Oi pessoal!
Gostaria de me desculpar pela demora, mas estou estudando para concursos, comecei minha pós e meu computador estava quebrado...e também quero fazer alguma coisa de qualidade e já que não é uma fic "InuKag", quero fazer algo que vocês apreciem. Espero que gostem, esse cpítulo tem muitas implicações é um capítuilo chave da trama.
GOMEN ASSAI!
Obrigada pela paciência!
Akeminu.
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CAPÍTULO IV – O INÍCIO DE UMA AMIZADE.
Alguns dias se passaram desde quando Inuyasha a segurou pelo braço e olhou para dentro de sua alma fazendo-a estremecer por dentro, e desde então seus olhares não se cruzaram mais, ele a estava evitando. Por que? Leah tinha tantas perguntas para fazer... porque ela sempre se sentiu estranha, porque ela tinha que esconder o que era? Quando poderia assumir quem era? Quem ela era afinal? Quando poderia parar de fingir ser quem não era? De alguma forma a presença de Inuyasha mexia com essas perguntas, não estava claro o porquê...
Neste meio tempo Leah e Kagome estavam se tornando amigas, na medida que dava pra ser, pois Leah não foi exatamente criada com amigos... Kagome havia dado a ela um walkman de presente como forma de agradecimento e também em nome da amizade que nascia entre elas. Segundo Leah "uma bandinha toca lá dentro sempre que aperto um botão chamado play". Leah adorava ficar pensando no Inuyasha, em tudo o que aconteceu e em tudo o que gostaria de dizer se tivesse a chance, e também na sua vida, sozinha ouvindo suas músicas favoritas "Feels Like Home" e "Reflection". Essas música a fazia se sentir especial e refletir sempre.
- O que há Kagome, que cara é essa?
- Ah Sango, não é nada, só uma dorzinha de cabeça. Deveria ter trazido uma aspirina para essas coisas simples...estamos tão longe da vovó Kaede e essa dor está me incomodando...ai!
- O que você tem Kagome? - Lá vem o Inuyasha que ouvira a conversa das duas.
- Nada Inuyasha, não é da sua conta! - Kagome estava irritada com alguma coisa.
- Maldição Kagome, o que há com você afinal? Desde que você melhorou que você tem andado diferente, sempre nervosa.
- Sua presença me irrita Inuyasha! Não sei o que venho fazer aqui com você! Você é grosso, egoísta e violento! E tem cara de cachorro!!
Inuyasha estava soltando faíscas de raiva, mas também estava triste, ela nunca fora tão grossa com ele, nem mesmo quando ele merecia, e agora que parecia que as coisas estavam se acalmando, ficaram pior.
- Kagome, posso te ajudar de alguma forma? - Leah chegou junto de Kagome, o Inuyasha ao vê-la vindo em direção a eles se deixou ficar um pouco para trás.
- Ah Leah é só uma dorzinha de cabeça, vai passar logo.
- Sei, é verdade que você anda sem paciência com ele ultimamente.
- Ele me irrita muito, não entendo bem o porquê mas, cada vez que ele se aproxima eu sinto raiva dele.
- Não posso te culpar, vocês já andam juntos há algum tempo, eu só estou com vocês há alguns dias e ele já conseguiu me irritar! E olhe que não é fácil fazê-lo. Ah e obrigada pela fita! Gostei muito! - Leah sorri e põe a mão na direção do walkman que está na mochila.
- De nada! Vou ficar trazendo pilhas e fitas novas sempre que precisar. E vou te ensinar a trocar as pilhas.
- Obrigada Kagome, agora vem aqui e deixa eu fazer uma coisa. - Leah pára e Kagome a acompanha.
Leah bate as palmas das mãos e esfrega uma na outra fazendo movimentos de vai-e-vem e com alguns segundos começa a se formar uma áurea branca ao redor das mãos dela e aos poucos vai tomando uma tonalidade azulada. Em seguida Leah chega junto de Kagome e sopra essa energia azul na cabeça da garota com as mãos espalmadas e juntas à frente da boca. A energia desaparece.
- Pronto agora podemos ir. - Diz Leah. Todos estão parados olhando.
- O que você fez Leah? Ui, que sensação esquisita!
- Só aliviei sua dor de cabeça.
- Ei vamos parar naquele vilarejo, sinto uma energia estranha...maus espíritos. - Diz o monge Miroku.
- Mas, daqui? - Pergunta um coral de quatro vozes incrédulas.
- Você deve ser bom mesmo. - Comenta Leah.
- Pensei que você tivesse parado com essa enrolação. - Diz Sango.
- Ôba comida fresca e dormida boa! - Grita o kitsune.
- Mais uma cantada barata e uma mentira. - Afirma Inuyasha. – Quem vai ser a mãe de teu filho dessa vez, Miroku?
Todos riram, Sango se irrita... (Gota na cabeça de Leah)
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- Pronto. Está livre dos maus espíritos.
Diz o monge com um semblante sério, mas que para qualquer um que o conhecesse bem, saberia que era apenas mais uma enrolação. Apesar de realmente Ter poderes, o monge gostava muito de pregar essas peças para que eles pudessem dormir e comer bem uma noite.
- Obrigado bom monge! Como agradecimento convido o senhor e seus amigos para passarem a noite aqui na minha casa e jantarem conosco. Mas, o youkai eu sinto muito, mas as pessoas do vilarejo talvez não se sintam muito à vontade em abrigar um youkai aqui, se é que me entende...
Diz o velhote, chefe do vilarejo muito sério, mas com um certo tremor na voz.
- Maldição! O que você quer dizer com isso velhote? Que não sou bem vindo aqui?? Vou lhe mos... - Inuyasha fora interrompido por Leah.
- Sshhhh! Inuyasha. – Leah sorri para ele. E vem se aproximando, calmamente, do velho aldeão encarando-o muito profundamente. Ela pára em frente ao velhote e cruza as mãos atrás do corpo e como quem não quer nada vai ela sorri para ele. Todos a observavam silenciosos.
- O senhor vai deixar o youkai ficar aqui e vai tratá-lo muito bem.
A Leah fala, mas o som que sai da sua boca tem um tom diferente e estranhamente ecoa no ar, os olhos do aldeão brilham.
- Venha senhor, - o velho se dirige ao Inuyasha num tom solene – seja bem-vindo a minha casa, tenho um ótimo quarto onde o senhor poderá descansar da viagem depois de jantar comigo e minha família, como forma de gratidão. Eu insisto."
O velho parecia não ter se dado conta do que aconteceu, tudo parecia natural e seguia para mostrar-lhes o quarto - "sigam-me". Na verdade ninguém entendeu e todos olharam assustados para Leah que abafava o riso com as mãos.
Inuyasha está abismado, juntamente com o resto da turma que se entreolhava e observava Leah seguir o velhote como se tudo fosse rotina, normal.
- E vocês não vêm? – Leah olha para trás e vê todos parados boquiabertos. Ela sorri.
- Ela me dá medo às vezes, à você não Miroku? – Diz Sango baixinho para o monge que a olha com ar de afirmação.
E logo todos se juntaram a Leah.
- Mas que maldição! Porque sempre eu?? "humpf!". – Inuyasha estava mal-humorado lá no final do grupo enquanto todos perguntavam como Leah havia feito aquilo.
- Ele tem uma mente fraca. – Leah explicava baixinho para eles - facilmente se pode fazer uma sugestão, e ele ainda estava com medo do Inuyasha, deu pra sentir na voz, o que facilita bastante o processo.
- E que sugestão! - Diz Miroku.
Eles começam a se organizar nos quartos ao entardecer, mas Leah resolve ir dar uma olhada no terreno e encontra um bonito laguinho onde ela senta à margem e contempla os peixes nadando..."já faz um tempo que não medito com a natureza..." – pensava Leah quando começou a perceber que um reflexo se formava na água.
"Esta sou eu? Não me reconheço mais...estou tão diferente de quando deixei minha velha Glastonbury...fui obrigada a me moldar para sobreviver..." – Leah encheu seus olhos de lágrimas, ela lembrou de uma de suas músicas preferidas: "Reflection" e começou a cantarolar, sua voz era calma, firme e escondia uma certa nostalgia, era linda.
"Look at me (Olhe para mim)
You may think you see (Você acha que vê)
Who I really am (Quem eu realmente sou)
But you'll never know me (Mas você nunca me conheceu)
Every day (Todos os dias)
It's as if I play a part (É como se eu representasse)
Now I see (Agora eu vejo)
If I wear a mask (Se eu usar uma máscara)
I can fool the world (Posso enganaar o mundo)
But I cannot fool my heart" (Mas nunca o meu coração)
(crack) – Leah ouve um barulho de galho quebrando, ela pára de cantarolar, olha ao redor, mas nada vê então prossegue.
"Who is that girl I see (Quem é esta garota que vejo)
Staring straight back at me? (Me encarando?)
When will my reflection show (Quando meu reflexo mostrará)
Who I am inside? (Quem eu realmente sou?)
I am now (Estou hoje)
In a world where I (Num mundo onde eu)
Have to hide my heart (Preciso esconder meu coração)
And what I believe in (E o que acredito)
But somehow (Mas de alguma forma)
I will show the world (Mostrarei ao mundo)
What's inside my heart (O que há dentro do meu coração)
And be loved for who I am (E serei amada por quem eu sou)
Who is that girl I see (Quem é esta garota que vejo)
Staring straight back at me? (Me encarando?)
Why is my reflection (Por que o meu reflexo)
Someone I don't know? (É alguém que não conheço?)
Must I pretend that I'm (Eu devo fingir que sou)
Someone else for all time? (Alguma outra pessoa todo o tempo?)
When will my reflection show (Quando meu reflexo mostrará)
Who I am inside? (Quem eu realmente sou?)
There's a heart that must be (Existe um coração que tem que estar)
Free to fly (Livre para poder voar)
That burns with a need to know (Isto instiga a necessidade de saber)
The reason why (A razão e porquê)
Why must we all conceal (Porque devemos todos esconder)
What we think, how we feel? (O que pensamos e como nos sentimos?)
Must there be a secret me (Deve haver um "eu" secreto)
I'm forced to hide? (Que sou forçada a esconder)
I won't pretend that I'm (Não vou finger que sou)
Someone else for all time (Outra pessoa para sempre)
When will my reflection show (Quando meu reflexo mostrará)
Who I am inside? (Quem eu realmente sou?)
When will my reflection show (Quando meu reflexo mostrará)
Who I am inside"(Quem eu realmente sou?)
- Inuyasha será que você é a resposta às minhas perguntas e minhas orações? Ah Inuyasha... – Leah fala consigo mesma ao término da música mexendo a água com a mão. Ela deixa soltar um suspiro, seus olhos marejam novamente. Ela se levanta e sai andando sem perceber que o hanyou estava à espreita ouvindo tudo.
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Já no quarto à noite, enquanto todos dormiam Leah estava sentada à janela com um candeeiro aceso, lendo uns rabiscos num livro aparentemente pesado que carregava consigo, quando o Inuyasha se aproximou.
- O que você faz ainda acordada? - O hanyou pergunta ainda pensando no que ouvira logo cedo.
- Pensei que você não se importasse. – ela responde pensando na confusão de sentimentos e perguntas no seu coração devido aquele indivíduo, aparentemente alheio a tudo o que se passava com ela.
- E não me importo! Só estava perguntando. – irritado, ele vira as costas e se afasta um pouco.
- Claro! – Leah responde ironicamente. – "Não entendo esse garoto..." – pensa Leah consigo mesma.
Ele se aproxima de novo. Com um semblante mais calmo e sereno.
- Foi muito estranho o que você fez hoje, por acaso você já fez isso comigo ou com algum de nós? – ele pergunta com uma cara inocente e curiosa.
- Nossa! Que desconfiança! Claro que não. Já disse que só funciona com mentes fracas e seus amigos não são assim, eles são fortes, um grupo bem incomum... – Leah diz meio pensativa, levando o indicador ao queixo, mas logo retoma o controle de seus pensamentos ao perceber o Inuyasha olhando fixamente para ela como se quisesse perguntar algo. – e com você, Inuyasha, acredito ser impossível de fazê-lo. – Leah conclui o pensamento.
O hanyou fica com uma cara de quem não está entendendo nada.
- Se bem que eu tentei... – continua Leah – lembra aquele dia que você foi me buscar na cabana, nós discutimos e quando eu estava passando na porta você me segurou pelo braço?
Inuyasha parecia, de certa forma, aliviado por saber disso, mas logo sua expressão mudou de novo ao ouvir Leah dizer: "existem outras coisas mais interessantes que posso fazer com você..." – ela continua.
A conversa foi cortada pelo grito da Kagome.
- NÃO! EU NÃO FIZ ISSO!
- Kagome, o que houve?! Inuyasha se aproxima dela rapidamente, preocupado. Ela está muito nervosa.
- Já é a 3ª vez desde o ataque daquele dia... – diz Kagome consigo mesma.
- O que foi Kagome? Pergunta Sango que acordara com os outros.
Kagome olha atenta e assustada para todos à sua volta e narra:
- É um bosque ou algo assim. Kikyou está correndo por entre as árvores com um arco e flechas na mão e é como se eu assistisse a tudo. Mas, ao chegar perto da árvore sagrada tudo muda. Eu consigo ver a quem ela persegue então, nesse momento tudo gira e eu tomo o seu lugar, é como se a nossas almas partilhassem do mesmo corpo. Nesse momento eu disparo uma flecha. Nesse ponto o sonho fica confuso e eu acordo, mas não me lembro bem o que acontece na hora do disparo.
- Hummm – faz Leah com uma das mãos no queixo, pensando – a quem a Kikyou está perseguindo Kagome, você consegue ver?
Segue-se um breve silêncio. Todos aguardam a resposta atentos
- Ela persegue a mim. – Diz Inuyasha muito sério e com um semblante preocupado – essa foi a flecha que me lacrou.
Todos olham para ele. (gota na cabeça do pessoal, principalmente na da Leah, que não entendeu "xongas").
- Inuyasha! – Exclama Miroku.
- Não se preocupe Kagome, foi só um sonho, - diz Sango - volte a dormir.
Kagome olha feio para o Inuyasha. Seus olhos brilham e de repente seu semblante muda e ela dá um sorrisinho de canto de boca, foi uma fração de segundos, mas foi o suficiente para deixar o Inuyasha encucado.
- Onde será que se encontra o Myouga? Ele nunca está por perto quando precisamos dele... – reclama o hanyou.
- Ou mesmo a vovó Kaede. – Diz Sango.
Leah junta as coisas e guarda o livro na mochila. Com aquele caso estranho ficou difícil de se concentrar e já estava ficando muito tarde.
- Vou descansar um pouco, você não vai dormir? – Pergunta Leah ao Inuyasha.
- Não, vou ficar acordado caso a Kagome precise de mim, quero estar perto caso ela tenha outro destes sonhos. – Responde o hanyou .
- Claro. – Responde Leah – Boa noite então.
Leah vai se deitar perto da Sango e do Shippou, sentindo uma pontinha de inveja da Kagome por ela estar tão bem protegida. – "Ele é muito forte e pode protegê-la melhor do que qualquer outro que já conheci. Garota de sorte..." – Pensa Leah. Ela desejou ser a Kagome por alguns instantes, mas logo adormeceu.
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Quando amanheceu, Leah foi uma das primeiras a acordar. Apenas o Miroku havia acordado e não estava no quarto, mas o Inuyasha também não estava. Leah supôs que ele não dormira. Ela senta no colchão, põe o walkmam no ouvido e vai ouvir "reflection" sua música favorita. Abre sua mochila, pega seu livro e começa a rabiscar.
Quando Shippou acorda é surpreendido ao ver a Leah deitada de barriga para baixo, o livro aberto a sua frente. A cabeça apoiada nas mãos, olhando fixamente a pena de escrever que girava no ar à altura de seus olhos, bem a sua frente.
- Puxa! Olha só a Leah! O kitsune estava maravilhado com o feito de Leah.
- Bom dia Shippou! - Disse Leah sem derrubar a pena. – Estou ficando boa, acho que estou ficando mais forte...me concentro melhor e está cada vez mais fácil realizar trabalhos mágicos.
- E isto é bom não é? – Pergunta um curioso Shippou.
- Enquanto ela não estiver contra nós Shippou... – chega Inuyasha irritado como sempre, ele tinha acabado de chegar e ouviu o kitsune falar.
- Inuyasha, como é que você pode dizer uma coisa dessas com ela depois do que ela fez por nós? – Diz Shippou , de braços cruzados, sem olhar para o hanyou.
- Ah que nada! Ela é muito estranha. – Ele retruca.
- Eu sou estranha? – Leah não pôde ignorar esta afirmação tão bem quanto as outras. – E você o que é então? Uma aberração! – Leah levanta os olhos fazendo a pena parar de girar e ficar suspensa no ar enquanto ela falava com o hanyou.
("POFT") A pena cai dentro do tinteiro e Leah se surpreende ao olhar para o Inuyasha e não ver suas orelhas, os olhos dorados que ela amava e nem seus cabelos prateados, eles estão escuros e os olhos...harzel. – Leah levanta para olhar melhor.
- Mas o que é... – Leah interrompe a frase para dar lugar ao Miroku que entrou como um trovão na conversa.
- Ah Leah, ele fica assim uma vez por mês. Ele é só meio youkai então ele vira um humano normal, fraco e frágil, uma vez por mês.
- E se prepare! Quando ele está assim, geralmente ele fica ainda mais chato, se é que há espaço! – Era a Sango que tinha acordado e observava tudo com atenção, o tom de ironia na voz dela irritou o hanyou
- Maldição! Mais uma pessoa sabendo disso, aonde eu vou parar com o Naraku vivo de novo?!
- Calma Inuyasha, isso não pode ser tão ruim, ou pode? Pergunta Leah olhando-o atentamente para o Inuyasha como se ele fosse de outro mundo.
Com o olhar da Leah em cima dele daquele jeito ele sente um arrepio e baixa a vista concordando que na verdade não era tão ruim assim.
- Só precisamos esperar que nenhum poderoso youkai apareça por aqui atrás dos fragmentos da Kagome. – Diz o Monge.
- A Kagome ainda está dormindo? – Pergunta Sango observando-a um pouco afastada da turma e bem mais perto de onde o Inuyasha ficara velando por ela a noite inteira.
- Hai! – responde o Inuyasha.
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- Pare agora mesmo Inuyasha! Devolva-me a jóia de quatro almas! Você me enganou seu maldito! Vou odiá-lo para sempre! – Kagome grita e continua correndo atrás do meio youkai
Inuyasha corre com a Shikon no Tama na mão por entre as árvores tentando escapar da flecha purificadora de Kagome, mas ele ouve a voz da kagome e vira o corpo, nesse momento ele é atingido e é lacrado numa imensa árvore.
Kagome, depois de ver seu amado traidor preso na árvore, pode morrer em paz.
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- NÃO FOI ASSIM! Grita Kagome acordando em desespero, assustando à todos no quarto, outra vez.
- Outro pesadelo Kagome? – Aproxima-se Sango. Seguida pelo Inuyasha.
- Hai! Estão ficando mais freqüentes, é como se fosse um filme ruim que passasse na minha mente repetidamente...só que não foi assim que aconteceu...
- Filme?? Eles repetem juntos. – Gota na cabeça de todos
- Nada, esquece. – Ela se volta para o Inuyasha – Xihh você está assim? É bom ficar quieto e não sair à procura de fragmentos hoje, não é? Podemos desfrutar um pouco mais da hospitalidade do velho.
- O que você está dizendo, Kagome? Mesmo assim eu ainda posso lutar contra qualquer youkai !
- Eu sei que você vai, você é teimoso demais, no entanto isso não quer dizer que vá ganhar. Lembra da luta contra o Sesshoumaru? E ele não é muito sociável, todos sabemos disso. Talvez não a Leah.
Ao ouvir o nome Leah lembra da conversa que havia tido com esse tal Sesshoumaru.
- Eu o conheci...e nós conversamos, ele não me pareceu má pessoa... – Leah fala em baixo tom.
- Vocês o que??? – Pergunta Inuyasha surpreso. Gota na cabeça de todos.
- Ele apareceu lá na cabana e me falou que era seu irmão. Não sei ao certo o porquê mas, acho que bloqueei essa informação.
- Ha! – resmunga o hanyou
- E vocês conversaram civilizadamente? – Pergunta o monge sob os olhares atenciosos de todos.
- Sim, ele foi bastante sociável e conversamos sobre o Inuyasha e a jóia. Ele me pareceu meio aborrecido com algo.
- Estranho, muito estranho. Não acha Kagome? – O monge se vira perguntando à Kagome e qual não foi sua surpresa e de todos quando notaram que ele não se encontrava no quarto.
- Onde ela está? – pergunta Inuyasha – ninguém a viu sair? Vou procurá-la! Só desviei a atenção por alguns instantes! – Ele sai a procura da Kagome.
- A mochila dela não está mais aqui. – observa Shippou.
- Então vamos todos, é perigoso com o Inuyasha sem seus poderes e com o Naraku vivo. – diz Sango e todos concordam. – Kirara!
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Já estava entardecendo e nada da Kagome. Eles estavam andando há horas com o Inuyasha seguindo o cheiro da Kagome, quando encontraram a mochila dela largada no chão aos pés de uma árvore.
- Olhem a mochila dela ali! – gritou Shippou.
- Leah, você sente isso? – perguntou o Monge.
- Sim, senhor monge, há uma entidade aqui. – Leah olha ao redor, girando o corpo – que energia estranha, uma coisa meio incerta, mas definitivamente forte.
- Sim, é uma energia maligna. – comenta o kitsune.
- Não Shippou, não chega a ser realmente maligna, é como se fosse só ódio. – comenta Leah.
- Acho que é uma energia corrompida. – diz o monge.
- Olhem ali atrás daquele arbusto, será que...que é... – grita Sango.
- É a Kagome! - Corre o Inuyasha para ver.
- Essa energia vem dela? – pergunta Sango à Leah.
- O que ela veio fazer afinal? – Inuyasha se pergunta – Leah, veja o que você pode fazer por ela – ele se vira para Leah e a olha com tristeza.
Leah entende e começa a perceber o quão difícil e doloroso será se ela se meter no meio dos dois. Ela assente com a cabeça passando, ao Inuyasha, confiança no que fazia.
- Vou tentar descobrir o que aconteceu, quem fez isso ainda pode estar por aqui. – diz Inuyasha.
- Você acha seguro Inuyasha, afinal você, hoje, não passa de um humano normal. – lembra o monge.
- Maldição! Esse corpo fraco, isso é uma droga! Então você e o Shippou vêm comigo. Sango, fique com a Leah e a Kagome. – Inuyasha olha sério para Leah – faça o que puder, ok?
Então os três seguem mato a dentro procurando pistas.
Ao se aproximar para examinar Kagome Leah sente uma vertigem e cambaleia, sendo amparada por Sango que se aproximara.
- Leah! O que houve? – Sango estava preocupada, segurando Leah pelo braço.
- A...a... a energia dela está diferente de quando eu a curei da última vez, não está fraca está... – Leah sente um leve vento frio passar por elas interrompendo-a.
- O que foi isso Leah, você sentiu? - pergunta Sango assustada.
- Sim, Sango. Acho melhor ficarmos bem atentas, afinal o Inuyasha ...
- Certo, mas e você acha que pode fazer algo por ela?
- Não sei, Sango, acho que vou precisar de muita energia para isso, uma fonte muito maior que meu próprio corpo.
- Mas então o que usaremos?
Elas ficaram absortas estudando o problema, Leah lembrou da promessa que fez em silêncio ao Inuyasha quando assentiu cuidar da Kagome. Então de repente ouve-se uma voz familiar. "A Jóia...usem os fragmentos."
- Sesshoumaru, é você? – pergunta Leah reconhecendo a voz do youkai.
O Lorde das Terras do Oeste sai de trás de umas árvores, sozinho.
- Sim, Leah, sou eu. Creio não haver fonte de energia maior por aqui.
- Mas essa energia é muito poderosa, não é seguro. – diz Leah secamente – É melhor esperar pelo Inuyasha para ver o que ele acha.
Sango está inquieta "que estranho o Sesshoumaru vir aqui sozinho, ele costuma andar em companhia daquele Jaken e da Rin..."
- Tudo bem, então vou indo. – ele vai embora e deixa-as cuidando de Kagome.
- Sango, sinto algo estranho, espero que o Inuyasha volte logo. – Leah diz e começa a canalização de energia em Kagome.
- Sim, eu achei estranho... (glup!) – Sango começara quando fora interrompida pelo Shippou que se atirou nos braços de Leah.
- O que houve Shippou? – pergunta a sacerdotisa, calma e sorrindo para o kitsune.
- É uma outra cria do Naraku! O Inuyasha acha que foi uma armadilha e que a Kagome pode estar envolvida como isca! – o kitsune gritava histericamente nos braços de Leah
- Quem é o youkai Shippou? – pergunta Leah num tom de voz calmo.
- É um tal de Joukynoru. Ele é muito poderoso! Atacou a gente. O Inuyasha está indefeso. – Leah ouvia atentamente
- Mas ele está com o Miroku, não está? – Pergunta Sango.
- Sim, mas o Miroku está sem poder usar o "buraco do vento" por causa dos insetos do Naraku. Se ele usar, pode morrer...são muitos!
- Maldição! – Ouve-se o grito do Inuyasha, ele e o Miroku estavam por perto.
- Sango, faça-me um favor. Pegue a Kagome e o Shippou e leve-os daqui para um lugar seguro, irei ajudar os garotos. "Sinto-me mais forte esses dias." Leah pensou. – depois encontro vocês, agora vão! – Leah continua com sua calma habitual.
Sango pega a Kagome e Shippou a acompanha até a Kirara e se afastam para um lugar mais seguro.
Leah, então, corre ao encontro dos garotos. Ao chegar ela vê o monge encurralado pelos insetos do Naraku e o Inuyasha muito machucado escorando-se numa pedra e há poucos metros de distância estava o monstro, um youkai em forma de gente, mas que continha uma aura sinistra e uma energia exorbitantemente maligna, pronto para atacar o Inuyasha que estava sem sua espada, pois sem seus poderes de youkai ela não se transformava.
"Você vai continuar fugindo Inuyasha? Não sabia que você era covarde!" Era a voz do Naraku ecoando pelas árvores. Leah olhou procurando de onde vinha aquela voz, mas nada encontrou. O Naraku queria irritá-lo para fazer ele sair de sua postura defensiva.
Leah se aproxima da cena.
- Leah! – grita Inuyasha – vá embora! Não posso proteger você, nem perder as duas!
Leah olha para o Inuyasha e sorri, seu semblante é calmo e seeno.
- Ei, criatura bizarra! Dá pra deixá-lo em paz? Por que você não vem lutar comigo? Seria mais justo, ele não está armado, mas eu estou. – Leah puxa a sua varinha com a mão esquerda, aponta para os insetos que cercaram o monge. – Inflamarae!
Os insetos viraram bolinhas de fogo e em poucos instantes só restaram cinzas no chão.
- Miroku, vá embora, fique com os outros e deixe-o comigo. – Leah continua com uma expressão tranqüila. – Inuyasha, você está bem?
- Pensei que você era só mais uma humana inútil, não ia lutar com você, mas vejo que é diferente, talvez seja interessante e divertido, afinal. – diz o Joukinoru a Leah. – que tipo de ser é você?
Leah ri e ainda calmamente ela responde: - Sou o tipo de ser que vai mandá-lo para o inferno! Se é que isso existe... – Leah dá uma risadinha e pensa na nova doutrina.
- Leah, eu estou bem, vá embora e deixe-me cuidar desse youkai. Não quero que você se envolva! E eu preciso proteger a Kagome. – diz o hanyou
- Acho, Inuyasha, que já estou envolvida o bastante. Ai! – Leah se esquiva de um golpe. – Ufa! Foi por pouco.
- Leah, vá agora! Será que você não entende? Não quero que você se machuque! – grita Inuyasha.
- Você não vai conseguir sozinho, deixe-me ajudar. – Droga! – um dos golpes acerta Leah que estava à frente do hanyou.
- Saia daqui menina, deixe-me matá-lo! O dia já vai clarear! – reclama Inuyasha.
- Até lá você estará morto, cale-se!
O youkai se aproximou mais e desferiu um golpe certeiro em Leah. Mas ela bloqueou com a energia de uma barreira na sua mão direita.
- Experimenta só encostar um dedo em mim ou no Inuyasha e você vai ver do que sou capaz! Não me subestime criatura vil. O habitual sorriso não estava mais presente, sua expressão era de atenção.
Leah estira o braço esquerdo na direção da Tetusaiga – Venha!! - e esta voa direto para a mão do Inuyasha.
- Pega Inuyasha. – grita Leah, mas nesse momento ela saiu por um instante da frente do Inuyasha e então o youkai aproveitou e atacou o Inuyasha.
- Maldição! – Inuyasha tentou se esquivar, mas o golpe ainda pegou nele e o derrubou. Nessa hora Leah ficou cega de raiva. Pronto, era tudo o que ela precisava para perder a sua habitual calma.
Seus olhos brilharam ela, então, abaixa a cabeça como sinal de desapontamento (falso) e seus olhos instantaneamente passaram de azul para grandes orbes negras como um saco de silício, ela sente uma grande força lhe invadir o corpo e alma. Leah respira fundo e levanta o rosto dando um sorrisinho, imediatamente ela fica envolta em uma energia fortíssima e estranhamente poderosa. O que despertou a atenção do youkai que até então preferia atacar o Inuyasha. Até o Inuyasha estava meio assustado e confuso com o que estava vendo.
- Mas o que é você, afinal, garota??? – o youkai perguntou surpreso.
Leah impõe a voz e assume uma postura de luta.
- EU SOU UMA BRUXA E SEGUIDORA DA ANTIGA RELIGIÃO. E VOCÊ, SER ENERGÚMENO, NÃO É NADA! ESGOTOU A MINHA PACIÊNCIA E VAI PAGAR POR ESSA INSOLÊNCIA DE TER ATACADO O MEU A...AMIGO (Leah hesita por um instante). NÃO SEREI PIEDOSA COM VOCÊ. – Leah alterou a voz de uma forma que o som que saia de sua boca não era mais a doce e meiga voz dela, e sim a voz de um demônio, algo sinistro e perturbador. Seus olhos não eram mais gentis e cheios de compaixão, agora eles eram negros e grandes como se tomassem todo o globo ocular e demonstravam um grande ódio e nenhum tipo de sentimento que pudesse ser comparado à compaixão e piedade humana.
O Inuyasha ficou assustado com o que vira, ou melhor, ouvira. Nunca a vira assim, na verdade nunca viu isso acontecer com ninguém. Ele arregalou os olhos dourados e se afastou um pouco da cena, receado por sua própria vida, não sabia o que esperar de Leah nesse estado, embora algo dentro dele dissesse que estava tudo bem.
O youkai estava desconcertado e se olhasse bem, podia vê-lo vacilar um pouco, mas não podia recuar...não com o Naraku à espreita. Leah se volta para Inuyasha, agora um pouco mais afastado.
- Inuyasha, se eu quebrar o pescoço dele ele morre? – Leah pergunta, sorrindo, ao hanyou novamente no tom doce e meigo que era só dela.
- Sei não Leah, ele é muito poderoso. – ao perceber que a hostilidade da sacerdotisa era direcionada ao youkai ele começou a se divertir vendo o Joukinoru vacilar, Inuyasha cruza os braços e se encosta numa árvore e fica olhando Leah agir.
Leah estava achando tudo muito fácil, mas não sabia bem o porquê, será que era por causa da presença do Inuyasha? Era ele que a fortalecia? Ela não tinha as respostas e ansiava pelo momento no qual iria obtê-las.
- Venha! – Leah ordena, apontando a mão esquerda para o Joukinoru que prontamente voou para a mão da sacerdotisa. Num movimento rápido ela envolve a cabeça do youkai com as mãos e gira a cabeça dele "crack", quebrando-a Em seguida Leah joga o corpo dele no chão. Ela mantinha um olhar severo e imponente, sua pose lembrava uma Deusa.
Inuyasha estava maravilhado com o que vira e com a imagem à sua frente.
- "Essa é a mesma Leah de uns dias atrás?" – O meio youkai se perguntava. Ele observa paralisado a cena enquanto o corpo do Joukinoru cai no chão num baque surdo.
Alguns segundos depois, Leah já dera as costas e ajudava o Inuyasha a andar, seus olhos estavam normais de novo, quando eles ouvem uma gargalhada. Ao olhar para trás Leah vê Joukinoru vindo, suspenso no ar, na direção deles.
- Você realmente achou que eu morreria assim tão fácil? Idiota! Agora vou acabar com sua vidinha medíocre. – o youkai diz satisfeito.
- Feh! Você não é de nada! – grita o Inuyasha.
- E você realmente achou que eu acreditei, por um breve momento sequer, que você estaria morto? – Leah dizia calmamente – eu queria ganhar tempo para chegar ao Inuyasha, precisava protege-lo ou morreria junto com você, seu fim vai ser bem pior do que você imagina! Vocês demônios são um tanto tapados, não? Sem ofensas. – ela olha para o Inuyasha que dá um sorriso de canto de boca
- Tudo bem. – ele responde, um tanto assustado com a calma da sacerdotisa.
- Então tome isso! – Joukinoru desfere seu golpe contra eles que estavam semi-abraçados, Leah ajudava Inuyasha a andar com a mão pela cintura dele e a mão dele sobre seu pescoço.
Foi quando Leah percebeu que deixara sua varinha cair ao quebrar o pescoço do Joukinoru. Então ela inspira forte e seus olhos mais uma vez ficaram negros como a noite. Num movimento rápido ela desenha algo no ar, com a mão livre, apontando dois dedos para frente ela cria um círculo, um escudo energético envolta deles dois. Imediatamente sobe um paredão luminoso onde o golpe do youkai bate e volta para ele, numa intensidade bem maior (3x pra ser mais exata) com o golpe, a impressão que dava era que o Joukinoru tinha virado pelo avesso, suas vísceras estavam à mostra.
Após o desfecho do golpe ambos caem sobre os joelhos dentro do círculo, o Inuyasha machucado e a Leah sem energias para continuar.
- Só para garantir que esse youkai não importuna mais, vou deixar o Zowie brincar com os restos dele um pouquinho. - Leah conjura seu guardião e quando ele chega ela desfaz o círculo e desaba no chão, exausta
O hanyou se levanta e contempla a visão de Leah ao chão exausta devido ao gasto de energia que ela desprendeu por ele, lançada ao escudo do círculo. Ele também olha temeroso para o Zowie que o ignora completamente e brinca com o corpo revirado do youkai. O dia está quase amanhecendo.
Inuyasha junta suas forças e pega Leah nos braços levando-a para junto dos outros.
"Espero que estejam bem" – pensa Inuyasha andando em busca dos outros. – "E a Kagome? Será que está bem?"
(FIM DO CAPÍTULO IV)
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Aos agradecimentos...
Minha grande amiga e por que não mentora, Gushi! Obrigada pelos comentários amiga! Postei de novo sua review, você viu?
Cara Tassi Higurashi, obrigada pela sua review, que bom que ajudei no seu bloqueio! qualquer coisa escreve tá? E desculpa a demora.
Shampoo-chan, obrigada novamente pela review, andei postando a antiga novamente. Te vejo no MSN!
Beijos a todos que leram e agradeço aos que escreveram, obrigada novamente!
Se você acha que este capítulo merece um comentário, ficarei feliz em lê-lo ,assim me sinto incentivada a escrever!
Beijos,
Ja ne!
Akeminu
