Capítulo treze: Ameaças

Gina acordou, e viu que Draco ainda dormia. Deu um selinho nele, e se levantou. Tomou banho, e se trocou. Olhou-se no espelho, e passou a mão na barriga. Era tão triste não ver mais aquela barriguinha no espelho, ou apenas senti-la. Era triste saber que perdera seu bebê, por causa da inveja dos outros. Se ela estava feliz, que Julianne deixasse ela ser feliz, e tentasse outro filho com seu marido, mas não tirasse a vida de um inocente.

Tentou esquecer isso, ao sentir as lágrimas se formarem em seus olhos, e foi para a cozinha preparar o café.

"Olá Maria!"

"Olá senhorita Gina. Ai, desculpe, mas eu ainda não me acostumei com o Senhora Malfoy!"

Gina sorriu.

"Está tudo bem. Pode me chamar só de Gina, mesmo! Mas eu não vim aqui discutir nomes... Me faz um favor?"

"Claro!"

"Prepara uma bandeja de café da manhã com tudo que tem direito, que eu vou levar no quarto para eu e Draco comermos."

"Sim, senhori...senhora!"

Quinze minutos depois, Gina foi em direção ao quarto levando a bandeja de café.

"Bom dia, Draco!"

Abriu a porta, mas Draco não estava lá. Ouviu barulho de chuveiro e supôs que ele estava no banho. Pôs a bandeja na pequena mesa que ficava na varanda, e lá se sentou em uma cadeira, esperando pelo marido, e observando os flocos de neve no chão, e observando a manhã cinzenta. Draco saiu do banho, se trocou, e quando já estava indo para a cozinha, notou que Gina estava sentada lá fora.

"Gina?"

"Bom dia, meu amor!"

"Gina, são sete da manhã, e você deve estar morrendo de frio aí fora!"

"Draco, não se preocupe, eu não estou com frio. Estou bem agasalhada! Mas estou com fome, e só vou comer se você também tomar café da manhã comigo!"

"Mas Gi, eu tenho que trabalhar, e..."

"Draco Malfoy, você é o chefe, é o dono, e pode chegar a hora que quiser! Além do mais, hoje é natal, e ninguém deveria estar trabalhando!"

"Mas a Maria está!"

"Bom, porque hoje ela é nossa convidada, na verdade. E também não deve ter ninguém lá no escritório, não?"

"Bem...é, não tem ninguém! Eu dispensei todos."

"Viu?! Então, hoje você não vai. Nem amanhã!"

"Mas..."

"Nada de mas, se não eu vou ficar brigada com você, e sem olhar pra sua cara!"

"Está bem... o que temos de café da manhã?"

Gina sorriu, Draco se sentou, e eles começaram a comer.

Mal tinham mordido as tortinhas de abóbora, o celular de Gina toca, e ela corre para atender.

"Alô?"

Nada.

"Alô?" insiste Gina.

Nada.

"Alô?"

Desligam o telefone.

"Draco..."

"Que foi, Gina? Você está pálida."

"Eu estou com medo!"

"Mas por quê?"

"Eu não sei direito. Alguém acabou de me ligar, e não disse nada."

"Bom, mas você não tem identificador de chamada?"

"Não. Não havia necessidade. Os únicos que sabem meu celular são a Mione, o Harry, o Rony, papai, Mark, e você."

"Então não deve ser nada. Deve ter sido seu pai, que te ligou perguntando porque você não foi na festa. Ele ainda não aprendeu a mexer direito no telefone, e deve ter se atrapalhado."

"É, deve ter sido..." concordou ela, um pouco insegura.

Draco achou melhor não comentar, mas tinha medo de que fosse Julianne.

**********

Estavam tendo um ótimo almoço, Draco, Gina, e Maria. Conversavam e riam, e logicamente, comiam. Tinha de tudo na mesa. Gina decidira que, por não ter comemorado o Natal conforme a tradição no dia anterior, comemoraria nesse dia. Mais uma vez o celular de Gina tocou. Ela e Draco trocaram olhares preocupados, e depois de engolir em seco, ela atendeu, meio temerosa.

"A-alô?"

Nada.

"Pelo amor de Deus, quem está falando?!"

Uma música de ninar começou a tocar, juntamente com um som de risada de bebê, e um choro de mulher. Gina começou a chorar, e passou o celular para Draco.

"Olha, eu não sei quem está falando, mas quando eu..." ele disse assim que pegou o celular, mas não pode terminar, pois desligaram.

"Gina, o que aconteceu? O que disseram?"

Em meio a soluços, ela conseguiu falar.

"Eu atendi o celular, daí começou a tocar uma música de bebê, junto com uma risada de bebê, e um choro de mulher."

Draco respirou fundo antes de falar.

"Gina, você sabe quem é, não?"

Ela fez que sim com a cabeça.

"Muito bem. Eu quero que você seja forte, respire fundo, se acalme, e me diga quem é."

"Mas você também sabe!"

"Mas eu preciso que você me diga. Preciso saber que você é forte e consegue dizer o nome dessa pessoa."

Ela respirou fundo, fechou os olhos, e disse.

"Ju-Ju-Julianne."

"Deus...que desgraçada!" disse dando um forte tapa na mesa. "Tudo bem. Gina, vamos para o quarto. Maria, por favor, você pode preparar um chá para ela?" Maria concordou, e ele sorriu em agradecimento. Pegou Gina no colo, e a levou para o quarto, enquanto ela chorava. Ajudou a mulher a por o pijama, deitar na cama, e tomar o chá, que Maria trouxe. Trocou-se também, e se deitou ao lado de Gina, abraçando-a, e lhe afagando os cabelos. Gina dormiu meia hora depois, mas Draco ainda demorou a pegar no sono.

Quando eram quatro da manhã, Gina e Draco acordaram com o barulho do celular tocando. Um olhou para a cara do outro, e Draco pegou o celular.

"Alô?"

A música começou a tocar novamente, e ele rapidamente fechou o celular (n/a: p/ quem ainda não entendeu, o celular dela é tipo aquele sansung colors, que é prata, e de abre e fecha, e que quando você fecha, ele "desliga"). Mas Julianne era insistente, e o telefone tocou mais uma vez.

"Gina, não atenda!" ordenou Draco.

Mas ela não obedeceu, e atendeu. Uma voz maléfica, e longe de ser a de Julianne, na noite em que se conheceram, a ameaçou.

"Você acabou com a minha vida! Eu acabarei sozinha pro resto da vida, por sua causa. Eu vou te matar, tenha certeza disso..." antes que a ruiva pudesse responder qualquer coisa, Julianne desligou o telefone. Gina contou a Draco a ameaça, e eles se abraçaram, e choraram.

"Não se preocupe, Gina. Eu nunca vou deixar que nada te aconteça." Durante a madrugada Julianne ligou mais cinco vezes. Quatro vezes tocava a música de ninar, e uma ameaça. O que ela não sabia, é que eles estavam gravando isso, e que no dia seguinte iriam até o ministério denunciá-la.

Draco acordou no outro dia extremamente cansado, e percebeu que Gina não estava mais dormindo. Ouviu um choro vindo do banheiro, abriu a porta devagar, e encontrou Gina sentada no chão, encolhida, e chorando. Percorreu os olhos pelo banheiro, percorreu os olhos por este, e encontrou o celular caído no chão,e totalmente destroçado: Julianne ligara novamente.

N/A: Oieee!!! Bom, esse capítulo pode estar meio chatinho, e bobo, mas era preciso! Me mandem reviews, dizendo se gostaram, se odiaram, críticas, sugestões, etc... Ah, devo agradecer à todos os reviews novamente, e dizer que é por causa deles que essa fic ainda existe e ainda terá mais alguns capítulos, porque se não fossem vocês, eu teria terminado ela no capítulo nove, e com uma final totalmente ridículo, e péssimo. Muito, muito, muito obrigado pessoal!!!

Mary, ainda vou fazer a Gina sofrer um pouquinho, ok? Hehe...

B-jinhus, Anna (