Espiando Você
Disclamer : Infelizmente Harry Potter e seu universo não me pertencem, é verdade, não fui tão rápida quanto J.K. Rowling.
Nota da Autora: Essa é uma fic que possui Slash e algumas palavras pesadas e cenas chocantes, por isso é melhor você ter muita certeza de que quer realmente se expor a esse tipo de Fic.
Testando o Perigo
A vida de Harry virou um inferno, literalmente um inferno. Se lhe dissessem que porcos voavam e que o inferno congelara ele acreditaria, pois via Draco Malfoy conversando e vivendo na Toca. E o loiro parecia viver bem ali. Molly Weasley realmente não sabia o que fazer com os três elfos de Draco, mas todos pareciam se acertar muito bem. A Toca nunca estivera mais limpa e organizado que agora, parecia que Malfoy sempre tinha estado por lá, morando com eles. E Harry queria gritar toda a vez que via o loiro abraçar Gina e tocar sua barriga, agora de seis meses. Era enervante ver os olhares trocados pelos dois, os sorrisos misteriosos e os cochichos discretos. Malfoy não pedira Gina em casamento, e ao que parecia, nenhum Weasley o intimidaria a casar com a ruiva. Ao contrario, parecia que a moralista família tinha se transformado. Constantemente Draco era visto, saindo só de calças de pijama pela manhã do quarto de Gina e ninguém parecia notar, na verdade pareciam, Molly e Hermione sempre davam um suspiro de apreciação ao vê-lo se afastar, coisa que Harry adoraria fazer se não fosse bandeira demais.
Ele prometera que ia esquecer Draco e deixa-lo ser feliz com Gina, sabia que a amiga, a irmã merecia ter o melhor e Draco parecia esse melhor. Mas falhava miseravelmente toda vez que olhava aqueles cabelos loiros caindo soltou e leves até os ombros largos, quando via aqueles olhos prateados que pareciam conter muitos sorrisos secretos.
E quando Draco estava em alguma das missões da Ordem então, nossa Harry podia jurar que todos ouviam seu o coração palpitar. Draco em missão fechava o senho, concentrado, ele não ria, não brincava, o máximo era um leve brilho de humor em seus olhos, ou um esgar no canto da boca. Era um homem alto e forte, esculpido pelo Quadribol e pelas batalhas. Para Harry a verdadeira personificação de um guerreiro.
Harry descobrira que Lúcio havia obrigado Draco, desde muito jovem, a duelar com comensais para adquirir experiências e o loiro tinha algumas cicatrizes sexys para provar. Tonks era a mais nova fã do primo Malfoy, na opinião dela, de Mione e de Gina, Deus tinha feito Draco para provar que existia e que era mulher. Harry não concordava totalmente com isso, pra ele Deus era homem e não gostava nem um pouco de Harry Potter.
Harry não notava os olhares que Draco lhe dava, embora se sentisse aquecido quando o loiro estava por perto, o que deixava ainda mais difícil a tarefa de esquecer do sonserino. Já Mione e Gina notavam tudo, era muito divertido para elas ver o revezamento de olhares que eram trocados pelos dois, embora totalmente enervante.
Gina era apaixonada pelos dois amigos, sentia que Harry não se aproximava de Draco por achar que ele era dela, e não tinha tido tempo com o moreno para desmentir, parecia que sempre tinha alguém querendo falar com ela ou com Harry quando ela queria ficar sozinha com o moreno. Era um inferno morar numa casa com tantas pessoas, mesmo tento só ela e Rony morando na casa dos pais, mas os outros pareciam que nunca tinham saído, tal a freqüência em que os via. Gina sentia saudades do Chalé, na verdade ele era seu agora, Draco dera para ela, passando a escritura e tudo. Gina lembrava que tinha beijado-o nos lábios por isso, e infelizmente Harry viu o arrombo de emoção da ruiva e se afastou ainda mais dos dois.
Gina também se preocupava com o rumo que os seus dois amores tomavam, Draco e Harry aceitavam todas as missões a eles oferecidas, parecia testar o perigo, brincar com a morte. Gina fizera Draco prometer que sobreviveria para assistir o parto com ela e Draco prometera. Já com Harry ela abordara outro lado, convidara-o para ser padrinho de sua filha e o fizera prometer que viveria para batiza-la. Harry ficou com os olhos cheios de lagrimas ao ouvir o pedido de Gina e Draco sorriu para o moreno, oferecendo a mão que dessa vez não foi negada. Draco ficara radiante por isso e o tonto do Harry achava que era por ele ter aceitado ser o padrinho. Gina tinha que concordar com Mione, os dois eram extremamente obtusos quando o assunto era eles. Eram cegos, surdos e mudos.
Os Weasley estavam muito preocupados com o destino de seus dois filhos adotivos, Potter e Malfoy agora eram os inimigos numero um de Voldemort, um por ser seu eterno desafeto e o outro por ser um traidor, que rejeitara as "glórias" que Voldemort oferecia. Gina sabia que não podia mais sair de casa sem escolta de algum auror, ela agora era um alvo muito visado, era a mãe da herdeira Malfoy.
Houve muita especulação no inicio, quando a comunidade bruxa descobrira que a caçula dos Weasley estava gravida, como Draco previra, a resposta mais rápida foi que seu salvador tinha ganhado seu coração, e Draco não desmentia nem concordava, usava uma tática muito Malfoy: olhava com olhos frios como gelo, dava o sorriso mau e ignorava totalmente .
Draco não mudara com o mundo, ou pelo menos, não com todo mundo. Ainda era extremamente arrogante com aqueles que julgava inferiores a ele, isso queria dizer: quase todo mundo. Ainda era frio quando tratava com antigos colegas de escola e conhecidos, só tinha uma atitude mais sutil. Na verdade Draco insultava educadamente, as pessoas ficavam impressionadas e abobalhadas perante a beleza e educação do loiro, quase sempre não percebiam que ele as estava humilhando ou destratando. Gina não gostaria de ser tratada assim, mas sabia que nada mudaria o sonserino. Ele era o que era, e era muito bom nisso.
Os irmãos de Gina lembravam muito bem das brigas com Draco na escola, e os que já não estavam lá quando Draco entrou, lembravam dos relatos. Rony não esqueceria sete anos assim, só que agora aceitava esse Malfoy reformulado dentro de sua casa e família. Draco não era uma pessoa fácil de se conviver, vivia provocando e causando acaloradas discussões e brincadeiras, mas era esperto o suficiente para sair sempre ganhando. Porém, aos poucos, Draco ganhava o coração de toda a grande família Weasley, já que a confiança ele tinha desde que a caçula voltará para casa sã e salva.
Draco não era a favor de matar trouxas, na verdade ele não entendia a utilidade de pessoas trouxas, fora que se esconder entre eles era como sumir do mapa. Mione passava horas falando sobre as descobertas trouxas para Draco e ele simplesmente ignorava e dizia que não estava nem ligando para fracassados sem magia. Draco não foi um comensal por muitos motivos, mas o principal era que na concepção dele, um sangue-puro podia lutar ao lado de um sangue-sujo sem que isso lhe denegrisse, mas nunca poderia ser servo de um mestiço, por mais que sua ascendência magica fosse o Grande Salazar Slytherin.
Mas o que realmente preocupava Gina era o fato de Draco e Harry não conversarem se não fosse sobre missões que recebiam, e recebiam muitas. Seguiam caminhos distintos, embora vivessem se esbarrando. Harry era sempre convidado para a Toca, e acostumara-se a entrar e sair ao seu quando quisesse. Draco vivia com os Weasley, não havia nenhum lugar que fosse seguro para ele, fora a casa da Ordem. Se viam quase todos os dias e Gina via que tentavam não se notar, ou ignoravam um ao outro, ou implicavam por tudo que o outro falava ou fazia. Para Gina estava claro, Draco era um ótimo espião quando o assunto não era os sentimentos de Harry Potter, e Harry era muito corajoso quando o assunto não era Draco Malfoy.
Estavam comemorando o noivado de Rony e Mione quando os Weasley receberam um chamado da Ordem através de uma carta entregue por Fawkes, a missiva era clara, os homens teriam uma missão, na verdade seria uma queda de braço entre os Comensais e a Ordem. Somente homens iriam nessa noite e somente os melhores e mais leais.
A missão era especialmente delicada. Iriam impedir um ataque comensal a uma comunidade bruxa. Os comensais iriam atacar para mostrar força e a Ordem chegaria um pouco depois, como se alguém tivesse dado o alarme após o começo do ataque. Nesse ataque iriam estar Belatriz e Rabicho, ambos eram odiados por Harry e Draco. Na verdade ambos tinham jurado prender de vez aqueles dois. Eram esses os únicos momentos em que se via o moreno e o loiro juntos, só para missões perigosas é que se uniam e conversavam, armando estratégias, dividindo conhecimento. Rony também iria nessa missão e Mione ajudara os garotos a estocar poções Revitalizantes e Fortalecedoras. Gina, como sempre, ficaria em casa, protegida , a única coisa que a confortava era que Mione também estaria com ela. Mas nessa noite nenhuma das Weasley conseguiu dormir. Seus homens estavam nessa missão, e elas temiam pela vida deles. O relógio dos Weasley tinha sido adaptado para ter mais três ponteiro, agora Harry Potter, Draco Malfoy e Hermione Granger estavam ali e em breve, a pequenina de Gina, ela e Draco ainda não tinham escolhido um nome, achavam que tinham que ver a face da menina antes de dar-lhe um nome. Na verdade, Gina já resolvera que nome sua filha teria, e Draco também , porem não comunicaram um ao outro sua escolha, então os Weasley esperavam ansiosamente o nascimento da nova geração.
Hermione e Molly estavam andando de um lado para o outro. Tonks e Fleur também estavam na toca e pareciam assistir um espetáculo interessantíssimo ao olhar as chamas da lareira, pois mau piscavam. Já Gina sentia-se inquieta, mas lia em silencio, parecendo muito concentrada. Foi Tonks quem quebrou o silencio ao perguntar?
- Gina. Como consegue estar tão tranqüila quando Draco e Harry estão lá fora, se arriscando, quando todos os seus irmãos estão lá?
- Simples, eu confio neles. São espertos, corajosos e habilidosos. Estão juntos e um luta pelo outro e por nós, lutam para voltar para nós. Sei que vai dar tudo certo.
- Eu não sei, Draco e Harry estão muito imprudentes e temerários ultimamente, muito impetuosos - comentou Tonks preocupada.
- Calma, Tonks. Eles são imprudente sozinhos, juntos são um grupo fechado e invencíveis - Hermione falou convicta.
- Mas...
- Fora que protegem uns aos outros pois não teriam coragem de entrar em casa e nos falar que perdemos algum deles - Molly cortou, vendo que Penélope, a noiva de Percy empalidecia - Olhem o relógio, não mostra perigo mortal, então eles estão bem e vão ficar bem. Os meninos já lutam a anos. A Ordem esta estruturada e completa, juntos eles são invencíveis.
- Implacáveis e destemido, hoje a noite a Fênix brilhara no céu, afastando a marca negra - Hermione falou.
- Que Fênix? - Fleur perguntou.
- Draco e Harry passaram dias procurando um modo de fazer uma marca no céu, uma marca para a Ordem, mas ela não poderia ser negra e estática como a de Voldemort - Hermione começou.
- Ontem conseguiram achar o feitiço certo para isso. A Fênix da Ordem é vermelha e voa como fogo vivo no céu até parar, o tempo todo emitir o lindo canto das Fênix, Fawkes ajudou nisso - Gina completou.
- Parece realmente uma enorme Fênix voando no céu. Esta tão real que Gina e eu quase choramos.
- Quase? - Gina perguntou alegre.
- Ta bom, nós choramos como garotinhas, mas era realmente linda, e podemos alegar que são os homônimos - Hermione terminou.
- Hormônios? - Tonks perguntou curiosa.
- Eu estou gravida - Hermione falou feliz, faziam três anos que ela e Rony namoravam, pensavam em se casar, mas não planejavam fazer isso enquanto a guerra não acabasse. Eles queriam ter muitos filhos, mas a gravidez de Mione não fora planejada. Por causa do bebê eles resolveram apressar os planos e casar agora.
- Gravida? - todas elas falaram em surpresa, menos Gina que já descobrira a muito, desde que tivera seu último enjoou matinal e tivera que lutar com Mione pelo banheiro.
- Sim, só falei para Rony, por isso apressamos os planos de casamento. Gina já sabia, descobriu sozinha. Rony e eu estamos tão felizes.
As mulheres suspiraram, mais um Weasley viria a família. Gina e Hermione choraram de felicidade e nenhuma das não gravidas da sala conteve as lagrimas. Mesmo em meio aos caos da guerra, a família Weasley era unida, forte e corajosa. E crescia, seja pelas amizades, casamentos ou nascimentos.
Enquanto as mulheres estavam na sala esperando pela volta do se seus homens, esses estavam chegando no campo de batalha. Harry e Draco vira a Marca Negra no céu e juntos conjuraram a Marca da Fênix, houve um murmúrio se surpresa, tanto no lado da Ordem quanto entre os Comensais. Para a ordem a Marca da Fênix voando no céu encheu de animo e alegria os membros e eles foram para os duelos com coragem e força renovadas, só por não ver aquela agourenta caveira no céu. Draco, Harry, Fred, Jorge, Gui, Carlinhos, Percy, Rony e Artur Weasley, bem como Lupin, Moody e outros sorriam enquanto duelavam, a musica produzida pela Fênix lhes acalentava o coração e fortalecia o espirito. Tudo daria certo, pois eles eram a Ordem, eles era a Fênix que se levantava das cinzas da guerra para lutar. E lutaram com bravura , estavam em mesmo numero que os comensais, e mais a ajuda da população bruxa do povoado, eram mais fortes, eram mais velozes e realmente acreditavam no que faziam.
Maldições, feitiços, poções e azarações eram proferidas, o ar zunia em feixes de luz de cores diferentes. Draco e Harry estava juntos, e cada um dos Weasley também tinha um par, assim era mais fácil atacar e defender. Estavam unidos e lutavam unidos.
- Protego - Harry gritou, isolando Draco de uma crusius - cuidado Draco, ou não conseguira cumprir a promessa de ver sua filha nascer.
- Nem em seus sonhos mais loucos eu perderia esse momento - Draco gritou agradecendo pela proteção.
Logo foi a vez de Draco impedir Harry de ser atingido.
- Cuidado Harry, se não vou ter que achar outro padrinho para Lílian - Draco falou rindo do moreno.
- Lílian? Você vai dar o nome da minha mãe para sua filha? - Harry falou emocionado.
- Sim, é o que quero, mas não falei com Gina ainda, mas vai ser Lílian sim, é uma nome lindo e nobre, e combinara com ela e com o padrinho dela - Draco falou olhando para os olhos de moreno e logo voltando a se fixar nos comensais com quem agora duelavam.
Harry sorriu, mais disposto que nunca a segurar aquela menininha nos braços. Seria Lílian, Draco Malfoy que por anos fora seu pior inimigo e maior rival ia dar o nome de sua mãe para a filha amada, e ele seria o padrinho dessa menininha.
O sorriso de Harry se tornou sarcástico quando focou o vulto de Rabicho e de Belatriz, ao que parece o animago traidor queria fugir e a Comensal queria ir até eles e os matar.
- Draco, alvo a estibordo - Harry falou sorrindo de canto.
- Ótimo, estava começando a me cansar de aperitivos, que venha o prato principal - Draco falou olhando os olhos de Harry enquanto se livravam dos comensais em que duelavam com o feitiço estupefaça, acertando bem no meio do peito deles.
Quem viu a cena se chocou com o brilho idêntico de ira e justiça que viu no olho dos antigos rivais. Mais tarde Fred e Jorge relatariam para as mulheres que Draco e Harry sorriram um para o outro e marcharam para onde seus objetivos estavam e pareciam dois deuses da guerra. Os demais comensais pareciam tremer com o tamanho da magia liberado por Malfoy e Potter, os dois bruxos mais poderosos da nova geração estavam agora lado a lado, como o dia e a noite. Lutando em sincronia que parecia que tinham coreografado aquele duelo. Alguns aurores, membros da Ordem, moradores e até comensais pararam para ver aquele espetáculo.
Foram gritos de maldição, azarações e feitiços. Foi uma luta dura e equilibrada, mas Belatriz parecia assustada com o brilho no olhar do garotos, e também com as faiscas magicas que saiam deles, mostrando que mesmo sem varinha eles poderiam duelar sem problemas. Rabicho estava em pânico, a mão prateada que ganhara de Voldemort aumentava muito sua magia, mas não era páreo para a fúria que via nos olhos do menino que salvara sua vida depois de saber que tinha traído seus pais. Rabicho tinha sido amigo de Tiago e conhecia Lílian o suficiente para saber que o filho deles o faria pagar por sua traição. Rabicho temia que o garoto não tivesse mais escrúpulos em matar.
Belatriz tentou usar a técnica errada com eles, foi esse seu erro e ruína.
- Então o bebê Potter e o Malfoy filhote vieram brincar com os comensais malvados - Belatriz falou com voz de criança - que bonitinho.
Harry não se irritou muito, já esperava por isso e Draco também.
- Sim, o bebê Potter veio brincar com os comensais malvados que fazem coisa feia - Harry respondeu irônico - e ai, já descobriu que seu mestre é um mestiço? Filho de uma bruxa e um totalmente trouxa que o desprezou?
- Adorei matar seu padrinho, bebê Potter. Já cansou de chorar por ele? E não ouse falar do lorde assim, seu mestiço sujo.
- Tia Bela, que feio, mentindo assim. Harry é bem limpinho, até tomou banho hoje e você, tomou?
A mulher estava irritadíssima com eles e isso lhe deu brecha para Draco estuporar ela, logo Harry fez o mesmo com Rabicho. Jogaram feitiços anti-aparatação nos dois e quebraram as varinhas usadas pelos comensais. Belatriz acordou antes que se afastassem.
- E então filhote de Malfoy, vai assumir a bastarda de seu pai? A filha do estupro? - perguntou cruel a mulher.
- Aquela menina é minha, nunca haverá nenhuma especulação sobre a concepção dela - Draco respondeu sem se alterar.
- Aquela menina não nascera com nenhuma gota de sangue Black! - continuou a morena.
Harry acompanhou Draco quando ele chegou bem perto da morena, e ouviu com nitidez o que ele falou.
- Ai é que se engana, tia querida - a voz de Draco era puro veneno - esqueceu que os Weasley são primos em primeiro grau dos Black?
Belatriz empalideceu e urrou de raiva, Draco riu deliciado e mandou uma maldição sem pensar duas vezes em com voz tão firme que parou as outras lutas.
- Absolutus iudicium - pronunciou claramente, gritando para que todos ouvissem a maldição.
No momento em que a luz prateada que saiu da varinha de Draco envolveu Belatriz essa começou a chorar, seu rosto era a mais profunda marca do pânico e medo.
Draco olhou para Harry e esse fez o mesmo em Rabicho.
- Absolutus Iudicium - Harry falou alto também e Rabicho pareceu empalidecer e começou a tremer.
Draco e Harry se olharam e se viraram para ver outros alvos, os comensais restantes começaram acorrer e aparatar como loucos e Harry riu disso e perguntou para o loiro.
- Que diabo de maldição é essa?
- A maldição do Julgamento Absoluto, prende a pessoa na dor de seus próprios atos, com a perspectiva das vitimas, ninguém resiste a isso, mas se atingisse alguém como você, e até alguém como eu, em no máximo trinta minutos estaríamos bem e conscientes novamente. Snape passou por isso para mostrar que era fiel a Dumbledore. Foi com ele que consegui a maldição, é muito antiga e pouco conhecida. Quer dizer, até hoje, como pode ver.
Draco fez um gesto, indicando os comensais que estavam imobilizados, aos poucos, vários membros da Ordem enviavam a maldição nos comensais e os que ainda não tinham recebido pediam clemência.
Agora essas seriam as marcas de que a Ordem estivera ali. Uma Fênix voando no céu e comensais Julgados no chão, esperando os aurores do Ministério os levarem a uma Azkaban, que não precisava mais de Dementadores para manter seus condenados presos. A maldição do Julgamento só passava quando a pessoa assimilasse e pagasse por todo o mau que causara.
Lupin foi até eles. Abraçou os dois forte a guerra agora estava sendo ganha, ganha pela Ordem.
- Sabe o que é melhor Harry?
- O que?
- Ter uma para onde voltar, não importa se é da família de verdade ou não. As Weasley estarão lá nos esperando, nos servirão chá e abraçarão, procurarão feridas e machucados, nos mandarão descansar pois parecemos exaustos. Molly no mínimo vai mandar nos lavarmos pois estamos indignos de sua sala de estar. E elas nos amarão, e estarão ali para sorrir e chorar por nós. Eu nunca tive isso antes, sabe, alguém realmente esperando por mim, pela minha volta.
- Sei, também nunca tive isso, e se tive foi quando era tão pequeno que nem posso recordar, mas os Weasley, eles realmente nos adotam como um deles, e é bom isso. Você ainda não passou o primeiro Natal entre eles, mas vai ver. Molly já deve estar tricotando um de seus sueters para você.
- Eu sei, é verde e prata, o seu é verde garrafa e o do Rony era para ser tijolo, mas eu falei que ele ficaria melhor com um azul petróleo, sabe, ressalta os olhos dele.
- Draco, até que você serve para alguma coisa que não seja ocupar espaço, obrigado. A anos eu recebo um sueter tijolo e eu fico péssimo de tijolo - Rony falou chegando e batendo nas costas de Draco, agradecido pela dica do outro. Harry notou que já era natural e esperadas as brincadeiras entre Rony Weasley e Draco Malfoy, eles fingiam que ainda não se suportavam, mas ali estava uma nova e verdadeira amizade.
- Pior somos nós, ela insiste e por as letras de nossos nomes no sueter, parece até que não sabemos qual no nosso nome sem as letras! - falaram os gêmeos juntos, como sempre.
- O que vocês estão reclamando, eu trabalho com dragões a anos e que recebe um sueter com o desenho de um dragão? Harry, só Harry recebe um sueter assim! Eu também queria um sueter de dragão!
- É verdade, ela sempre capricha mais para o Harry, e agora para o Draco. Não é justo, nós somos filhos a mais tempo.
- Crianças, crianças - Arthur interferiu - Harry e Draco recebem presentes melhores pois não nos dão tanto trabalho, ao contrario dos outros.
- Claro, um é um espião-da-Ordem-de-Fênix o outro o menino-que-sobreviveu, assim não dá pra competir - Gui brincou indignado - nossos feitos ficam esquecidos e apagados perto do que eles fazem.
- Eu fui monitor chefe, isso não conta? - Percy falou entrando inusitadamente na brincadeira dos irmãos.
- Acalmem-se - Harry falou fingindo timidez - todo mundo sabe que somos os preferidos porque somo os mais bonitos.
- Isso ai! E mais inteligentes também - Draco completou dando uma piscada para Harry.
Os Weasley pararam chocados, Harry Potter tinha feito um gracejo de elogio a si próprio e a Draco Malfoy.
- Não é justo, eu também queria ter esses olhos verdes - falou Fred.
- E eu esses cabelos loiros - completou Jorge enquanto ambos bagunçavam os cabelos de Draco e Harry.
- Draco, foi muito bonito o seu cala a boca em Belatriz - Gui comentou.
- Eu sabia que ela tentaria usar isso para me irritar, ela sabe muito bem que a única emoção que eu não consigo ocultar é a fúria, mas eu me preparei muito para isso e não deixai ela me pegar. Eu prometi que ninguém fora da família vai saber, e ninguém vai!
Harry olhou para Draco, escondendo a emoção que se apoderou dele, "Quer dizer que Draco é irmão da filha da Gina, e para não ver Gina e Lílian serem marginalizadas e estigmatizadas ele se propôs a assumir a irmã como filha!" pensou Harry feliz.
- Filhos - Artur Weasley falou para todos eles - vamos para casa. Nossas rainhas devem estar nos esperando.
Aparataram todos para a Toca, cansados mas felizes. A Fênix tinha brilhado no céu e era uma das primeiras vezes que a Ordem tinha simplesmente arrasado com os comensais.
Mau apareceram na sala e foram abraçados e beijados por todas as mulheres presentes.
Todos ficaram sabendo que Rony ia ser pai e Harry ficou muito feliz pelos amigos. Draco também cumprimentou entusiasmado a Rony e Mione. Todos se sentaram no sofá com ordens de Molly para descansarem um pouco enquanto lhes contavam como tinha sido a batalha. Molly revistava cada um deles a procura de feridas e machucados. Os elfos entravam e saiam com sanduíches e chá para os sedentos guerreiros e as chorosas mulheres.
Draco e Harry se sentaram em um dos sofás e Gina se sentou entre os dois, falando feliz:
- Meus dois amores voltaram são e salvos para casa, e com um sorriso vitorioso nos rostos bonitos, que bom, eu estava tentando não me preocupar com vocês, mas confesso que olhava o relógio de cinco em cinco minutos.
- Ansiedade demais faz mau para você e para Lílian - Harry falou beijando a ruiva feliz.
- Você descobriu o nome que eu quero dar para ela? - Gina falou feliz - Usou legilimência?
- Na verdade, esse é o nome que Draco quer dar para minha afiliada - Harry falou rindo.
- É verdade, Draco?
- Sim, achei que é um nome bonito, forte e tem um lindo significado. Fora que é uma homenagem ao padrinho famoso dela, que vai enche-la de presentes bons.
Os três riram do comentário calculista de Draco. Felizes por estarem juntos e a salvo novamente.
Foi nessa hora que ouviram os gêmeos falando de suas atuações no ultimo duelo. Ambos tiveram reações tão diferentes quanto eram: Harry baixou a cabeça enquanto corava e Draco estufou o peito e deu um sorriso sarcástico. Molly lhes deu abraços reconfortantes e Gina reclamou.
- Ei, esses são meus mamãe, vá procurar outros para você.
Essa cena ficou gravada para sempre nos corações de Draco e de Harry, ali naquela sala simples, cercados de pessoas que não tinham nenhum laço de sangue com eles e ainda assim totalmente em casa, se sentindo em família, se sentindo amados e valorizados por agirem como agiam e serem quem eram. Suas vidas não eram perfeitas. Não sabiam o que o futuro lhes reservava para o dia seguinte, mas achavam que a vida estava sendo generosa com eles. "Só falta uma coisa..." pensaram os dois opostos juntos, sem imaginar que estavam pensando na mesma coisa.
Nota da Autora:
Gente, to muito feliz, muito mesmo. Recebi até Review! Não imaginava que ia dar tanto, esperava, mas não queria acreditar. Mais tão ai, eu vi!
Bem vou tentar ser breve e responder a eles nesse capitulo.
Ia-Chan - Obrigado, minha intenção é realmente fazer Harry ficar confuso e sofrer um pouquinho, mas não quero ser muito má com ele. Obrigado e beijos da Li.
Marck Evans - Obrigado, sou sua fã e adoro todas as suas fics. Por isso suas palavras me deixaram muito feliz, mais ate do que posso expressar em palavras. Quero manter essa linha na fic, e adoraria poder contar com suas criticas se eu sair da linha. Muito obrigado mesmo, Muitos beijos da fã, Li.
Trinity C. Malfoy - Vou tentar mostrar o Draco pelo ponto de vista dos outros, na verdade ele não é para ser nada bonzinho , com quem não o interessa. E o Harry, acho que ele até é bom como espião, mas sempre se mete em confusão justo por isso. Na verdade quero fazer uma fic um pouco diferente deles, sabe, fugir do lugar comum Harry ingênuo e Malfoy experiente. Quero algo novo, digamos assim. Mas espero que tu continue lendo e continue mandando criticas e sugestões, eu adoro! Beijos da Li.
Kirina-L - Desculpe-me pela liberdade poética, por assim dizer. Mas escrevi assim, uma cena depois da outra, quando revisei eu também notei isso. Pensei seriamente em mudar, mas resolvi: Nossa medicina trouxa é meio medieval para eles, prova disso é que não usam pontos para cortes e podem recriar ossos, entre outras coisas que nós apenas imaginamos. Então, porque não podem saber de uma concepção na hora que ela ocorre, se nós já podemos saber um mês depois? Fora que não tive coragem de trocar nada para não perder a continuidade. Quanto ao aborto, eu acredito que deveria ser legalizado, nunca faria um, mas acredito que é um direito da mulher decidir sobre isso. Não acho que o aborto é método anti-conceptivo, mas acredito que uma mulher deve escolher se quer ou não ter a criança, ainda mais em casos de estupro, que na maioria das vezes não é denunciado. Beijos da Li.
Anna-Malfoy - Não sei ainda como vai rolar, a Gina por enquanto faz reza para que isso aconteça, mas eu ainda não escrevi o capitulo em que Harry e Draco ficam juntos. E comigo é assim, eu crio um esboço do capitulo e vou escrevendo, daí pode ou não ficar parecido com o que eu queria de inicio. Na verdade estamos em pé de igualdade, eu também não sei todo o destino desse casal. Beijos da Li
Yuuko - Obrigado, obrigado! Adorei o elogio, mas o que tento fazer é só explicar da melhor forma possível a minha idéia. Eu vejo a cena e a descrevo. Tenho um amigo gay e ele é me ajuda muito nessa parte, é meu referencial. A maioria das pessoas não faz idéia da profundidade dos sentimentos, pudores e medos de alguém que é gay. Pecam por não perceberem que muitas vezes são mais sensíveis e frágeis que os outros. Tento passar isso quando escrevo e espero conseguir. Por isso, se eu cometer alguns erros, pode puxar minha orelha que eu vou adorar! Continue lendo sim, por favor! Beijos da Li.
Completamente Ansiosa - Minha primeira Review! Obrigado, obrigado, obrigado! Vai ter sempre um lugar muito especial no meu coração. A primeira pessoa a mandar Review para a minha primeira fic, recém saída do forno! Quanto a personalidade de Draco, eu quero realmente mostrar um outro lado, ninguém é totalmente ruim e insensível, e todos mudam quando amam, então Draco também muda. Quanto ao Harry, gostei de fazer ele entender errado, na verdade acho que ainda vou engana-lo em outras coisinhas (hahaahah). Quanto aos sentimentos de Draco, mais é claro que sim, quem resiste aos olhos verdes de Harry? Mais uma vez obrigado pelo meu primeiro Review, e muitos beijos da Li!
Bem, acho que por enquanto é isso. Então, beijos da Li para todos.