Disclaimer: Saint Seiya / Cavaleiros do Zodíaco pertence a Masami Kurumada.
Resumo: Universo Alternativo. Afrodite é um ator em busca da fama. Romances, decepções e grandes alegrias irão cruzar seu caminho até que ele consiga um cantinho cativo sob os holofotes do sucesso. Romance yaoi / lemon.
Obrigada mais uma vez pelas reviews!!! Eu fico cada vez com mais vontade de escrever ao ver que tem gente realmente acompanhando a fic, e que estão curiosas para saber o que vai acontecer. Eu sei que tá indo meio devagar, mas ainda tô pegando jeito com o lance de escrever em vários capítulos. Eu quero explicar tudo nos mínimos detalhes, e, quando percebo, o capítulo já tá enorme....
Esse aqui tem um pouquinho mais de ação. E com certeza a coisa vai esquentar ainda mais!! Hehehe... adoro confusões!!!
Muitos beijos, e, please, reviews! E critiquem tbm! Preciso saber onde erro, pra poder melhorar, né?
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Capítulo 3 – A Imprensa
A festa da estréia de Deadly Seduction foi maravilhosa. Dido posou para fotos tanto quanto o ator principal do filme, e foi convidado para dezenas de entrevistas em canais de TV, revistas, jornais,... Ele estava radiante, mas mal tinha tempo para seus amigos e sua família, que havia vindo em peso da Suécia para a sua grande estréia.
O estilo sedutor do personagem conquistou milhares de fãs, que descobriram onde o ator morava começando a fazer plantão na porta de seu edifício, para conseguir fotos e autógrafos. Nem mesmo Kamus imaginava que o filme iria repercutir tanto. Afrodite Thorsson foi capa de uma das principais revistas especializadas em cinema, e apontado como o próximo grande sucesso do cinema americano. Eram tantos os roteiros que ele passou a receber para analisar, que Shion, seu novo empresário, era sempre visto ao seu lado, discutindo projetos e direcionando sua carreira.
Miro também fez um sucesso absurdo, mas evitava cruzar com o francês, e sempre que todos se reuniam para entrevistas, o grego mal olhava para o diretor. Foi na estréia com Shina, e passou a desfilar com ela pelos eventos em que era convidado. Ela era uma modelo, amiga bem "íntima" do ator, como o próprio Kamus frisou.
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Depois de dois meses do lançamento do filme, Dido conseguiu aceitar um convite de Mú e Shaka para mais um jantar. Kamus foi, e levou o amigo e produtor Shura, mas Miro alegou ainda estar muito ocupado para comparecer. Shion acompanhou Afrodite, pois era um velho conhecido de Mú, que havia indicado-o para direcionar o trabalho do amigo. Apesar da alegria por estarem reunidos depois de dois meses sem praticamente conversarem, o clima estava melancólico.
- Dido, quanta saudade! – Shaka agarrou-o logo que ele entrou, e lhe deu um abraço tão apertado, que só não ganhava do da mãe do sueco.
- Eu também senti sua falta! – O abraço de Mú não ficou atrás...
Kamus cumprimentou-o polidamente, mas todos podiam ver a tristeza naqueles olhos azuis.
- Você vai contar em detalhes tudo o que você fez nesses dois meses!
- Tudo, Mú? Assim nós vamos ter que ficar aqui trancados mais dois meses!! – Há muito tempo Di não sorria assim.
O jantar correu bem, como qualquer jantar entre amigos de longa data. Shaka e Mú amavam cozinhar, e aproveitaram a oportunidade para fazer um jantar francês. Todos ali já conheciam a culinária indiana, e dessa vez eles queriam tentar animar Kamus. Após se deliciarem com um 'cassoulet' e muito vinho branco, estavam todos bebendo tranqüilamente, sentados na sala de estar, quando ouviram um barulho do lado de fora, e foram checar, afinal, Shaka e Mú haviam dispensado seus empregados naquela noite.
E qual foi a surpresa ao verem Miro descendo de seu carro, empurrando algumas meninas que gritavam desesperadas, tentando chegar até a porta do passageiro para fazer com que Shina também pudesse sair. Ele estava com um olhar de fúria, mas não tratou mal as fãs em momento algum. Ao ver os amigos na porta, lançou um olhar de súplica, e eles vieram ajudá-lo.
As meninas, ao verem Afrodite, largaram Miro e foram correndo até ele, que teve sua camisa rasgada, ganhou um arranhão no rosto, várias passadas de mão na bunda e alguns puxões no longo cabelo azul claro.
- Calma, calma, tem pra todas!!! Eu vou dar os autógrafos, mas vocês estão me machucando. Me soltem, por favor!!
A situação piorou, pois ainda era início de noite, e muitas pessoas que passavam pela rua viram os dois atores e aumentaram a balbúrdia. Em menos de dois minutos Miro e Afrodite mal conseguiam se mexer.
O salvador da pátria acabou sendo um paparazzo, Aldebaran, que havia seguido Miro, procurando algum furo. Mas, ao ver a terrível situação, aproveitou-se se seu grande porte e ajudou os amigos dos dois atores a levarem-nos para dentro da casa. Em agradecimento, os dois posaram para algumas fotos e o fotógrafo foi embora.
- Ufa... pensei que ia ser esfolado vivo. Como essas mulheres podem ser tão fanáticas? E desesperadas, o que é pior!
- Eu lhe avisei, mon cherie. E a tendência é piorar.
- Ah Kamus, não exagera! Dite, com o tempo você se acostuma. E elas são assim violentas só quando você está realmente em destaque. Em seis meses elas vão estar enchendo o saco de outro ator, e mal vão se lembrar de você. – Miro falou com desdém, olhando no espelho da sala, enquanto ainda tentava arrumar seus cabelos bagunçados pelas fãs "paranóicas".
- Como se você estivesse acostumado! Quantos chiliques você já não deu por causa dessas fãs loucas?
Ninguém acreditou. Kamus era sempre impassível, calmo; não costumava responder às provocações do agitado grego. Nunca reclamara dos ataques que Miro dava de vez em quando, e, pelo contrário, sempre pareceu divertir-se com eles.
- Não sabia que você tinha alguma coisa a ver com isso! O Sr. Indiferente resolveu se pronunciar? – A raiva contida de Miro pareceu brotar de uma vez.
- Realmente, eu não sei por que estou discutindo com você. Acho que já foi deixado bem claro que eu não tenho mesmo mais nada a ver com a sua vida! – O rosto do diretor estava vermelho como brasa, contrastando com sua pele sempre alva. Ele disse a última frase encarando com firmeza Miro, que o enfrentava com um sorriso cínico nos lábios.
- Foi você quem quis assim! Kamus, você é um covarde! Presa demais sua reputaçãozinha francesa de diretor sério para assumir qualquer coisa comigo! – Agora sim, o barraco foi montado.
- Reputaçãozinha? – o olhar de Kamus transbordava raiva - Você é mesmo um completo imbecil, Miro! Você acha que eu estou preocupado com o que vão falar de mim? Eu sou um diretor, meu caro, já reconhecido em toda a Europa! Se eu continuo nessa 'merde' de país, fazendo essas porcarias de filmes, é por sua causa! – A sua calma característica já havia ido para o buraco, e ele se aproximava cada vez mais do outro, pois ambos ainda estavam em pé no meio da sala.
- Se você estivesse aqui por minha causa, ficaria ao meu lado! – Miro já estava com os olhos cheios de lágrima, mas mostrava ódio, não tristeza.
- Ah, como se esse fosse seu interesse! Eu nem virei as costas e você já se engraçou com a primeira desesperada por fama que apareceu! – Kamus chegou ainda mais perto do ator.
- Olha Kamus, vocês que se resolvam. Eu só vim porque o Miro insistiu, e não tenho nada a ver com a situação de vocês. Não vou ficar aqui para ouvir desaforos, nem ver barraco. – Shina tinha ficado quieta até aquela hora. Sabia do amor que Miro tinha pelo diretor, mas era divertido sair com ele. E realmente, fazia muito bem à sua carreira aparecer ao lado do ator mais famoso do momento em todas as fotos da imprensa.
- Você não fale assim dela! Não desconte as suas frustrações nela, seu francês de merda! Essa idéia horrorosa de eu sair desfilando com mulheres foi sua! Você é um dissimulado, Kamus, que não vale a pena! Nunca valeu, e nunca vai valer! – Miro estava vermelho, furioso. Gritava bem alto, e falava apontando o dedo no rosto do outro.
O tempo parou. Ninguém acreditou no tapa que Kamus deu no meio do belo rosto de Miro. O barulho soou alto na sala, e Miro fechou o punho, preparando-se para acertar o agressor. Afrodite pulou na sua frente, agarrando o grego, segurando-o para que não fosse pra cima do francês, ficando com os lábios bem próximos de seu rosto.... Tudo durou segundos...
"Flash"
Nesse exato momento, todos viraram sua atenção para a janela aberta que dava para o jardim, pois viram luzes piscando.
- Isso foi um flash, não foi? – Mú olhou assustado para fora.
- Droga, aquele fotógrafo! – Shaka constatou o óbvio.
Mú correu na da janela, e viu Aldebaran indo disparado pela rua, já longe.
- Já era! Pelo visto ele estava ali desde o início da discussão. Não quero nem saber o que ele ouviu. – Mú expressou a dúvida de todos.
- Mas o que ele fotografou?
- Di, eu acho que ele pegou exatamente o momento que você agarrou o Miro. – Shaka estava com os olhos azuis fixos no grego e no francês, com medo de que continuassem a discussão.
- Mas eu não o agarrei! Eu segurei ele, o que é completamente diferente!
- Ai, Buda, o que será que ele vai fazer com essa foto? – Shaka largou-se no sofá, já que Miro havia "desarmado", e Kamus parecia estar em outro planeta.
- Shura, você pode me fazer o favor de levar Shina para casa? Ela mora no seu bairro. Eu vou embora. Mú, Shaka, obrigado pela hospitalidade, mas eu estou indo. Boa noite. – A voz saiu carregada de tristeza.
- Miro, espera.... – Afrodite tentou ir atrás dele, que saiu pisando duro e entrou em seu carro esporte, sem perder a oportunidade de cantar os pneus na partida.
- Eu também vou embora. Me desculpem pela confusão, não sei o que me deu. Afrodite, amanhã nós temos que ir naquela festa daquele patrocinador. Se possível, avise Miro, por favor. É importante a presença de vocês dois. Com licença.
- Mas Kamus.... – Afrodite ameaçou ir atrás dele. Mas não persuadiu Miro, imagine Kamus. O clima ficou horroroso.
- Bom, Shina, imagino que você queira ir embora.
- Só se não for lhe incomodar, Shura...
- Imagina! Vamos. – Despediram-se dos outros, e também foram embora. Shion deu uma carona para Afrodite, pois ele não tinha vindo de carro, e logo Mú e Shaka se viram sozinhos.
- Mas que droga! O que aconteceu aqui? Era para matarmos a saudade, não matarmos uns aos outros! – O indiano estava indignado.
- Ai Shaka.. deixa, vai... Vamos arrumar a bagunça, e vamos dormir. Só quero ver no que vai dar essa história da fotografia...
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Afrodite checou os jornais e a internet pela manhã. Achou que não iria encontrar nada, pois a cena fatídica acontecera por volta das 21hrs. Ele ainda não conhecia a rapidez e maledicência da imprensa.
Surpreendeu-se ao se ver na capa de um famoso tablóide. A manchete insinuava uma briga entre ele, Miro e Kamus, e a foto mostrava um close do rosto do sueco e do grego. A matéria ocupava as páginas principais do jornal, e dizia que a briga tinha acontecido por causa do ciúmes de Miro, não por causa de Kamus, que fique claro, mas porque ele achava que Afrodite estava fazendo mais sucesso, e recebendo uma porcentagem muito alta da bilheteria.
"Não sei se o pior é isso ou o que aconteceu de verdade!"
Dite não se afetou muito. Achou que ninguém acreditaria num absurdo desses, como ele mesmo não costumava dar crédito às matérias desse jornal. Relaxou, e foi às compras, pois não podia fugir da festa dessa noite, e queria estar belíssimo.
Iria desacompanhado. Não agüentava mais aquelas modelos chatinhas e pegajosas, mas como não podia ir com alguém "realmente interessante", era melhor estar lindo e solteiro. Quem sabe não atraia alguns olhares e arranjava uns pretendentes para depois?
Recebeu olhares tortos no shopping, e algumas pessoas o pararam na rua, não para pedir autógrafos, mas para saber da tal briga. Dite criava uma versão diferente para aquela foto cada vez que lhe questionavam. Acabou o passeio mais cedo do que gostaria.
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A festa era em uma casa noturna badaladíssima, e lógico, era só para VIPS. Dite causou furor ao chegar em sua recém adquirida Audi TT, sua única compra extravagante até então. Vestia um jeans estrategicamente rasgado em poucos locais, com desenhos bem chamativos e palavrões, de um estilista famoso muito na moda entre jovens, um tênis vermelho, e uma camisa social de mangas curtas, com um corte bem diferenciado, da mesma cor. Simples, mas lindíssimo e chamativo. Muito "fashion.." Estava com uma maquiagem bem levinha, e cabelos soltos.
Atores e outros famosos com quem nunca havia sequer conversado amenidades o cumprimentavam como se fossem velhos conhecidos. Logo estava enturmadíssimo, tentando dar atenção a todos que lhe dirigiam a palavra.
Quando cansou-se das conversas entediantes e das perguntas sobre a tal matéria do tablóide, foi ao bar do local, pois queria beber algo mais forte do que os coquetéis e taças de champanhe que rodavam nas bandejas dos garçons. Apoiou-se de costas, com os cotovelos no balcão, e chacoalhou seus longos cabelos soltos, enquanto tomava uma dose de vodca.
- E aí, carne nova? Que dizer que já arranjou sua primeira confusão? Você estava uma graça na capa daquele jornal...
Afrodite ia responder uma palavra muito mal educada para aquele sujeitinho folgado que havia encostado ao seu lado, mas virou seu rosto e viu aqueles olhos que o fascinaram há um ano.
- Carlo!
- Olá, Afrodite... muito prazer. Não tivemos a oportunidade de conversar na última vez que nos encontramos. – ofereceu a mão para o outro, num cumprimento muito educado, e ficou na mesma posição de Di, ao seu lado, mas sem encara-lo.
- É verdade. Eu me lembro, nós disputamos o mesmo papel!
- Isso. E é exatamente por causa dele que você está aqui, né?
- É... Eu ainda não consegui acreditar.
Carlo aproximou-se mais de Dite, virando o corpo para ficar de frente para ele, observando-o de perfil, apoiando sua dose de whisky ao seu lado.
- Como você conseguiu aquele papel?
- Como assim? – Di virou-se também, olhando para aquele homem forte. O italiano tinha uma voz firme, traços até brutos, mas que formavam um conjunto maravilhoso. Tinha a sensualidade daqueles de sangue quente, e sua pele era bem bronzeada. Mas aqueles olhos azuis escuros eram o que mais encantavam. Pareciam um poço, onde se vê o reflexo da água, mas jamais se enxerga o fundo.... Os cabelos revoltos da mesma cor dos olhos lhe davam um ar ainda mais másculo, pois aparentavam ser meticulosamente arrumados para parecerem naturalmente bagunçados.
- Ah, Afrodite, você pode me contar! Agora você é o novo queridinho do diretor, certo? Por isso a tal briga entre você e o Miro! Ele perdeu a vez.... – Carlo deu uma risadinha extremamente cínica.
Dite ficou vermelho, e encarou com ódio o italiano.
- Lógico que não! Quem você pensa que é para falar assim comigo? Se eu consegui aquele papel foi por mérito próprio! Fiz o mesmo teste que você, teste esse que outros atores além de nós também fizeram! – Ele sabia que tinha chegado ali depois de muitas provações. E dessa vez seu talento foi mesmo seu único artifício, e ele se orgulhava muito disso.
- Ah, falou! – Carlo aproximou-se mais ainda, e Di podia sentir a respiração dele bem próxima de seu rosto, enquanto o cheiro forte de álcool invadia suas narinas. – E você acha que eu vou acreditar nisso? – Começou calmo, mas logo se alterou. - Aquele papel era meu! Eu deveria estar nas capas das revistas, ganhando dinheiro com essa bilheteria, sendo convidados para outros filmes. Mas só porque você, sua bichinha, resolveu dar pra'quele francesinho, eu sobrei! Sobrei porque sou homem demais, e não servia para substituir aquele grego safado! Ou será que vocês três estão dividindo a cama, já que vivem dizendo em tudo quanto é entrevista como foi maravilhoso trabalharem juntos?
"Eu não posso me dar ao luxo de meter a mão na cara desse babaca. Duas confusões seguidas só iriam atrapalhar."
- Eu não vou lhe responder como deveria, porque não quero ser flagrado em outra briga. Mas pode ter certeza de que na primeira oportunidade eu vou lhe meter a mão na cara, Carlo de Angelis. Com licença. – Dite despejou sua raiva em Carlo, e saiu andando. Queria ir para a sua casa, e era exatamente isso que pretendia fazer quando trombou com Kamus.
- Afrodite, que bom que te encontrei! Você sabe do Miro? – O francês hesitou quando viu aqueles olhos marejados. – Di, o que houve? Por que você vai chorar? Não vá me dizer que ficou assim abalado por causa daquela matéria idiota?
- Não Kamus, não é isso. Eu encontrei o Carlo agora pouco, e ele não foi nada educado.
- Dite, eu te avisei. Você deve achar que foi difícil chegar aqui, mas o pior está por vir. Muitos vão duvidar do seu talento, criticar suas atuações, inventar absurdos, estragar seus relacionamentos.... – Kamus disse a última frase com tristeza.
- Eu entendo. – Dite engoliu o choro, e logo abriu um sorriso. – E sobre sua pergunta, eu falei mesmo com o Miro. Ele disse que não viria, pois não queria causar uma situação ainda mais constrangedora.
- Mas ele tem que vir! Faz parte do contrato, ele sabe disso! Vou ligar pra ele. Ah, e não vá embora! Preciso que vocês tirem umas fotos e dêem umas entrevistas!
O diretor pegou seu celular e dirigiu-se a um local mais calmo. Não queria falar com o grego, mas tinha que ser profissional.
- Miro?
- Não... é o Tom Cruise! O que você quer?
- Você sabe que deveria estar aqui. Esta festa é importante, e... – foi interrompido.
- Se eu aparecer por 10 minutos você me deixa em paz?
- Deixo, Miro, mas, por favor, venha.
- Tá, tô indo.
O grego desligou o celular furioso, e em poucos minutos estava no local. Lindíssimo, todo de preto, distribuiu tchauzinhos, conversou com alguns conhecidos e foi logo tirar as fotos para o tal patrocinador. Os presentes só não conseguiam escolher qual era a beleza mais marcante; a androgenia delicada e sedutora de Afrodite contrastava com a segurança sexy e arrogante de Miro. Após a sessão, Miro arrastou Di para a área VIP da danceteria, que não tinha nenhum fotógrafo presente. Apresentou uma amiga qualquer de Shina para ele, que o abraçou sensualmente.
- Aproveita a noite... Não é sempre que uma gata dessas vai pular no seu pescoço. – O grego sussurrou discretamente para o sueco.
- Miro, eu não estou a fim, e você sabe muito bem que.... – antes de terminar a frase, viu Carlo encostado na parede, bem próximo a eles, conversando com uma loira lindíssima, mas que não chegava nem perto da beleza estonteante daquela que ele tinha ao seu lado. Sem saber que impulso o tomou, mudou de idéia ao ver aqueles olhos italianos azuis escuros notando sua presença...
- Quer saber? É hora de colher as glórias... – Beijou a derretida modelo, que lhe correspondeu avidamente. Logo ambos estavam bem alegres de tanto whisky, e foram terminar a noite no apartamento de Afrodite, enquanto Miro também levava a outra "embora".
Carlo dispensou a sua acompanhante assim que Afrodite foi embora. Não entendia que nó fora aquele que sentiu no peito ao ver Di agarrando com tanto desejo aquela loira.
Eles entraram rindo em seu apartamento, mas a moça estava vermelha de desejo. Não acreditava que iria passar a noite com aquele homem que, além de famoso, era lindíssimo. Dite até estava empolgado, mas culpava o álcool. Levou-a até seu quarto, e beijava-a com desejo, mas sempre que olhava em seus olhos azuis, lembrava-se de outro olhar..
Quando roçava sua boca naquele pescoço alvo, desejava beijar uma pele bronzeada. Ao deslizar seus dedos naqueles seios redondos e siliconados, imaginava aquele peitoril másculo. Ao possuir aquele corpo esguio, desejou ainda mais ardentemente aquele italiano. Gozou pensando nele, e arrependeu-se imediatamente daquilo tudo.
Acordou com a loira carinhosa ao seu lado, e amaldiçoou a impulsividade da noite anterior. Estava estourando de dor de cabeça, o que foi uma ótima desculpa para evita-la, e educadamente ofereceu-se para leva-la em casa, dizendo que possuía uma série de compromissos importantes pela manhã.
Voltou para seu apartamento e enfiou-se em sua cama. Sentia-se frustrado com sua simples constatação. Estava apaixonado. Apaixonado por um ator grosso, invejoso, sem grandes talentos. Um italiano metido a machão, que, se soubesse disso, era capaz de dar um jeito de difama-lo em todos os jornais. Quanta confusão aquele olhar indecifrável poderia trazer para sua carreira....
"É.. estar apaixonado é como pintar as pás de um ventilador ligado.... "
To be Continued
