Um Conto de Valsa Eterna
Mais uma fic que crio, e antes, como nos outros, gostaria de lhes dar algumas explicações importantes sobre a fic (sim, mas uma fic, mas não vou abandonar as outras, é que simplesmente estou fazendo essa para me desbloquear nas outras).
Esta fic foi baseada no filme Shall We Dance? (Quer Dançar Comigo?), mas, por favor, não confundam basear-se numa história com copiar a mesma. Quem viu o filme verá que apenas a idéia é a mesma, um homem que busca felicidade mesmo já tendo tudo que, aparentemente, necessita para achá-la.
Eu queria mudar um pouco de angst então fiz esse romance, que se me permitem, eu gostei muito. Adorei mesmo. Espero que vocês também gostem.
Não pensem que a Rin é má nessa fic só por que eu não gosto dela, ela terá grande participação como todos os outros personagens. Promessa de fan-writer :)
A todos vocês, boa leitura. Se me permitem dizer, ficaria melhor se vocês lessem essa fic com uma música calma, meio down e depreciativa, mais ainda assim, calma. Algo como Only Hope da Mandy Moore, I'm lost Without You do Blink 182 ou Nemo versão orchestral do Nightwish. Quem curte as músicas brasileiras pode apreciar a fic com Tô Aprendendo a Viver Sem Você ou Olhos Certos do Detonautas Roque Clube. Ou para aqueles que ainda preferem as japonesas: Unspeakable ou Mata Ashita do grupo Every Little Thing; Bokura no Digital World de Wada Kouji. )
Agradecida pela atenção, Brass que sem mais demora, apresenta-lhes:
Um Conto de Valsa Eterna
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Sango se arrependeu de não ter vindo antes. Ao abrir a porta encontrara tudo escuro e as fotos (todas de Kouga, Kirara e Kagome juntos) espalhadas pelo chão. Podia ver ali, a grande gata Kirara, de pêlo bege, deitada na cama e Kagome dormindo com a cabeça apoiada em seu pêlo. Olhava-as e podia sentir toda a dor delas invadindo seu peito. Queria poder fazer algo. Queria poder compartilhar suas dores.
Queria poder reviver os mortos.
Mas não podia. Só podia esperar que ela continuasse a viver, mesmo depois da morte do companheiro Kouga.
Fez um movimento negativo com a cabeça quando Kirara a viu e já ia acordar Kagome. As duas se encararam por alguns instantes e Sango pegou um colchão debaixo da cama de Kagome, há muito não usado.
-Desculpe Kirara. - Quase sentia vontade de chorar, olhando-as ali, as marcas de choro bem evidentes. - Eu queria mesmo vir mais cedo. Mas o trânsito... E meu gerente não quis, ele... - Deixou as desculpas de lado, não era importante.
Olhou a menina que não sorria. Dormia feito pedra, mas com certeza estava com pesadelos pelas lágrimas que caíam mesmo dormindo.
Kirara também sofria muito. Ela amava Kouga tanto quanto a própria Kagome. E ele? Bem, um homem excepcional. Fizera tudo para deixá-las sempre felizes, nunca vira as amigas reclamarem do príncipe lobo. Entretanto ele partira.
-Se não se importa, vou dormir aqui e esperar vocês superarem o trauma. - Sorriu fracamente. Observou Kagome durante bom tempo e enfim deitou-se, tentando não deixar o sentimento de culpa e tristeza invadir seu coração. - Boa noite.
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Sesshou-maru levantou-se pela oitava vez. Algo muito errado estava acontecendo. Andou até a varanda e olhou para os lados. Ao localizar sua última garrafa de cerveja (ele não bebe, mas seus amigos do trabalho vieram fazer uma festinha de aniversário surpresa para Rin e acabaram trazendo mais do que presentes para ela) que achou e tacou na frente da casa, ouvindo o cachorro ganir de dor.
-Maldito, me deixa dormir. - Falou voltando para a cama quando o despertador tocou, sinalizando cinco horas da manhã.
Não pôde evitar seu coração disparando e a petrificação tomar conta de seu corpo ao ouvir o toque impertinente. Não conseguira dormir absolutamente nada por causa do maldito cachorro! O que faria agora, tinha que trabalhar. Olhou para o lado e viu Rin acordar e pôr a mão para fora da cama, acertando em cheio o despertador (o que anos de prática não fazem).
Rin empurrou o cobertor sentindo a maldita cabeça estourando. Quem mandou beber até desmaiar de sono? E ainda tinha de dar aula. Ui, isso pareceu de repente piorar a dor. Olhou para o quarto e para o lado da cama, notando que Sesshou-maru não estava ali. Correu para a varanda e constatou o que já imaginava.
Suspirou e tremeu de dó quando não viu a garrafa de cerveja ali. Já era o terceiro cachorro... Este mês. Realmente, um dia os coreanos passarão fome por falta de cachorros de rua.
Imaginar o cachorro morto piorou a dor de cabeça. Desceu.
-Sesshou-maru você não tem jeito. Não podia deixar o pobrezinho passar nem no meu aniversário? - Falou terminando de arrumar o roupão e parando à sua frente.
Sesshou-maru que bebia um café lhe deu uma encarada. Uma encarada fria, tão fria que o café parou de soltar fumaça... E Rin teve de parar de fitá-lo se não quisesse congelar tão cedo.
Seu rosto estava horrível, com visíveis olheiras e o cansaço estampado em sua cara como um carimbo. Sem contar pequenas rugas na bochecha, logo abaixo de suas estrias cor de vinho.
-Para começar, seu aniversário foi ontem, o cachorro se foi hoje. Segundo, se eles realmente não pararem de latir, vou enlouquecer. - Fitou-a preparando o desjejum. Suspirou. - Não vou comer. - E se levantou, subindo a escada.
-Hu? - Mas ele já tinha ido.
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Fitava a amiga ao lado de Kirara. Estava preocupada com ela. Ficara ali a noite toda apenas para ver se ela estava bem.
Estava agindo como uma idiota! Afinal não era o fim do mundo!
Olhou fundo nos olhos rubros de sua gata gigante. Ambas sentiram o sofrimento uma da outra. A vontade de chorar era imensa.
Pensado bem, era o fim do mundo sim. Mas ela não deixaria que Sango se preocupasse com ela.
-Vamos Kirara. - Ambas desceram da cama e do segundo andar. - Vamos preparar o desjejum para ela! - falou cnfiante enquanto kirara abria a geladeira com a boca e pegava um parto com kani.
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-E que tal se... - Parou de falar e arregalou os olhos. - Ei! Cadê o miserável? - Inu-Yasha berrou quando não viu o irmão, Sesshou-maru, para qualquer um que estivesse ali. Todos apontaram para o escritório do próprio, atrás dele. - Bandido, volte aqui! Não me deixe falando sozinho! - Abriu a porta.
Empalideceu.
Sesshou-maru estava tentando se atirar da janela.
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-Uau! - Sango exclamou para a amiga. - Mas por que não deixaram que eu fizesse isso? Vocês estão exaustas.
-Não mesmo, você é que está, tendo que tomar conta da gente. - Kagome replicou com um sorriso no rosto, admirando a amiga que comia. - Não é justo que você faça tudo por nós por causa de um... Acidente. - Manteve o sorriso apenas para não preocupá-la.
Sango parou de comer e colocou a tigela na mesa. Pôs a mão em cima da mão dela e sorriu.
-Não se preocupe, vou fazer qualquer coisa pelas minhas melhores amigas. - Olhou para Kirara deitada no chão que sorriu para ela quando a viu. - Mas Kagome. - Retirou a mão e voltou a comer. - Sei que não quer entrar nesse assunto, mas... O que vai fazer agora? Sei bem que você vai demorar a encontrar outro par de dança. - Fitou-a, devorando mais da comida. - E se não dançar não terá como pagar o aluguel da casa. Afinal, ele te ajudava nisso, estou certa?
Kagome acenou com a cabeça e seu sorriso desapareceu.
-Eu ainda não sei bem o que fazer, foi tudo tão rápido... - Deu uma pausa. - A única coisa que tenho certeza, - Olhou nos olhos de Sango. - É que vou voltar para Nagano. - Sango quase se engasgou com a comida e parou para fitá-la seriamente. - Entenda, é que eu preciso voltar para lá. Só Sofy pode me dizer o que fazer.
-Eu não sou boa para te dar apoio? - Ela perguntou.
-Claro que é, mas é que... a Sofy, ela... Ela pode me dizer o que fazer agora, certo? - Sorriu. - Ela me ensinou a dançar... - Olhou para um ponto qualquer na mesa, lembrando-se de velhos tempos. - Ela é como minha mãe, afinal.
Sango sorriu para ela e ela sorriu para Sango.
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-Tá, vou fingir que acredito que você não tentava se atirar pela janela. - Inu-Yasha olhou para os pés observando a altura do local e os pequenos carros que deslizavam pela avenida. - Ia ser uma queda bonita.
Ambos estavam sentados do lado de fora da janela observando o sol nascendo, os pássaros cantando, a brisa fresca e uma enorme cerejeira em flor num parque um pouco à direita do prédio empresarial. Realmente, o dia estava bom demais para não ser apreciado.
-Se tivesse de suicidar, teria me jogado na frente do trem-bala. Obviamente, não fiz isso. Só queria ficar aqui para fazer... - Olhou em volta. - Isso. - referia-se a sentar ali fora e fazer absolutamente... Nada. - Você só me pegou em má hora.
-Não fazer nada. - Suspirou e olhou para irmão. - Então, o que são essas olheiras?
Sesshou-maru afundou o pensamento de tacar seu irmão lá embaixo. Podiam processá-lo por isso.
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Estava escuro, eram sete horas. Estavam na estação de trem. Estranhamente aquele lugar estava vazio àquela hora e dia da semana. O silêncio era perturbador.
-Tem certeza? - Sango falou entregando uma mala à amiga.
-Absoluta. - Olhou para Kirara em seu ombro, agora uma pequena gatinha, parecida com qualquer outra. Exceto pelo rabo duplo... e os olhos excessivamente grandes e vermelhos. - Eu e Kirara vamos ficar no apartamento de Sofy, já liguei para ela e nos pegará no fim da estação. - Sorriu amarelo.
Não queria mesmo se despedir da amiga. Era a última coisa que imaginara que aconteceria naquele ano. Suspirou quando ouviu uma voz feminina chamando as pessoas para embarque.
Subitamente abraçou a amiga que se mantinha firme para não chorar.
-Desculpe Kagome. Eu não pude fazer nada para você... - Ela balançou a cabeça.
-Nada disso, você me ajudou muito, viu boba? - Sorriu.
Afastaram-se e ela subiu na plataforma. Sango voltou para o carro depois do trem sair. Sentou-se do banco e ficou muito tempo sem falar e fazer nada. Ligou o rádio olhando para o volante, a visão ficando embaçada pouco a pouco pelas lágrimas. Uma música - Haruka Na Okurimono - tocou e ela só podia pensar na amiga. Em seus dois últimos Natal juntas.
Deitou a cabeça entre os braços no volante que incrivelmente não disparou a buzina. Chorou.
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Sesshou-maru abriu a porta de casa e andou devagar até o sofá. Literalmente, tacou-se no mesmo. Rin apareceu na cozinha com um bolo na mão, sorridente mas parou ao vê-lo de cara enfiada no sofá.
-Não vai pelo menos trocar de roupa para dormir?
Ele não respondeu, e ela voltou para a cozinha frustrada. Com um suspiro decidiu que ela mesma deveria provar o bolo. Algo não muito legal quando você sempre preparou bolo de caixinhas e é a primeira vez que você mesma faz um.
Era tudo ou nada.
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Kagome aproveitou o tempo para dormir. Porém, quando conseguiu sonhar com Kouga, alguém a acordou.
-Com licença, mas... esta é a últimas estação do trem. Não vai acordar senhorita?
Abriu os olhos devagar e se deparou com uma mulher bonita e com uma linda voz de anjo. Voltou a fechar os olhos, obviamente pensando que ela era um anjo qualquer que estava no seu sonho ou que ficara tão maluca com a morte do namorado que agora passara a ter alucinações.
-Ei, senhorita. - Tentou outra vez. Eu preciso ir para casa, mas antes preciso que você desça do trem. - Ela a sacudiu novamente.
Acabou por acordar. Esfregou os olhos e olhou para a mulher. Kirara acordou também, se espreguiçando no banco da janela.
-Certo... - Pegou a mala e saiu do trem. – Obrigada.
-Não há de quê, pequena flor. - E saiu do trem logo após, indo falar com um grupo de seis homens.
Kagome olhou em volta e sorriu ternamente quando avistou um jaguar lendo uma revista sobre animais num banco qualquer. Ela parecia não tê-la notado ali. Correu até Sofy.
-Sofy-sama! - Falou quando chegou a sua frente, parando para descansar sobre os joelhos. Kirara veio logo após.
Sofy abaixou a revista e se levantou. Obviamente, era uma youkai. Não apenas o fato de ser uma jaguar, mas o fato de ser também excessivamente alta. Da última vez que medira, dois metros e cinco centímetros.
Abraçou a ex-aluna de dança.
-Feliz em te ver bem. - Sua voz grossa soou nos ouvidos de Kagome e se viu feliz. Adorava Sofy como uma mãe.
Ela era sua mãe, pois assim a tratava.
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E então? Um pouco curto, né?
Resolvi que além de Japão Dividido e The Reason, não farei mais fics do casal Inu/Kag (apesar de este ser o casal principal e o preferido do público) por que esse casal já me saturou. Estou cansada de ler fics deles. Sim, a Sofy (minha criação) aparece nessa fic também (ela aparece primeiramente em Uma Sombra no Coração). Eu a adoro, o que posso fazer quanto a isso? E sim, esse é mais uma fic Maru/Kag, meu casal preferido. O primeiro capítulo ficou uma droga, entendo perfeitamente, mas prometo melhorar nos próximos. Yeah! Primeira fic seriada da Brass com esse casal principal.
Mandem reviews, ok? Mesmo aqueles que gostam do casal Inu/Kag, pelo menos mandem reviews criticando. :) Quem sabe eu resolvo mudar o casal? XD Huahuahua! Nem morta!
Inu-Kisses,
Brass
