Fábula das pétalas
Por Shuuichi-chan
Postado em 16 de dezembro de 2004
N/A: Woa... Um mês com essa história parada... mas agora a inspiração ta voltando... exceto pra meu pudim... u.u' Mas essa história tá indo, e meu pudim só têm mais dois capítulos pra fazer mesmo... Então, leiam, e se não gostarem postem um review.
Avisos: Não sou dona de Yuyu Hakusho. Lucky people...
Arigatou gozaimasu, Biba-chan, por betar esse capitulo.
Parte 2 – Segundo os boatos
Uma taverna qualquer – Hikizuru
O cheiro de bebida infestava todo o local. Dezenas de cavaleiros, bardos e ladrões se encontravam em uma das tavernas mais conhecidas daquela região. Era conhecida por seus vinhos fortes, atendentes bonitas que não se incomodavam de ganhar um dinheiro a mais no final do expediente e, missões e boatos.
"Então... é verdade que o dragão foi morto?" Um homem de aparência forte comentava com um mago. Sentado perto dele, um arqueiro ouvia a conversa, e não conseguiu evitar se meter.
"O... dragão negro?" Sim, corriam boatos de que o mascote real da princesa akuma, o dragão mais raro e poderoso do reino negro, havia sido aniquilado por uma feiticeira.
"O que pretende fazer com essa noticia, frágil arqueiro?" Todos os que estavam próximos pararam para ouvir o diálogo incomum, e começaram a dar risada do pobre homem.
"Afinal..." O mago continuou. "é uma missão reservada aos cavaleiros..." Tentava bloquear uma gargalhada. "Espadas e tudo mais."
"Pois bem... conheço a pessoa certa para a missão." O arqueiro, tirando o capuz que lhe cobria a cabeça, revelou cabelos rosas e olhos grandes. Era uma mulher. "Tenho certeza de que ele não vai fugir..."
"O... o que? É a... " Os dois tentaram se afastar. "Mestra genkai!" Cochichos começaram a ecoar por todo o recinto. Genkai era conhecida como a imortal arqueira. Sus flechas eram capazes de transportar a sua energia, formando armas conhecidas como leigan.
Dirigiu-se ao dono da taverna. "Então, quais são os detalhes dessa missão?" Olhou para o pobre coitado que ocupava a cadeira, e ele imediatamente deixou-a vaga.
Ambos trataram das condições e recompensas, enquanto que a taverna continuava a fazer o seu trabalho: Embebedar a todos, que logo nem mais se lembrariam da visita de genkai.
Hospedaria genérica na cidade de Nai – Hikizuru, 2 da manhã.
Em um dos quartos mais baratos da hospedaria mais humilde de toda a cidade, um jovem dormia. Pouco se podia ver de sua forma, mas uma mecha de seus cabelos parecia visível, pra fora do lençol. Estava com frio, deitado formando uma bola. Mas também, quem mandou pegar o pior quarto, que nem cobertas tinha?
Um barulho rompeu o silêncio da noite, parecia até uma... explosão! O jovem caiu da cama, se sacudindo e tentando ir para embaixo da cama o mais rápido possível. Tudo o que
conseguiu foi ficar com as pernas amarradas pelo lençol.
"Sem medo, jovem cavaleiro." O intruso colocou um dos pés sobre a cama, para logo a seguir tirar a capa. "Há quanto tempo, Kurama."
"Hum? Mestra? Cadê você, eu só escuto a sua voz..." Tentava em vão se virar. "Será que... alguém matou a mestra e eu virei um sensitivo?"
"Eu estou aqui, Kurama." Virou-o para que pudesse vê-la, e não só ao chão de madeira. "Adivinha, tenho uma missão pra você..."
"Ahhhh! Mas pra isso a senhora não podia vir de manhã? É de madrugada, por favor..." Só agora conseguiu se dar conta do que estava vestindo. Estava só de cueca. Rapidamente desenrolou o lençol de suas pernas e o colocou na cintura.
"De madrugada eu atraio menos atenção..."
"Sei... quem sabe a mestra não usava a porta, como uma pessoa normal..." Procurava uma roupa mais decente para vestir. "Agora toda essa vizinhança fofoqueira esta de pé... possivelmente vindo pra cá..."
"Eh... hehe... às vezes eu me empolgo, sabe..." Dizia a mestra, em sua forma jovem, coçando a cabeça.
O ruivo colocou uma calça, e mostrou a cadeira pra genkai se sentar. "Mas... de que se trata essa missão?" Dizia esfregando os olhos.
"O dragão da princesa akuma desapareceu." Kurama fez uma cara de surpresa...
...trocando-a logo a seguir por uma de indiferença. "E o que eu tenho a ver com isso? Uma lagartixa com asas de uma princesa mimada desapareceu. Vai querer que eu pegue uma lupa e procure ele pelo jardim?"
Mestra Genkai sacudiu a cabeça... normalmente Kurama não era assim, talvez não tenha sido uma boa idéia o acordar no meio da noite. "Por acaso você não conhece o reino negro?"
"Reino... negro?" Já ouvira falar, mas pensou que tudo se tratasse de uma lenda. Um reino com seu castelo situado acima de um vulcão inativo? Só podiam estar brincando...
"Isso mesmo. Por acaso você achava que dragões não existiam? Só porque nunca viu um deles nesse fim de mundo onde você mora?" Kurama fez que sim com a cabeça. "Vou lhe contar a lenda: O Reino negro é conhecido por ser o lar de todos os dragões do mundo. Circundando seu território, que aumenta numa proporção espantosa a cada ano, existe uma barreira. Essa barreira impede todos os dragões selvagens de abandonarem o reino."
"E então... o dragão mais poderoso é o brinquedo da princesa?" Kurama, não atordoado com tanta informação, estava se interessando.
"Sim... porém, quando o dragão sumiu, a princesa também sumiu."
"Ahh! Então é só mais uma missão padrão de salvar a princesinha! Por que não disse antes... Amanhã eu começo a recolher informações" Kurama se deitou. "Agora... boa noite... ZZZ"
"Ele não compreende..." Falou para si mesma e pegou a sua capa. Saiu pelo mesmo lugar de onde entrou, a janela arrombada.
Taverna qualquer – Hikizuru
O cavaleiro havia esperado o dia inteiro até que a taverna se abrisse. Até mesmo foi bom, já que teve tempo de arrumar suas coisas... Só algo faltou para que pudesse partir imediatamente: a montaria. Mas isso era o de menos, na manhã seguinte iria até o estábulo pegar seu companheiro.
Sentou-se no balcão, esperando que alguém viesse atendê-lo. O próprio dono o fizera, vendo que ele carregava uma espada sem ter medo de que os outros a vissem, e conseqüentemente o desafiassem.
"Em que posso lhe ser útil, cavaleiro?" O taverneiro lhe serviu uma bebida, e colocou a sua frente.
Kurama bebia de pequenos goles. Afinal, não é bom se embebedar enquanto trabalhava... e ele... realmente... não tinha muita resistência ao álcool.. "Uma amiga... me disse que tem uma missão perfeita para mim..." Disse isso frisando a palavra amiga, o que fez o homem entender na hora de quem ele falava.
"Tratasse do desaparecimento de uma princesa e seu dragão."
"Sei... mas aonde ela foi vista pela última vez?" " Há uma semana atrás saiu para dar uma volta e não foi mais vista. Dois dias antes seu dragão havia desaparecido."
"Como posso chegar lá?" Agora a pergunta foi direta. O taverneiro deu uma tossidela e apontou o dedo feio para uma pessoa usando uma capa de mago.
"Peça a ele. Você demoraria uns dois meses para chegar lá de cavalo..." Kurama imaginou quanto tempo demoraria a chegar lá usando o seu 'tipo' de montaria. "Se você pedir com jeito, aposto que consegue convencê-lo a lhe teletransportar".
"Obrigado." Frisou bem o 'o' no final. Não se venderia a um mago pelancudo só para um teletransporte. De qualquer jeito, se aproximou do feiticeiro misterioso.
"Hum... com licença?" O mago tirou o capuz e lhe mostrou três pares de orelhas. "Posso lhe pedir sua ajuda?"
"Eu ouvi a sua conversa com o taverneiro, me desculpe, mas minha audição é muito sensível." Kurama entendeu... um mago cego. "Me chamo Yomi."
"Muito prazer." Apertou a mão que lhe foi estendida, e sentiu um grande poder. "Como já sabe, preciso de um teletransporte para o reino negro."
"Claro, posso fazer isso sim... mas somente amanhã."
Kurama achou ótimo, era exatamente amanhã que gostaria de partir. "Para mim está bom... pode me encontrar ao meio dia na frente do estábulo?"
"Sim... depois falamos sobre o pagamento." O ruivo sabia que ele não faria isso de graça, mas o mago era sua única opção no momento. "Agora tenho que ir, Kurama" Isso que ele nem tinha dito seu nome... mago esquisito. Yomi desapareceu em uma rajada de vento. Logo, uma taverneira veio correndo.
"Espere! Ele não pagou a conta..." Sobrou para o miserável cavaleiro mais uma vez...
Quando Kurama já se preparava para ir embora, um brilho na cadeira em que antes estava Yomi lhe chamou a atenção. Era um amuleto de ouro... com rubis incrustados. Não pensou duas vezes, não era bobo, e colocou o amuleto no bolso. Saiu da taverna, voltando para a hospedaria.
Ultimo quarto de uma torre – Hikizuru
"Quer dizer então... que alguém já se habilitou para aquela missão." Uma voz de mulher.
"Sim... e pelo visto... ele pegou o amuleto." Um homem tirou suas roupas enquanto se sentava em uma cama. "Você fez tudo o que lhe pedi?"
"Sim... vamos começar?" A outra pessoa se sentou no colo dele, beijando seu pescoço.
"Precisamos desse ritual hoje, senão não conseguirei energia suficiente." Nas sombras, os dois realizavam o tal sortilégio.
Continua...
Esse capítulo foi muito sério... nem o Koenma apareceu, mais porque ele estava contando a história. Se não quiserem que ele apareça, só no ultimo capitulo, comunique no review. Se quiser mais Koenma, poste um review também... Se gostou, poste um review... se não... faça uma crítica construtiva. Agora... meu pudim... não vai demorar muito pra aparecer... talvez amanhã.
Shuu-chan
