Um Novo Rumo
Capítulo 5
"A revelação e suas conseqüências"
A ceia natalina na mansão da família Kido está tão animada que Saori Kido, a anfitriã do banquete, já está implorando a Deus uma adaga para se matar. Isso porque todos os convidados sem exceção, não paravam de falar sobre investimentos, aplicações de risco e todos esses assuntos tão "excitantes" do mundo dos negócios. Na realidade, a jovem queria que ao invés dos investidores, estivessem os seus amigos de verdade. Mas como sabia que ao contrário de Ikki, (que apesar de também ser um executivo da Fundação Graad e futuro presidente das empresas da família Kido), não poderia faltar a uma reunião como aquela, a única saída que a jovem deusa tem é esperar pacientemente o fim daquela entediosa ceia.
- Senhorita Kido, acha que com a queda repentina do Euro teremos chance de fecharmos de vez a negociação com àquela empresa brasileira de exploração de petróleo? – um japonês de óculos do tipo "fundo de garrafa", tenta puxar assunto com a jovem que está com uma mão no queixo e com um olhar de quem está na realidade, a anos-luz daquele lugar.
- Hã... O que o senhor disse? – ela pergunta acordando do transe momentâneo.
- Eu perguntei se a senhorita acha que... – ele é interrompido pela própria Saori que se levanta repentinamente do seu lugar na mesa.
Saori sente que o acontecimento que ela estava esperando há muito tempo, acabara de se realizar.
- Senhores, com licença. – e sai sem a menor cerimônia da sala de jantar, indo em direção ao mordomo Tatsumi.
- O que houve senhorita... – Tatsumi começa a falar, mas também é interrompido pela jovem.
- Volto logo Tatsumi. – ela diz, saindo em uma pequena corrida.
Assim, ela vai até um corredor vazio da mansão. Tira da pequena bolsa Louis Vuitton um celular e imediatamente, começa a discar um número. Ela espera um tempo com o aparelho no ouvido, mas desiste e torna a discar outro número. Dessa vez, parece ter êxito.
- Alô? Oi, é a Saori. Tudo bem, Shun. Bem... Aconteceu alguma coisa estranha? Como?! Sei... Sabe me dizer para onde ele foi? Ah... Então está certo. E você vai para onde? Certo. Me aguarda lá que eu estou chegando. Tchau.
Rapidamente ela joga o aparelho de volta na bolsa e sai a passos largos até o seu quarto e logo em seguida, para a sala de jantar. Todos os seus convidados olham para a jovem, completamente assustados.
- Senhores. Aconteceu um pequeno imprevisto e por conta disso, sou obrigada a me retirar. Tenham todos um Feliz Natal e... – ela olha para cada um e conclui – parem de falar tanto sobre trabalho! Não sei como permanecem casados até hoje!
As caras de assombro deles e de Tatsumi não poderiam ter sido maiores naquela hora. Saori dá um risinho maroto e com um pequeno embrulho de presente nas mãos, ela sai da mansão, pega um dos carros da garagem e sozinha, sai em direção ao centro da cidade de Tóquio. Seus sentidos de deusa não a enganavam. Ikki deveria estar em algum lugar bem alto, bem típico de uma ave de rapina.
Shun mal tinha visto o irmão desaparecer de vista quando o seu celular tocou. Era Saori, que parecia ter adivinhado que algo de diferente tinha acontecido a ele e a Ikki. Ainda anestesiado com a notícia que acabara de receber, ele joga o minúsculo aparelho no bolso e quando está dando meia-volta até a casa de Sakura...
- Eu também estou muito surpreso com tudo isso, rapazinho. – Isao como por mágica aparece diante de Shun.
- O senhor?! – Shun quase dá um pulo de susto.
- Sim, quem achava que seria? Brad Pitt? – ele fala, mas logo se retrata – Por favor, me desculpe. Acho que esta noite será muito longa para todos nós... Principalmente para Asuka e...
- Como ela está?! – Shun pergunta aflito.
- A pressão dela baixou um pouco e por isso ela está no quarto repousando. – Isao peneira a garganta, preparando-se para aquela próxima pergunta – Bem... Shun... Você e o seu irmão Ikki são filhos de Asuka com que homem?
- Mitsumasa Kido. – ele fala automaticamente.
- O fundador da Fundação Graad?! – Isao pergunta surpreso.
- Sim.
Por um breve momento, o silêncio reinou entre os dois. Porém, Isao retoma a palavra, agora muito mais calmo e sereno.
- Por favor, Amamiya-san, peço-lhe que venha amanhã para que converse melhor com Asuka, digo, sua mãe. Acho que hoje isso não é mais possível.
O jovem apenas acenou com a cabeça afirmando que sim. Isao pela primeira vez lhe dirigiu um sorriso que para Shun fora sincero e sem mais nenhuma palavra, ele se retira, retornando para o Orfanato "Filhos das Estrelas". O jovem cavaleiro precisava contar tudo o que acontecera para a primeira pessoa que visse, urgentemente.
Na casa de Isao, o clima não poderia ser outro. Tomoko e Sakura estão do lado de Asuka que após alguns calmantes, parecia ter cochilado. Tomoko não tinha coragem de perguntar nada para Sakura que parecia está perdida em meio a tantos acontecimentos. Sem dizer nada, a filha de Asuka sai do quarto, se dirigindo até a árvore de natal, onde Shun tinha depositado um presente para ela há pouco tempo atrás. Com cuidado, a adolescente desenrola o laço que prendia o embrulho e de dentro da caixa, ela retira um pesado álbum de retratos. Ao folhear as primeiras páginas, seus olhos se enchem de lágrimas. O álbum contém fotos que Shun tinha tirado em diversas partes do mundo. A natureza vista sob a lente de um fotógrafo que parecia amar muito o mundo. Sim, aquele rapaz que ela tão repentinamente descobrira ser o seu irmão, ama o mundo da mesma intensidade que ela ama. Seus olhos, porém, não seguram mais as lágrimas quando ela vê uma foto um tanto especial. Nesta, Shun está ao lado de Ikki no que parecia ser ruínas de algum templo grego. Os dois sorriam descontraidamente.
- Aquele "bobo" tem o sorriso igual ao da mamãe... – ela diz para si mesma.
Então, ela retorna o álbum para a caixa de presente e embrulha tudo novamente. Decididamente, aquele presente não era para ela. Era para a sua mãe.
Centro de Tókio.
Ikki contemplava a iluminada cidade no alto da maior torre existente em Tókio. O vento gelado bate em seu rosto com uma fúria tremenda, mas aquela ventania não era nada se comparada ao turbilhão de sentimentos que estavam arrasando ele por dentro. Ele não teria ficado louco. Ainda se lembrava de como Mitsumasa tinha dito com tamanha frieza para ele ainda no hospital que a mãe dele tinha morrido ao dar a luz à Shun. Desde aquele momento, ele e o seu irmão foram "condenados" a viverem da "caridade" de Mitsumasa Kido. Também se lembrava nitidamente que antes de viajar até a Ilha da Rainha da Morte, descobriu que ele, Shun e os outros três cavaleiros de bronze "maiores" eram todos filhos dele com mulheres diferentes. A imagem de Mitsumasa confidenciando esse segredo à Tatsumi em um escritório da mansão era tão vívida que ele parecia ainda ouvir a voz rouca do "velho Kido" (ele sempre o chamara assim) pedir a Tatsumi, segredo total sobre "esse assunto". A partir desse dia, Ikki descobrira o seu lado mais sombrio, lado esse que aflorou ainda mais durante os sofridos anos que passou em seu treinamento no Pacífico Sul.
- Feliz Natal Ikki! – Saori interrompe bruscamente todo o "flashback" que Fênix está tendo naquele momento.
- Kido?! O que você está fazendo aqui?! – Ikki pergunta totalmente assustado com a repentina aparição de Saori sem mais nem menos.
- O mesmo que você, – ela responde com um largo sorriso – nada! – ela se senta da mesma forma que ele, no parapeito da torre, deixando seus pés pendentes para o lado de fora do edifício.
-... – ele dá calado como resposta e então, os dois ficam assim, sem falarem nada, apenas olhando a iluminação metropolitana por um longo tempo. Saori novamente tenta quebrar o gelo.
- Acho que o título de "Cidade da Luz" deveria ser para Tókio! Não viu como a cidade fica belíssima durante essa época do ano?
- Você não veio aqui para nada Saori. – ele fala secamente – Desembucha logo o que veio falar e depois saia logo daqui.
- Bem, já que insiste... – ela fala como se Ikki tivesse terminado de falar a maior doçura que ela já tivesse escutado – vim lhe entregar esse presente de Natal. – e estende para ele um embrulho.
- Não quero.
- Vai querer sim, eu lhe garanto! – ela está com aquela cara de menina pedindo para os pais um presente caríssimo.
Ele olha para ela e automaticamente, recebe o presente e começa a rasgar o papel. Ele descobre então, ser um velho livro. Na realidade, um diário.
- O que é isso...? – ele pergunta ao abrir o diário.
- O diário do vovô... – ela fala um pouco temerosa.
- O que?! – ele pergunta incrédulo com a capacidade de Saori em lhe dar como presente, um objeto daquele homem que ele tanto odeia – Eu lá quero essa porcaria! – e quando ele ia jogar o diário torre abaixo, Saori pula em direção ao pescoço dele, impedindo-o de cometer tal ato.
- Não joga o diário não! Você precisa saber de uma coisa muito importante! – ela fala quase gritando.
- Do que eu preciso saber?! – ele fala irritado – Já me basta todas as mentiras que ele inventou durante todos esses anos! Já me basta saber que a única pessoa que eu respeitava também é outra mentirosa! Quer saber de uma coisa Kido?! A minha vida começou a virar o inferno que é até hoje por causa de seu avô!!! Antes aquele velho cretino e aquela mentirosa tivessem morrido antes mesmo de eu nascer!
- Não fale assim de sua mãe! – Saori fica lívida de raiva e quando se acalma - Eu sei o que você está sentindo Ikki... – ela fala quase em um sussurro.
- Não!!! Você não faz a menor idéia do que eu estou passando ou sentindo, senhorita Kido!!!
Saori abaixa a cabeça totalmente decepcionada. Seu plano havia falhado. Ela sabia que mais cedo ou mais tarde Ikki e Shun iriam saber a verdade sobre sua mãe, mas não imaginou que seria daquela maneira. Ela queria que Ikki apagasse de uma vez por todas a persistente mágoa que ele nutria contra seu pai, mas viu naquele momento que isso parecia mais difícil do que imaginava.
- Ikki, não se esqueça de que eu também não tenho uma mãe... – e se virou, na intenção de sair.
Fênix mentalmente se praguejou por ter sido tão duro com Saori. Era claro que ela entendia o que ele está passando, pois como disse, ela não possuía uma mãe, pois versa na mitologia grega que a deusa Metis, ainda grávida de Athena, foi devorada por Zeus, em mais um de seus acessos de fúria. Por isso, foi que Athena, poupada da ira de seu pai, nasceu de sua cabeça e (dizem alguns) foi por puro arrependimento pelo ato cometido, que Zeus a amou mais do que todas as suas outras filhas.
- Espere Kido! – ele consegue agarrar a jovem pelo braço – Olha... Me desculpe. Não foi isso que eu quis dizer e...
- Não precisa pedir desculpas Ikki. Aliás, desculpas não combinam com você. – ela dá um sorriso meio que constrangido – O que você precisa realmente é tentar compreender o porquê de tudo ter acontecido com você e com seu irmão dessa maneira. Só isso.
Ele solta o braço dela devagar. Ao se soltar das mãos dele, ela termina.
- Bem... Eu espero ver tudo isso resolvido antes das festas de fim de ano, pois eu pretendo fazer uma grande festa de reveillon para todos vocês! Até logo.
E assim, a deusa regente do Santuário grego se retira em direção ao Orfanato, deixando Ikki com o seu "presente" de Natal em mãos. Ele a vê descer as escadas que dão ao último pavimento da torre. Quando o vulto de Saori desaparece por completo, ele abre o diário exatamente na página que está marcada. A data era a do dia do nascimento do seu irmão Shun. Rapidamente Ikki rasga aquela página, colocando-a no bolso da calça e joga o resto do diário, torre abaixo.
E assim, aquele conturbado 24 de dezembro finalmente termina, dando lugar ao dia 25, dia de Natal.
Na manhã seguinte...
- E então foi isso... – Asuka, que ainda está deitada na cama, termina de contar a Isao tudo o que ela escondera dele durante todos esses anos.
- E por que você não me contou isso logo quando nos conhecermos? - Isao pergunta com uma ponta de tristeza na voz – Por que deixou tudo isso guardado dentro de você? O que fez não foi certo...
- Você queria que eu tivesse dito que tinha um filho morto e outro desaparecido quando nos conhecermos? Isso era um problema exclusivamente meu e...
- E esse seu orgulho sem sentido a fez sofrer durante todos esses anos...
- Me perdoe Isao... – tentando esconder as lágrimas que novamente estavam se formando em seus olhos, Asuka abraça o marido dizendo baixo em seu ouvido – Me perdoe por todos os meus erros...
- Não precisa pedir desculpas, minha querida. – Isao retribui o carinho – Você não tem culpa de nada. Também foi enganada pelo pai de seus filhos. – e fazendo com que Asuka o encarasse novamente, ele fala – Viu como o seu filho mais novo se parece com você?
- Sim, eu notei. – ela diz, dando um sorriso que rapidamente se desfaz – Mas eles hoje não me perdoam... Acham que eu os abandonei... – e uma lágrima rola por sua face.
- Não fale isso, Asuka. Eles ainda não sabem da verdadeira história. E não é pelo fato de que o seu filho mais velho agiu daquela forma ontem, que o mais moço vá também lhe rejeitar. Acho que Ikki está magoado porque conseguiu memorizar todos os tristes momentos que viveu naquela época...
- Ele se tornou um homem belo... – Asuka pensa alto.
- E íntegro. – termina Isao.
A conversa é interrompida com um grito entusiasmado de Sakura.
- Você veio!!! – Sakura não se segurou ao ver que é Shun no portão.
- Claro... Ei! Vai me derrubar! Rsrsrsrs... – ele fala divertido ao ver que a adolescente o abraça no melhor estilo Chi de Chobits.
- Ah... Foi mal! Ehehehe... – Sakura o solta um pouco constrangida.
- Você é bem pontual rapazinho. – Isao aparece.
- Eu vim falar com... – Shun é interrompido por Isao.
- Ela está a sua espera. – e com um gesto cortês, Isao o leva para o quarto de Asuka.
Ao entrar no recinto, o coração do jovem cavaleiro dispara. A pessoa que ele sempre julgou morta está viva e bem diante de seus olhos.
Asuka por sua vez, não esboça qualquer reação, temerosa de que qualquer ação precipitada o fosse afastar de vez dela.
E dessa forma, ficaram por um brevíssimo espaço de tempo, o que para Asuka correspondeu a uma eternidade. Ela então toma coragem para falar.
- Eu... – ela se cala ao sentir que Shun a abraça com intensidade.
E sem dizerem mais nada, mãe e filho ficam abraçados por um longo tempo. Naquele momento, não havia a necessidade de palavras, mas sim, de matar a saudade um do outro. A saudade de uma mãe que achava que tinha perdido o seu filho mais jovem para sempre e a saudade de um filho achava que nunca mais teria a oportunidade de ver a mãe que nem mesmo teve a chance de conhecer. Asuka quebra o silêncio.
- Meu filho... – ela diz acariciando o rosto dele – Achei que estivesse morto...
- E nós achávamos que a senhora tinha morrido... – diz Shun com os olhos marejados de lágrimas – Eu e meu irmão até visitávamos o seu túmulo.
- Túmulo?! – Asuka compreendeu – A sepultura que vocês visitavam pertence a minha mãe.
- O senhor Kido nos disse que era o seu túmulo! – Shun está cada vez mais abismado com a sucessão de maus entendidos.
- Eu não sei o motivo daquele "homem" ter nos afastado. – Asuka fala secamente – Mas agora prometo que jamais me afastarei de você e nem do seu irmão. – ela treme ao pensar no filho mais velho – Meu Deus! Ikki me odeia! A reação dele ontem – ela começa a chorar copiosamente – nunca imaginei que ele me odiasse tanto!
- Niisan não te odeia. Não se preocupe com isso agora. – ele a abraça novamente - Vamos ter tempo suficiente para colocar tudo em pratos limpos... Mamãe...
Os olhos verdes de Asuka brilham de uma forma toda especial. Parecia que a palavra "mamãe" é ainda mais bela se proferida dos lábios do filho que mesmo tendo conhecido agora, já é amado com grande intensidade.
- Sim, meu filhinho... você tem razão...
Sakura escuta tudo atrás da porta. A concentração da garota é tão grande em ouvir tudo o que está acontecendo dentro do quarto, que não nota a presença do seu pai.
- Que eu saiba, nem eu e nem sua mãe ensinamos você a ouvir a conversa alheia por trás das portas.
- Pai?! – ela dá um grito, mas tampa a boca com as mãos afim de que Shun e Asuka não a tivesse escutado.
- Que coisa feia Sakura! – Isao cruza os braços em sinal de repleta reprovação.
- Ta legal, ta legal! Sermão agora não, né pai!?
- Você vai se livrar de um senhor sermão porque nossa família está passando por um momento delicado, pois do contrário... hei! Você está indo aonde mocinha?
- Vou para a casa da Tomoko!
Ao sair de sua casa, Sakura toma o rumo inverso da casa da amiga. Sem que Isao notasse, a jovem memorizou o endereço de Ikki que Isao anotou em uma agenda.
"Quem aquele cabeça dura pensa que é para fazer a mamãe sofrer?! Eu vou descascar aquele exibido e ele vai ter que ouvir tudo o que eu vou dizer e bem caladinho!!!" – Sakura diz mentalmente, enquanto corre até a estação do metrô.
Orfanato Filhos das Estrelas.
- Caramba! Quer dizer que o Ikki e o Shun não são órfãos? – Seiya está abismado com o relato feito por Saori.
- Sim, mas creio que vai ser difícil para o Ikki aceitar a sua mãe novamente... – Saori fala em um tom de desanimo total.
- Mas você entregou o diário para ele? – Shiryu toma a palavra.
- Sim, mas acho que não vai adiantar muita coisa. O Ikki tem uma personalidade muito forte e mesmo que o vovô em pessoa aparecesse na frente dele dizendo as razões de ter agido assim, o Ikki não acreditaria...
- E ainda por cima mandava o fantasma do velho de volta pro Inferno, ehehehe... – Seiya fala, mas logo pára de rir, ao ver o ar de reprovação nos rostos dos presentes.
- Ele só age assim, porque está ciente de que a mãe dele está viva. Como eu queria está na pele do Ikki... – Hyoga pensa alto, mas seus olhos não escondem certo ar de tristeza – O Shun contou tudo para mim e Saori na madrugada mesmo. Ele estava bastante eufórico.
- Bem, mas vamos ter fé e deixar tudo isso nas mãos de Deus. – Saori fala – Se o Destino quis que eles se encontrassem dessa forma, é porque foi a melhor maneira.
Todos concordam e Seiya, agora mais sério, indaga:
- E onde é que o Ikki está a estas alturas?
Neste exato momento, em uma biblioteca da Universidade de Tóquio...
Ikki está se sentindo um completo idiota. "Por que eu ainda estou com esse pedaço de papel nas mãos? E o pior. Por que eu ainda não criei coragem para ler isso?! Estou me sentindo um tremendo idiota!"
Ele bate com o punho cerrado na mesa que se encontra, assustando assim um aluno do tipo "nerd" e a bibliotecária que talvez pelo fato de estar trabalhando em pleno Natal, está com cara de pouquíssimos amigos.
- Se o senhor está querendo esmurrar algo, vá para uma arena de boxe! – respondeu a má humorada funcionária.
Ele simplesmente se levanta, colocando o papel (agora completamente amassado) no bolso e sai do recinto. Não está com a mínima coragem de dar uma resposta a altura. A única vontade de Ikki é chegar até a sua casa e dormir, dormir bastante. Precisava colocar a cabeça no lugar.
Quando falta um quarteirão para chegar até a sua casa, ele vê uma movimentação estranha. Parecia que acabara de acontecer um acidente em um cruzamento. Ao se aproximar para ver melhor, seu coração dispara aceleradamente.
- Sakura!!!
CONTINUA...
Nota Jurídica: Saint Seiya pertence a Masami Kurumada. Esta fanfic tem como finalidade apenas a diversão dos fãs, sem nenhum intuito de lucro.
Notas da autora:
Ufa, mais um capítulo terminado! Espero que tenham gostado!
Eu quero oferecer esse capítulo à uma amiga muito especial: Cíntia Silveira (vulga Luna) que está completando mais uma primavera no dia 13 de outubro.
Meus sinceros parabéns, amiga!
Por incrível que pareça, o final desta fanfic está se aproximando! Por isso, peço que tenham mais um pouquinho de paciência!
Mais uma vez quero agradecer pelo carinho e apoio que estão me dando para a continuação desta estória!
Até a próxima!
Arthemisys
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