Primeiramente, agradecendo àqueles que leram a fic. Agora, respondendo as reviews do último capítulo:
CaHh Kinomoto - Oi CaHh! Escuta aqui, você não pode me chamar de Brass, você deve!!! CaHh aquerida, encha o saco o quanto quiser, desde que mande reviews!!! (Brass e CaHh planejando faezr corrupção mundo á fora). Você ainda não viu o filme?! Pois vá ver agora! Tire esse traseirp de cima da cadeira do pc e vá correndo para o cinema, por que perdendo um filme e tanto!!! Sim, o Kouga é muito fofo (aquele moreno de olhos claros... ui, sou eu ou tá quente aqui?) Também não gosto de vê-lo sendo tratado como lixo pela Kagome... Ou fica com aquela fama de malvadinho, querendo abusar da Kagome. Quanto ao Sesshou-maru, ele não estava querendo mesmo se tacar de lá como você pensou, não é? Um bejão para você e comente sempre, viu?
Snoopy-chan - Oi! Eu também me cansei do outro e aqui estou com um Kag/Maru para vocês. Achei legal isso, sou uma das primeiras brasileiras a posra fics em português desse casal nesse site. Bom, eu lancei o primeiro songfic pelo menos (sorri). Um bjo para você e se gostou da continuação, comente outra vez, tá bom?
Anitah-chan - Oi! Obrigada pelos elogios! Que bom que você gostou da fic, volte sempre e comente se acha que esse capítulo merece um poucquinho da sua atenção. Um bjão para você!
Um Conto de Valsa Eterna
Sofy estava sentada ao lado de Kagome. Pegaram um táxi para a casa de Sofy. Por ser uma youkai muito grande, Sofy não consegue dirigir sem se sentir incomodada e preferiu não comprar um carro. Geralmente ela anda, mas com Kagome por perto ela teria de passar a usar táxis.
-Então Kagome, diga-me como foi sua estada em Tokyo? Está lá há... - Parou para pensar em quanto tempo ela estava em Tokyo, mas Kagome deu uma leve risadinha.
-Há dois anos. - Sofy riu também. - Foi muito bom. - Kagome olhou pela janela, vendo seu reflexo, porém observando mesmo era a estrada que passava ao seu lado, com poucos carros e a lua nova escondida entre a sombra da Terra. Kouga invadiu seus pensamentos. - Kouga e eu começamos a namorar. - Olhou para Kirara que dormia em seu colo e começou a acariciá-la. - Ele morreu ontem...
Sofy arregalou os olhos justo como o motorista de táxi, mas este continuou seu trabalho sem ao menos resmungar algo. Kagome sorriu triste para si mesma no retrovisor.
-O velório foi durante à tarde, os pais quiseram o mais breve possível.
Sofy sorriu para Kagome. A garota abaixou a cabeça e deu uma risadinha sem humor enquanto seus olhos umedeciam pouco a pouco.
-Kagome... - Sofy a abraçou.
-Eu sei. - deu uma pausa. - É que pesou um pouquinho aqui. - Kagome abraçou e apertou a blusa sobre o peito, escondendo a dor entre os braços largos de sua ex-mestra de dança.
Nem soube quando chegou no velho e apertado apartamento dela e simplesmente apagou.
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Sesshou-maru suspirou quando fechou a porta do escritório e se se encostou a essa, ainda ouvindo os berros e gritos estridentes dos repórteres lá fora. Ficou ali por um momento antes de andar até a mesa do pequeno escritório e se jogar na cadeira, virando-a para a janela que sentara no último dia.
-Malditos.
-Nem me diga.
Sesshou-maru rapidamente se virou para o canto da sala onde Inu-Yasha bocejou em pé na parede também olhando para a janela. O irmão se virou para ele como se não soubesse quem ele era.
-Sesshou-maru... O que está fazendo no meu escritório. - Seus olhos se fecharam antes de abri-los abruptamente.
-Seu escritório? - Ele levantou uma sobrancelha. - Receio que ar fresco no seu cérebro ontem o fez parar de funcionar.
-Quem? - O irmão colidiu com o chão, bocejando outra vez. O irmão balançou a cabeça murmurando um tsc, tsc.
-Kagura, aqui, agora. - Sesshou-maru falou quando pegou o telefone e discou três números rapidamente. Uma mulher de olhos penetrantes e vermelhos entrou na sala. Ela tinha um cabelo negro ondulado e sedoso que escorria até seus ombros. - Retire esse idiota daqui.
Kagura deu uma encarada a Inu-Yasha que nem tinha notado que ela estava ali. Com um suspiro desanimado ela andou até ele e o levantou do chão, guiando-o para fora. Quando a porta se fechou, Sesshou-maru se sentiu trancado naquele lugar outra vez. Precisava fazer algo, tirar umas férias. Nunca acreditou que fosse ficar desse jeito, entediado. Mal conseguia ler o que estava escrito nos documentos à sua frente. Suspirou pesadamente, levantou uma mão e bagunçou o cabelo liso.
-Férias... - Olhou para a mesa, pensando seriamente.
Pôs a mão numa das gavetas e a puxou, procurando por algo dentro todos aqueles documentos. Ao localizar uma revista colorida entre os papéis preto e branco, pegou-a e nem fechou a gaveta, abrindo-a numa certa página. Várias fotos estavam lá estampadas, inclusive a de uma estrada de cerejeiras com folhas e mais folhas marrons no chão. Também tinha a de um lago entre milhares de árvores de tronco finos, com uma ponte que ligava os dois lados. Guiou os olhos até o nome da cidade.
Nagano.
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Sofy andava pelo estreito corredor. Caiu no chão e se espreguiçou, abrindo a boca num bocejo. Extremamente como um gato. Ao entrar na pequena e única sala, deixou um murmúrio de surpresa lhe escapar ao ver Kagome de pé no meio do aposento. Kirara, a grande, estava ao seu lado, servindo de barra enquanto a dona colocava um pé sobre o felino de pêlo bege.
-Hã? Ah, bom dia Sofy. - A jaguar sorriu.
-Bom dia. Exercícios matinais?
-Hmm... - Kagome a seguiu para a cozinha. Kirara logo atrás. - Sim.
-Muito bem... Pode me ajudar aqui?
-Claro. - Kagome andou até os armários no alto e pegou os pratos e os copos, colocando-os na mesa.
-Kagome, como anda sua dança? Digo, têm dançado ultimamente? - Sofy se pôs diante do fogão, ligando-o.
-Parei quando o... Kouga... Você sabe. - Sorriu triste para a amiga e voltou para o armário, fechando-o. Sentou-se numa cadeira ali na cozinha. - Estou com saudades dele...
-Sei que está, acontece quando perdemos alguém que amamos. - Jogou os legumes dentro de uma frigideira. - Mas veja, se não se importar, gostaria de te adotar como minha aluna outra vez. - Pegou um parto na mesa, colocando o yakisoba já pronto ali. - A academia não tem sido a mesma coisa desde que Kouga saiu. Ele era um dos nossos melhores. - Kagome riu.
-Ele era o único, você não tinha muitos homens, lembra-se?
-Oh, é verdade.
Ambas sentaram-se e comeram, fazendo pausas o tempo todo para conversar e rir.
-Ah, agora me lembrei! - Kagome depositou o hashi no parto e falou alegremente. - Sofy, e o Souta? Hitomi, Mayu! Como estão todos?!
-Muito bem, não se preocupe. - Kagome desanimou um pouco.
-Ainda continuam lá? - Sofy também retirou o sorriso de seu rosto.
-Eu sei, é terrível, mas... Eu te levo para vê-los hoje, que tal?
-Feito!
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Sesshou-maru abriu de leve a porta tendo certeza de que os repórteres não estavam lá. Quando percebeu que no corredor só estavam alguns poucos funcionários e Kagura, ele saiu. Andou até a mulher de olhos vermelhos e a puxou para o armário da faxineira.
-Mas o qu--?
-Kagura, eu preciso sair desse lugar. Agora! - Sussurrou. - Umas férias, para bem longe.
-Férias? - Ela fez uma careta. Sesshou-maru, seu chefe, não era de pedir férias. - Tem certeza? - Ainda estranhava.
-Sim. Aqui. - Mostrou uma foto da revista para ela. - Nagano.
-Certo, vou providenciar. - Preparou-se para se retirar de dentro do armário dos faxineiros, mas ele a puxou pelo braço.
-Escute, ninguém pode ficar sabendo. Nem Inu-Yasha, nem Rin. Se ela perguntar, estou viajando a negócios... - Olhou para a revista na outra mão. - Para o Afeganistão.
-A-Afeganistão? - Surpreendeu-se. - Mas quem iria a negócios para lá?
-Invente qualquer lugar na hora.
Nesse minuto, a porta foi aberta e uma senhora apareceu, puxando o cabelo de Kagura, que quase gritou.
-Você não é meu pano de chão. - Ela lhe deu uma encarada de dar medo. Principalmente pelo fato de usar um tapa-olho.
-Tenho certeza de que não. - Kagura respondeu entredentes, tentando recuperar seu maravilhoso cabelo das mãos enrugadas da velha. Esta a soltou na hora e suspirou.
-O chefe e a secretária poderiam ser amantes em outro lugar que NÃO no meu armário? - Ela perguntou emburrada.
-...
-...! - Kagura sentiu o rosto queimar. Só não sabia se era de ódio ou de embaraço.
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Kagome olhou para a placa enferrujada há dois centímetros de sua cabeça. Nela estava escrito
Megumi Kojiin
-Ha! - Kagome deu uma risadinha sem humor. - Esse lugar não mudou nada.
Sofy assentiu com a cabeça e a chamou para entrar. Sim, o lugar não mudara em nada desde a última vez que estivera ali. Tudo estava como sempre. Vários quartos bagunçados, mal-acabados. Uma imensa cozinha, um pouco suja, mas com grandes cozinheiros. Uma pequena sala com TV com antena e um vídeo quebrado.
Sim, muitas recordações.
Parou na entrada do pátio. Pôde ver as crianças correndo de um lado para o outro tentando pegar a bola, estavam jogando vôlei.
-Bom dia Sofy! - Alguém disse atrás dele. Sofy soube logo de cara quem era. Virou-se.
-Oh, bom dia pequeno Shippou!
Um pequeno filhote de raposa youkai, com brilhantes olhos verdes e cabeleira ruiva estava ali, diante das duas. Ele era bem pequeno.
-Ora, mas que fofo! - Kagome falou rapidamente. - Shippou-kun! - E pegou-o no colo.
-Ei moça. - Kagome o fitou com um largo sorriso, que assustou um pouco o pequeno lupino - Quem é você?
-Ah, me perdoe, esqueci de me apresentar. - E pôs o Shippou no chão, curvando-se em desculpas. - Eu sou... - Parou de falar quando ouviu gritos vindo da quadra. Virou-se e Percebeu que todos gritavam e acenavam para ela enquanto corriam em sua direção. A bola foi deixada para trás. - Crianças!
Pelo menos duas dúzias de crianças de vários tamanhos e idades se tacaram em cima dela.
-Kagome-sama, onde esteve?
-Que saudades!
-Por que você foi embora?
-Cadê Kouga-kun?
-Você veio para ficar?
-E o ballet?
Kagome foi recebida com muitos elogios e perguntas, não sabia como responder todas ao mesmo tempo e as crianças ainda estavam em cima dela. Então apenas sorriu para cada um deles e os abraçou.
-Vamos entrar, gostaria de falar com vocês. - Os abraçou mais forte. - Ah, que saudades!
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Kagura sentou-se na cadeira e suspirou enquanto brincava com a caneta na mão. O patrão ia sair da cidade. Isso era bom... Certo? Olhou para a revista que mostrava duas páginas de reportagem sobre por que você deveria passar as férias em Nagano. Sesshou-maru havia esquecido a revista com ela.
Mas o problema era que Kagura já tinha comprado a revista. E também estava cansada. E também vira a reportagem sobre Nagano. E também comprara a passagem de trem-bala. Para Nagano.
Não, não estava nada bom. Ainda mais se você já passou uma noite no escritório do chefe quando ninguém mais estava no trabalho. E depois vocês começaram a namorar. E quando você acha que ele marcou aquele super jantar para te pedir em casamento, ele na verdade veio dizer que está amando outra... Que vai casar no mês que vêm... Mas vocês podem continuar amigos... E ele te convidou para a festa do casamento... E você rasgou o convite na frente dele... E apareceu na capela como madrinha, só por que ainda o ama e não perderia a chance de vê-lo no altar... Mesmo que seja com a outra.
-Uma outra chamada Rin. - Sorriu e pegou uma foto que estava em sua mesa. Era dela e de Rin, juntas em Londres, com agasalhos de pêlo e luvas quentinhas nas mãos. A neve estava espalhada pelo chão, mas não nevava.
Elas se tornaram melhores amigas depois do casamento e Kagura se esqueceu do seu amor por Sesshou-maru. Aparentemente foi quando dormiu com Inu-Yasha (mas não rolou nada mais que uma noite) e depois resolveu se afastar dos homens (mas não virou lésbica).
Suspirou. Apesar de não mais amá-lo, simplesmente não consegue deletar de sua vida os momentos com ele.
-Mas por que isso agora? - E voltou ao trabalho.
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-Kagome! - Ayame correu em sua direção e se ajoelhou na frente da cadeira onde estava sentada. Chorando, nada mais do que chorando. - Eu fiquei... Fi-fiquei sabe-bendo do K-Kouga!!! - Gritou e gaguejou. Kagome sorriu fracamente tentando ignorar os apertos desesperados que ela fazia com suas mãos, pousadas no colo. - M-meus Pêsames!!!
-Tudo bem, nós duas estamos sofrendo, né? - apertou a mão de volta, querendo transmitir confiança. - Mas se precisar de um ombro, é só me chamar.
Ayame não se sentiu segura para falar e mexeu a cabeça fortemente, afirmando.
Kagome se levantou e a ajudou a fazer o mesmo. Ambas se apoiavam para ter certeza de que nenhuma delas iria cair. Kagome abriu devagar o quarto de Souta (que era o maior quarto) e observou todas as crianças. Umas sentadas na cama, outras no chão. Mas todas sentadas.
E não faziam uma cara muito boa. Já podia imaginar o por que. No fundinho, sentada numa cadeira, Sofy consolava Hitomi, Mayu e Souta. Os três eram, como Ayame e Kagome, os mais íntimos de Kouga. Também, pudera. Todas as folgas que Kouga tinha durante a semana, ele vinha para cá. Às vezes dormia aqui.
Hitomi, Souta e Mayu foram os que chegaram primeiro ao orfanato. Kouga vinha vê-los todos os dias durante quatro anos. Ayame era quem tomava conta do local quando Kaede-obaa-chan estava trabalhando.
E foi assim, num mágico dia, que Kagome conhecera Kouga. Ela resolveu visitar o orfanato perto de sua casa muitos meses depois de Kouga. Naquele dia, eles trouxeram presentes para as crianças. Conversaram com elas, mas começaram a discutir para ver de quem as crianças gostavam mais.
"Mas é claro que sou eu, fui EU quem apareceu aqui primeiro!"
"Pode até ser, mas EU trago os melhores presentes!"
"Claro que não, EU gasto quase metade da minha economia com presentes para elas!"
"Que seja, EU passo mais tempo com elas!"
Lembrava-se de suas brigas com Kouga. Aquela deve ter sido a melhor época para as crianças, pois foi quando o moreno de olhos claros e a irritada Kagome resolveram ver quem comparava mais presentes para elas.
Muitos meses depois, Kagome estava no orfanato querendo ir para casa, mas não podia por causa da chuva. Estava presa lá. Então Kouga apareceu.
"Humf!"
Ele segurava uma cesta de comidas enorme. Cruzou o pátio correndo por causa da chuva e entrou na sala de Kaede-obaa-chan. Mandou que entregasse a cesta para os três favoritos dele.
"Cretino, querendo comprar as crianças com uma cesta..."
Kagome murmurara para si. Depois ele saiu e correu através da chuva até onde Kagome estava. Estava completamente encharcado.
"O que foi lobinho?"
"Ora, mas o que é isso, está de TPM?"
Lembrava-se que ficou vermelha na hora. Não sabia se era pelo fato de realmente estar de TPM ou se era por causa do sorriso que ele lhe deu.
"Sem-vergonha."
Ele se aproximou com um sorriso e colocou a jaqueta de couro marrom em cima dela, a deixando completamente confusa, afinal, era a jaqueta preferida dele. A guiou para fora do orfanato e até sua grande BMW preta.
"Tudo bem, eu te levo de carro. Onde você mora?"
E simplesmente, olhou em seus olhos para saber se ele falava sério. Não, não poderia. Poderia?
"Hã... Tem alguma coisa errada com meu rosto?"
Ele perguntou sério. Kagome ainda olhava perplexa para ele que se abaixava para olhar no retrovisor.
Foi naquela breve troca de olhar que se apaixonara pelo youkai lobo.
"Seu rosto é lindo..."
Murmurou para si enquanto observava o rosto angelical dele.
No mês seguinte, Kagome descobriu que Kouga também fazia aulas de ballet com Sofy e passou a ficar no horário dele. Começaram a namorar e se mudaram para Tokyo. Fizeram apresentações juntos em vários locais da cidade. Encenaram peças sozinhos em praças públicas. Tudo estava perfeito.
Até Kouga morrer.
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Megumi Kojiin - Orfanato Caridade
Quanto à cena do yakisoba, na cozinha da Sofy, é queé costume no Japão, eles "almoçarem" no café da manhã.
Inu-Kisses e mandem reviews outra vez, tá bem?
Brass
