Capítulo 4 – Quando eu começo a melhorar...

Rin disse que Inuyasha devia tentar falar com Kagome. Ela merecia todo o apoio que ele pudesse oferecer naquele momento, não podia ter ainda o sofrimento de não ter seu melhor amigo ao seu lado. Inuyasha resolveu que realmente estava na hora de tentar de verdade. Kagome precisava ouvi-lo. Precisava perdoá-lo. Precisava...Dele.

Na manhã seguinte, depois de passar a noite quase em claro, pensando no que falaria para ela, Inuyasha decidiu que iria a casa dela naquela manhã. Manhã de Sábado...

Ele também pensou a noite inteira que naquela Sexta não teve Kagome ao seu lado, encostada, no sofá da casa dela, para assistirem a algum filme. Esses pensamentos lhe doíam, pois, o que seria dele sem Kagome? Como ele poderia resistir? Estava acostumado aos cuidados, preocupações e carinhos por parte da garota. E também às brigas bobas e discussões sem fundamento. Ele nunca experimentara o amargo sabor de uma briga como aquela. Não era fácil passar por aquilo. Ele se sentia arrasado, e incompleto. Mas ele sabia que estava sendo egoísta ao pensar daquele jeito, pois ele não era nem de longe quem estava sofrendo mais. Ele sabia disso.

Após tomar o café da manhã, ele se dirigiu para a casa ao lado. Com os pensamentos confusos. E com um grande receio do que poderia acontecer, ou do que já poderia ter acontecido, enquanto ele esteve longe de Kagome. Mas ele sabia que nada de pior tinha de fato acontecido. Ainda. Pois apesar da tristeza que Kagome demonstrava, não era a tristeza final. Podia ser uma situação triste, mas não tinha acabado ainda. E quando acabasse, o que ele esperava realmente que não acontecesse, ele tinha certeza de que ela iria sofrer muito mais. Ninguém sofreria tanto quanto ela.

Ele se aproximou da porta e tocou a campainha. A mãe de Kagome atendeu. Ela também demonstrava claramente, os sinais de tristeza, cansaço e por que não, fracasso?

- Olá, Inuyasha. – ela cumprimentou dando um fraco sorriso. Apesar de tudo, ela nunca deixaria de sorrir para ele.

- Olá... Como a Senhora está? – ele perguntou, mesmo já sabendo da resposta.

- Levando. – já com lágrimas nos olhos, ela permitiu a entrada dele na casa.

A casa estava silenciosa, e não mais alegre como sempre fora. Não se ouvia mais o barulhinho irritante do videogame de Souta. A mãe de Kagome não sorria mais como antes, e nem se via mais o pai de Kagome sentado no sofá, assistindo seus programas favoritos, enquanto ouvia, pacientemente, o avô dela reclamando. Era uma casa triste. Com pessoas tristes.

- Kagome está? - Ele perguntou, já sendo atingido pelo baixo astral da casa. Sua voz, se tornando cada vez mais triste, e uma sensação de perda e abandono...

- Está sim, ela anda muito mais triste do que o normal, o que houve? Vocês brigaram?

Ele baixou a cabeça, não conseguindo encarar a mãe da menina ao pensar no que havia falado para ela. Será que a mãe dela o recriminaria tanto a ponto de não permitir mais a amizade entre os dois?

- Sim. Não quero comentar sobre isso, por favor. Eu errei com ela. Fui muito idiota, e estou aqui para me desculpar, isso se ela permitir, logicamente.

- Oh, ela irá sim. Ela sempre te perdoa.

Ela saiu em direção ao quarto de Kagome, para saber se ela estava em condições de receber Inuyasha. Ela voltou logo em seguida, dizendo que ela ainda estava dormindo.

- Será que eu poderia ir lá?

- Está bem, Inuyasha.

- Não se preocupe. Não a acordarei. Sei que ela precisa descansar. Imagino que ela não esteja dormindo muito bem há tempos.

- Certo. Você quem sabe.

Ele subiu as escadas e parou na porta. Não tinha coragem de entrar. O que ela faria se o visse? Provavelmente ficaria muito irritada com ele, por ter tido o atrevimento de ir até ali. Não por estar vendo ela dormir. Isso ele já presenciara muitas e muitas vezes. Mas por ela ter dito que ele não merecia seu perdão. Céus, aquilo realmente o ferira.

Tomando coragem, ele abriu a porta e entrou no quarto. Encaminhando-se até a cabeceira da cama e sentando-se no chão, para poder fitar o rosto dela. Respirou fundo para descobrir que lhe faltava ar nos pulmões. Encará-la sempre o fazia se sentir bem. Ela era tão linda. Mas naquele momento, ela estava realmente bela. Um ar de tristeza e melancolia envolvia a jovem. Ele sentia uma vontade incontrolável de tocá-la, de poder sentir a pele dela, sob seus dedos. Mas aquilo a acordaria. E ele não queria isso. Pois significava que teria que parar de admirá-la. E continuou a velar seu sono, por um tempo, até sentir que ela estava prestes a acordar, e achou melhor se levantar e encostar-se ao batente da porta do quarto. Assim, evitaria uma discussão maior do que a que já estava por vir. Ele observou atentamente os movimentos dela, enquanto abria lentamente os olhos, e os esfregava delicadamente. Levantou-se vagarosamente e com uma espreguiçada se levantou por completo, parando subitamente ao perceber a presença insegura do rapaz em seu quarto.

- O que você está fazendo aqui? – perguntou, estreitando os olhos, ameaçadoramente.

- Me desculpe, Kagome. – ele queria usar o apelido, mas sabia que ela não gostaria. Sabia porque ela não gostava. Somente ele e o pai dela a chamavam de K-Chan, e aquilo, era uma lembrança. Uma dolorosa lembrança. – Não era minha intenção atrapalhar o seu sono. Eu não...

- Você não me acordou. Eu acordei sozinha. – ela o interrompeu.

- Certo, mas... Não queria te incomodar. Eu juro. Só queria...Conversar.

- Nós já conversamos.

- Mas, você não me deixou falar direito.

- Não me interessa o que você tem para me dizer Inuyasha.

- Por favor, Kagome. – as orelhinhas dele se mexeram, em sinal de que aquela situação o estava deixando mal. Talvez isso tivesse levado Kagome a aceitar a conversa.

- Está bem. Está bem... Fale de uma vez. Mas seja rápido. Tenho fome. – era mentira. Não tinha fome alguma.

- Eu... Eu... Não sei exatamente o que dizer. – tudo o que tinha planejado lhe dizer na noite anterior parecia ter sumido de sua cabeça, repentinamente. – Mas... Eu queria deixar claro, que não era... Não era minha intenção magoá-la. Eu falei sem pensar. Você não merecia ouvir nada daquilo, nem aquela comparação. Me desculpe.

- Inuyasha... – por um breve momento, ele pensou que ela iria perdoá-lo, e sensibilizada correria para abraçá-lo como sempre fazia quando brigavam, mas ela não fez isso. – Você vai se arrepender por nunca pensar nas coisas antes de falar.

Ele ficou estático. Não acreditava que ela estava dizendo isso. E daquele jeito, tão frio, nem parecia Kagome. Para sua felicidade, ou azar, não se sabe, ela confirmou no minuto seguinte, que ainda era Kagome, quando começou a chorar. Em seguida, continuou falando.

- Você é um idiota. Não merece minha amizade. Como você pôde fazer isso comigo? Quando eu mais preciso do seu apoio, você me diz uma coisa daquelas. E eu pensava que você era meu amigo. Mas vejo que nem mesmo 16 anos de amizade são importantes para você, porque no momento, nem ao menos se importou se iria me magoar com suas palavras ou não. Você tem noção do quanto eu estou sofrendo?

Ele não sabia o que dizer. Ela estava certa, simplesmente, estava. Mas ela devia olhar pra outro lado. Sabia que ele sempre fora de falar sem pensar nos sentimentos dos outros. E daquela vez não fora diferente. É claro que ele se importava com todos aqueles anos de amizade. Ela era a pessoa mais importante da vida dele. Ele ficou muito triste com aquelas palavras, e se virou para sair, mas antes de fechar a porta por completo, ele virou para ela e ainda proferiu algumas palavras.

- Tenho sim, Kagome. E é por isso que eu vim aqui. Porque eu sei que eu sou o único que posso amenizar seu sofrimento. Você precisa de mim, como eu preciso de você. E como você disse, 16 anos de amizade. È muito tempo, não é? Você devia pensar nisso. Tanto tempo de amizade ser estragada por uma idiotice que eu falei e não posso mudar. É claro que eu me importo com você, Kagome. Você é a pessoa mais importante que eu tenho na minha vida.

Ao falar isso, ele fechou a porta, e a última visão que teve, foi de Kagome caindo no chão ajoelhada, desesperada e se debulhando em lágrimas.

"Inuyasha"

Ela queria gritar o nome dele, para que ele voltasse, e lhe dissesse que tudo estava bem. Ela iria perdoá-lo e beijá-lo, como sempre sonhou em fazer. Mas aquilo não passou de um pensamento.

"É claro que eu preciso de você. Eu preciso de você mais que tudo. Você sabe realmente que é o único que pode amenizar meu sofrimento. Por que você sabe, que você e meu pai sempre foram as pessoas mais importantes da minha vida. Enquanto eu perco um, ao menos poderia ter o outro. Mas não. Meu orgulho, como disse Sango, não me permite, perdoar Inuyasha, para que ao menos uma das minhas preciosidades eu ainda tenha. Como eu sou idiota."

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Inuyasha saiu da casa dela e foi para sua, ainda pensando no que ela tinha dito. "Você é um idiota. Não merece minha amizade." E da outra coisa que ela havia falado em sua primeira tentativa de reconciliação. "Você não merece meu perdão."

"Será mesmo Kagome? Será que o que eu falei foi assim tão arrasador que foi capaz de te afastar completamente de mim? Eu sei que foi uma comparação baixa. E que você estava em um momento de fraqueza. Mas chegar a dizer que eu não mereço seu perdão. Não é um pouco exagero? Será que você realmente acha isso? Que eu não mereço?" E estranhamente teve a sensação de ouvir no fundo de seus pensamentos, a voz de Kagome dizendo: "Claro que não, Inuyasha. Eu nunca diria uma coisa dessas de verdade." E essa confirmação de certa forma o acalmou.

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Segunda – feira chegou, e com ela, mais um dia de aula. Kagome foi novamente sozinha para o colégio. E Inuyasha, claro, também. Ela parecia um pouco mais animada. Talvez as coisas tivessem começando a melhorar. Inuyasha queria falar com ela. Perguntar como estavam as coisas lá. Não resistindo a tentação de saber de notícias, ele foi em busca dela, na hora do recreio.

- Kagome, por favor.

- O que é, Inuyasha?

- Me desculpe, não quero tocar no assunto da briga, pois você parece que não vai mudar sua opinião. Mas reparei que você está um pouco mais animada. As coisas melhoraram?

Ela olhou para ele, pela primeira vez desde que ela a abordara. O encarou e em seguida respondeu.

- Não que eu devesse estar te falando. Mas você sempre gostou tanto dele, por isso vou te falar. Sim... Parece que sim. Minha mãe voltou ontem dizendo que ele estava bem melhor. Ela voltou tão feliz. E eu também fiquei bastante aliviada. Hoje ela vai hoje visitá-lo no hospital. Espero realmente que isso acabe logo.

- Eu também. Obrigado por me falar, Kagome.

- Ok.

Ele saiu com um pequeno sorriso desenhado nos lábios. Era um avanço, certo? Ela tinha falado com ele numa boa. Tinha respondido sua pergunta. Mesmo que ainda não o perdoasse.

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Naquele dia, Kagome chegou em casa, animada para saber notícias de seu pai. Ele estava começando a melhorar. Finalmente uma boa coisa para fazê-la sorrir nesses últimos dias. E a felicidade de sua mãe no dia anterior era tão contagiante.

Ao entrar em casa não ouviu barulho nenhum. Foi em direção ao seu quarto, onde deixou sua mochila, e em seguida dirigiu-se para o quarto de sua mãe. Um choque ao vê-la na cama, deitada chorando.

- Mamãe, o que houve? Me conte. – ela pediu desesperada, aos pés da cama, já chorando também.

- Ele estava tão bem, minha filha. Eu tinha ficado tão feliz com a melhora dele. Por que? Por que? Eu não entendo. Hoje quando eu cheguei no quarto do hospital, ele não estava lá, então eu descobri que durante a noite ele havia piorado. Piorado irreversivelmente. Ele entrou em coma.

Continua...

N/A: Desculpem a demora para postar, já estava pronto há muito tempo esse capítulo, mas eu não entrei na net essa semana, não pude colocar antes. Bom, algumas coisas já começam a ser reveladas...Espero que gostem desse capítulo!! Deu pena do Inu?? Tadinho, né...no próximo vai dar pena é da Kagome!! Eu sou muito malvada mesmo...

.::Resposta das reviews::.

Chefinho to Keiko: Obrigado, que bom que você achou minha fic linda...nem sei se é isso tudo, mas tudo bem. A Kagome está sofrendo mesmo, coitada. E tadinho do Inu, ta todo mundo dizendo que ele é um baka, pobrezinho...nem merece isso...E aqui está a atualização..espero que mate sua curiosidade ....bjos..

Ale: Já te respondi né!? Mas não tem problema...como eu disse, o que eu passei não foi a parada da amizade, mas mesmo assim...é algo parecido, e eu sei que é péssimo!! Espero que você goste desse novo capítulo. O próximo será bem pior, hahahahahahahahahaha ( risada maléfica )...credo .......mas é a mais pura verdade. E meu icq está logo abaixo, é claro que pode pegar....bjos...

Vanny-chan: Que bom que você amou minha fic..Fico muitoooo feliz com essas paradas que as pessoas falam, adoro quando dizem isso. O que eu passei não foi a parada da amizade, mas uma coisa que vai acontecer mais à frente. Em todo caso, eu imagino que deva ser horrívelll...!!! Eu já li algumas fics naquele site, são realmente muito legais...esse site podia ser mais divulgado...é de qualidade...e sobre meu icq, é lóooooogico que você pode pegar, eu vou pôr um pouco mais abaixo, para todo mundo que quiser...continue lendo...obrigado mesmo....bjos !!

Tici-chan: Não demorei muito daquela vez, mas dessa demorei né?! Pode falar...espero que você goste desse cap. novo..!!! E recompense a demora...Eu quero ler o final daquela fic....em inglês já está terminada?? Me manda o site que está...eu leio em inglês mesmo!!! Bjos....

Iza-chan: Não se preocupe, a situação já está sendo revertida. Não quero dizer nada, mas talvez no próximo cap. eles já voltem a se falar, mas ela não pára de sofrerrrrrrrr!!!! Desculpem....Que bom que você gostou...obrigado mesmo...adoro saber que gostaram....aqui está a continuação...bjos...

Para quem quiser, porque andaram me pedindo, aqui esta meu icq, e meu MSN apesar de eu nem usar....

ICQ: 124983030

MSN: stefania_ak@hotmail.com.br

Bom, para quem quiser, meu e-mail tb:

stefania_ak@yahoo.com.br

E como eu estou postando hoje, dia 22/03, eu quero deixar uma mensagem especial para uma pessoa mais especial ainda...Que em breve (eu espero) irá ler essa história. (Ahhh você me prometeu!!!)

GABRIEL, PARABÉNS!!!!!!!!!!!!!!!!! Quando você ler isso, não vai adiantar mais, estará bem atrasado, mas não importa, eu já falei no dia mesmo, o que interessa é reforçar...!! Eu quero te pedir desculpas por ontem de novo, eu fui muito mal educada ao ficar com aquela cara no seu dia!! Desculpe mesmo, mas eu não pude controlar. No Sábado me bateu uma tristeza, que ainda não passou, mas vai passar...assim eu desejo, né!! Te adoro muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito mais do você imagina...e te desejo tudo de melhor nesse dia tão especial, e em todos os outros...Que você seja muito feliz mesmo...!!! Bjos...

Bom...bjos para todos que estão lendo, mesmo que não esteja comentando (como a Camila, né?!?).....Mas tudo bem...o que importa é que gostem...

Stefania