OK, pessoal. Demorou pra caramba, mas é que eu tinha vários vestibulares pra fazer... Graças a Deus acabaram, já passei em alguns, e agora eu posso continuar atualizando. Mais uma vez, valeu todos que deixaram reviews, que entravam aqui com alguma freqüência atrás de atualizações, etc., pelo tempo dedicado a essa fic. Bem, divirtam-se!


Capítulo 11
Garotos!

— Pare com isso imediatamente! — Harry ouviu quando entrou no corredor da sala de Defesa.

"Dez pontos de Grifinória, Sr. Baily".

Ele apressou o passo para descobrir o que estava acontecendo. Por trás da multidão de sonserinos e grifinórios do segundo ano, ele viu o vulto escuro do Prof. Snape castigando um dos alunos.

Harry ouviu a campa bater enquanto se aproximava.

— Prof. Snape, tem algum problema com a minha turma?

Snape se virou, suas roupas flutuando dramaticamente.

— Potter! Isso é coisa sua!

Ele foi tomado de raiva. Ainda não tinha perdoado Snape pelo tratamento recebido no ano anterior.

— O que é coisa minha, Snape?

Os olhos do mestre das poções se estreitaram.

— Você deve me tratar por Professor ou Senhor, Potter.

Harry sorriu.

— Então, faça o mesmo comigo, Snape.

Harry notou pelo canto do olho que os alunos estavam se afastando com olhares chocados nos rostos.

— Você não vai… — Snape quase gritou.

Harry levantou a mão.

— Alunos, na sala, por favor. Vou me juntar a vocês num minuto.

O corredor se esvaziou em segundos.

— O que o senhor estava dizendo, Prof. Snape?

Snape se inclinou até ficar a poucos centímetros do rosto de Harry.

— Você não pode permitir que meras crianças saiam por aí dizendo o nome do Lord das Trevas. Eu insisto que você pare com essa desculpa infantil para uma aula de Defesa imediatamente.

Harry deu um passo para trás e balançou a mão na frente do rosto.

— Eu insisto que o senhor tenha hálito de menta na próxima vez, Professor. E, se você tiver terminado, tenho uma turma pra ensinar.

Harry deu as costas para o mestre de poções e bateu a porta da sala de Defesa.

Sua caminhada para frente da sala não foi nada além de determinada e raivosa.

— Certo, quem perdeu dez pontos da Grifinória?

Todos os olhos se dirigiram a um menino um tanto pequeno na fila da frente. Ele era bem baixo para seu porte, apesar de estar sentado bem ereto, com os ombros para trás e a cabeça levantada.

— Fui eu, senhor.

Harry o encarou com raiva.

— E o que você fez?

Ele olhou para os lados, para seus colegas.

— Eu tenho uma irmã da sua turma de primeiro ano. Ela me contou sobre a sua aula de hoje, senhor. Sobre dizer Lord Voldemort.

Uma parte da turma se encolheu, mas não houve gritos ou ataques, para não mencionar quedas de raios.

Harry balançou a cabeça afirmativamente.

— Quinze pontos para Grifinória por ter coragem de dizer uma palavra!

Parte da classe riu, enquanto outros não sabiam o que fazer.

Harry puxou a varinha.

— Não vou gastar o tempo de uma aula dupla de Defesa com uma simples palavra idiota que foi criada só pra inchar o ego de alguém. Então, vou fazer isso depressa com vocês e daí vamos trabalhar feitiços, certo?

"Agora, quero que todos prestem atenção, porque só vou dizer isso uma vez". Ele tocou a garganta com a varinha. "Sonorus".

"LORD VOLDEMORT!", ecoou na sala. Ele tocou outra vez a garganta. "Agora… melhor? Vejam, vocês ainda estão aqui, e ainda estão vivos. Não sejam covardes por todas as suas vidas".

Ele se virou e apontou a varinha para a mesa da frente.

— Wingardium Leviosa!

A mesa se levantou do chão e flutuou até o lado.

— Varinhas em punho! Todos pra frente, e formem pares!

Os alunos se levantaram e formaram pares, como era de se esperar, com outros da sua mesma casa.

— Agora, vendo que ano passado tudo o que vocês fizeram foi ler um livro, suponho que nenhum de vocês já tenha duelado.

Todos confirmaram com as cabeças.

— Vamos começar do começo. Vocês devem saber apontar a varinha. O feitiço que eu quero que vocês aprendam é um bem fácil, que a maioria dos alunos de primeiro ano aprenderam nas salas comunais.

Ele apontou a varinha para um ponto da parede.

— Encaustum!

Tinta roxa saiu da ponta da varinha e atingiu o ponto da parede, fazendo um barulho engraçado.

A turma riu, já que conheciam bem o feitiço.

— Agora, este é o único feitiço que eu quero que você usem… contra seus parceiros.

Limpar! — Harry disse apontando para a última aluna que precisava ser limpa da tinta roxa que cobria a maior parte do seu corpo, antes de a campa tocar.

Eles correram para arrumar as coisas, como todas as turmas antes deles.

— Vinte centímetros de pergaminho sobre feitiços de desarmamento, que nós vamos praticar na próxima aula.

Ele se virou para recolocar a mesa no seu devido lugar, quando ouviu alguns dos alunos da Sonserina no corredor.

— Isso foi brilhante!

— A melhor aula que eu já tive! Você me viu acertar aquela bem no rosto do Parkingstan?

— Sonserinos disseram isso? — Rony exclamou.

Harry fez que sim com a cabeça enquanto puxava um livro da prateleira e o abria sobre a mesa.

— O Snape deve estar se revirando no caixão dele enquanto a gente fala isso.

Harry sorriu, contido.

— Visita, Sr. Potter — o retrato anunciou da parede do escritório.

— Entre.

O porta-retrato se abriu e, à frente, estava o pequeno secundarista da sala.

— Prof. Potter, senhor?

Ele sorriu quando viu Rony enfiando o dedo na garganta, tentando parecer doente com o título de Harry.

— É só Harry quando estamos fora da sala, Sr. Baily.

O garoto balançou a cabeça afirmativamente.

— A Srta. Granger me pediu pra entregar isso, senhor.

Ele entregou uma pequena nota para Harry.

— Obrigado — ele fez uma pausa. — Alguma outra coisa, Sr. Baily?

Ele fez que não com a cabeça, e depois mudou de idéia.

— Sobre agora mais cedo, senhor. Com o Prof. Snape.

Harry olhou para Rony, e depois de volta para Baily.

— Sim?

— Obrigado, senhor… Não pelos pontos… mas, bem… — ele titubeou.

— Sem problemas, Sr. Baily.

O garoto se virou e fechou o porta-retrato quando saiu.

— Isso tá ficando bem estranho, Harry — Rony comentou com uma sobrancelha levantada. — Daqui a pouco, vão trazer maçãs pra você e encher teu saco por simples prazer.

Harry encolheu os ombros e abriu o bilhete que Hermione tinha mandado.

Harry,

Acho que escrevi especificamente pra usar um feitiço de água na turma do segundo ano. Agora, tem tinta roxa espalhada por todo o corredor que dá pra sala de Poções. O Prof. Snape tá furioso… se bem que isso deve ter animado o seu dia. Garotos!

Te amo,

Hermione