N/A: Turma, não vou enrolar muito com os caps senão não dá tempo de acabar até o natal. Então mais um cap!

Beijos

Viv

Marck Evans : hehehe. A Rosmerta até que se comporta! O difícil é segurar o sonserino turrão!! Leia e entenda!!! É. Dá dó do harry mesmo! Mas ele tem seus momentos. Relaxe! O Snape sofre por ser meio "quadrado"! mas vamos ver no que isso vai dar...

Fabi – chan : Que bom que gostou da fic. Mas vou ter que partir alguns corações pra dar certo! Hehehe PROTEGO!!!!

Capítulo 3 – E Então a Realidade

O dia amanheceu e os primeiros raios de sol de domingo invadiram o quarto nasa masmorras, apesar o alto inverno. Mas Harry acordou sozinho. Sempre quisera saber como seria, ser iluminado pelos raios dourados, tão cedo naquela cama escura. Mas nunca imaginou que estaria sozinho nesse momento. Olhou procurando Snape e não viu. Nada denunciava que ele tivesse voltado para o quarto.

Concentrou-se nele. Queria saber onde estava. O que pensava no momento. Mas apenas parecia um grande rodamoinho. Sentiu vertigem e parou. Tomou banho ali mesmo.

"Quantas vezes não dividi o chuveiro com Snape? Quantas não transamos intensamente sob esse jato d'água?"

O roupão. As toalhas. Os cremes. Todas as coisas ali tinham uma história para contar sobre os dois.

"Não vai me fazer desistir, Severus!" – mentalizou fortemente.

Quando saiu, muito tempo depois, já havia passado o momento do café. Mas Harry não sentia fome. Não de comida. Queria Snape. Desesperadamente.

Snape acordou num susto, após um rodamoinho na cabeça estimular o conteúdo do estômago. Mas não vomitou. Olhou e reconheceu onde estava. E pouco a pouco, um plano louco se formou em sua mente.

"Me desculpe, Harry! Mas é para o seu próprio bem!"

-Bom, dia! – Rosmerta retornou ao quarto de bom humor.

-Bom dia!- murmurou secamente.

-Trouxe café forte e uma poção anti-ressaca. Acho que deveria tomar. – sugeriu amável.

Snape aceitou sem hesitar. Precisava da colaboração da mulher. E se submeteria a ela se fosse preciso.

-Bom! Muito bom! – pegou os copos vazios, após Snape engolir tudo.

-Preciso de sua ajuda, Rosmerta! – Snape começou cauteloso.

-E que ajuda seria essa? – desconfiada.

-Harry Potter. Ele deve viver a vida dele. E eu não posso fazer parte dela! – duro. – Preciso que o convença de que estamos... juntos! – a encarou.

-Como? – se assustou.

-Ele é um garoto, deve ter uma vida normal. E se ficar comigo poderá perder tudo! Os amigos, o emprego, o respeito das pessoas. Não quero isso para ele! – decidido.

-E estando... comigo, ele perderia as esperanças e seguiria sua vida, de acordo com a vida que você julga ser correta! – ela acusou.

-Não sou eu!!! – protestou. – São todas as pessoas do mundo!!!

-Você se surpreenderia com o pouco caso que "todas as pessoas do mundo" sentem por nós! – ponderou.

-Não está em discussão! – rude. – Sei que sente atração por mim! Pode ter vantagens nesse nosso acordo! – apelou.

-Isso é um insulto! – se afastou um passo.

-Rosmerta! – desesperado. - E nunca implorei na minha vida! Estou aqui, ainda assim, implorando por sua ajuda! – a voz tremeu.

A mulher nunca vira o sonserino arrogante e carrancudo naquela situação. E então resolveu ceder. Depois discutiriam as consequências do plano.

"Se eles se amam, porque não podem simplesmente ficar juntos?"

-O que eu teria que fazer? – falou baixo.

-Preciso de lembranças novas. Nas quais você esteja! – falou encarnado-a sério.

-Que tipo de... lembranças? – temeu.

-Do tipo que se perde uma noite! – insinuou.

-Isso é cruel!! – arfou.

-Posso contar com sua ajuda? – insistiu.

Ela ainda hesitou. Mas para convencê-lo, teria que entrar em acordo. Assentiu com a cabeça.

Então Snape aproximou lentamente dela. Até para dar tempo de ela desistir. Intimamente, confessava que assim o desejava. Mas seguiu e a beijou. Rudemente. Ela entreabriu os lábios e ele a invadiu com a língua. Imaginando que era outra pessoa em seus braços. Começou a abaixar a alça do vestido e então parou. Ela ainda o beijou mais e o trouxe para mais perto, pelas nádegas.

-Acho... acho que por hoje chega! – a afastou delicada, mas firmemente.

-Tudo bem! – ela ofegava.

Teria ido mesmo além. O sonserino era delicioso. Potter tinha muita sorte.

-Mais tarde passarei aqui! – se levantou.

Andando com mais segurança. E foi embora. Caminhou todo o trajeto para o castelo. Assim pensaria em como convencer Harry Potter de que o havia traído. A dor do peito voltava insidiosa. Mas ignorou-a. Quando chegou, já passara da hora do café.

"Ele deve ter me esperado ontem e hoje."

Foi para seus aposentos.

Um segundo antes de ouvir a porta, Harry o sentiu.

"Ele chegou!"

Aguardou diante da porta. Snape parecia mal. Suas roupas amassadas. O cheiro de álcool empesteou o quarto assim que ele entrou. Olheiras e olhos vermelhos denunciavam que passara a noite bebendo. Controlou a indignação crescente.

-Onde esteve? – seco.

Snape considerou a possibilidade de Harry Potter estar em seu quarto. Mas não estava realmente preparado para o confronto. Não ainda.

-Por aí! – casual.

Harry se aproximou. A dor ali. Snape sangrou por dentro.

-Esperei por você a noite toda. E o dia também! – cobrou.

-Não prometi nada a você, Potter! – desprezo.

-O que está falando? – estranhou.

-Que não prometi nada a você, Harry Potter! – repetiu alto. – Fui passear. – sorriu malicioso.

-Severus Snape! Não pode me enganar! Sei que algo aconteceu desde a fatídica revista! Mas podemos resolver tudo! Já sei o que vou fazer! - tentou sorrir.

-Eu também sei! Cada um deve ir para seu canto! – o encarou.

-Não está falando sério!! – desafiou.

-Será?! – máscara de arrogância.

A velha máscara, que usava nos tempos de colégio. O mesmo desprezo e ódio misturados. Harry tinha vontade de socar-lhe a cara para parar de fazer aquilo.

-Severus! – tentou continuar. – Eu deixarei a escola. Quero ser escritor. Sempre quis. Mas não havia tido coragem de admitir em voz alta! E podemos sair daqui! Vamos para Hogsmead...

-Não, não vou agora! Acabei de vir de lá! – fez de desentendido. – Estou cansado. A noite foi agitada. – piscou com um olho. – Quero dormir como mereço!

-Você está me ouvindo?! – a voz fraquejando.

-Sim, depois podemos falar sobre sua súbita mudança de profissão. Não me interessa! Estou com sono! E vou me recolher!

Passou por Harry como se não fosse nada e se jogou na cama imaculada onde o garoto passara a noite. Estava sujo e bêbado.

-Não vai fazer isso! – Harry se voltou e foi até ele.

E se concentrou para saber o que acontecera. Snape deixou. Já esperava por isso. E selecionou a cena do beijo, até o momento em que tirava a roupa da Rosmerta.

-Acho que já chega! – ele conseguiu parar Harry.

Snape não olhou para ele. Não conseguiria. Harry estava desesperado. A dor dele era tanta que lhe corroia os ossos.

Quando Harry saiu, Snape suspeitou que poderia ser capaz de chorar. Mas não poderia fraquejar. Se abaixasse a guarda, certamente ele perceberia e o impediria de continuar com os planos. Lembrou-se de quando era Comensal da Morte e endureceu o coração. Até que conseguisse controlar o fluxo dos pensamentos. Resolveu tomar um banho.

Ao chegar lá, percebeu que Harry havia estado ali pouco antes. Não conseguiu. Usou feitiço para se limpar. Não ia enfrentar as evidências de Potter naquele momento. Voltou para a cama. Mas não conseguia dormir. Ficou pensando em como concretizar seus planos.

Harry estava atordoado. Não conseguia acreditar. Não queria acreditar. Não saberia dizer como, mas chegou em seu quarto. A imagem de Snape com a Madame Rosmerta, era como uma assombração que o perseguia para qualquer lado que olhava. Via o casal se esfregando em todos os cantos.

-Justo ela? A única que sabia! Fora Dumbledore! Ela percebera e então me confessei com ela! Como pôde?! – falava sozinho.

Um ódio mortal tomou conta dele.

"O que você fez, Severus?"

O dia de domingo avançava enquanto os dois ficavam em seus aposentos. Cada um com seus demônios.

Harry olhava os móveis em seu quarto como um sonâmbulo. Snape nunca dormira lá. Ele ia para transarem, mas nunca ficava lá.

"Isso deveria ser um sinal? Ele ia morrer por mim!!! Ele disse que me ama! Que sempre me amou! Que merda! O que será que ela está fazendo?"

Se concentrou nele. Mas estava bloqueado. Não permitia que soubesse. Passou o dia ali. Pediu comida para alguns elfos. Mas não saiu mais. Não saberia como agir diante dele.

Snape, por sua vez, fez o mesmo. Ficou em reclusão nas masmorras. Elaborando poções. Exercitando sua máscara já quase esquecida.

OF: continua.