Capítulo 11 – Sempre você
Kagome se encontrava deitada na cama ouvindo Sango tagarelar sobre o que ela devia fazer. Nada lhe parecia suficientemente bom para ser feito.
"Droga, será verdade? Será que eu me enganei e na verdade, ele gosta de mim mais do que como amiga? Que confusão.."
- Então, o que você vai fazer?
- Nada.
- Como nada?? – Sango levantou e começou a andar pelo quarto. – Você está louca ou o que? Vai deixar passar? Você precisa falar com ele. É a oportunidade da sua vida.
- Aiai, está certo, eu falo com ele. – ela abaixou a cabeça e completou para si. – Só não sei como e quando.
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- Então... Você gosta dela, não gosta?
- Da onde você tirou essa idéia absurda, Mirok?
- Já te disse, Inuyasha, tudo em você diz isso. Não tem como negar que você é louco por ela.
Inuyasha ficou emburrado diante do que Mirok dizia.
"Não pode ser tão óbvio assim. Ele deve estar blefando, para que eu diga a verdade."
- Escuta, Inuyasha, sempre achei que você gostava dela mais do que o normal entre amigos. E hoje, vocês estavam diferentes, parecia que algo havia acontecido. E você com medo de que algum garoto ficasse com ela, e dentro do carro, você ficou com cara de bobo só de vê-la sorrir. Não precisa mentir para mim, sou seu amigo.
- Não estou mentindo. – falou raivosamente.
- Tudo bem, se quer assim, mas você está sendo um idiota, ao invés de correr atrás, você fica aí fingindo que nada está acontecendo. Ela gosta de você também, e só você não enxerga isso.
- Ela não gosta de mim.
- É claro que gosta. Como assim? Do que você está falando? Por que você acha isso? Está tão na cara que ela gosta de você.
- Não, não está.
- Inuyasha, me conta a verdade, o que está acontecendo?
- Ai, como você é chato, mané. Ta bom, é o seguinte... – e contou a ele o que acontecera naquele dia. - ...e por fim, ao telefone ela disse que jamais esqueceria aquilo, como se tivesse sido uma ofensa, sabe? E eu estraguei tudo, eu estraguei o primeiro beijo dela, ela queria que fosse com alguém especial, e eu estraguei isso.
- Acredite, Inuyasha, tenho certeza que para ela, ninguém poderia ter sido mais especial do que você. Ela não quis dizer isso. O que ela quis dizer é que ela não esqueceria porque ela gostou. Mesmo que vocês continuassem amigos, e não tivessem nada, aquele beijo era o que ela mais queria, e não iria esquecer. Você está interpretando as coisas de maneira equivocada.
- Você acha?
- Poo, cara...Tenho certeza. Se toca. Ela sorri para você de uma maneira que ela não faria para mais ninguém. Vai por mim, vocês precisam conversar sobre isso.
- E o que eu deveria falar para ela?
- O que você está sentindo.
- E se não for recíproco?
- Confia em mim. Será. – Mirok deitou de baixo das cobertas após apagar as luzes. – Agora vamos dormir que eu estou morrendo de sono. Amanhã a gente decide isso. Boa noite.
Inuyasha não respondeu, deitado em sua cama, ele pensava no que poderia falar para ela e se ia realmente falar.
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Na manhã seguinte, as meninas acordaram, mais ou menos umas 11 horas, e foram tomar café.
- Bom dia, mãe. – Sango entrou na cozinha cumprimentando sua mãe.
- Bom dia, meninas, tão cedo, hein... Não me digam que vão tomar café?
- Vamos.
- Que absurdo. Vocês adolescentes, dormem demais, não tem nada na cabeça mesmo. – e riu delas, que fizeram cara feia.
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Na casa de Mirok, eles também acordaram tarde e quiseram tomar café. Logo após o café, Inuyasha se arrumou para ir para sua casa. No seu quarto, manteve-se na janela esperando Kagome voltar. Decidira que falaria com ela logo de uma vez. Umas duas da tarde, ele viu Kagome caminhando em direção a casa dela. Ele correu para a porta e saiu de casa, de encontro a Kagome.
- Ei, Kagome. – o coração dele batia descompassado. Era chegada à hora de resolver toda essa droga de estória.
- Inuyasha? – o coração dela também disparou, pois se lembrara do que tinha conversado com Sango na noite anterior, e pensava se deveria falar com ele, ou não.
"Vamos, Inuyasha, é agora ou nunca. Vai, fala logo com ela."
- Precisamos conversar. – coragem, tomara coragem. Era o que faltava. Na verdade ainda faltava muita, mas isso não era o caso.
- Ah, é?
"Droga, o que será que ele quer dizer? Eu também preciso conversar com você. Mas eu não vou dizer nada enquanto você não disser."
- É, podemos andar um pouco? Eu realmente preciso falar com você.
- Sobre o que? – ela o olhava de modo curioso.
- Er..Eu te falo no caminho, né!? – ele falou desviando o olhar.
- Tudo bem, então... Deixa só eu avisar minha mãe que cheguei e colocar essa roupa lá dentro.
- Está bem. – ele mantinha as mãos no bolso de modo a esconder o nervosismo e parecer descontraído, enquanto a via entrar em casa.
"Céus, isso é mais difícil que eu pensei."
Alguns poucos minutos depois, ele a viu sair de casa e fechar a porta delicadamente. Olhando as mãos delas, percebeu que estas tremiam fracamente.
"Por que será que ela está tremendo?"
- Você está com frio, Kagome? – o tempo estava agradável. Ela estranhou a pergunta.
"Frio? Ohh, meu Deus, será que ele reparou que eu estou tremendo."
Ela ficou levemente vermelha com o pensamento de que ele sabia que ela estava nervosa.
- Ahh, um pouquinho, hehe.. – mentiu e sorriu sem graça.
- Por que não pegou um casaco?
- Deixa pra lá. Mas me diz, o que você queria conversar? – ela olhou de relance para ele, tentando ler os pensamentos. Percebeu que ele procurava as palavras, com cuidado e que apresentava um semblante meio preocupado.
- Bom...eu estive pensando sobre...sobre o que aconteceu ontem de manhã. E...bom... – ele mexia nas mãos e andava em direção a um banco na praça, com ela ao seu lado. – É que... Algumas coisas não ficaram bem esclarecidas.
Ela se sentou no banco, e agora, que sabia que era esta mesmo a conversa que ele queria ter com ela, ficou um pouco mais nervosa.
- Então...er...quando você disse, no telefone, que jamais esqueceria, o que você quis dizer com isso?
- Co-como assim? – ela olhou rapidamente para os olhos dele e desviou.
- Eu...quero dizer...você gostou e não queria esquecer... Ou você ficou com raiva de mim, não gostou e não vai esquecer como uma coisa ruim que eu tenha feito? – ele estava com medo da resposta, mas ela veio rápido demais.
- NÃO!! – ela virou para ele e esticou o braço para frente, em seguida percebeu o que tinha feito, e se encolheu. – Quero dizer...er...eu...e-eu gostei. – ele achou que a resposta soava tão perfeita que não podia ser verdade. Ela falou com a cabeça abaixada e ele agora olhava para ela, com um pouco mais de coragem diante da resposta.
"Talvez o Mirok esteja certo."
- E quando você disse que gostava de mim, o que você quis dizer exatamente? – ele agora estava cheio de expectativa.
Ela levantou um pouco a cabeça e olhou para ele.
- O que você quis dizer quando me disse isso também?
- Ei, eu perguntei primeiro. – ele fez a pirraça típica dele. – Mas tudo bem...se você quer saber, eu disse que gostava de você como...– estava difícil de sair. Kagome se pendurava em cada palavra, esperando o término da frase. -
- Como? – ela olhou nos olhos dele, e ele percebeu que eles mostravam apreensão.
- Como eu nunca gostei de ninguém. Muito mais do que como amiga, e eu espero não me arrepender de estar falando isso para você. Eu te amo.
Os olhos dela brilharam. E ele viu...alívio? É parecia alívio, e felicidade.
- Inuyasha, eu quis dizer que gostava de você como eu jamais vou gostar de outra pessoa. Que eu gosto de você como a pessoa mais especial da minha vida, e que eu quero que esteja sempre comigo. Sempre. Eu também te amo.
Agora os olhos que brilhavam eram os dele. Nunca em sua vida, sentira-se tão feliz. Era como se lhe tirassem um peso das costas. Depois de tanto tempo, gostando dela escondido, finalmente poderia proclamar para o mundo o quanto amava aquela menina, e aquele sorriso, e aqueles olhos. Ele se aproximou dela, colocando uma mexa dos cabelos negros atrás da orelha, a deixando a mão no pescoço dela. Aproximou mais o rosto e encostou o nariz no dela, e ficaram se olhando nos olhos durante uns instantes, até a distância parecer muito agoniante e as bocas se juntarem em busca uma da outra. Ficaram juntos a tarde toda na praça e depois foram para casa de Inuyasha. Entraram de mãos dadas, e deram de cara com Sesshoumaru e Rin sentados no sofá. Eles olharam para as mãos dadas e para os dois, que demonstravam grande felicidade. Rin levantou-se de um pulo, puxando Sesshoumaru com ela. E saiu arrastando ele pela casa, em direção à escada para irem para o quarto. Inuyasha e Kagome não entenderam nada. Menos ainda quando Rin virou para trás, olhando na direção deles.
- Até que enfim, parabéns. – gritou e continuou seu percurso.
Os dois se entreolharam e riram.
- Será que realmente todo mundo já tinha percebido menos a gente? – Kagome perguntou um pouco envergonhada.
- Parece que sim. – ele a olhou e riu. – Que lerdos nós somos. Perda de tempo.
- É mesmo. – e sorriu quando ele, mais uma vez a beijou.
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Rin correu e pulou na cama. Sesshoumaru estava achando que Rin enlouquecera.
- Sesshy, você viu? Você viu? – ela falava toda animada.
- Eu vi, Rin, agora se acalme. – Ele sentou-se na cama e ficou olhando para a empolgação dela.
- Mas, Sesshy, eles se ajeitaram, viu que fofos? Eu nem precisei botar meu plano mirabolante em ação.
- Que bom, né? Você não tinha nenhum mesmo. – ele sorriu diante a cara indignada dela.
- Mas eu ia bolar um, eles nem me deram tempo. Aii, eu estou tão feliz.
- Percebe-se. Agora, esquece eles, e vem aqui. – ela sorriu, e foi andando até ele, de joelhos. Ele colocou as mãos na cintura dela e a puxou para si.
- Hum, que você quer, hein?
- Adivinha?
- Me mostra. – e sorriu mais ainda.
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- E então? O que você quer fazer hoje? – Kagome sorriu e perguntou para Inuyasha.
- Tirar o atraso. – e sorriu, beijando os lábios dela.
- Não... Além disso.
- Além disso? Nada. – e riu.
- Certo, então.
E ficaram juntos até tarde quando Kagome resolveu ir para casa, afinal tinham aula no dia seguinte. Chegando em casa, Kagome correu para o telefone.
- Alô, Sango?
- Eu. Kagome?
- É. Você não vai acreditar...
- Já sei, você falou com ele e agora estão juntos?
- Opa, estragou minha surpresa. – ela fingiu estar frustrada. – Na verdade, ele falou comigo e não estamos juntos...quero dizer, a gente ficou, mas ele não pediu para namorar comigo. Será que ele não vai pedir? – ela pareceu incerta.
- Relaxa, ele vai pedir. Estou muito feliz por você. Mas você disse que foi ele quem falou com você?
- Foi.
- Então o Mirok fez a parte dele.
- Como assim? Vocês tinham combinado de falar com a gente?
- Sim, ele ia falar com o Inuyasha e eu com você. A iniciativa teria que partir de alguma parte.
- Bom, acho que devo agradecer muito aos dois, então. – ela sorriu. – Obrigado, amiga. Por tudo.
- De nada, só quero que você seja feliz.
- Obrigada de novo. Ih, estão tocando a campanhia preciso desligar.
- Ta bom, tchau.
- Tchau.
Kagome desligou o telefone e correu para atender a porta. Ao abrir, deu de cara com Inuyasha.
- Oi.
- Oi, esqueci de uma coisa.
- O que?
- Você quer namorar comigo? – ele sorriu e estendeu uma caixinha para ela. Ela estava surpresa.
- Mas... – ela abriu a caixinha e não pode conter um sorriso ao ver um anel de compromisso. – Como? Que rápido.
- Era da minha mãe. Ela me deu para guardar e só colocar no dedo da mulher da minha vida, com quem eu tivesse certeza que queria casar.
- Você quer casar comigo?
- Não há nada que eu queira mais.
- Oh, Inu-Chan!!!! – ela sorriu e pulou no pescoço dele. – Eu aceito. – e beijou-o como se fosse a primeira vez, como se fosse a última vez. Mas sempre como uma coisa nova.
"Não há no mundo, amor maior do que aquele que surge de uma amizade."
FIM
N/A: É ..Acabou! (descarada mente plagiado da Radio Cidade. Quem ouve talvez saiba.) Genteeeeeeeeeeeeee...finalmente acabou essa lenga-lenga e eu devo dizer que detestei este final. Quero dizer, este capítulo final, mas como eu disse, eu vou viajar e não queria deixar a fic abandonada aqui, e também não estava rendendo. Agradeço a todos aqueles que leram e até disseram ter gostado (acho difícil, em todo caso). Comemorações a parte, pois eu cumpri uma promessa (eu nunca cumpro né!? Sempre digo que será rápido e nunca é) postei todos no tempo que disse que ia postar, foram 3 cap. praticamente de uma vez, e também pq é minha primeira fic terminadaaa !!! Aeeeeeeeee !!!!! rsrs.....Obrigada, novamente a todos que leram.... e principalmente aos que mandaram reviews, pois sem elas , eu teria desistido há mais tempo. Espero voltar com outra estória "mexicana" para vocês ..rsrs....Bjoss..
.::Resposta das reviews::.
Rin chan : Postei rapidinho né !!! Gostou? Pode ser sincera e me xingar, vai em frente. Rsrs.....bjinhos...
Camis: Migonaaaaaaaaaaaa , primeiramente, vou sentir saudadesssssssss ..hahahahahah , segundo, eu já disse que quero minha review deste cap hein !!! Vários caps, pra se divertir nas férias? Você já leu todos.....!!! Bêbada mesmo, ela recusou o Bankotsu!! Mas eles, finalmente estão juntos, aeee ..!!! rsrs....ficou uma merda , mas ficou ..rsrs...brigada miga ....vai ser ótima ( eu espero né...) Me manda e-mail falando do Marcell, oras...rss. Ahh nem me fale andar de carro com eles...aiai... e a Kagome é lerdinha mesmo...e o patético era pra vc mesma... embora não merecesse ser lembrada, já que não dá nenhuma atenção ao que eu falo !!!!!!!!!! Bobona....bjosssssssss....vou lembrar de vc sempre que eu vir um cara bem gato, pode deixar...!!!
Beijos a todos...
Stefania (A Dramática) !!
