Capítulo onze: perigo
A noite passada havia sido maravilhosa. Eles haviam ido ao cinema, jantado, enfim... O dia que se seguiu também havia sido maravilhoso, mesmo Gina e Draco estando separados, por causa do trabalho, mas até ir dormir o dia foi tranqüilo. Até dormir...
****
Água; muita água. Por mais que ela tentasse, não conseguia voltar para a superfície, pois mãos seguravam sua cabeça. Ela então percebeu que eram mãos femininas. Cada vez menos o oxigênio chegava a seu cérebro. Em um reflexo do corpo, abriu a boca, mas nenhum ar entrou. O que ela sentiu foi algo com gosto de sangue. Olhou para os lados desesperada, e viu sangue. Começou a se sentir cada vez mais fraca, até que não agüentou e desmaiou de vez.
****
Gina acordou desesperada e ofegante. Olhou para o lado, e viu Draco dormindo tranqüilamente. Sorriu, e fechou os olhos, em uma tentativa de dormir novamente. Segundos depois abriu seus olhos de supetão, e sentiu uma pontada na barriga, ao mesmo tempo em que sentiu algo escorrendo por suas coxas.
"Draco..." chamou ela baixinho, e ele não acordou.
"Draco..." falou um pouco mais alto, e dessa vez teve um pequeno resultado, um "Hum?" .
"Draco, acorda!" ela gritou ao sentir um fluxo maior do que escorria por suas pernas.
"Que foi, Gina?" Draco perguntou levantando-se e ascendendo o abajur.
"Eu não estou bem..."
"Tudo bem, deve ser só um enjôo!"
"Não, não é!" ela rapidamente afastou as cobertas para o lado, e ambos viram uma enorme poça de sangue, ao mesmo tempo em que Gina sentiu outra pontada, e gritou.
"Fique deitada, eu já volto!" Draco vestiu-se rapidamente, a pegou no colo, e logo os dois aparataram para o St. Mungos.
Logo que chegaram, uma enfermeira os atendeu, e minutos depois já estavam os dois aflitos ao lado do médico.
"Bom, senhora Malfoy, o que mesmo a senhora sentiu?"
"Eu tive um sonho estranho, acordei, senti uma pontada, o sangue começou a escorrer, depois eu senti outra pontada, e viemos pra cá."
"A senhora não sentiu mais nenhuma dor até agora?"
"Bom, quando chegamos aqui, eu estava com uma espécie de cólica, mas muito fraca."
"Entendo... bem, a enfermeira irá lhe dar uma poção sedativa enquanto eu lhe farei alguns exames. O senhor Malfoy pode ir para casa descansar."
"Não, eu prefiro ficar aqui."
Já de manhã, estavam Harry, e Mione, Rony, Mary, Fred, o senhor Weasley, a senhora. Weasley, Draco, e Narcisa, na sala de espera. Todos estavam aflitos, e preocupados. Draco olhava para o teto, sem a menor vontade de falar com ninguém ali, até que uma enfermeira o chamou.
"Senhor Malfoy?"
"Sim?!" ele prontamente levantou.
"Poderia vir aqui um instante?"
"Claro." Ele levantou, e sentiu todos os pares de olhos fixos nele.
Já dentro do quarto hospitalar, ele encontrou Gina com os olhos. Quando ele entrou, ela levantou a cabeça.
"Draco...eu....eu perdi o bebê!" ela disse e logo em seguida caiu em um choro desesperado.
Draco queria chorar, gritar, fingir que isso era uma mentira, etc. Ele levou um choque muito grande. Amava aquele filho, mesmo ele ainda sendo extremamente pequeno, e não queria tê-lo perdido. Ele queria acompanhar Gina no choro, mas não podia.
"Gina, tá tudo bem. Isso é normal, acontece com muitas mulheres. Minha própria mãe já perdeu um bebê!" Draco a abraçou e embalou sem seus braços. Por mais que estivesse arrasado, não podia demonstrar, agora, tinha que dar forças à Gina.
"Draco, os médicos disseram que não houve outra explicação para isso, a não ser um feitiço que me lançaram. Meu organismo estava preparado, minha alimentação correta, eu tava dormindo bem, comendo bem, não carregava peso, andava todo dia de manhã o suficiente para fazer bem ao bebê...tava tudo certo! A única explicação para isso foi um feitiço feito para a pessoa perder o bebê, e os únicos que conseguem praticá-lo são mulheres que perderam um bebê há 24 horas. Mas quem pode ter sido?! Quem fez essa maldade comigo?" ela agora gritava
"Gi, não deve ter sido isso. Talvez o bebê não estivesse bem, ou..."
"Draco, eu já sei quem foi! Você se lembra da mulher da noite retrasada? Aquela de cabelos e olhos pretos?"
"Julianne?"
"Isso!"
Draco não se conformou. Não podia ter sido ela. Por que alguém faria isso? Por que alguém seria tão insensível? Como alguém teria coragem de fazer mal a uma pobre vida, que nem sequer tinha nascido ainda?!
"Não Gina, não poderia ser ela! Por que ela faria isso?"
"Bom, naquela noite, quando você falou que eu estava grávida, seu rosto tomou uma expressão de raiva e tristeza. Ela provavelmente ficou com inveja, porque nós estávamos muito felizes, e quis dar o troco. Ela devia ter perdido o bebê não fazia muito tempo, e quando eu lhe dei o papel com um celular, vi que ela sibilava alguma coisa."
"Devia ser o feitiço..."
"Exatamente! E como havia de ser, 24 horas depois, surgiu o efeito: eu perdi o bebê!"
"Merlin! Eu não acredito que existam pessoas tão egoístas e insensíveis nesse mundo! Por causa daquela desgraçada nosso bebê morreu!" Draco gritava. Havia perdido o controle dessa vez, e demonstrado tudo que estava sentindo.
"Eu sei...é horrível! Mas ela terá o troco. Caso ela não saiba, as conseqüências de você jogar esse feitiço em uma bruxa são: acabará sozinha para o resto de sua vida, e não poderá ter mais nenhum filho."
"Quer dizer então que se fosse em alguma trouxa isso não aconteceria?"
"Não."
"Então é isso! Quando você lhe entregou o número do seu celular, ela pensou que você era trouxa, e lhe lançou o feitiço achando que iria se safar."
"Eu não tinha pensado nisso...mas você provavelmente está certo!"
"Bom, tudo o que temos que fazer agora é voltarmos pra casa, você ficar em repouso por uma semana, e tentarmos voltar ao normal."
"E você acha que é fácil, Draco?"
"Eu sei que não é Gina, mas é tudo que temos que fazer! Você pensa que eu não fiquei triste? Eu fiquei arrasado, mas nós precisamos tocar a vida! Ou você acha que devemos ficar de luto, de cara fechada, sem comer, sair, e nem sequer olharmos um para cara do outro? É ruim ter perdido um filho? Claro que é, mas nós não temos como trazer nosso bebê de volta!"
Gina começou a chorar novamente.
"Os médicos disseram que era uma menina. Assim como eu havia previsto." Draco a abraçou novamente. "Eu estou muito triste!"
"Eu também, meu amor, eu também!"
"Draco..."eles se afastaram um pouco, e se olhavam nos olhos. "Nós podemos tentar novamente?"
Pela primeira vez em horas, ele sorriu.
"Quantas vezes você quiser!"
******
Draco caminhava até a sala de espera, e quando lá chegou, todos levantaram hesitantes com a resposta que ele daria.
"Gina perdeu o bebê. Alguém jogou um feitiço nela para perder o bebê, e aconteceu. Mas ela está dormindo e fora de perigo. Podem voltar para suas casas e descansar, ou trabalhar."
Obviamente que todos ficaram mais um tempinho para saberem todos os detalhes da história, e depois foram para suas casas. Draco voltou para casa, tentou descansar, mas não adiantou. Pouco depois do meio dia, ele voltou ao hospital, e junto com Gina, voltaram para casa.
Como ambos estavam muito abalados, eles preferiram não falar no assunto, e tentar não pensar.
Gina disse que preferia dormir em seu quarto naquela noite, e tufo que Draco pode fazer foi concordar. Quando era de madrugada, ele escutou um choro, e seguiu o barulho. Vinha do quarto de Gina, e pela porta entreaberta, Draco a flagrou sentada no chão de seu quarto dobrando todas as roupinhas que tinha comprado para o bebê, chorando, e se perguntando "por quê?". Ele mesmo ficou tocado com aquilo e morrendo de vontade de chorar, mas se segurou. A sensação que tinha toda vez que olhava nos olhos tristes e vazios de Gina, era de que seu coração estava sendo esmagado, e que as lágrimas não paravam de se multiplicar, e escorrer por sua face.
Mas até que a semana correu tranqüilamente, na medida do possível, claro! Gina repousou, e Draco e a empregada, cuidaram de Gina com o maior carinho e atenciosidade possíveis.
N/A: então, o que acharam? Por favor, me incentivem! Ou seja...reviews. Bjs, anna
A noite passada havia sido maravilhosa. Eles haviam ido ao cinema, jantado, enfim... O dia que se seguiu também havia sido maravilhoso, mesmo Gina e Draco estando separados, por causa do trabalho, mas até ir dormir o dia foi tranqüilo. Até dormir...
****
Água; muita água. Por mais que ela tentasse, não conseguia voltar para a superfície, pois mãos seguravam sua cabeça. Ela então percebeu que eram mãos femininas. Cada vez menos o oxigênio chegava a seu cérebro. Em um reflexo do corpo, abriu a boca, mas nenhum ar entrou. O que ela sentiu foi algo com gosto de sangue. Olhou para os lados desesperada, e viu sangue. Começou a se sentir cada vez mais fraca, até que não agüentou e desmaiou de vez.
****
Gina acordou desesperada e ofegante. Olhou para o lado, e viu Draco dormindo tranqüilamente. Sorriu, e fechou os olhos, em uma tentativa de dormir novamente. Segundos depois abriu seus olhos de supetão, e sentiu uma pontada na barriga, ao mesmo tempo em que sentiu algo escorrendo por suas coxas.
"Draco..." chamou ela baixinho, e ele não acordou.
"Draco..." falou um pouco mais alto, e dessa vez teve um pequeno resultado, um "Hum?" .
"Draco, acorda!" ela gritou ao sentir um fluxo maior do que escorria por suas pernas.
"Que foi, Gina?" Draco perguntou levantando-se e ascendendo o abajur.
"Eu não estou bem..."
"Tudo bem, deve ser só um enjôo!"
"Não, não é!" ela rapidamente afastou as cobertas para o lado, e ambos viram uma enorme poça de sangue, ao mesmo tempo em que Gina sentiu outra pontada, e gritou.
"Fique deitada, eu já volto!" Draco vestiu-se rapidamente, a pegou no colo, e logo os dois aparataram para o St. Mungos.
Logo que chegaram, uma enfermeira os atendeu, e minutos depois já estavam os dois aflitos ao lado do médico.
"Bom, senhora Malfoy, o que mesmo a senhora sentiu?"
"Eu tive um sonho estranho, acordei, senti uma pontada, o sangue começou a escorrer, depois eu senti outra pontada, e viemos pra cá."
"A senhora não sentiu mais nenhuma dor até agora?"
"Bom, quando chegamos aqui, eu estava com uma espécie de cólica, mas muito fraca."
"Entendo... bem, a enfermeira irá lhe dar uma poção sedativa enquanto eu lhe farei alguns exames. O senhor Malfoy pode ir para casa descansar."
"Não, eu prefiro ficar aqui."
Já de manhã, estavam Harry, e Mione, Rony, Mary, Fred, o senhor Weasley, a senhora. Weasley, Draco, e Narcisa, na sala de espera. Todos estavam aflitos, e preocupados. Draco olhava para o teto, sem a menor vontade de falar com ninguém ali, até que uma enfermeira o chamou.
"Senhor Malfoy?"
"Sim?!" ele prontamente levantou.
"Poderia vir aqui um instante?"
"Claro." Ele levantou, e sentiu todos os pares de olhos fixos nele.
Já dentro do quarto hospitalar, ele encontrou Gina com os olhos. Quando ele entrou, ela levantou a cabeça.
"Draco...eu....eu perdi o bebê!" ela disse e logo em seguida caiu em um choro desesperado.
Draco queria chorar, gritar, fingir que isso era uma mentira, etc. Ele levou um choque muito grande. Amava aquele filho, mesmo ele ainda sendo extremamente pequeno, e não queria tê-lo perdido. Ele queria acompanhar Gina no choro, mas não podia.
"Gina, tá tudo bem. Isso é normal, acontece com muitas mulheres. Minha própria mãe já perdeu um bebê!" Draco a abraçou e embalou sem seus braços. Por mais que estivesse arrasado, não podia demonstrar, agora, tinha que dar forças à Gina.
"Draco, os médicos disseram que não houve outra explicação para isso, a não ser um feitiço que me lançaram. Meu organismo estava preparado, minha alimentação correta, eu tava dormindo bem, comendo bem, não carregava peso, andava todo dia de manhã o suficiente para fazer bem ao bebê...tava tudo certo! A única explicação para isso foi um feitiço feito para a pessoa perder o bebê, e os únicos que conseguem praticá-lo são mulheres que perderam um bebê há 24 horas. Mas quem pode ter sido?! Quem fez essa maldade comigo?" ela agora gritava
"Gi, não deve ter sido isso. Talvez o bebê não estivesse bem, ou..."
"Draco, eu já sei quem foi! Você se lembra da mulher da noite retrasada? Aquela de cabelos e olhos pretos?"
"Julianne?"
"Isso!"
Draco não se conformou. Não podia ter sido ela. Por que alguém faria isso? Por que alguém seria tão insensível? Como alguém teria coragem de fazer mal a uma pobre vida, que nem sequer tinha nascido ainda?!
"Não Gina, não poderia ser ela! Por que ela faria isso?"
"Bom, naquela noite, quando você falou que eu estava grávida, seu rosto tomou uma expressão de raiva e tristeza. Ela provavelmente ficou com inveja, porque nós estávamos muito felizes, e quis dar o troco. Ela devia ter perdido o bebê não fazia muito tempo, e quando eu lhe dei o papel com um celular, vi que ela sibilava alguma coisa."
"Devia ser o feitiço..."
"Exatamente! E como havia de ser, 24 horas depois, surgiu o efeito: eu perdi o bebê!"
"Merlin! Eu não acredito que existam pessoas tão egoístas e insensíveis nesse mundo! Por causa daquela desgraçada nosso bebê morreu!" Draco gritava. Havia perdido o controle dessa vez, e demonstrado tudo que estava sentindo.
"Eu sei...é horrível! Mas ela terá o troco. Caso ela não saiba, as conseqüências de você jogar esse feitiço em uma bruxa são: acabará sozinha para o resto de sua vida, e não poderá ter mais nenhum filho."
"Quer dizer então que se fosse em alguma trouxa isso não aconteceria?"
"Não."
"Então é isso! Quando você lhe entregou o número do seu celular, ela pensou que você era trouxa, e lhe lançou o feitiço achando que iria se safar."
"Eu não tinha pensado nisso...mas você provavelmente está certo!"
"Bom, tudo o que temos que fazer agora é voltarmos pra casa, você ficar em repouso por uma semana, e tentarmos voltar ao normal."
"E você acha que é fácil, Draco?"
"Eu sei que não é Gina, mas é tudo que temos que fazer! Você pensa que eu não fiquei triste? Eu fiquei arrasado, mas nós precisamos tocar a vida! Ou você acha que devemos ficar de luto, de cara fechada, sem comer, sair, e nem sequer olharmos um para cara do outro? É ruim ter perdido um filho? Claro que é, mas nós não temos como trazer nosso bebê de volta!"
Gina começou a chorar novamente.
"Os médicos disseram que era uma menina. Assim como eu havia previsto." Draco a abraçou novamente. "Eu estou muito triste!"
"Eu também, meu amor, eu também!"
"Draco..."eles se afastaram um pouco, e se olhavam nos olhos. "Nós podemos tentar novamente?"
Pela primeira vez em horas, ele sorriu.
"Quantas vezes você quiser!"
******
Draco caminhava até a sala de espera, e quando lá chegou, todos levantaram hesitantes com a resposta que ele daria.
"Gina perdeu o bebê. Alguém jogou um feitiço nela para perder o bebê, e aconteceu. Mas ela está dormindo e fora de perigo. Podem voltar para suas casas e descansar, ou trabalhar."
Obviamente que todos ficaram mais um tempinho para saberem todos os detalhes da história, e depois foram para suas casas. Draco voltou para casa, tentou descansar, mas não adiantou. Pouco depois do meio dia, ele voltou ao hospital, e junto com Gina, voltaram para casa.
Como ambos estavam muito abalados, eles preferiram não falar no assunto, e tentar não pensar.
Gina disse que preferia dormir em seu quarto naquela noite, e tufo que Draco pode fazer foi concordar. Quando era de madrugada, ele escutou um choro, e seguiu o barulho. Vinha do quarto de Gina, e pela porta entreaberta, Draco a flagrou sentada no chão de seu quarto dobrando todas as roupinhas que tinha comprado para o bebê, chorando, e se perguntando "por quê?". Ele mesmo ficou tocado com aquilo e morrendo de vontade de chorar, mas se segurou. A sensação que tinha toda vez que olhava nos olhos tristes e vazios de Gina, era de que seu coração estava sendo esmagado, e que as lágrimas não paravam de se multiplicar, e escorrer por sua face.
Mas até que a semana correu tranqüilamente, na medida do possível, claro! Gina repousou, e Draco e a empregada, cuidaram de Gina com o maior carinho e atenciosidade possíveis.
N/A: então, o que acharam? Por favor, me incentivem! Ou seja...reviews. Bjs, anna
