Sob os Holofotes - by Lili Psiquê

Disclaimer: Saint Seiya / Cavaleiros do Zodíaco pertence a Masami Kurumada.

Resumo: Universo Alternativo. Afrodite é um ator em busca da fama. Romances, decepções e grandes alegrias irão cruzar seu caminho até que ele consiga um cantinho cativo sob os holofotes do sucesso. Romance yaoi / lemon.

Capítulo final!! E, novamente, lemon!!!

- # - # -

Capítulo 7 - Sob os Holofotes

Começou a caça aos estúdios. Realmente, não ia ser nada fácil arranjar alguém para financiar o roteiro de Kamus. Todos os estúdios o receberam muito bem, e gostaram do enredo, mas ao saber da exigência do diretor para que Afrodite Thorsson fosse o protagonista, ninguém dava respostas concretas. 'Entraremos em contato', 'Vou falar com os produtores', 'Volte na semana que vem', 'Vamos ver se o presidente aprova o orçamento', foram algumas das frases muito ouvidas pelo francês. Mas ninguém retornava as ligações, ou marcava novas reuniões.

Quem conseguiu convencer um estúdio foi Carlo. Aioros, o produtor do estúdio que tinha contrato com ele, cansou-se de escutá-lo listando as sublimes qualidades de Afrodite e do roteiro de Kamus. O estúdio havia apostado em Carlo sem grandes julgamentos sobre sua opção sexual. Obviamente, o escândalo com Afrodite tinha levado muitos fãs aos cinemas, para ver se o italiano machão continuava como tal. E não se decepcionaram. Muitos afirmavam veemente que essa história toda de homossexualidade era só para chamar a atenção.

Por que o mesmo não poderia acontecer com Afrodite? O roteiro era mesmo muito bom, e não dava pra negar que o sueco era um grande ator. Tudo o que ele protagonizou fora um sucesso. Kamus também estava apostando nele, e tê-lo como diretor seria ótimo. Aioros achou que seria muito estimulante tentar trazer o sueco de volta ao estrelato.

Kamus manteve-se frio durante a conversa ao telefone com Aioros, que ligou para marcarem outra reunião para conversarem seriamente sobre o projeto. Logo que desligou, encheu Miro de beijos, gargalhando como fazia raramente, feliz por ter conseguido o mais difícil. Se o produtor o havia chamado para conversar, era porque havia o interesse para a realização do filme. Preferiu manter isso em segredo entre ele e Miro, até que tivessem tudo realmente aprovado e assinado.

Um mês depois começaram a filmar. Afrodite ainda andava receoso, com medo do filme ser um desastre, e gerar prejuízo para o estúdio. Nos primeiros dias suas atuação estava sofrível, e precisou levar uma bronca de Carlo para voltar a dar tudo de si nas filmagens.

A atriz que contracenou com Dite chamava-se Marin, uma ruiva já conhecida do público, que trabalhara com Kamus outras vezes. A química entre ela e o sueco fluiu muito bem, e ao ver os resultados, Kamus discretamente vibrava, tendo cada vez mais a certeza de que o filme seria um sucesso.

Foi quase um ano de filmagens, mais a edição. A imprensa já sabia sobre o filme, e os comentários eram diversos. O estúdio estava adorando a atenção da mídia. Se tudo desse certo, isso atiçaria a curiosidade dos fãs, fazendo com que a bilheteria do filme fosse bem alta.

- # -# -

- Tô bem, mesmo? Tem certeza?

- Tá, amore...

- Mas você não tá falando isso só pra me agradar não, né?

- Afrodite, você está lindo, como sempre! Vamos, estamos atrasados!

- Mas, Carlo, se eu estou como sempre, estou mal arrumado!

- Dite...

- Tá bom, tá bom, vamos! Mas se eu não ficar bem nas fotos, vai ser sua culpa!

Entraram no carro e dirigiram-se à festa. Ao pararem na frente do teatro que exibiria a estréia do filme, Dite viu o tapete vermelho, e quantidade enorme de fotógrafos e jornalistas se apertando entre os cordões de segurança.

- Ai, Carlo... Eu não tô me sentindo bem.

- Acalme-se. Respira... Vou contornar o carro para pegá-lo. Espera aí...

Carlo saiu do carro, e na mesma hora os flashes começaram a disparar. Ele fez questão de abrir a porta para Afrodite, que saiu delicadamente do automóvel. Deram as mãos e deslizaram pelo tapete, sorrindo para os jornalistas, sem responder as perguntas inconvenientes que pipocavam sem cessar.

Cumprimentaram os conhecidos, deram algumas entrevistas aos poucos jornalistas que realmente haviam sido convidados para o evento, e sentaram-se nervosos. Assistiram ao filme, e Afrodite chorou em metade dele. O sueco sempre achou estranho se ver no cinema, mas dessa vez até ele se emocionou. Carlo segurou as lágrimas, mas também achou o filme lindíssimo.

O mais difícil viria logo.

O filme foi apresentado à mídia. Começariam as resenhas e críticas. Dite deu mais umas declarações, e foi para a festa de 'comemoração'. Não conseguiu relaxar nem um minuto, mesmo com o apoio do seu italiano.

Não conseguiu nem dormir com Carlo, apesar de passar a noite com ele, claro. Disse que estava nervoso demais para fazer amor com ele.

- # - # -

- Mozinho... Amore, levanta.

Afrodite acordou com a voz apaixonada de Carlo. Abriu os olhos, e viu que ele estava sentado na cama, ao seu lado, mexendo em seus cabelos. Mas não estava com uma cara muito boa...

- Oi Mozão. – Sentou-se na cama. – Por que essa cara?

- ...

- Ai, já sei. Você já leu os jornais, né? – Dite suspirou, com os olhos enchendo de lágrimas. Ele conhecia aquela cara do seu amado. Era frustração, decepção. O filme deveria ter sido um fracasso. Teve certeza de que os jornais lançaram críticas venenosas em cima dele. "Pobre Kamus... ele estava com tantas esperanças."

O italiano colocou a mão no rosto do sueco, e falou com calma.

- Olha Di... acho melhor você mesmo ler as notícias. Vamos descer comigo?

Afrodite levantou-se, segurando o choro. Colocou um robe de seda branco, e desceu as escadas de mãos dadas com o outro. Carlo sentiu sua mão ser praticamente esmagada pelos dedos claros.

Ao chegar na mesa da sala de estar, viu os vários jornais apoiados na mesa de canto. Pensou várias vezes se realmente queria ler aquilo. Afinal, ele já não sabia o que estava escrito? Valeria a pena sentir-se ainda mais deprimido? Ainda mais melancólico?

- Carlo... eu acho que não quero ler, não.

- Di, lê sim. – Carlo pegou as mãozinhas delicadas, e guiou Dite até o sofá, sentando-se, e colocando-o ao seu lado.

- Não, eu já sei o que está escrito. Esses jornalistas devem ter acabado comigo.

- Dite, por favor, leia.

Afrodite bufou. "Que insistente! Será que ele quer me ver chorar?"

Tá bom, eu leio! Começo por qual? – Dite reconheceu jornais de vários países.

- Comece pelo New York Times.

Dite puxou o jornal com má vontade, e pegou logo o caderno destinado a entretenimento. Assim que bateu os olhos na capa daquela seção, viu sua foto, tirada na noite anterior. "Bom, pelo menos fiquei bem na foto!"

A manchete lhe chamou a atenção logo em seguida. "Afrodite Thorsson is back!"

A matéria elogiou a direção, a produção, a edição, e usou quase uma página inteira para falar de Dite. Mas, ao contrário do que o ator esperava, a matéria só falou bem dele. Comentou sobre sua 'sumida', mas não prolongou-se na razão dela. Havia um histórico sobre ele, uma relação de todos os filmes nos quais ele trabalhou, e citaram até as pontinhas minúsculas que ele fez no fim de sua adolescência.

Quanto mais Di lia, mais chorava. Carlo estava se controlando para não pegá-lo no colo e girá-lo pela sala. Sabia que ele não devia estar agüentando de felicidade, e sabia também que tinha sido malvado, mas não resistiu a idéia de fazer uma surpresa para o namorado. A alegria do sueco era, com certeza, muito maior agora, lendo, do que se Carlo simplesmente tivesse contado a ele o que já tinha lido mais de 10 vezes.

Dite ainda pegou afobado o Chicago Post, o Le Monde, o The Times, e o Corriele della Sera, mas não conseguia terminar de ler as matérias. Todos os jornais falaram bem de City of Angels, e de sua atuação! Ele ainda ia ter que esperar os comentários das revistas especializadas, mas provavelmente a opinião dos críticos seria a mesma. E, de qualquer forma, a massa, seus fãs, seriam mais influenciados pela sua leitura diária, não pela opinião dos críticos intelectualizados.

De repente levantou-se e pulou em cima do italiano, socando-o!

- Seu desgraçado! Como você pôde fazer isso comigo? Você queria me ver chorando? – As lágrimas dividiam espaço com as gargalhadas.

Carlo evitava os tapas e socos como podia, mais rindo do que qualquer outra coisa. Surpreendeu Afrodite quando segurou seus pulsos com firmeza, e virou-o de tal forma, que os dois acabaram jogados no chão, com o italiano em cima do sueco, prendendo seus braços em cima da cabeça.

Os dois continuaram com as risadas, até que Carlo deu um beijo apaixonado no outro, soltando seus braços. Dite permitiu-se abraçar seu pescoço, correspondendo ao beijo. Ficaram assim alguns minutos, até perceberem que a vontade que havia sumido na noite anterior voltava com força.

- Carlo, para... vamos subir... – Afrodite gemeu, enquanto passava a beijar o pescoço bronzeado.

O italiano levantou-se, e ajudou o sueco a levantar. Mas não dirigiu-se as escadas; sentou-se ali mesmo no sofá, respirou bem fundo, e declinou da proposta.

- Não, amore. Nós não vamos lá pra cima.

- Mas por que não? – Di sentou-se no colo dele.

- Porque eu tenho uma surpresa pra você, mais tarde. Agora você vai subir, vai se arrumar e nós vamos sair, pois já são 11hrs e eu marquei um almoço com nossos amigos. Eles também querem comemorar o sucesso...

- Mas mozão... só um pouquinho, vai... – Remexeu-se sensualmente, pois sabia como o italiano estava excitado.

Carlo suspirou ainda mais fundo, e levantou-se. Se ficasse ali não iria aguentar, ele não era de ferro, né?

- Não, Di! Vai logo, vai! E nem adianta me olhar com essa cara de pidão. Você não quer deixar os outros esperando, né?

Logo eles estavam prontos, e se encontraram com Mú, Shaka, Miro e Kamus no restaurante italiano que Dite tanto amava. Fora lá que ele conhecera Kamus, e dera o start em sua carreira.

O almoço foi uma choradeira só.

- Você leu os jornais de outros países, Di?

- Li, Shaka! Até agora eu não acredito! Tô tão emocionado... – E Di chorava...

- Nem eu... Não esperava mesmo tantas críticas positivas. Mas não precisa chorar, Afrodite! – Kamus emendou.

- Ah, com o Dite como protagonista, você como diretor e eu como produtor... Impossível não dar certo!

- Sempre humilde, né Miro?

- Sempre, meu francesinho!

A tarde Afrodite foi com todos para a casa de Carlo, a convite do italiano. Ficaram horas conversando e rindo, até que Mú e Shaka resolveram ir embora, assim como Kamus. Miro queria ficar até mais tarde – 'simancol' zero... -, mas o francês o arrastou.

Dite estava cansado, pleno. Tinha a sensação de que nada poderia estar melhor. Ledo engano.

- Carlo... vou tomar banho. Sei que ainda é muito cedo pra dormir, mas eu te espero lá em cima... – E levantou-se do sofá, olhando para seu amor com malícia.

- Não, amore, você não vai subir. – Segurou Di pelo pulso, sem se levantar. – Nós vamos sair.

- Ai, sair? Mas eu tô tão cansado...

Calma, não vou te levar para nenhuma festa! Vem, vem comigo.

Levantou-se e levou Di pelo braço. Entraram no carro, e logo o italiano o entregava para um manobrista na porta de um hotel caríssimo, onde a diária era absurda. Nem mesmo Afrodite já havia se hospedado lá.

- O que você está aprontando?

- Relaxa...

Identificou-se no saguão, e logo pegou as chaves de um quarto. Subiu com Di pelo elevador, até o último andar.

O hall era exclusivo para aquele apartamento. Carlo abriu a porta dupla gentilmente para Di, que entrou no quarto deslumbrado.

Era enorme! Lindo!

Da porta dava para ver uma mesa e suas cadeiras, uma escrivaninha com computador, dois sofás, televisão, dvd, rádio e a decoração daquele ambiente. Apesar do apartamento ser extremamente bem equipado, a decoração era super romântica. Havia pétalas de rosas vermelhas e brancas no chão, como se formasse um caminho. Di olhou para Carlo, maravilhado, que não disse nada.

Entraram, e o italiano encostou a porta, que trancava automaticamente. Afrodite seguiu o caminho de rosas, que dividia-se mais a frente. De um lado ia para o banheiro, onde havia uma banheira de hidromassagem já cheia, com as mesmas pétalas. Ele só deu uma olhadinha, imaginado o que não iria fazer ali... Mas isso só mais tarde!

Voltou e seguiu o outro caminho. Havia um outro ambiente, que não tinha separação por nenhuma porta. Era um quarto enorme, com uma cama king size. A roupa de cama era de cetim branco, linda, com as mesmas pétalas ali espalhadas. Mas o que mais surpreendeu foi o teto, de vidro, que deixava a mostra o céu, este cheio de estrelas como raramente ficava. Ficou ali, parado, admirando o lugar, sem acreditar naquilo tudo, quando Carlo abraçou-o por trás, mostrando-lhe uma rosa vermelha, e suspirou em seu ouvido:

- Eu te amo mais do que você possa imaginar. E quero que saiba que eu sempre acreditei em você. – E virou-se, para ficar na frente do sueco, cujas lágrimas não paravam de escorrer.

Di não conseguiu falar nada. Só o beijou, com calma, e se surpreendeu quando Carlo o pegou no colo.

Ele colocou Di em cima dos lençóis brancos de cetim, fazendo com que o contraste da roupa de cama com a pele alva e os cabelos azuis claros lhe dessem um ar completamente angelical. Deitou-se com leveza em cima daquele corpo aparentemente frágil, como se qualquer movimento em falso pudesse quebrá-lo. Pegou a rosa que Di ainda segurava nas mãos e passou–a por todo o rosto dele, mas logo colocou-a de lado.

Beijou a boca clara com calma e tranqüilidade. Beijou com amor. Desviou a carícia para o queixo, deslizando a língua para o pescoço. Dedicou muito tempo ali, mordiscando, beijando... Quando percebeu que Di gemia bem baixinho, sentou-se em seu abdômen, e com a mesma calma abriu os botões da camisa branca, um a um. Olhou novamente naqueles olhos claros, que deixavam transparecer uma luxuria nem um pouco condizente com o rosto de querubim.

Inclinou-se e deslizou a língua pelo peito macio, fazendo a mesma carícia que fora feita no pescoço. Colocou os pontinhos já intumescidos na boca, lambendo delicadamente, alternando. Enquanto massageava um com seus lábios, apertava o outro com os dedos.

Levantou-se, encaixando seu corpo entre as pernas dele, e beijou a barriga lisinha. Enquanto isso abriu calmamente os botões da calça jeans, e retirou-a enquanto olhava nos olhos de Dite. Mordeu os dedinhos do pé, ouvindo-o dar risadas abafadas.

Subiu massageando as pernas, e percebeu que ele mesmo não agüentava mais aquela tortura, o que diria então Afrodite... Ao alcançar seus quadris, o despiu de sua roupa íntima, e continuou a provocação. Beijou toda a pele em volta da ereção de Dite, e continuaria ali, se não ouvisse a voz embargada de desejo implorando um alívio.

Lambeu o sexo com calma, para só depois coloca-lo inteiro na boca. Manteve o movimento cadenciado, sem quebrar o contato visual com Dite. Mas em pouco tempo o sueco veio na boca do italiano, este que, em seguida, deitou-se sobre Afrodite para observá-lo.

- Lindo... Já te disse que você é perfeito?

Afrodite abriu os olhos cansados e passou seus braços envolta das costas de Carlo.

- Já... mas eu só me torno perfeito quando te tenho ao meu lado. – E riu, virando o corpo, deitando-se por cima do italiano.

Beijaram-se com volúpia, e dessa vez foi Dite quem torturou-o. Mas não deixou que Carlo explodisse em sua boca. Ao contrário, deitou-se com suas costas no colchão, enquanto puxava-o pela mão para que ele se deitasse em cima.

- Me faça seu hoje, amanhã, sempre... Eu te amo.

Carlo invadiu-o com calma, carinho, enquanto beijava a boca macia, e segurava sua mão. Fizeram amor assim, tranqüilos, sem se preocupar com mais nada além das declarações e gemidos. Aos poucos o movimento tornou-se frenético, mas sem deixar a ternura de lado. Quando percebeu que Afrodite começava a tremer, Carlo deixou seu corpo entrar num ritmo mais rápido, fazendo com que Dite alcançasse o clímax em sua mão, enquanto ele o preenchia.

Abraçaram-se e ficaram naquela posição minutos infindáveis. Até que Carlo murmurou no ouvido de Dite:

- Eu também te amo, carino mio. Nem sempre eu demonstro isso, mas jamais tenha dúvidas de que você é o que eu tenho de mais importante.

Amaram-se ainda muitas e muitas vezes naquela noite, sem se preocupar com o brilho de quaisquer outras estrelas.

- # - # -

A bilheteria do filme foi altíssima, tanto nos EUA, como no restante do mundo. Os convites para outros filmes voltaram a surgir, mas Afrodite acabou aceitando fechar um contrato com o estúdio que rodou City of Angels para mais três filmes.

Seu namoro com Carlo não poderia estar melhor. Quando estava a fim de um pouco mais de privacidade, viajava com Miro e Kamus, ou Mú e Shaka, para a Índia, para cidades pequenas da França, ou outros países onde não seriam reconhecidos com facilidade. Aprendeu a ter um relacionamento estável, apesar de ainda brigarem de vez em quando. Mas Dite não ligava muito para as brigas, pois elas sempre se resolviam na cama...

Porém, o conto de fadas não acaba aí...

- # - # -

Afrodite estava com a sensação de que agora poderia morrer. O teatro inteiro vibrava. Sim, era o seu nome o escolhido!

- Amore, levanta! As palmas são para você!

Di levantou-se bem devagar, extasiado, olhando ao seu redor. Todos olhavam para ele, e alguns o aplaudiam em pé. Ele não sabe como conseguiu andar até o palco, e receber a estatueta dourada das mãos da celebridade que havia apresentado o prêmio de melhor ator. Olhou para a frente, e viu aquela multidão esperando suas palavras de agradecimento.

Limpou as lágrimas que teimavam em cair com as costas da mão, e colocou-se em frente ao microfone. Logo as palmas cessaram, e ele falou com todo seu coração.

- Hollywood não é um local, é um estado de espírito. É um imã que atrai os talentosos, os ambiciosos, os esperançosos e os excêntricos¹. Talvez eu seja tudo isso. Talvez eu seja um sonhador, que conseguiu alcançar aquilo que julgava impossível. Mas, se eu estou aqui, não é mérito meu. O mérito é dos meus amigos, que me ajudaram e acreditaram no meu talento quando eu mesmo havia desistido de tudo. Por isso dedico esse prêmio ao meu diretor Kamus, ao meu produtor Miro, meus amigos Mú e Shaka, mas principalmente a pessoa que esteve ao meu lado quando achei que meu brilho trôpego havia se extinguido. Carlo, eu te amo. Obrigado por me amar.

Afrodite saiu do palco sob um enxame de aplausos. Todo o Teatro estava em pé. Dite não pode perceber por causa das luzes, mas Carlo, Kamus, Miro, Mú e Shaka choravam. Realmente, aquele era o momento mais feliz de sua vida. Era uma estrela do firmamento de Hollywood, mas agora sabia que aquilo que o fazia completo não era isso. Era saber que tinha o mais importante: seu amor estava ao seu lado, e sempre estaria, mesmo que os holofotes do sucesso se apagassem.

The End!

1 – A frase sobre Hollywood é do Sydney Sheldon.

E os jornais citados são, dos EUA, da França, do Reino Unido e da Itália.

São tantos os agradecimentos... Primeiro vai pra Celly M, pra Susu-chan e pra Elfa Ju, que além de serem minhas betas queridas, estão sempre agüentando minhas insanidades no MSN. E em segundo lugar, mas não menos importante, pra todo mundo que acompanhou a fic e/ou que deixou reviews, as meninas do MIPS, e a galera do fórum do Ecchi... Lemon. É tão gratificante ver que tem gente gostando do que eu escrevo... Só dá vontade de escrever mais e mais!!! : )

Outra coisa... aqui vão dos devidos créditos: Mozão, Mozinho e Carlo de Angelis são da Pipe. Ela me autorizou a escrever com eles... (Pipe, obrigadinha!)Por isso, meninas, antes de fazer lambança com os personagens alheios, peçam autorização para a mestra. Ela é boazinha, não precisa ter medo não.. rs... Agora, a frase 'O Mozão é do Mozinho, e pronto, acabou', é da Elfa. Esclareci a confusão? Espero que sim...

Não sei se o final ficou de agrado, mas eu sou uma romântica incorrigível, não conseguiria deixar o Dite sofrer mais!! Obrigada mais uma vez, galera! E até a próxima!