Demorou um bocadinho, mas aí está o nono capítulo. A fic não vai andar tão depressa quanto eu gostaria, por que tem a escola (eca!) e, no fim do ano, o vestibular. Mas ao menos o próximo capítulo já está encaminhado!

Respondendo aos reviews: perfeira, Maira? Nossa... Saber que tem gente que acha essa fic perfeita é demais pro meu pobre ego... Ao todo, a fic tem 56 capítulos, ou seja, ainda vai demorar um bocado pra acabar. Na velocidade que eu tou traduzindo, é capaz de issosó acontecer anoi que vem o.O O nome original da fic é Sacrifices to be Made, e ela pode ser encontrada aqui no Valeu a todos pelos comentários, eles só estimulam a continuar!

E agora, chega de enrolação! Depois de um bom tempo, aqui está o capítulo 9!


Capítulo 9
Uma Conversinha

Harry estava degustando o final da torta de abóbora quando viu os olhos de Neville mirando algo atrás das suas costas com um pouco de nervosismo e espanto.

— Harry, se eu puder ter uma palavrinha com você, por favor.

Ele se virou e viu o Professor Dumbledore atrás dele. Ele abaixou o garfo tomou um último gole de suco de abóbora enquanto se levantava.

— Vejo vocês de novo na sala comunal.

Harry seguiu o professor pelo hall de entrada e até seu escritório, e o ouviu sussurrar a senha: Buffy é máximo.

Ele olhou para Harry e viu a sobrancelha do jovem levantar.

— Eu adquiri recentemente um aparelho trouxa chamado DVD player, e um amigo me viciou em uma série de tevê americana. Fascinante, sinceramente.

Harry sorriu e o seguiu pela sala de entrada até o escritório principal do diretor.

— Sente-se, por favor, Harry.

O jovem se sentou e se preparou para a conversa que estava prestes a ter.

— Suponho que isso seja por causa da minha fuga durante o verão, Professor.

Dumbledore o examinou pelos seus óculos de meia-lua.

— Então sua suposição está errada, Harry. Contudo, se você quiser discutir a sua necessidade de… o que era mesmo? — Ele vasculhou os papéis na sua mesa e pegou um bem de baixo. — Ah, aqui está… tomar conta da sua vida para proteger seus amigos e as pessoas ao seu redor.

Harry balançou positivamente a cabeça.

— Então bem, eu gostaria de lhe dar essa chance.

— Hã… como?

Dumbledore puxou um grande pacote marrom que estava bem amarrado e o segurou.

— Ano passado, você e seus amigos criaram um clube de feitiços que praticava Defesa Contra Artes das Trevas, com um nome bem inspirado, se me permite dizer.

— A Armada de Dumbledore, senhor.

Ele fez que sim com a cabeça.

— Sim, exatamente. Bem, eu gostaria que você continuasse esse clube… mas oficialmente, claro.

— Hã… como?

O brilho que era quase uma constante nos olhos do diretor desapareceu. Foi substituído por uma expressão séria e dura.

— Aqui está, Harry. Sua chance para contribuir com a Ordem e pelo bem-estar dos seus colegas estudantes.

Harry ficou em silêncio, aturdido.

— Acho que é preciso explicar melhor.

O diretor levantou do seu assento e foi cuidar da fênix de cores brilhantes, Fawkes.

— Nós não temos professor de Defesa Contra Artes das Trevas este ano, Harry. Aparentemente, pensam que o cargo está amaldiçoado, apesar de eu não saber o porquê.

Ele fez um carinho em Fawkes e foi recompensado com um canto rápido.

— Com a anulação de todos aqueles utilíssimos Decretos Educacionais do ano passado, eu decidi acabar com as aulas de Defesa propriamente ditas. Em vez disso, minha sugestão é que você treine comigo, pessoalmente, e ensine o que você aprendeu aos outros alunos.

Harry estava ficando nervoso.

— Mas eu só tou no sexto ano!

Dumbledore se virou para ele.

— Você estava ou não ensinando alunos do sétimo ano no seu clube, ano passado?

— H

Ele não esperou por uma resposta.

— Harry, você enfrentou Lord Voldemort mais vezes do que qualquer pessoa habilitada e sobreviveu, me incluindo na lista. O conhecimento que você pode passar é inestimável.

Harry olhou para os próprios pés e pensou numa resposta.

— Você terá autoridade limitada, a mesma de um monitor, todo o tempo. Durante as aulas, somente, você terá poder para dar e tirar pontos das Casas pelo desempenho dos alunos. A seu critério, você pode escolher um assistente para ajudá-lo a preparar as aulas. Eu sugeriria a Srta. Granger.

Harry levantou o olhar.

— E os meus estudos, senhor? Eu tenho N.I.E.M.s ano que vem.

Parecia que o professor estava preparado para esse argumento.

— A Profª McGonagall me informou sobre o seu desejo de se tornar um auror.

Harry confirmou.

— Você vai aprender Defesa comigo, e terá aulas particulares com os professores Flitwick, McGonagall e Snape para as outras matérias. Seu pedido de recurso foi aceito, por falar nisso, e você continuará tendo as aulas de Poções.

Harry imaginou os horários de aula.

— Mas…

— Sacrifícios precisarão ser feitos, Harry. Você acha que quadribol é mais importante do que as vidas dos seus amigos?

Harry se sentiu insultado com a insinuação, mas também estava gostando do modo de pensar de Dumbledore, e sabia que estava sendo fisgado.

— Claro que não.

O diretor sorriu sob sua barba prateada.

— Então, estou certo em supor que você irá aceitar o cargo?

Harry balançou a cabeça afirmativamente.

Ele entregou o pacote a Harry.

— Aqui você irá encontrar seu horário para o ano escolar e também alguns modelos de planejamentos de aulas para você e a Srta. Granger. Você começará amanhã com os alunos do primeiro e segundo anos, e vai subindo à medida que a semana for passando.

Harry levantou, com a cabeça abaixada.

— Você achará o magistério uma experiência gratificante, Harry. Estes alunos o admiram, mesmo que você pense que não. Até os Sonserinos. Tenha isto em mente quando for enfrentá-los amanhã.

Ele estava quase fechando a porta quando Dumbledore o parou uma última vez.

— Mais uma coisa, Harry. Seu quarto foi trocado. Como professor assistente, você ainda vai ficar na torre da Grifinória, mas terá um quarto próprio com um pequeno escritório para planejar aulas e coisas do tipo. Um quarto foi adicionado à parede leste da sala comunal, atrás do retrato da Mulher Magra. Por favor, não abuse do privilégio.

Harry olhou para ele e fez que sim com a cabeça, perguntando-se como o diretor sabia sobre Hermione. Talvez pela Sra. Weasley, ou qualquer outra coisa.

Quando Harry estava chegando perto da torre da Grifinória, ele viu Rony e Hermione em frente ao retrato da Mulher Gorda conversando, até que eles o viram se aproximando.

Hermione correu para seu lado.

— O que aconteceu? Você tá horrível. Ele te deu detenção por ter fugido?

Harry balançou a cabeça e ouviu Rony dizer a senha:

— Tentáculos emaranhados.

Hermione estava ficando cada vez mais preocupada, já que Harry ainda não tinha dito nada.

— Harry?

Ele olhou para ela e sorriu gentilmente, puxando-a em sua direção e dando um beijo na testa dela.

— Vem. Eu quero te mostrar uma coisa — ele olhou para o amigo também. — Você também, Rony.

Eles entraram na sala comunal e Harry localizou o retrato da Mulher Magra na parede leste. Ele fez um sinal para que os amigos o seguissem.

A Mulher Magra olhou para ele quando se aproximou.

— Sr. Potter — ela balançou a cabeça. — Pegue a moldura no canto inferior esquerdo e escolha uma senha.

— Senha? — Rony perguntou. — Pra quê isso?

Harry estendeu o braço e fez como o instruído:

— Snuffles.

A Mulher Magra acenou positivamente com a cabeça e o retrato se abriu.

— Puta merda, Harry! Quando eles puseram isso?

— Harry? — Hermione perguntou.

— Este é o meu novo quarto — ele revelou.

— Você tem um escritório? — Hermione estava quase ofendida.

Rony avançou para dentro do quarto.

— Não é só isso, ele tem um quarto gigantesco, Mione!

Hermione segurou no braço de Harry e o fez se virar.

— Harry, o que está acontecendo? Você não pode ter um quarto próprio a menos que seja Monitor Chefe… — ela se engasgou e cobriu a boca. — Você é Monitor Chefe? Mas você só tá no sexto ano!

Harry colocou o pacote na mesa do escritório e segurou os ombros de Hermione.

— Eu não sou Monitor Chefe. Eu sou…

Rony reapareceu à porta entre o quarto de dormir e o escritório.

— Então, Harry, o que é?

— Eu sou o novo professor de Defesa Contra Artes das Trevas.

As sobrancelhas de Rony desapareceram no meio dos cabelos, e sua mandíbula despencou. Hermione fechou os olhos e sacudiu a cabeça.

— Me desculpa. Você acabou de dizer… — ela não completou a pergunta.

— Oficialmente, eu sou professor assistente — Harry confirmou. — E é tudo sua culpa.

Isso tirou Hermione da confusão em que ela estava.

— O quê?

Harry puxou uma das cadeiras da mesa e sentou.

— Dumbledore quer que eu dê aulas por causa da A.D. ano passado.

— Isso é ridículo. Você só tá no sexto ano.

— Valeu, Rony.

Rony balançou a cabeça.

— Ah, você sabe o que eu quis dizer, Harry.

— Ele teve seus motivos — ele se virou para Hermione. — E você é minha assistente.

Hermione se engasgou.

— Eu sou o quê?

Ele empurrou o pacote da mesa para ela.

— Ele achou que eu precisaria de ajuda com planejamento de aulas e coisas do tipo.

Ela desamarrou o pacote.

— Bem, isso faz mais sentido, então.

— Ei! — Harry reclamou, sentindo-se insultado.

Ela balançou uma mão, pedindo que ele se acalmasse.

— Harry, você não é conhecido pela sua organização. Ser um professor não é só tirar e dar pontos às Casas e gritar com os alunos como o Prof. Snape. É trabalho duro.

— Caraca! — Rony exclamou. — Você pode tirar pontos?

Harry confirmou com a cabeça.

— Só durante as aulas, mas ao menos eu posso colocar o Malfoy no lugar quando ele sair do caminho.

Hermione espalhou o conteúdo do pacote sobre a mesa.

— Ah, Harry — ela sorriu radiante. — Isso é ótimo. Estou tão orgulhosa de você!

Ela examinou o horário das aulas e, então, pareceu ficar chocada.

— Sua primeira aula é às oito. Vocês dois, saiam. Eu tenho que planejar as aulas,