfos de Draco fossem tratados com tanta consideração. Eram escravos, ela via, mas muitos elfos libertos não eram tão bem tratados quando aqueles três. Ela literalmente estava de queixo caído.
- Mione, não é educado fazer essa cara - Gina falou rindo - na verdade ele é até mais delicado com os elfos quando esta sozinho.
Hermione olhou para Gina e deixou o queixo cair novamente. Foi Rony que gentilmente fechou a boca dela com um delicado toque.
Todos se acomodaram na mesa da cozinha e Molly perguntou.
- Então, é verdade que eu vou ter um bebê para ninar?
- É verdade, mamãe. Eu estou de três meses e é uma menina - Gina falou feliz, dando um sorriso luminoso que alegrou toda a família. Aquele sorriso, tão doce e romântico, era a verdadeira e antiga Gina que voltava para eles.
Os Weasley se prepararam para receber um Gina cansada, magoada, amargurada e fria e recebiam de volta a sua menininha.
- Malfoy, eu espero que você tenha seguro de vida - resmungou Carlinhos de brincadeira.
- Na verdade tenho - Draco sorriu para o que parecia o mais forte dos Weasley - Você é o Carlinhos, não? O que trabalha com Dragões na Romênia, não é verdade?
- Sou.
Draco sorriu para ele novamente e Carlinhos gostou do rapaz.
- Gina fala muito de vocês - Draco comentou - ela tem muito orgulho dos irmãos mais velhos. Na verdade, conheço todos vocês. Investiguei cada um de vocês para a Ordem e mais as informações de Gina, sou um PhD em sua família.
Hermione riu.
- Ph oque? - perguntou Rony confuso.
- São títulos Rony, títulos trouxas - Hermione explicou para os pasmos Weasley que a olhavam - PhD quer dizer que alguém é um especialista na área.
- Meu Deus, Malfoy usa termos trouxas - falou Fred fingindo asco.
- Onde esse mundo vai parar? - completou Jorge com nojo.
- Traindo o próprio sangue - continuou Fred.
- Amigo de trouxas - finalizou Jorge.
- Isso por que vocês não viram ele usando gíria trouxa - Gina falou rindo - eu quase desmaiei quando ouvi pela primeira vez.
Todos riram divertidos ao ver Draco Malfoy, o Príncipe da Sonserina corar levemente.
- Uma menininha - Molly falou emocionada - veja Artur, nossa filinha vai ter uma menininha.
Harry assimilou a informação quando viu Draco abraçar Gina que se refugiou nos braços do loiro, ambos pousaram a mão não ventre de Gina, em um gesto tão natural e instintivo que pareciam que faziam isso sempre. Gina , a irmãzinha dele teria um filho e o pai era o homem que ele amava. Harry queria gritar que isso era proibido, queria chutar alguém e foi a muito custo que conseguiu manter no rosto um sorriso parecido com o dos outros.
Nesse momento uma coruja apareceu na cozinha e entregou a Harry uma carta, ela dizia que ele era esperado na Ordem, ao que parecia Dumbledore, Lupin e Snape queriam puxar suas orelhas pelo erro que cometera.
Harry se despediu de todos e foi com cara de derrotado para a lareira. Draco quase riu da cara de desconsolado do moreno, mas ele merecia a reprimenda de Snape e de Lupin por ter posto Gina em perigo. Os comensais podiam ter sido mais rápidos e terem feridos seriamente Gina e o bebê.
- Só imagino o que Severo vai falar para ele - Gina falou dando um sorriso triste.
- Isso porque você ainda não viu Remo irritado - falou Draco com voz sombria.
- Ele merece um puxão de orelha - Mione falou chocando a todos - Devia ter suspeitado que os comensais estavam vigiando cada um de nós. Todos sabiam disso, eu mesma comentei com Molly ontem que tinha visto alguém me seguindo até o Beco.
- É verdade - comentou Draco - Na hora eu só temi por Gina e pela minha princesinha.
Todos os Weasley olharam para ele. Draco soube que chegara a hora da verdade, e Gina se refugiou nos seus braços novamente, buscando apoio.
- A criança - Molly começou - é filha daquele...daquele...
- Sim - Draco falou sério, interrompendo Molly - é filha daquele mostro, mas somente vocês saberão disso, eu e Gina já combinamos que eu vou reconhece-la como minha filha, ela será minha herdeira e só se Gina quiser contar a ela é que nossa princesa saberá da verdade. Decidimos isso quando eu perguntei se Gina queria ter esse bebê.
- Então, você...
- Quem sugeriu um aborto? - perguntou Gui preocupado.
- Draco - Gina falou sorrindo levemente para o irmão - Draco me perguntou se eu queria ou não ter minha filha. Naquele mesmo dia ele me falou disse que eu estava gravida e que eu tinha opções. Ele teve medo por mim, teve medo que eu sofresse pela forma como minha filha foi concebida.
Os Weasley olharam chocados para Draco. Um Malfoy que era membro da Ordem, falava gíria trouxa e botando o bem estar de alguém acima do sangue Malfoy?
- Muito decente de sua parte - falou Artur se recobrando do choque.
- Se Virgínia não quisesse ter essa criança, se ela fosse uma constante lembrança do que passara, tanto ela quanto a criança sofreriam demais. Por isso eu lhe disse que se ela quisesse não tê-la, ninguém ficaria sabendo. E estava pronto para manter minha palavra. Mas felizmente ela julgou que a criança era parte dela e viu que a pequenina não era responsável pela forma como fora concebida, alegro-me em poder ser o pai dessa criança.
- Você a ajudaria a fazer um aborto, mesmo sendo uma Malfoy que ela carregava no ventre - Gui perguntou ainda sério.
- Ajudaria, não importava se fosse meu sangue ou não. Isso não pesou na minha oferta, o importante era Virgínia.
Nesse momento os elfos retornaram alguns malões, e Draco pediu licença para por uma roupa decente, já que permanecia somente com a calça de pijama. Gina, Hermione e Molly não contiveram um suspiro perante o espetáculo que se acabaria. Draco Malfoy tinha um corpo digno de suspiros. Os Weasley simplesmente ignoraram o suspiro das mulheres.
- Draco foi bom pra você?
Gui ainda tinha duvidas, eles falavam da sua irmãzinha e ele estava preocupado.
- Foi, ele foi ótimo, Gui. Ele me tirou daquelas masmorras quando eu estava preste a me resignar e morrer. Ele me levou para o chalé, me banhou por que eu estava desesperada demais para fazer isso, curou minhas feridas e machucados. Velou meus sonhos por muitas noites. Até hoje, quando tenho um pesadelo ou quando acordo enjoada, ele esta sempre ali, ao meu lado. Sempre me falou palavras de conforto e foi até duro uma ou duas vezes para me fazer ver que eu não era culpada pelo que acontecera. Ele foi e é ótimo pra mim e será um pai perfeito para minha garotinha.
Gui olhou bem os olhos chocolate da irmã e viu a sinceridade e a alegria ali, viu que a irmã não deixara de confiar nas pessoas, viu que o sonserino fizera uma ótima cura ali. A irmã ainda tinha sonhos, ainda tinha esperança e acreditava na bondade.
Nesse momento Draco voltou, vestido com roupas trouxas, uma jeans preta e uma camisa verde, e Gui se adiantou e apertou a mão de Draco.
- Bem vindo a família Weasley, Draco. Mas me conte, qual sua intenção para com Gina, e se um dia ela se apaixonar por alguém, oque fará?
- Serei um amigo eterno de Virgínia, e torço para que ela encontre alguém para ama-la como ela merece ser amada.
- Sim, você pode ter nascido Malfoy, mas é e sempre será um de nós Draco, confiamos nossas vidas a você e oferecemos a nossa por você, somos sua família agora.
Draco sorriu emocionado, tinha salvado Gina por amor a uma pessoa que gostava da garota e agora descobrira que ganhava uma família, uma grande, barulhenta e ruiva família.
- Obrigado - Draco falou emocionado.
Foi assim que Harry encontrou-os ao voltar para a Toca, comemorando a nova vida que viria, aceitando e congratulando Draco Malfoy pelo nascimento da filha e fazendo ele um membro da família. Mais que nunca Harry quis o amor daquele homem que agora era de sua irmãzinha, nunca poderia tê-lo, nunca poderia sentir seus braços envolta dele ou descansar a cabeça naquele peito largo e musculoso. Draco Malfoy agora era de Gina Weasley e Harry jamais estragaria a felicidade de Gina.
Gina notou os discretos olhares de Harry para Draco e ficou feliz e preocupava, porque havia tantas sombras nos verdes olhos do irmão honorário? O que estava passando pela cabeça do corajoso e imprudente Harry Potter?
Gina jurou que iria descobrir e fazer o amigo ser feliz, não importava a que preço.
