Uma Sombra no Coração
Capítulo 3 – Sofy e as sereias
Acordei e andei até a porta cambaleando. Quem foi o idiota que deu a idéia de acordar todos do castelo com gritos? Mas não foi só uma pessoa. Parecia que todos no castelo gritavam. Uma festa e não me chamaram? Não creio que Inu no Taisho seja tão idiota aponto de dar uma festa pela manhã.
Ou é?
Abri a porta de correr e quando pus o pé do lado de fora quase o tive arrancado por algum apressadinho. Arregalei os olhos vendo que algo ou alguém cruzou minha frente muito rápido. Inacreditavelmente ele parou e olhou para trás onde eu estava tentando entender quem era eu naquele momento. Fez vênia e voltou, ajoelhando-se na minha frente. Dei um gemido de confusão. Acho que o conheço.
-Bom dia Kagome-sama. – Ele sabia meu nome? Ah, lembrei! Era Onigumo, o conselheiro de Inu no Taisho. Ele sorriu para mim, levantando a cabeça. – Acorde suas amigas, vocês vão dançar novamente. – E saiu.
-Como? – Estava confusa por ter acabado de acordar.
-Sofy-sama está chegando, teremos festa! – ele gritou de longe.
-Mas quem é Sofy? – perguntei esfregando os olhos. Ele parou e sorriu amigavelmente para mim.
-A antiga mãe de Izayoi – e voltou a correr.
Ah, entendi. Não sabia que as pessoas costumavam ter mães antigas e novas. Bom, não estou com vontade de pensar nisso. Mas... Quem era Inu-Yasha mesmo?
Creio que não descobri muita coisa por tive que entrar e acordar as garotas. Kagura e Ayame pareciam ter evaporado faz tempo, não estavam no quarto.
----------
Estávamos todos fora do castelo. Os empregados, Inu no Taisho, Izayoi e os filhos do rei (que estavam na frente de todo mundo, os outros estavam espalhados pela costa). Eu as meninas e Onigumo. Todos estavam lá. O dia estava lindo, o sol brilhava como nunca e duas embarcações chegavam na praia em frente ao castelo. Era lá que Sofy estava.
As meninas e eu estávamos com quimonos de seda muito caros. Parece que Izayoi (sim, eu me lembrei dela) queria mesmo que nós estivéssemos bonitas para a chegada de Sofy. Esse nome é bonito. Ela deve ser linda, deve ser uma princesa francesa, ai que emoção!
Provavelmente Sango viu meus olhinhos brilhando, por que passou a mão em frente ao meu rosto.
-Tudo bem Kagome? – Olhou para onde eu olhava, mas eu não via nada na minha frente, estava sonhando demais. – Ah! – ela exclamou e sorriu para mim. – Então você está de olho no príncipe mais novo? Que gracinha. – Olhei-a sem entender nada, esquecendo completamente de Sofy. Ela fez cara confusa e olhou para frente, como se pensasse muito nisso. – Mas a Kikyou já não está atrás dele? E agora? Vocês vão brigar? Ai que chato... – As sobrancelhas dela se enrugaram.
Olhei assustada e boquiaberta para onde ela olhava e constatei que durante meu momento viagem, estive olhando para algum ponto perdido chamado Inu-Yasha. Ele olhava para o barco que chagava. Olhei assustada para ela e falei.
-Não é nada disso! – senti que estava ficando vermelha por que minhas bochechas queimavam.
Ela só sorriu para mim.
-Quem é Sofy? - Ouvi Inu-Yasha dizer à mãe. Ela sorriu graciosamente para ele.
-Ela cuidou de mim quando eu era pequena, devo muito a ela. – ouvia de longe as explicações dela. – Quando você nasceu ela também cuidou de você. – Ele arregalou os olhos. – Mas ela era francesa, tinha sua vida lá e teve de voltar. Fiquei triste por que ela era como uma mãe para mim, mas na semana passada fiquei sabendo que ela deixava o continente e vinha para a ilha estudar os youkais. – sorriu vitoriosa. – Veio para ficar.
-Hmpf, grande coisa. – Ele se virou para frente, olhando as embarcações novamente. Finalmente a âncora baixou.
Olhei curiosa. Muitos homens desceram. Poucos eram youkais, mas de longe eu não via muito, podiam ser youkais disfarçados de humanos. Onigumo correu para a água e pegou alguém que pulou do navio. Estava coberto por uma capa roxa, quase preta. Mas era alto. O homem chegava até uns dois metros, no mínimo.
Estava estranho. Onigumo não pegaria um homem (espero eu), certo? Mas não existem muitas mulheres altas desse jeito, certo? Então era um... Retirou a capa esvoaçante do rosto, mostrando-o a todos e andando com Onigumo e mais alguns homens para perto da rainha.
Não acredito, eles trouxeram um youkai? Pior que isso, uma youkai jaguar! Como, por que? Não, Sofy não podia ser uma youkai! O que aconteceu com meus sonhos de princesa Sofy? NÃO!
-Hisui-chan! – Ufa, não era a Sofy. Izayoi correu e curvou-se na areia diante do jaguar, até tocar o chão com a testa. Olhou depois fundo em seus olhos, como se quisesse abraçá-la, mas não pudesse. – Hisui, senti sua falta. – Eu não conseguia ver por estar atrás dela, mas pela voz estava chorando ligeiramente.
-Ora Izayoi.
Agarrou-a gentilmente pelo braço e a levantou, limpando o rosto e o quimono da areia. Então sem falar nada, abraçou-a com um braço. Ela era muito grande e um braço seu já era suficiente para abraçar duas pessoas juntas. Mesmo assim tinha entre dois metros e dois metros e dez centímetros. Seu braço é que era comprido, chegando até o joelho da perna também comprida. Não podia vê-la por que seu corpo estava coberto pela capa, mas era perto do joelho que sua mão chegava.
Ela olhou para os cachorros atrás de Izayoi, mais perto de mim. Observou cada um dos três e parou o olhar em Inu-Yasha enquanto fitava suas orelhas que balançaram quando ela lhe lançou o olhar. Izayoi continuava chorando em seu abraço.
Paralisei. Agora que me lembrei, e Sofy? Ainda quero conhecer a princesa Sofy! Não faríamos uma apresentação para ela.
-Sofy-sama! – Onigumo falou para a youkai. Como? Mas não era Hisui o nome dela? Estava branca e meus olhos muito arregalados. – Vamos entrar, certo Izayoi-sama? – Fez reverência a Izayoi, ela balançou a cabeça seguidas vezes sem parar e sorriu para Hisui-Sofy (?) enquanto a puxava pelo braço e lhe dizia coisas que não ouvi por estar chocada demais.
Virei-me para Sango.
-Mas... Mas quem é Sofy e quem é Hisui? Eu não entendo, Sofy não era uma princesa francesa e... – Estava desesperada e Sango me olhou com um pouco de medo.
-Acho que você acordou cedo demais. – falou simplesmente se afastando de mim enquanto todos entravam no castelo.
Comecei a entrar junto quando me deu um estalo. Youkais eram originários dessa ilha. Hisui-Sofy era uma youkai. Podia muito bem ter Sofy por nome e Hisui por sobrenome.
Não, Izayoi falou que ela nasceu na França, os pais deviam ser franceses e lhe deram um sobrenome francês. Então, Hisui era... Olhei em seus olhos. Decepcionei-me, olhando-a abraçada a Izayoi enquanto entrava pelo portão. Hisui é uma pedra da cor dos olhos de Sofy. Provavelmente um nome carinhoso inventado por Izayoi. Suspirei desanimada.
-Kagome! – Sango gritou atrás das outras meninas. – Você vai ficar parada aí? – Hã? É, acho que me perdi dos outros. Corri para alcançá-los.
-Espere! Esperem por mim!!!
----------
O sol estava se pondo lá fora. Eu dei uma rápida olhada na varanda e entrei no salão novamente, sorrindo quando os youkais passavam por mim. Claro, um sorriso amarelo já que eu não consigo sorrir para youkais. Talvez consiga, mas não é simples quando se tem medo deles.
Dei uma olhada no salão, o suor escorrendo pela minha roupa por causa da dança. Sesshou-maru não se encontrava lá... De novo. Bom, ainda tinha que falar com ele. Espere, falar com ele? Hmm, agora, pensando nesse assunto eu me lembrei... O que eu queria falar com ele mesmo? Puxa, ele era um youkai! Não, eu não podia ir lá querer falar com ele.
Acho que minha cara ficou tão assustadora que Sofy afastou-se de mim (ela já estava longe, estava encostada à parede) e me olhou com uma gota. Certo, ficar com raiva de mim mesma não estava certo, melhor sair daqui.
Suspirei e andei até a porta do salão. Eu sentia o olhar de Sofy às minhas costas, tenho certeza. Entretanto, achei melhor ignorar. Olhei para o corredor e enquanto andava por ele, me toquei: Sesshou-maru estava ali, andando na minha frente. Achei estranho, ontem quando queria falar com ele, este simplesmente desaparece. Agora que é quando decido não pensar em youkais, ele aparece. Será que eu fiz alguma coisa para que Alguém lá em cima não gostasse? Suspirei e me arrependi disso.
Subitamente, ele parou de andar. Acho que o suspiro o fez tocar-se de que eu estava ali. Virou-se para trás devagar, olhando seriamente para mim. Acho que umas duas gotas escorreram em mim e eu pisquei. Mesmo que ele estivesse olhando seriamente, eu vi naquele olhar que ele estava furioso. Comigo? Mas o que eu fiz?
-Oi. – tentei começar com um diálogo. Fitou-me como se eu fosse uma inútil pedra e continuou seu caminho pelo corredor. Enfureci-me. – Ei, não me ignore!
Não sei como, nem por que, mas ele desapareceu no ar rapidamente. Tão rápido que não vi nada. Quando pisquei, ele já estava na minha frente, tão próximo, tão próximo que eu tive de me curvar um pouco pra trás por que meus pés pareciam colados no chão. Claro, todo meu pânico sobre o por que de eu me manter afastada de youkais ressurgiu naquele momento e eu tremi de medo, quase gritei. Ele bufou e voltou a caminhar.
-Humanos que tem medo de youkais são inúteis, você é perda de tempo. – E dobrou um corredor.
Estava muito eufórica tentando acalmar meu coração que parecia estar gostando dos saltinhos frenéticos. Rapidamente olhei por onde ele tinha ido e corri para tentar acompanhá-lo. Uma gota desceu em meu rosto quando percebi que ele tinha desaparecido novamente. Acho que vou processar os aliens, não podiam seqüestrá-lo antes dele me dar aquele susto? Que droga!
-Kagome? – Ouvi minha voz sendo chamada e olhei para trás. Era Sofy e congelei. Ela era muito maior que eu, poderia acabar comigo só com uma patada. Ela se aproximou de mim, me assustei nessa hora. Aliens, socorro! – Posso falar com você? – ela perguntou calmamente me estendendo uma pata por debaixo da manta roxa.
Por um momento não senti medo dela. Apesar da voz dela ser bem mais grossa que a de minha falecida mãe, ela falou igual a ela agora. Não sei como isso aconteceu, acho que foi o tom de voz que ela usou. Aquilo me confortou e eu me acalmei.
-Hmm – pensei e olhei para o corredor à minha direita onde Sesshou-maru tinha desaparecido. Não valia a pena procurá-lo agora. – Claro.
Eu não peguei na pata dela. Então, ela simplesmente pegou minha mãe que estava cruzada na frente do meu peito e me puxou de leve, mas rápida.
-Ei, o que está fazendo? – Fiquei com medo, agora sim ela me mataria. Mas ela apenas sorriu. Um sorriso amigável que eu vi naquele rosto de jaguar.
-Fique tranqüila, só quero te mostrar uma coisa.
Novamente aquela sensação de segurança. A voz dela me confortava muito. O que estava acontecendo? Por que ela tinha essa voz boazinha comigo? Ela me lembrava tanto a minha mãe falando assim... NÃO! Como eu posso pensar que uma youkai jaguar se parece com minha mãe? São completamente diferentes, minha mãe não tinha dois metros e pouquinho de altura!
Acho que pensei tanto na minha mãe que nem vi que Sofy tinha me levado para a praia. O sol já tinha se posto completamente, indicando a lua no horizonte. A água estava calma, bem calma. Quase não tinha ondas.
-Venha. – ela me puxou e nós andamos até a beira d'água, onde pequenas ondas tocavam seus pés. Eu fiquei na areia mesmo, não podia molhar as sapatilhas e a barra da minha saia. Esfreguei o braço, estava um pouco frio, não estava?
Sofy virou de costas e olhou para mim. O olho verde esmeralda dela brilhou lindamente com o luar. Então ela me chamou para entrar na água também. Não sei se devia. Estava ventando muito, fazendo minha a barra da saia voar para leste. Bom, melhor ver logo o que ela quer me mostrar para acabar com isso. Estava mesmo assustada, agora além de ter de ficar com uma youkai jaguar com dentes bem afiados, ainda tenho que entrar na água? Hmm... Não devo ter comentado, tenho medo das ondas do mar também. Parece esquisito, mas apesar de sempre chegar em primeiro nas competições de natação que fazia com meus amigos no rio, tenho medo do mar. Tudo bem, era só ali na beira. Caminhei lentamente, até ficar ao lado dela.
Ela sorriu para mim e abriu os braços rapidamente, me assustando. Já disse que aqueles braços são perigosos. Acabei caindo sentada para trás, mas ela me ignorou e continuou daquele jeito. Foi quando eu vi, ela estava séria. Não lembrava mais a minha mãe. Aquele rosto estava bem sério. Mesmo assim, ainda me sentia segura perto dela.
Ainda sentada e com toda a minha roupa molhada, observei o mar ficar mais calmo, mais calmo, até que as ondas pararam completamente. Parou! Fiquei muito confusa, como ela conseguiu fazer isso? Olhei-a com medo, mas ela olhava e apontava pra uma direção à frente.
-Olhe Kagome. – Olhei.
-Oh! – Espantei-me quando a vi. Ali, bem perto da gente!
Só com a cauda de fora e a cabeça do nariz pra cima, eu a vi. O luar só nos fez ver sua silhueta, não vimos seu rosto apesar dela estar perto. Mesmo assim sua pele era azul, eu sei. Arregalei os olhos.
Era uma sereia, sem dúvida.
Sofy andou na água até chegar na sereia, a água batendo em sua cintura. Ela acariciou o topo da cabeça da sereia que estava pra fora. Assim, ela apareceu. Da cintura pra cima ela se levantou, sorrindo para Sofy. De lá, Sofy falou para uma estuporada eu.
-Kagome, Izayoi me falou de você e as dançarinas. Mas ela te falei por que vim morar aqui na ilha?
No momento estava tão paralisada e confusa que não sabia nem quem eu era. Abanei a cabeça devagar.
-Eu vim estudar os youkais. – olhei-a prestando atenção em suas palavras. – Apesar de eu ser uma youkai, ainda tenho dúvidas sobre elas. – Me perguntei quem seriam elas. Lógico, ela falava da sereia. Havia mais que uma? – Elas são um mistério para mim até hoje.
Voltou para perto de mim, sentando-se ao meu lado enquanto a sereia aproximava-se o máximo que podia, já que ela não podia ficar muito no raso. A sereia azul parou na nossa frente e deitou-se de bruços, balançando a ponta da cauda no ar e apoiando o queixo nas mãos que estavam apoiadas no chão pelo cotovelo. Sorria, parecia querer ouvir a história também. Eu sentia que uma história estava por vir.
-Quando eu era pequena, meus pais vieram à ilha para tratar de assuntos militares. Uma noite eu sai de casa e fui até um rio que deságua nesse mar. – apontou numa direção acima do castelo, à noroeste. – Ali, naquele rio eu vi uma sereia pela primeira vez. Fiquei espantada, pensei ser apenas um peixe. Mas ela começou a cantar uma música e me trouxe até essa praia. Estava encantada com a voz dela. – olhei para a sereia que sorria para Sofy. – Mas quando chegamos aqui, ela pulou no mar e foi embora. Todas as noites eu voltava para o mar, esperando vê-la novamente, mas quando a encontrava ela me dava às costas e fugia para o mar aberto. Um dia, tentei segui-la, mas nadar não era o meu forte. Então um tubarão apareceu. Não era youkai, era só um tubarão procurando por comida. – olhou para o horizonte. – Eu me assustei, era só uma criança. Então ela apareceu na minha frente e me protegeu com um braço. Por minha culpa essa sereia não tem esse braço, ela o deu para me salvar mesmo me ignorando nos dias anteriores.
-Nossa! – me espantei. Sofy sorriu para nós duas.
-Eu nunca mais a vi depois desse dia. Mas eu via as outras. Todas elas cantam maravilhosamente bem. – olhou para a sereia que ficou confusa mas sorriu do mesmo jeito. – Mas ela tinha a voz mais bonita de todas. – Ela tocou no rosto da sereiazinha. – Vamos, leia a alma dessa garota.
Eu a olhei confusa. Estava falando de mim? Olhei para a sereia. Ela sorriu contra o luar e deitou a cabeça no meu peito. No momento em que ela encostou-se em mim, parei de respirar. Não conseguia! Parecia que ela estava me devorando viva, não conseguia me mexer, sentia uma sensação horrível. Então ela se afastou e olhou para nós duas, levantando-se na cauda. Se estivesse me sentindo bem, diria para ela arranjar uma blusa. Olhei-a, respirando ofegante.
-O que... O que está acontecendo?
Meus olhos estavam pedindo para derramar lágrimas. Por algum motivo queria chorar. Não tinha me machucado, nem física, nem mentalmente. Entretanto, meu coração parecia tão apertado que a vontade de chorar era inevitável.
Inexplicavelmente, tão rápido quanto tudo isso aconteceu, senti meu chão desaparecer e tudo ficar em silêncio total quando a sereia simplesmente...
Cantou.
Eu não consegui mais resistir, chorei ali mesmo, na frente das duas youkais.
Mou hitori de arukenai
toki no kaze ga tsuyo sugite
Ah kizutsuku koto nante
Não posso mais andar s
Os ventos do tempo são muito fortes
Ah, só me abrace agora
-Chega! – eu gritei me levantando e limpando meu rosto. – Pare de cantar! – não entendia por que dizia isso. A voz dela era linda, cantava tão bem... A música era bonita, eu a conhecia. Era a mesma música que mamãe costumava cantar para mim. A mesma música!
Eu não entendia mais nada. Parecia que quando ela cantava estava cantando a minha alma. Isso Era estranho, sentia uma vontade enorme de chorar, era isso o que eu estava fazendo. E quando ela cantava, a dor em meu peito e o nó na garganta só aumentavam.
Eu não parava de pensar em minha mãe. Eu não parava de pensar em Rin. Eu não parava de pensar nas pessoas ao meu redor. Eu queria sumir, me trancar num quarto escuro e pensar sobre mim mesma durante horas.
Eu me sentia presa.
-É isso que você sente agora? – Apesar de sua voz continuar passando a mesma tranqüilidade que a de minha mãe, a odiei naquele momento. – Você está triste com alguma coisa? Sabe, essas sereias podem ler as almas e cantá-las. Há algo que te incomoda? Eu posso te ajudar. – Aproximou-se estendendo-me a pata, por debaixo da capa novamente.
Entretanto eu bati nela, recuando passos.
-Fique longe de mim! – e corri de volta para o castelo.
Quando entrei no quarto as meninas já estavam dormindo, então simplesmente me enterrei no futon.
Mesmo assim, naquela noite eu não parei de pensar em Sofy e minha mãe. Eram tão parecidas, tanto quanto dizem que eu e Kikyou somos. Mas acontece ao contrário.
Kikyou e eu somos parecidas apenas, apenas, na aparência. Por dentro somos muito diferentes (MUITO diferentes, anote isso). Mas com Sofy e minha mãe, elas são iguais por dentro. Tão calmas, tão tranqüilas...
Aquela maldita água querendo sair do meu olho de novo. Enxuguei-o rapidamente, escondendo o rosto debaixo da coberta.
Minha mãe podia ser uma pessoa humilde, mas por dentro era rica, tão preciosa quanto uma verdadeira princesa.
Foi assim que eu descobri a princesa em Sofy e queria muito encontrá-la novamente. Aquele poço de bondade que jorra calma quando estamos perto dela, aqueles olhos verdes e a simpatia de uma verdadeira Deusa.
Queria muito que o sol nascesse e pudesse pedir desculpas à Sofy.
E também queria entender o significado de ler e cantar almas.
--------------------
ORORO PIPOU!!! Saudades, desculpem-me pela demora desse capítulo, eu tinha acabado de escrever, pronta pra postar quando de repente, a imagem congela, simplesmente congela! Eu não perdi tudo!!! Todo esse capítulo foi por água a baixo e tive de reescrevê-lo. Gostei mais do primeiro, mas como não lembrava direito, saiu esse. Espero que mesmo assim vocês gostem, ok? XD
Ah, Kiki-chan atrasou na entrega da fic O Dia Que Não Terminou (songfic não-UA, Kag/Maru, R ou NC-17, para Shampoo-chan) e minha melhor amiga perdeu a noite de sábado dela corrigindo a fic para mim. OBRIGADA NE-CHAN (Neutranurse, que brevemente estará conosco)!!!
Antes das reviews, quero esclarecer uma coisa. Lembram quando falei para não colocarem para ler as fics de vocês? Pois é, acho que muitas pessoas me entenderam mal, mas foi culpa minha, quando li aquilo, parecia que estava dizendo que as fics de vocês SÃO ruins. NADA DISSO, OK? Afinal, quem sou eu para julgar se uma fic é boa ou não?!?!?!
Sem mais cerimônias, as reviews!!!!
Dark Mel – Oi! Mais um voto para meu casal preferido!!! o/ Ohhh!!!!! O terceiro movie? Bom, se vc é do Rio de Janeiro pode achar na Metrópolis (Unicenter II – Taquara). O preço do DVD é R$25,00. Bjus!!!
Dessa-chan – Ora que voto? O voto para o casal principal oras esaa... XP Vote, ok? Bjus!!!
Higurashi Hikari – Huahuahua, valeu pelo seu comment! Parece que consegui fazer alguém votar em Kag/Maru!!! Prepare-se, o próximo capítulo será para esse casal... XD Gostou do youkai meio afeminado? Sorry, mas a idéia não é minha, tenho que admitir, retirei isso do fic da Rozefire (ou Rosefire – Life Exchange foi esse fic que me deu a idéia, quando o Inu ta procurando o Sesshou-maru para roubar a Tenseiga e reviver a Kagome... quando na verdade ela ta vivinha da silva... XD Uma pergunta, se alguém leu esse fic, pode me responder uma pergunta? O que faz o Inu ficar insano é um amuleto do Shichinintai ou é natural mesmo?) Tadinho do fluffy!!! Vc é má!!! XP Bjus!!!
Alize – Oi Alize!!! Pois é, acho que o site ta de marcação comigo, não sei oq eu houve para aprecer dois segundos capítulos... O.o Acho que deu a louca no site (E vai rolar a festa, vai rolar... XD) Ma o problema já tah consertado, pode ir lá ver... Bjus!!!
KOhse – Huhauahuahua!!! Ok, seu voto foi computado para o casal Kag/Maru, e não se preucupe, um diz vc acha seu Maru perdido por ai... hauhauau XD Bjus minina!!!
Elendira – Oi! Huahuahauha XD Estou pensando seriamente em te contratar para ser minha capanga, o que acha? Adoro o jeito como essa sua cabecinha funciona (bate amigavelmente nas costas dela). Huahuahauhau!!! Voto computado, Obrigado e boas compras! (O que é isso, máquinas falantes do Barra Shopping invadindo a fic?!?! Como se já não bastassem os aliens... ¬¬)
Bom, graças a essas pessoas caridosas ai de cima, o placar agora é...
PLACAR:
INU/KAG 6
KAG/MARU 8
ÊÊÊÊÊHHHHHHH!!!!!!!!!!!! Eu disse que a mesa podia virar, num disse??? Eu sou demais!!! Hauhauhauau!!!
Gente, uma coisa que eu quero falar pra vocês: Agora além do comment normal que eu peço à vcs, peço tb que falem qual a primeira impressão da Sofy, a jaguar francesa. Sério, ela terá um grande papel na fic. Mesmo que ela só apareça agora e no final, ela mudará uma coisa sobre Kagome e Inu (pra quem gosta do casal...). O que eu queria era passar a impressão de mãe sobre a Sofy. Entretanto, ela não ficará muito tempo na fic... HAHAUHAUHAU!!! Não conto, não conto, sou muito má!!! As sereias tb serão importantes, elas vão ajudar os dois casais... XP
Tadinha, a Sofy tem uma vida triste, vcs vão descobrir isso no futuro.
Ah, o Naraku demora a parecer, mas ele aparece um dia!!!
Lembrando que o próximo capítulo é pro casal Kag/Maru... XD
HJ SAI MAIS UM ONE-SHOT DA BRASS!!! (palmas ao fundo) Brigada, brigada... hauhauhau XD Tora é o nome da fic, narrada pelo Maru. Mais um Kag/Maru > Pra variar, né? XD Eu estou adorando escrever a história, ela é para minha melhor amiga, Ne-chan (Neutranurse). Só pra avoisar que o fic é Dark, angst, dramático ou o que quer que vocês pensem... '''' O que posso fazer? Angst é a marca da Brass!!! Vcs num leram O Dia Que Não Terminou não é? XD
Bjus à todos que lêem e comentam e também àqueles que passam despercebidos nas fics (tipo eu...¬¬)...
Inu-Kisses
Brass
PS: A música que as serias cantam se chama Forever Love, cantado nos créditos finais de X/1999. Adoro essa música, imagino-a cantada por um coro de sereias, deve ser lindo.
