DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

Notas: não, eu não sou dona dos personagens… Mas isso não me impede de amá-los!

Aline: é verdade, o último capítulo foi tenso – e denso – mas acho que para os fãs de Finn, esse aqui vai abrir novas possibilidades... Beijão e obrigada por ler e deixar reviews!

Di: xiiii, acho que vou ficar devendo mais R&M nessa fic – mas espero que isso motive você a ler a fic que vou publicar em seguida, e que será uma espécie de futuro dessa aqui ;-) Muitas coisas podem acontecer entre os fofuchos mais fofuchos do seriado... Beijos!

Kakau: espero que sua espera e ansiedade tenham valido a pena... Esse capítulo deve lançar alguma luz sobre Finn! Beijos e espero que você goste!

Claudia: o novo capítulo – e último dessa estória – finalmente chegou! Beijos!

Nessa: hummm, esse é o último capítulo dessa fic, que encerra apenas esse episódio... E prepara o terreno para as próximas fics que eu comecei a escrever e espero começar a publicar loguinho... Beijos e espero que aprecie e que continue lendo!

Jess: parece que a senhorita estava adivinhando... Cá está um capítulo que talvez dê mais notícias sobre Finn!!! Beijão!

Rosa: realmente as conversas foram pesadas, né? Não é muito fácil pôr as coisas em pratos limpos... Mas, como você tinha pedido no outro review, cá terá também um desfecho para Finn... Aliás, não um desfecho, propriamente, mas uma abertura para muitas possibilidades! Beijão!

Parte IV – Enquanto isso, em 2033...

Tinha sido por pouco. Escapar dos carros era um pouco mais difícil que escapar dos dinossauros, porque os carros eram mais rápidos. Por outro lado, era mais fácil porque o ruído dos carros era muito menos sutil que o ruído dos raptors, por exemplo.

Ela tinha voltado ao seu antigo esconderijo, no sótão do shopping abandonado.

As coisas estavam exatamente como tinha deixado – afinal, matara seus inimigos antes de ir para o mundo perdido com seus novos amigos. E as outras pessoas estavam todas nos campos de óleo, trabalhando como escravas.

Tinha chegado e se jogado sobre um monte de papelão, que ela antigamente chamava de cama. Era impossível não comparar o que estava vivendo agora com o pouco tempo que passara no mundo perdido, com pessoas que se respeitavam e se gostavam, e que a tinham aceitado como parte da família.

Ainda não entendia como tinha ido parar de volta ao seu tempo. Será que o mundo perdido tinha acabado, e era por isso que em seu tempo não havia mais qualquer sinal daquele paraíso que ela conhecera? Ou será que como Maple White dissera a Challenger, ela tinha sido devolvida ao seu próprio tempo para que as coisas voltassem a seus devidos lugares? Tudo aquilo era muito teórico e complexo para sua compreensão.

Procurou entre suas coisas, era uma pena que não tivesse nada com ela para lembrá-la dos exploradores. Nem uma foto ou uma lembrança, mas sabia que não os esqueceria, eles estavam em seu coração.

Isso a fez lembrar-se de uma caixinha de guardados, que ficava escondido no corpo gasto e puído do urso de pelúcia que fora seu único companheiro desde os quatro anos, quando seus pais tinham morrido. Encontrou o urso dentro de uma caixa que estava sob outras caixas. Ninguém o encontraria ali, exceto ela.

Pegou o urso rasgado e tantas vezes remendado, já sem olhos, com o focinho totalmente gasto, prestes a desaparecer. Virando-o, abriu o botão que fazia com que o seu enchimento original permanecesse dentro dele. Mas agora, envolvido pelo pouco enchimento envelhecido que restava, encontrou a caixinha que conseguira trazer de sua casa antes da guerra. Abriu-a. Dentro estavam vários papéis. Ela na verdade não se lembrava porque tinha guardado tudo aquilo, porque nunca aprendera a ler. Mas sorriu. Agora tudo era diferente. Challenger a tinha ensinado. Ela não era uma leitora rápida, ainda, mas já conseguia entender o que estava escrito.

Espalhando os papéis, começou a abrir um por um para verificar seu conteúdo.

Lentamente, começou a ler cada papel. A maioria era de bilhetes que provavelmente seus pais tinham trocado. Mas isso já a emocionou. Ela tentava não pensar muito nos pais que perdera tão pequena, mas ler aquelas mensagens simples e singelas, trocadas por pessoas que se amavam e que a amavam, algumas mensagens até mencionando seu nome, realmente fizeram com que um nó se formasse em sua garganta...

Porém, no último papel que abriu, quando o desdobrou, encontrou um objeto metálico em seu interior: era bem fininho e leve, talvez por isso nunca imaginou que no meio do papel houvesse algo. Mas era um Trion, como o de Verônica, uma pirâmide com um vórtice... Finn ficou olhando pensativa para o Trion, sentindo ao mesmo tempo seu coração se apertar, sentindo falta daquela que ela aprendera a considerar como uma irmã mais velha. Mas então a curiosidade a venceu, e ela foi ler a mensagem no papel, tentando entender como sua mãe ou seu pai tinham tido acesso a um Trion cento e onze anos depois do tempo de Verônica... E o papel em que o Trion dizia assim, na letra que Finn julgou ser a de sua mãe:

'A população mundial está morrendo, vítima das armas químicas. O que vamos fazer? Apenas nesse lugar sempre e eternamente abençoado e protegido parece haver alguma chance de sobreviver. Mas mesmo esse lugar não consegue ficar imune ao ar que circula e à química que vem com a chuva.

Finn ainda é jovem demais para conhecer seu destino como Protetora do Platô. É apenas uma criança, mal deixou de ser nosso bebê. É nossa sina não poder sair daqui, nem nos salvar enquanto indivíduos, deixando para trás os outros. A proteção e a continuidade do platô estão acima dos nossos interesses pessoais.

Assim foi com Abigail, depois com sua filha Verônica, com minha tataravó Marguerite, com minha bisavó Sara, com minha avó Jessica, com minha mãe Vanessa, comigo agora, e será assim com Finn. Sempre foi assim, e assim sempre será...

Temo apenas que essas forças externas nos destruam antes que Finn possa compreender o que preciso ensinar a ela, sobre ser a Protetora do Platô. Mas ela ainda é uma criança, e teremos muito tempo para isso...'

Finn ficou ali, estática, numa mistura confusa de emoções. Sua mãe tinha sido uma Protetora do Platô. Ela, Finn, também era uma Protetora. Ela era da mesma linhagem de Verônica. Verônica era sua tatataravó ou o nome que se desse a isso! E ela não soubera disso antes...

Se esforçou por lembrar algo que sua própria mãe pudesse ter-lhe ensinado ou mencionado sobre o assunto. Mas nada, absolutamente nada lhe vinha a mente. Na verdade, mal se recordava do rosto de seus pais, era tão pequena quando eles tinham morrido...

Tentou desviar o rumo de suas idéias, e pensar nas oportunidades que tivera de conversar com Verônica... Teria aproveitado as oportunidades adequadamente? Teria usado bem a única chance que tinha tido de aprender um pouco sobre o que era ser uma Protetora? Sabia apenas que tinha aprendido muito com aquela família que a adotara por alguns meses. E aprendera muito com Verônica, uma conexão imediata entre elas desde o primeiro encontro em que as duas inadvertidamente tinham medido forças entre si.

Como é mesmo que Challenger dizia? Que todos eles tinham ido para o Platô por um único motivo, que não era à toa que todos eles estavam juntos? Talvez ela devesse começar a acreditar nisso...

Chorou um pouco, mas quando se levantou, decidida, estava mais forte que antes: tinha agora uma linhagem de mulheres fortes e poderosas que a antecediam e que não tinham falhado. Tinha a lembrança de um grupo de amigos – e alguns agora reconhecidamente mais que amigos – que tinham lhe ensinado sobre fidelidade e fraternidade – e ela não esqueceria. Eles também não tinham falhado. E ela, Finn, também não falharia.

FIM (dessa fic, mas já tem duas outras no forno só esperando as reviews nessa para começarem a ser publicadas, como uma espécie de continuação dessa aqui ;-))

Nota 2: No capítulo "Stranded" da primeira temporada, Marguerite salva Verônica e quando Verônica a agradece por ter salvado sua vida, ela apenas diz a Verônica para dar o seu nome (Marguerite) à primeira filha dela (Verônica). Por isso estou assumindo que o nome da filha de Verônica é Marguerite.

REVIEWS!!!!!!!!!

Estão vendo esse botãozinho GO aí embaixo? Isso, bem no canto inferior esquerdo... Taí! ;-)