A Bela Adormecida
Ela ergueu seu rosto lentamente do livro que estava lendo. Finalmente, ela pensou, um momento de descanso depois da manhã de trabalho duro para manter a casa em ordem.
Ela podia ouvir os passos suaves de Roshi no corredor e sentir o Cosmo de Shiryu, dançando como uma violenta cachoeira, mas com a calma de uma doce brisa. Ele estava por perto da casa e ela estava tranqüila agora. Este era um dos raríssimos dias em que ela se sentia realmente em paz.
Seus grandes olhos escuros olharam para a janela enquanto ela fechava o livro que ele lhe tinha trazido do Japão. Ela estava muito cansada e podia sentir seus olhos fechando-se contra sua vontade.
Sua cabeça caiu um pouco, e seu liso cabelo deslisou por seus ombros numa maravilhosa e escura cascata. Ela deixou seu pequeno corpo cair no sofá, e, ainda segurando firmemente o livro em suas mãos, caiu num profundo sono, seus lábios curvados num doce sorriso; porque a última coisa que ela sentiu foi a energia de Shiryu, ainda dançando com seu poder e sabedoria.
A casa estava silenciosa; ele não podia sentir o Cosmo de seu mestre lá, mas podia jurar que a energia de Roshi estava agora perto das montanhas. Mas ele não se importou com isso no momento, porque seus profundos olhos cinza vislumbraram uma bela cena dentro da sala da cabana.
Ele sorriu, o sorriso que ninguém além dela tinha visto, seu verdadeiro sorriso de felicidade.
Shunrei estava deitada no sofá, seu suave Cosmo queimando com vida, uma vida que ele amara desde a primeira vez que a sentira.
Ele fechou a porta, tendo o cuidado de não fazer nenhum barulho, e caminhou na direção dela.
Os lábios delicados de Shunrei estavam curvados num pequeno sorriso, e ele se perguntou pelo que era aquele precioso sinal em seu rosto.
O livro ainda estava em suas mãos, que o seguravam com carinho.
Ele estendeu sua mão para por de lado algumas mechas de seu cabelo, e sorriu novamente, sentindo o suave cheiro de flor em seu cabelo escuro.
Ela se moveu um pouco, murmurando algo que ele não pôde entender.
Ele teria ficado lá para sempre, esquecido de toda a dor que sofrera em todas as batalhas que participara, apenas observando o rosto puro e pálido dela, seu coração murmurando em sua mente três palavras que ele ainda não conseguia dizer a ela: "Wo ai ni", "Eu amo você".
Mas ele notou que ela estava tremendo um pouco e que a tarde estava um pouco fria. Ele sabia que ela era muito sensitiva ao clima e, preocupado com sua saúde, decidiu levá-la para o seu quarto.
Com infinito carinho, ele pegou seu pequeno corpo em seus braços e levantou-se para ir até o corredor e seu quarto.
O livro caiu no sofá sem nenhum som, e Shunrei, ainda dormindo, ergueu seu braço direito para enlaçar seu pescoço suavemente. Shiryu tremeu com o contado e a trouxe um pouco mais para perto de si.
Então ele caminhou com ela até o outro cômodo, seu coração batendo contra o seu rosto. Ele deixou-a na cama e cobriu-a com um lençol branco, considerando a garota como a jóia mais preciosa de sua vida.
Finalmente, ele afastou-se um pouco e observou-a da porta. Ela era linda. Como uma deusa, uma pura e quase irreal deusa.
Era quase um sacrilégio acordá-la. Ela podia dormir por enquanto, ele pensou. Ele tomaria conta do jantar desta vez.
Ainda sorrindo, ele voltou para a sala e pegou o livro do sofá: "A Bela Adormecida".
Ele tentou esconder sua risada e voltou para o quarto da garota, para por o livro em sua mesa.
É isso, ele pensou, olhando para seu rosto novamente. Ela era a mais bela 'Bela Adormecida' que ele já tinha conhecido.
DISCLAIMER: Saint Seiya pertence a Masami Kurumada-sama. Eu não sou dona de nenhum dos personagens descritos nesta história, infelizmente...
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Beijos,
Paula Toledo
