ITSUKA SUBETE NO TAMASHII GA
(UM DIA NOSSAS ALMAS IRÃO SE UNIR)
Por Kobayashi, Akeminu-sama (Pseudônimo).
Disclaimer:
1. Os personagens do Inuyasha pertencem à Rumiko Takahashi.
A Leah (Luz do Sol) e a Brenna e familiares pertencem a mim.
2. As "magias" mostradas nessa história não têm como base a magia real e sim a fantasia.
3. Hannah Athos = Leah Watson & Landshire (Grã Sacerdotisa).
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CAPÍTULO I – A JORNADA E O ENCONTRO.
Com a morte da vovó Brenna, Leah sentiu-se compelida a partir em busca de sua esperança. Ela junta umas poucas roupas, o dinheiro que era seu por direito e herança, um cantil, seus oráculos, sua cimitarra encantada embainhada, Pylea, e por fim sua inseparável varinha. Um objeto de grande ajuda na canalização de energia.
Assim ela põe a mochila nas costas, pega os seus oráculos pergunta: - Para onde devo seguir?
Ao que todos indicaram o Leste, ela começa sua jornada. Trabalhava para conseguir dinheiro para continuar sua jornada, passava um ou dois meses fazendo pequenos serviços em um vilarejo qualquer e logo que recebia retomava sua caminhada rumo à terra do sol nascente. Ao término de aproximadamente três anos ao parar num lugar estranho com pessoas diferentes e perguntar, ao ouvir sua resposta ela tem uma surpresa:
O pêndulo parou!
[Tokyo, Ilha de Honshu, Japão]
Era um dia lindo de sol, sem muitas nuvens no céu, mostrando aquele belo azul celeste. A temperatura estava agradável e as árvores do local faziam sombras tentadoras em lugares esparsos no meio da clareira, à margem esquerda havia um pequeno, mas delicioso laguinho de águas claras com uma discreta queda d'água. Naturalmente um lugar muito bonito.
- Inuyasha SENTAA!
Foi só o tempo do hanyou soltar o pescoço do Shippou e na mesma hora o Kotodama puxa-o para enfiar o focinho no chão. (POFT!)
- AHH! Por quê você fez isso, Kagome? Só estava me divertindo um pouco. Retruca o hanyou, emburrado.
- Isso não se faz Inuyasha, ele é só uma criança! Reclama a Kagome, com ares de maturidade.
- É isso mesmo Inu...HÃ?! - Olha aqui Kagome, não sou nenhuma criança viu! Revida Shippou mostrando-se muito ofendido, fechando os olhos e cruzando os braços. – Até porque o Inuyasha já me falou sobre eles... Recomeça o pequeno youkai, inocentemente apontando para os seios da Kagome.
- Hã?! (uma enorme gota na cabeça da Kagome) - Inuyasha como você pode??! Kagome grita com Inuyasha, "levemente" alterada.
Inuyasha se faz de desentendido...
- Ah! E ele também me contou um pouco sobre ela! O pequeno youkai aponta todo empolgado e cheio de si para a pequena saia verde da Kagome.
Seu rosto está rubro e poderia até ver fumacinha saindo de suas orelhas, se olhasse com atenção. Os olhos tornam-se grandes orbes castanhos brilhantes numa expressão que é um misto de terror, demência e loucura, ela pula no pescoço do hanyou e se pendura literalmente em Inuyasha, com a voz trêmula ela aponta para Shippou e diz:
- Mata ele...Mata...
- Shippou, o que foi que eu tinha lhe dito sobre comentar essas coisas na frente das garotas seu idiota! Olha o que você fez! O hanyou dá um cascudo no shippou. (POFT!) – só não foi maior porque tenho que cuidar da Kagome, ela está em choque, olha a cara dela! - Depois me acerto com você.
A Kagome solta o pescoço do Inuyasha e se afasta dele com ares de menosprezo em seu rosto, como se tivesse superado todo o problema. Ao se virar e dar as costas para ele, a não tão surpresa frase:
- Inuyasha senta, senta, senta, senta, senta, senta, senta, senta, senta, senta, SENTAA! Grita Kagome fazendo sua voz ecoar por entre as árvores da clareira.
Com essa seqüência de "sentas" o hanyou passa praticamente um minuto inteiro quicando com a fuça no chão, quando eles escutam um grito de mulher, seguido de um tapa e em seguida um grito (de dor) de homem.
E quando eles olham, lá vem o Miroku saindo de trás de uns arbustos passando a mão direita na face marcada pela mão da Sango que tomava banho no laguinho quando foi surpreendida pelo monge que foi dar uma "espiadinha".
- Ai, ai, ai...Estou cercada de delinqüentes...Kagome coloca a mão na testa em sinal de desespero e sai para se juntar a Sango.
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Os garotos estão reunidos e emburrados em volta de uma fogueira quando ouvem gritos vindos do laguinho onde as garotas se trocavam.
- Aahh! Inu...ah! Grita Kagome.
- Aahh! Osso V...ah! Seguida pelo grito da Sango.
Segue-se um breve silêncio.
- o que foi isso? KAGOMEEE!!
Inuyasha levanta-se num salto e rapidamente chega às margens do lago. Miroku e Shippou chegam logo em seguida.
A visão das duas moças caídas e desacordadas, sem rastro de sangue, a Kagome caída para um lado e a Sango caída para o outro, segurando o osso voador. Sem sinal de luta. Essas imagens despertam no meio youkai seus instintos mais animais. Enfurecido Inuyasha leva a mão à cintura à procura de sua Tetsusaiga e sai em busca de quem poderia ter feito aquilo.
- Miroku, Shippou, fiquem aqui com as garotas e cuidem para que nada mais aconteça a elas, enquanto vou dar uma olhada para ver se encontro o desgraçado que fez isso, entenderam? Ele dá as costas e sai à procura do culpado.
- Sim Inuyasha, pode deixar. Eles respondem prestativamente, percebendo o perigo em que se encontravam.
Inuyasha afasta-se deles e tenta farejar quem está por trás do ataque.
- Kagome, minha doce Kagome, o que fizeram com você? Quando eu pegar quem fez isso... - O hanyou havia enrugado a testa e vinha resmungando quando ouviu um barulho de galho quebrando. Inuyasha estreita os olhos na direção que ouviu o barulho, olha para um lado, depois para o outro estufa o peito e segue. – Quem está aí? Apareça!
- AAHH! Inuyasha ouve o grito do Shippou.
- Buraco do... AAAhh! Agora foi a vez do monge.
- O QUÊ?????? Grita Inuyasha ao ouvir os gritos dos amigos e corre de volta para ver o que aconteceu. – MALDIÇÃO! O QUE ESTÁ ACONTE...(glup). Inuyasha pára imóvel por alguns instantes à frente do cenário.
Mais uma vez Inuyasha chega e os encontra no chão, nas mesmas condições que as garotas também foram encontradas: desacordados, sem rastro de sangue ou luta. O pequeno youkai caído e aparentemente não vira seu inimigo. – sua expressão... – Balbuciava Inuyasha. Do outro lado o monge caído, mas sua expressão era de surpresa.
- Sem rastro de sangue ou luta...Quer dizer que foram pegos de surpresa...Mas o Miroku ainda tentou, eu ouvi, quer dizer acho que ouvi algum...(hã?) Inuyasha pára derepente ao ver que o colar de contas que o monge usa para lacrar o buraco do vento está em sua mão esquerda. - Isto quer dizer que ele tentou se defender! Pensou o hanyou. – Um bom guerreiro para um monge. Contudo não o suficiente. Resmungou o meio youkai. – Fraco.
Inuyasha ouve novamente um barulho de algo se movendo por entre as árvores numa das extremidades da clareira, mais precisamente perto do laguinho.
- O QUE FEZ COM MINHA KAGOME? O QUE FEZ COM MEUS AMIGOS? QUEM ESTÁ AÍ? SEJA LÁ QUEM FOR VOCÊ VAI PAGAR POR ESSA INSOLÊNCIA! Humpf! Tamanha covardia apareça ser imundo!
- Seus amigos acordarão mais cedo ou mais tarde – Soou uma voz já conhecida aos ouvidos do hanyou. – Meu problema é com você, por agora vou poupar as vidas de seus amigos, é mais interessante assim. Um Trunfo, por assim dizer. Mas você Inuyasha, você anda atrapalhando os meus planos outra vez. Preciso da jóia de quatro almas inteira e sei que você já conseguiu reunir um bom pedaço. Juntando com os meus eu terei quase toda, vou juntar tudo nem que tenha matá-lo para conseguir!
- Essa voz...Não é possível que esteja vivo...Não, você é o... - Murmurava Inuyasha para si mesmo incrédulo e olhando a sua volta vendo seus amigos caídos, desacordados e ele ali tão inutilmente prostrado em pé sem poder ver seu inimigo.
Essa conversa proporcionou ao Inuyasha um tempo para se preparar para o ataque iminente do inimigo, só havia um problema: não conseguia vê-lo. Esse tempo a mais foi uma coisa que os outros não tiveram.
Inuyasha desembainhou novamente a Tetsusaiga e apontou-a para o lugar de onde vinha a voz que lhe falava tão claramente, e mesmo sem saber exatamente onde o inimigo estava, o hanyou estava pronto para desferir um golpe contra o vento.
- Vai me atacar Inuyasha? Perguntou a tão conhecida voz. Você acha mesmo que vai conseguir?
- NÃO SEJA COVARDE VENHA LUTAR COMIGO! NÃO É A MIM QUE VOCÊ QUER? VENHA SEU MONSTRO! Inuyasha ergueu a sua espada. - FERIDA...
Segue-se um flash, uma luz cegante e "VUPT"!
- TETSUSAIGAA!!! Grita o hanyou com a mão estendida no ar tentando inutilmente alcançar a sua espada. A espada do Inuyasha tinha voado para longe dele, exatamente para a outra extremidade da clareira a poucos metros das árvores à suas costas.
Inuyasha encontrava-se sem sua espada, apenas a sua bainha não ia dar conta...Ele não podia ver o adversário, mesmo sabendo quem era. E talvez por reconhecer a voz do inimigo, é que ele sabia que a bainha apenas não era suficiente... – preciso dar um jeito nisso...Ora seu covarde apareça, estou me irritando com esse joguinho. Inuyasha trincou os caninos, estreitou os olhos, sua expressão era de muita raiva, uma raiva não contida pelo simples fato de estar tão desarmado.
Uma sombra começa a sair de trás das árvores e vem caminhando na direção de um Inuyasha silencioso à espera de ver seu inimigo e talvez ter a oportunidade de atacá-lo de surpresa.
- Você não tem saída Inuyasha, seu irmão deveria ter acabado com você há muito tempo, para me poupar esse trabalho que, aliás, está sendo fácil demais. Disse o youkai com um sorriso débil no rosto. O sorriso era tudo o que o hanyou podia ver de seu rosto coberto, mas ele não precisava ver mais nada, já sabia quem os atacou.
- NARAKU! CLARO, QUEM MAIS PODERIA SER? PENSEI QUE ESTIVESSE MORTO SEU MONSTRO ARROGANTE! Bradava Inuyasha, sentindo-se estranhamente seguro de sua vitória. Alguma coisa dessa vez o fazia sentir-se seguro, mas não era sua espada, ele não podia pegá-la sem ser morto pelo youkai.
[A alguns metros dali...]
- Ai, que gritaria é essa ali na frente? Será que alguém lá pode me informar que raios de lugar é esse?! Pensava Leah enquanto caminhava em direção às vozes que ouvia.
Leah chega à frente de umas árvores muito altas que estranhamente curvavam se para o lado oposto ao que ela se encontrava. Teve a impressão de já ter visto um lugar assim em suas meditações ou algo to tipo, aquela sensação de que ali atrás das árvores pudesse haver um altarzinho de pedra cercado por altas árvores curvado-se para dentro fazendo sombras esporádicas no altar a deixou encantada e ainda mais curiosa por adentrar árvore adentro. Dificilmente Leah se enganava quanto a essas intuições.
Depois de muito andar e viajar pelo mundo, sempre seguindo as estrelas e os conselhos de seus oráculos, que ela acreditava serem influenciados pela sua falecida avó a sábia feiticeira Brenna, Leah parece ter chegado a seu destino.
- Onde estou? Que lugar estranho, pessoas diferentes. Leah pensava alto, balbuciando frases e pensamentos, imaginando onde as estrelas a levaram e porquê. Leah havia parado subitamente com a visão das pessoas que gritavam, pensando bem, eram pessoas mesmo o que ela via?- O que é aquilo ali ao longe? Lembra-me muito um...
Leah pára abruptamente a frase. Falta-lhe o ar. Ela respira como se não fosse suficiente. Seus olhos azuis tomam o formato de grandes orbes que pareciam refletir o céu azul acima dela, uma expressão de descrença toma conta de sua face e conclui:
- Demônios??! Onde foi que eu ouvi sobre esse tipo de ser? Não consigo lembrar...Se pelo menos eu soubesse onde estou... Provavelmente no inferno, segundo a "nova doutrina". Ela riu dela mesma sem saber bem o porquê.
Leah ouve uns gritos uns sons de briga muito estranhos e de repente ela sente um forte vento lhe puxando e corre em direção contrária, escondendo-se atrás de uma árvore.
[Alguns segundos antes, na mesma clareira, alguns metros à frente]
- "GARRAS RETALHADORAS DE ALMA!" Inuyasha avança para cima do youkai , ávido por vingança.
- "Deixe-me dar uma mãozinha... Literalmente... BURACO DO VENTO!" – berra Miroku, desenrolando o colar de contas da mão direita e estendendo o braço à sua frente, abrindo o "Buraco do vento". Ele acabara de acordar e vira Inuyasha praticamente sem ação com o desfecho de seu golpe.
Um imenso enxame de insetos venenoso aparece atrás do Naraku.O ataque do Hanyou acertara o Naraku, mas não fora suficiente para causar-lhe grande dano.
- Malditos! Resmunga o monge prontamente fechando o "Buraco do vento", enroscando o colar de contas na mão novamente.
- Maldição! Esse fedelho é muito rápido e eu não consigo acertá-lo sem minha espada! Pensou Inuyasha logo após desferir seu ataque, sem sucesso e não tão poderoso quanto a "Ferida do Medo".
[Flashback]
- Senta! Agora Miroku, vai. Diz Kagome em tom de desespero, esperando o Inuyasha cair para que o monge o carregasse para longe dali.
O monge pega o hanyou e carrega-o para longe dali, longe daquele youkai lagarto, deixando-o com a Sango, ele já havia apanhado o suficiente para que fosse fácil ela dar conta do recado sem o Inuyasha ou o Miroku.
Ao chegar numa cabana abandonada, o monge coloca o Inuyasha num canto e pede ao Shippou que os deixe a sós. Imediatamente ao término da frase, o monge sente uma das mãos do Inuyasha no seu pescoço.
- O que você pensa que está fazendo monge? Deixe-me acabar o que comecei! Inuyasha levanta os olhos ainda com a cabeça levemente inclinada para baixo, de modo que sua franja fazia sombra em seus olhos, havia apenas algumas brechas por onde o monge pôde ver que os olhos do hanyou estavam vermelhos.
- Ai! Mas o que está havendo? Você ainda está assim, mas a Kagome...Miroku ouve passos se aproximando.
- Miroku, você já o deixou...(hã?!) Inuyasha, seus olhos... Miroku! Inuyasha havia jogado o monge num canto e caminha em direção à porta onde a Kagome se encontrava parada.
- Saia da minha frente menina! Não tenho tempo para isso! Ele a empurra para sair da cabana.
- Ai Inuyasha! Kagome bate com a cabeça na parede e cai sentada no chão.
Sentindo a cabeça doer e uma tristeza profunda, como se tivessem lhe cortado a alma ela leva a mão ao machucado e com os olhos marejando em lágrimas, ela diz:
- Senta, senta, senta!
- Maldição Kagome! Porque fez isso? (GLUP!) – Kagome, o que você está fazendo aí no chão? E por que você está chorando? Kagome! Inuyasha estava impaciente e confuso com toda aquela situação.
- Então você não lembra Inuyasha? Começou Shippou que estava escondido e vendo tudo. – Você ficou daquele jeito, bateu no Miroku e empurrou a Kagome contra a parede! O kitsune estava gritando histérico. – Você tem que se controlar Inuyasha ou vai acabar matando todos nós!
Inuyasha chega perto da Kagome, que estava toda encolhida no cantinho da parede, ele se abaixa e leva a sua mão ao rosto da Kagome na tentativa de enxugar suas lágrimas. Mas quando ele se aproxima ela se esquiva, evitando o toque dele.
- Não me machuque Inuyasha, por favor. Pede Kagome olhando tristemente para o hanyou e passando as costas da mão nos olhos, enxugando as lágrimas.
- O quê?? Kagome, você está tremendo! Inuyasha cai em si e tomado por uma profunda tristeza ele baixa a vista passando a mão na cabeça. Ele recolhe-se a um canto em sinal de auto repreensão. – Kagome, eu nunca seria capaz de machuca-la, nunca. Inuyasha fala para ela quase sussurrando, sem conseguir erguer o rosto ainda. Mas uma força lhe invade o corpo, afinal era sua Kagome. – Kagome, olhe para mim, olhe dentro dos meus olhos. Inuyasha leva sua mão ao queixo dela levantando o rosto para fitá-la nos olhos.
Kagome engole o choro, enxuga as lágrimas que restaram e fitando-o nos olhos ela lhe suplica:
- Inuyasha, não fica mais assim, por favor...Eu tenho medo! Promete-me que você vai evitar?(Snif)
- Sim Kagome, por você eu vou faze-lo. Não sou capaz de te machucar, se o fizer não vou poder me perdoar. Eu prometo minha Kagome. Inuyasha envolve-a em seus braços fortes, passando-lhe a segurança que ela tanto amava.
[Fim do flashback]
Uma vez que a sua espada Tetsusaiga foi lançada longe dele e praticamente todos se encontravam inconscientes largados à margem da batalha, o meio youkai só podia recorrer a "Garras retalhadoras de alma".
Mas como já era de costume, o Inuyasha ignorara completamente a presença desperta de Miroku, que acordara há pouco tempo e observara a batalha esperando por uma oportunidade para ajudar. Que veio logo em seguida ao desfecho não muito feliz do "Garras Retalhadoras de Alma".
- Ah, você já está aí? Disse Inuyasha, mas logo sua atenção foi desviada: o Naraku tinha escapado do golpe do Miroku também! E já se preparara para atacar o hanyou novamente, ignorando a presença do monge. Pois, sabendo quem era o inimigo, sabia que o monge não seria um grande diferencial... – Malditos besouros!
- INUYASHA, CUIDADO! Era a doce voz da Kagome que acabara de acordar e vira o que estava acontecendo.
Mas ao salvar a vida do hanyou, ela pôs em risco a sua. O golpe do Naraku atingiu-a, Kagome cai nas pedras que se encontravam há alguns poucos metros de onde ela estava e desmaia.
- KAGOMEEE! Grita o hanyou, correndo à seu encontro, sem se importar com a presença do Naraku. - Miroku, agora preciso de uma mãozinha! Grita Inuyasha que corre em direção à Kagome.
TEMPO REAL
Leah se aventura tentando ver o que se passava ali, todos aqueles gritos e "zum!", "paft!" e de novo "zaap!". Ao ver aquelas cenas ela ficou muito assustada.
- Fugi para não morrer e olha aonde vim parar! Resmungava Leah. Ainda tentando observar o que estava acontecendo. – Mais porque será que fui mandada para este lugar? Prolongar minha morte? Ela pensava se questionando o porquê dos oráculos a mandarem para aquele lugar.
Falava consigo mesma observando ao longe o monge Miroku fazer suas tentativas em vão e o monstrengo lá se safando. Ela ouvia gritos, mas não sabia de onde vinha, não conseguia ver a situação direito. No entanto um dos golpes desferidos na luta atingiu a árvore onde ela se escondia.
- Aaah! Gritou Leah que se distraíra tentando ver quem gritava, mas só vira o demônio e o monge. Erro seu dar esse grito, ela logo percebeu ao ver o monstro vir em sua direção.
- Saia daí garota! Miroku gritou para ela.
Foi só o tempo da Leah conjurar seu guardião, ele sempre ajudava. Desde que aprendeu como torná-lo mais útil ele era sempre requisitado nessas horas.
[Flashback]
- Leah! Assim não. Você deve levar isso a sério. Esse segredo foi passado pelos nossos ancestrais há muitos e muitos anos. Tornar um guardião corpóreo não é fácil e não são todas as feiticeiras que o fazem.
- Mas vovó Brenna, eu estava fazendo certo, é que faz cócegas nas mãos.
- Depois que você conseguir a primeira vez, fica bem mais simples. Só precisa fazer tudo isto uma vez. Eu sei que é muito conhecimento para alguém tão jovem, mesmo você sendo brilhante, sem dúvida a mais brilhante e jovem feiticeira de sua época. Mas você consegue.
Horas depois...
- Vovó! Eu posso tocar o Zowie! Aparece uma Hidra de quase 7 metros de altura, algumas cabeças (7 na verdade) mesclada em tons de preto, vermelho e dourado. Inteligente e obediente ela lança chamas pela boca, e suas garras cortam como espadas.
- Muito bem Leah! Agora sempre que você precisar dele, chame-o, canaliza sua energia para sua varinha e conjure-o, entendeu?
[Fim do flashback]
Ao ver aquele imenso monstro vir a seu encontro, Leah não pensou muito e automaticamente começou a conjurar seu guardião.
- Ai, ai, ai, lá vem problema! Leah puxa a sua varinha, que estava, equivocadamente, dentro da mochila. Concentrando-se ela eleva a varinha acima de seus ombros, apontando para frente e começa a conjurar seu guardião.
"Pelo poder do três vezes três
Guardião Zowie, eu lhe dou a vida
Apenas a necessária para realizar
Esse trabalho de proteção.
Por mim, sejas agora conjurado!"
E prontamente ao término daquelas palavras surge entre Leah e o Naraku aquela gigantesca hidra que ao perceber a urgência da coisa já foi logo soltando fogo em cima do youkai que, logo fugiu.
- Obrigada Zowie, pontual e prestativo, como sempre! Leah passava a sua ínfima mão em um dos enormes focinhos da hidra que se abaixou para receber o carinho. E em seguida ela o dispensa, novamente fazendo o mesmo movimento com a varinha ela se despede do seu tão amado amigo e guardião Zowie.
"Guardião Zowie
Fizeste bem teu trabalho
Trazendo ajuda e proteção
Despeço-me, obrigada
Podes seguir agora".
A hidra vai ficando translúcida, aos poucos volta a ser incorpórea, Leah sente que sua presença se foi e guarda a varinha, agora no bolso da roupa.
Ao ver aquela cena Miroku e Inuyasha pararam e ficaram boquiabertos com o poder da garota humana que já ia embora. Leah estava juntando suas coisas que caíram no chão. Pois ao ver o demônio vir em sua direção, ela deixou cair algumas coisas ao puxar a varinha. Esqueceu-se de que havia mais pessoas ali, tais que tentara ver, sem sucesso e que quase lhe causara a morte.
O Inuyasha tinha visto tudo, estava parado boquiaberto com Kagome nos braços se perguntando como uma humana poderia ter feito aquele monstro enorme.
- Miroku, leve a Kagome coloque-a na Kirara e saia daqui com os outros, leve-a à Kaede, velhota e veja o que ela pode fazer para ajudá-la. Essa humana pode ser perigosa. Eu vou descobrir o que ela veio fazer aqui. Diz Inuyasha a Miroku levando a Kagome desacordada nos braços e entregando-a ao monge, virando-se em seguida e estreitando os olhos para Leah que se achava distraída juntando suas coisas.
- Mas Inuyasha, não acredito que essa humana seja perigosa, ela não nos fez mal algum. Ao contrário, ela nos ajudou. Diz o monge, franzindo a testa.
- Isso porque o Naraku tinha se voltado para atacá-la, como vou saber que ela não o estava controlando? Agora vá. Responde irritado e ao mesmo tempo preocupado com Kagome.
O monge sai e leva os outros, Inuyasha faz menção de seguir em direção à garota humana quando escuta uma voz.
- Amo Inuyasha pode ser perigoso, o senhor não viu o monstro dela? O que o senhor vai fazer lá? Deixe-a para o Sesshoumaru, ele tem andado por essas terras ultimamente. Ele que se vire para dar conta dela. Vamos embora, por favor, amo Inuyasha. Sussurrava uma pulguinha no ombro do Inuyasha.
- Mas quem...Velho Myuga! (gota) De onde você veio? Cale-se e me deixe fazer meu trabalho antes que ela fuja! Agora que peguei minha espada a história é diferente...
Inuyasha segue em direção à garota que se encontrava abaixada atrás do que sobrou da árvore juntando suas coisas, sua mochila, o cantil, a cimitarra e as coisas que haviam caído da mochila quando ela puxou a varinha que deveria estar em seu bolso. Ela escuta passos vindo ao seu encontro e reagindo automaticamente ela vira o braço para trás e, ainda agachada, sem olha-lo no rosto Leah empunha a varinha na direção do hanyou que prontamente dá um salto para trás.
- Hei cuidado com isso aí! Disse o hanyou assustado e irritado, desembainhando a Tetsusaiga e apontando para ela. – Um único movimento e eu acabo com a vida dessa humana. Pensou ele, com aquela cara típica dele de descrença. – Porque ela não me olha? Pensou ele.
- O que você quer aqui!? Gritou Leah, girando o corpo e levantando os olhos e apontando a varinha para a fuça do Inuyasha. Com uma cara de quem já está de saco cheio.
Mas não deu tempo do hanyou responder, ao olhar nos olhos incrivelmente azuis da Leah, ele sentiu-se meio estranho, como se agora entendesse àquela sensação de ter certeza da vitória contra o Naraku, mesmo sem sua Tetsusaiga. Era como se visse dentro dos olhos de Leah algo há muito perdido. Subitamente ele sente uma onda de calor no corpo e a vontade de matá-la já não lhe parece uma boa idéia...
- Isso pode esperar. Pensa Inuyasha embainhando novamente a Tetsusaiga ao voltar para a realidade. – Não, o que está acontecendo? Kagome...
Pensou Inuyasha confuso se culpando por ter se deixado levar pelos olhos da humana, a única humana que o fazia sentir bem era Kagome. Não podia sentir isso por outra humana. Não! Estava decidido, fechou a cara novamente.
No entanto confuso, ele tentava voltar seus pensamentos para a Kagome que estava muito mal e fora levada com segurança por Miroku, Sango e Shippou para a velha Kaede.
Ao mesmo tempo, Leah ainda assustada, ao ver os olhos dourados do Inuyasha também se sente paralisada, como se nenhum músculo do seu corpo quisesse ou pudesse responder às tentativas vãs de mandá-los se mexer. Leah sente também uma enorme onda de calor no corpo e tomada pelo cansaço da viagem e da luta, sem muitas forças ela se põe de pé, suas pernas tremeram, ela olha ainda mais fundo nos olhos do hanyou confuso que, mesmo tentando pensar na Kagome, não podia evitar o desejo de ampará-la.
Foi inevitável no estado em que se encontrava, evitar que suas pernas vacilassem, Leah fechou os olhos e esperou o encontro com o chão frio e úmido...Que não aconteceu. Ela sente um suave calor tomar conta de seu corpo e uma sensação de paz lhe invade a alma tão torturada por tantos anos, no meio tempo, envolta nos braços de Inuyasha, protegida e aquecida, ela só tem forças para dizer:
- Agora compreendo minha jornada, obrigada...
[Fim do capítulo 1]
