Nome da fic: SEGREDOS E MENTIRAS
Autor: VIVIANE VALAR
Pares: Snape/Harry
Censura: R, NC-17, (tensão, violência, angst, sexo)
Gênero: Drama, Tema Adulto, romance.
Spoilers: Dos cindo livros. Fiquem atentos
Avisos ou Alertas: Tem relação homossexual. Traição. Sexo. Angust. Se não gosta cai fora!!!!
Resumo: É a continuação de Verdades e Mentiras. Uma fic que falou sobre a descoberta dos sentimentos de Harry pelo Snape e vice versa. Até que ficam juntos, pós Voldemort. Essa fic começa quando eles estão alojados em Hogwarts. Juntos. Aparentemente felizes, quando algo acontecer pra acabar com essa felicidade.
Notas: Repito que pra entender melhor é legal ler a fic anterior. Mas na verdade não ficará tão por fora assim. BOA LEITURA!
Agradecimentos: Á Rowling, que nos proporcionou esses persons maravilhosos pra que a gente pudesse brincar com eles.
Disclaimer: Esses personagens são de JKR, eu não quero nem vou ganhar dinheiro com eles.
Segredos e Mentiras
Capítulo 1 – Se eu te amo e você me ama...
Desde que voltara para Hogwarts, Harry se sentia estasiado. Era professor. Era adulto. Era amado. Se virou na cama e olhou seu objeto de desejo. Snape tinha a pele tão clara.
"Tão pálido!"
Contrastava com a negritude dos cabelos quase compridos demais. Ele estava de bruços. Com o rosto voltado para o lado oposto de Harry. Respirava pesadamente. E assim, seu tórax descoberto, oscilava ritmicamente.
Harry começou a sentir um calor já familiar, aquecer suas entranhas. Era só admirar o corpo de Severus, que ficava excitado. Pronto.
"Será que seria sempre assim?"
O lençol mal cobria as nádegas do sonserino e Harry não resistiu. Apoiou sua cabeça na mão direita e aproximou a outra, sem tocar, do corpo exposto a seu lado. Mesmo a essa distância, sentia o calor que emanava dele. E então o tocou, muito suavemente, desde a nuca, até a curva das nádegas. Sentiu a pele arrepiar e os pelos se eriçarem.
Snape se mexeu um pouco. Como que incomodado. Harry sorriu maroto. Pesou mais a mão. E recomeçou o trajeto. Se demorando em suas partes mais arredondadas.
Snape colocou a cabeça sob o travesseiro. Contraiu os glúteos em protesto. Mas harry não desistiu. Puxou o lençol completamente. E com a boca, iniciou uma exploração que ia desde os tornozelos do homem, até o pescoço.
-Potter! – reclamou.
Ele não parou. Subiu nas costas do outro enquanto voltava a se concentrar em áreas mais baixas.
-Potter! Não amanheceu direito! – protestou. – Não tem que descansar um pouco.... – parou quando o grifinório se concentrava em lamber e mordiscar um certo local muito perigoso.
Involuntariamente, ergueu o quadril possibilitando o acesse maior. Gemeu alto quando harry compreendeu o oferecimento, e o penetrou com o dedo insistentemente. Primeiro suavemente e depois mais profundamente. Quando achou que a resistência diminuía, introduziu um segundo dedo. Snape gemeu mais alto.
-Isso é o melhor que pode fazer, Potter? – provocou entre os gemidos.
Então harry segurou o quadril com firmeza e o penetrou de verdade. Cada som que Snape emitia o deixava mais excitado. Ergueu mais o quadril, obrigando-o a ficar de quatro, enquanto investia mais em seu traseiro. E enquanto manipulava o órgão do outro. Mais forte. Mais fundo. E sentiu um segundo depois que gozou, o líquido que Snape também eliminara. Caracterizando uma relação bem sucedida.
-Bom dia! – ofegou deitado de costas.
-Potter! Esse interlúdio não poderia ter esperado por mais uma ou duas horas? – resmungou.
-Não! Eu acordei e estava sem sono! – sorriu cínico.
Snape se virou e estava com olhar furioso.
-Não resisti ao ver você! – confessou docemente. – Estava tão tranquilo, tão sereno. Tão desejável!
-Poderia ter tentado esperar um pouco! – já não tão sério.
-Eu sei. – se aproximou e o beijou. – Mas eu queria você!" Naquele momento! Como agora! Estou querendo mais uma vez!
Snape riu alto.
-Harry! Você é um tarado! – provocou trazendo-o mais para perto..
-Você já conhecia esse meu... lado, Severus! – aprofundou o beijo.
-Sim, Harry, conhecia. E adoro isso em você! Mas devo dizer que ás três horas da manhã, não terei bom humor sempre! – o beijou mais possessivo.
-Deixe eu me mudar para cá! Ou venha para meu quarto! Assim meu ímpeto na madrugada se acalmará! – começou.
Snape focou sério e retesou de súbito. Afastou-se dele e sentou na cama de costas.
-Harry, já conversamos sobre isso! Não irá acontecer! – duro.
-Que droga, Snape! Já estamos juntos há mais de 6 meses! Qual o problema? – irritado.
-Potter! – se levantou pegando uma calça de pijama jogada no chão e vestiu. E foi para frente da janela fechada. A abriu e lá fora o sol nem sequer nascera. Mas a dava para ver a neve cobrindo todo a Hogwarts.
-Potter! – recomeçou. – Será que teremos que bater sempre na mesma tecla?! – queixou-se.
-Severus, - retomou o tom suave. – Amo você! Sei que me ama também. Nada mais importa se queremos ficar juntos! – sorria da cama.
-Não! Potter! Não basta! Moramos em uma escola. Há crianças aqui! Os pais delas não ficarão satisfeitos, se souberem que dois professores estão morando juntos! – controlando a voz.
-Que droga, Snape! Consegui lutar contra Voldemort e venci. Não acredito que por causa de um preconceito trouxa, serei derrotado! – aumentou o tom e se sentou.
-Harry Potter! Você escolheu essa vida! Poderia fazer ou ser qualquer coisa que quisesse! Mas escolhei ser professor. E essa posição tem certas exigências!
-E para isso eu tenho que virar padre? – ironizou bruto.
-Não! – seco. – Tem que ser hetero! – não correu.
-Mas que grande merda! Eu servia para ser o aluninho perfeito. O menino-que-sobreviveu. A arma contra Voldemort. O grande salvador!!!- se levantou e ficou de pé diante de Snape, sem se importar com sua nudez. - Mas não sirvo para ser feliz ao lado de quem eu amo!!! Não escolhi você, Severus! – se exaltou. – Aconteceu! E pronto!
-Harry! Você está comigo! Está aqui! – procurou melhorar.
-Mas é pouco! Eu quero tornar isso público! Quero que todos saibam que estamos juntos! Que me pertence! Que te pertenço! – angustia.
-Harry, o que está acontecendo? – estranhou. – Por que estamos falando mais uma vez sobre isso? Quando já discutimos exaustivamente? – desconfiado.
Snape se virou para Harry como que para ler sua alma. Harry empalideceu. E desviou o olhar.
-0Er... nada! Apenas... você começou. Você que disse , que ás três da manhã...
-Potter! Pare! Conheço você! O que aconteceu? – tornando a manter contato visual. – Potter?!
Harry se sentou na cama cansado.
-Tenho recebido algumas... cartas. De algumas mulheres. Umas são mães de alunos. Outras ex-colegas...
-O que quer dizer? – fúria gélida nos olhos pretos.
-Algum idiota me elegeu o solteiro mais sexy e rico do ano! – escondeu o rosto nas mãos.
-O quê???
Harry olhou constrangido para Snape. Levantou-se e pegou um exemplar da revista, onde Harry estava na capa. Aparentemente, fora fotografado sem saber. Mesmo seu eu fotográfico parecia estar distraído. Como se pensasse em algo muito intrigante.
Snape conhecia aquele olhar. Era de quando ele estava tentando desvendar algum mistério. Nunca conseguiu se afastar dos mistérios.
-Essa edição é do mês passado, Potter! – percebeu, sentindo a irritação crescer.
-Eu achei que não daria repercussão alguma. Eu simplesmente ignorei. Mas quando as cartas chegaram... Droga Snape! Se eu pudesse calar a boca desse povo!!! – olhos brilhavam.
-Eu te proíbo, Potter! – sério.
Se virou e pegou as roupas dele.
-Está na hora de voltar para seu próprio quarto. Já está amanhecendo. E mesmo sendo sábado, alguns alunos são madrugadores. – seco.
-Não vai me expulsar daqui! – entre os dentes. – Não sou mais uma criança! E não sou seu aluno! Não pode me mandar embora! – belicoso.
-Posso e vou! – e com um movimento rápido, pegou a varinha e vestiu Harry contra sua vontade, mascarando a nudez indecente.
-Não tem esse direito, Snape! – rugia.
Ele suspirou pesadamente.
-Harry, vá para seu quarto! Nos veremos mais tarde! Por favor! – olhar frustrado.
Nunca antes Snape usara aquela palavra. "Por favor". E foi ela, e nada mais que o acalmou. Aproximou-se, passou uma das mãos no rosto cansado do homem.
-Mais tarde, Severus! Mais tarde! – prometeu.
Snape se controlou para não se mover. Se o abraçasse, não permitiria que ele se fosse. Mas tinha que ser forte. Pelos dois. Como sempre fora. Como sempre seria. Harry enfim desistiu e se foi.
Snape olhava a porta escura por onde Harry Potter saíra. Sem saber o que fazer ou como agir. Quando se permitiu assumir o sentimento pelo menino, sabia o que enfrentariam, mas já não tinha forças para manter-se afastado.
Harry era ardiloso, envolvente, apaixonante. Seria sonserino sem dificuldades. Então achou que poderia tentar ter tudo. Amor. Privacidade. Carreira. Mas percebia que sempre soube que era uma ilusão. Que um dia acabaria. E que teria que voltar á realidade. Onde ele era só um professor ranzinza e temeroso. E Harry Potter era o grande herói. O santo da nação bruxa. E seria sempre parte da propriedade pública. Nunca teria sua vida pessoal deixada de lado.
Por ser um ícone da sociedade, era julgado que deveria permanecer assim exposto. E só ter o que aquela sociedade desejava. Um emprego honroso, uma casa grande e bem cuidada, estar sempre bem vestido e educado, de bom humor e ter uma companheira dócil e meiga a seu lado. Para cuidar bem desse "tesouro nacional"!
-Inflamare! – e a revista carbonizou no chão da masmorra.
Tinha que fazer algo. Tinha que proteger Harry de escândalo. Da vergonha. Do preconceito, que ele próprio tinha. Foram seis meses maravilhosos. Sempre teria essas memórias. Mas havia acabado. Precisava voltar á etapa, onde cada um tinha sua própria vida.
Harry já se interessara pro garotas. Poderia vir a se interessar novamente. Apenas teria que sair do caminho. Ele não precisava de um homem mal humorado, velho, cheio de manias, e que traria a derrocada pública do Santo-heroi.
-Não! Preciso começar a "terminar" com isso! Foi maravilhoso enquanto durou! Mas enfim, terminou meu tempo com ele!
Harry saiu indignado. Frustrado. Decepcionado. Queria ficar lá. Finalmente acordar com Snape nos braços, em seus braços, tanto fazia!
Só queria estar lá. Não bastava o sexo. Queria a paz de depois do sexo. A cumplicidade. O laço definitivo. Mas Snape não perdia por esperar. Tudo daria certo. Seria capaz de largar o emprego, Hogwarts, para ficar com ele. Poderia fazer outra coisa que também o agradava muito. Gostava de dar aulas de DCAT. Mas havia uma coisa. Que Snape ainda não sabia. E que estava estudando a melhor maneira de contar. Queria ser escritor.
Havia muito tempo que pensava sobre isso. Escrever sobre os trouxas, sobre seus anos na escola, sobre a Guerra, sobre técnicas que desenvolveu dando aulas para os membros da AD. Conhecera o pai da Luna certa ocasião. Quando ainda era dono do O Pasquim. Hoje ele era dono de uma editora. E havia comentado que estava disposto a publicar alguns livros do famoso Harry Potter. E tudo então se ajeitaria.
Á noite falaria com Severus. Poderiam morar em Hogsmead. Onde escreveria. Não eram realmente obrigados a morar na escola. O pensamento o tranqüilizou. Mas não se iludiu. Sabia que seria difícil. Que o sonserino era muito teimoso. Seria uma discussão dura. Mas também era grifinório. E coragem e perseverança eram suas qualidades maiores.
Chegou não seu quarto e milagrosamente dormiu imediatamente. E quando acordou quase perdera o horário do café. Mesmo os retardatários de costume já estavam sentados se servindo, quando entrou no São Principal.
OF: continua.
