CAPÍTULO V – O GATILHO E UM DESABAFO
Ao chegarem lá, uma surpresa!
- "Buraco do Vento!"
Eles ouvem Miroku gritar. Inuyasha acelera o passo, mas sem seus poderes e carregando Leah fica difícil ir mais rápido.
Leah também ouve o Monge e pede ao Inuyasha que a coloque no chão para que ele possa ir ajudar seus amigos. Mas ao chegar lá o Inuyasha se depara com o Naraku, eles lutam feio.
Quando Leah chega ao local, guiada pela voz do hanyou, ela vê o Inuyasha subjugado pelo Naraku e muito ferido caminhando em direção à Kagome.
- Kagome, estou aqui, não se preocupe, vou protegê-la! – grita o hanyou sem forças.
- Uh-uh-uh Inuyasha, é isso o que gosto em você, sua teimosia, seu hanyou desprezível. Mas isso vai acabar logo, vou dar um fim a essa sua agonia que é a vida que leva... uh-uh-uh. – fala o Naraku em tom solene.
Ao ver aquilo Leah tenta chamar a ira de Naraku para si, numa tentativa de salvar a vida de seu amor. Ela tenta usar seus feitiços padrões, pois está muito fraca para tentar algo grande. Leah tenta queimá-lo, imobilizá-lo, levitá-lo e outros, mas nada consegue. Então Naraku chega à Kagome primeiro que o Inuyasha e lança um golpe no meio youkai que cai desacordado. Naraku ignora completamente as tentativas de Leah.
Os outros não podem fazer nada, imobilizados à margem da luta, apenas olhando seus amigos sofrerem.
Naraku pega Kagome e começa a levá-la quando Leah reúne o resto de suas forças e joga a Pylea na direção do youkai na tentativa de frear sua saída e fazer a Kagome cair no chão fazendo Naraku desista de levá-la. Mas a energia e a força que Leah desprende nessa tentativa a deixa exausta, pois além de jogar a espada ela ainda tinha que manter um escudo de espelho para que os golpes do Naraku não a atingissem durante sua tentativa.
- Acerta!!! – Leah grita sem forças na esperança que apenas aquilo funcionasse, era o que ela podia fazer... – uma forte luz branca aparece e o Naraku é cortado em dois. Os que estão olhando tudo ficaram com a vista meio embaçada devido à forte luz, mas o que puderam ver foi o Naraku se partir e a Kagome sumir....
Leah cai desacordada do outro lado da cena, nesta mesma hora os primeiros raios de sol começam a incidir sobre os presentes, Miroku e Sango agora soltos, depois que o Naraku foi dividido pela Pylea, o encanto quebrou e eles puderam correr, Miroku e Shippou para Leah e Sango e Kirara para Inuyasha.
- Leah! Você está bem? – o monge pergunta preocupado.
- Leah! Aaiii ela está bem Miroku? – o kitsune está desesperado.
- Inuyasha, você está bem? – Sango se assusta ao ver o hanyou acordar e se levantar sem grande esforço, agora ele estava em sua forma normal.
Quando o alvoroço passou, eles puderam ver um objeto de madeira dividido em dois no chão.
Gota na cabeça de Leah
– o que é isso?- ela não entende e se levanta com dificuldade, sendo ajudada pelo monge e a exterminadora.
- Um vodu, uma marionete. O Naraku nunca esteve realmente aqui... - Inuyasha responde meio perdido na história toda, afinal ele não viu o fim do evento.
- Não, Inuyasha ele esteve aqui sim, pude sentir. - Sango afirma.
- Eu também. – completa o monge.
- Definitivamente tinha uma força muito grande aqui. – Leah conclui.
- Onde está Kagome? – Pergunta Inuyasha confuso.
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Kagome acorda meio desnorteada com a vista embaçada e se levanta devagar sentindo cada músculo de seu corpo reclamar.
- Mas...onde estou? – ela se olha e tem uma surpresa. – que roupas são essas? Onde estão minhas roupas? – ao se dar conta de que para estar com outras roupas alguém deve ter trocado ou ela teria se lembrado de ter trocado de roupa...
- Estas são as roupas que você costumava usar Sacerdotisa Kikyou – era a voz do Naraku que soava forte e imponente em meio às sombras do quarto em que se encontrava.
- É a voz do Naraku! – Kagome se desesperou, estava sozinha com aquele monstro! – " calma Kagome, calma se você está viva é porque tem utilidade..." – este pensamento a confortou um pouco. – "onde será que o Inuyasha está? Por que ele me deixou sozinha? Onde estão todos?"
- não se desespere, não vou te machucar, te trouxe para curá-la. Preciso de você viva.
- Não vou trabalhar para você Naraku, nunca!
- Não adianta choramingar Kagome, seu salvador não vem te buscar, ele está mais preocupado com outra coisa agora... – aparece na frente de Kagome o reflexo da Jóia de quatro almas.
- Mas só eu posso sentir os fragmentos, ele precisa de mim! – ela revida.
- Não Kagome, muito pelo contrário, você é um peso para o Inuyasha e agora apareceu uma outra pessoa capaz de localizar os fragmentos e que não depende tanto do Inuyasha. Ela não ia ficar com vocês, mas eu me certifiquei de que ela ficasse entre vocês para que meu plano desse certo e já está encaminhado, é só uma questão de tempo.
Gota na cabeça de Kagome
- Seu...monstro!
- Você já o odeia Kikyou, eu só dei um empurrãozinho. Você deveria me agradecer por tirar ele da sua vida!
Silêncio
- Naraku... – a voz dela não parecia mais a Kagome, mas sim a Kikyou. – quem é que está falando, você ou o Onigumo dentro dessa carcaça? – ela lhe lança um olhar fulminante e um sorrisinho de canto de boca.
- Sua... – Naraku está visivelmente irritado. – Esse miserável tem de sair de dentro de mim! Eu odeio essa sensação de impotência quando se trata daquela Sacerdotisa infeliz! Saia daqui! Kagura, Kana!
- Sim Naraku. – Kagura responde.
- Façam com que os amigos dessa Sacerdotisa infeliz a encontrem, quero-a longe de mim, já consegui o que queria. Providenciarei para que não lembre dessa nossa conversa até que seja necessário.
Kagura e Kana levam Kagome de lá.
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- Miroku, não ta me ouvindo? Onde está Kagome? – Inuyasha estava perdendo a pouquíssima paciência que lhe segurava a mão para não espancar o monge. Já estavam quase chegado em casa e o monge não conseguia explicar o que acontecera, mesmo o Inuyasha vindo carregado pelo monge.
- Inu...errr... – o monge não sabia como explicar ao hanyou o que acontecera enquanto ele estava desacordado.
- Estávamos todos sem a menor chance de fazer algo, inclusive você Inuyasha sem seus poderes. – Sango falava muito rápido ma esperança que a mensagem passasse despercebida - A única pessoa que restou foi a Sacerdotisa Leah, mas ela estava muito fraca devido à luta anterior então, ela não pôde fazer muito. Ela tentou tudo o que podia, mas... – Sango engoliu a seco – Naraku levou a Kagome. – seus olhos marejaram.
- É Inuyasha e a Leah estava sem sua varinha... – completa Shippou muito triste.
- Maldição! Aquele maldito Naraku! – Inuyasha estava furioso e desapontado por não ter conseguido cumprir sua palavra com Kagome. – Não pude protegê-la...Kagome... – ele estava inconformado.
- Nós vamos achá-la, deixa só a Leah se recuperar, ela pode ajudar muito a gente, não é Sango? – o kitsune diz esperançoso.
- É a Kaede está cuidando dela, ela ainda está fraca. Mandamos ela primeiro com Kirara. – diz o monge.
- Ah, ela está com a velhota? Vou tomar umas explicações dela! – diz o hanyou e sai irritado em direção à cabana de Kaede. Os outros o seguem tentando persuadi-lo a não prosseguir com aquilo.
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- Hã? Inuyasha, é você? – pergunta a velha Kaede o ouvir um furacão entrando na cabana. – Inuyasha, venha aqui, por favor, Leah tem algo para lhe perguntar.
- Eu também tenho umas coisas para perguntar a ela! – a voz do Inuyasha estava diferente, ele parecia estar mais irritado que o normal.
- Mas vá com calma Inuyasha, ela ainda está se recuperando a batalha foi dura.
- Não se preocupe vovó Kaede, nisso eu dou um jeito rápido com uma receita que minha avó me deu. Muito obrigada, a senhora é muito amável, lembra-me muito a minha avó Brenna.
- O que você quer? – Inuyasha entra no quarto como um relâmpago e ignorando os pedidos de Kaede ele desfere a pergunta em Leah como se fosse uma espada.
Leah se senta no colchão e o Inuyasha senta a sua frente no chão com um semblante nada amigável, nem mesmo diante do estado da Sacerdotisa.
- Inuyasha, a Kagome está bem? – Leah começa, com um certo receio da reação do hanyou
- Como vou saber, ela sumiu! E a culpa é sua. – Inuyasha responde aos gritos.
- Como é que é? A culpa é minha? Mas como, eu fiz tudo o que podia dentro das minhas condições! – Leah respondeu assustada com a reação do Inuyasha.
- Sei... feh, você armou tudo aquilo!
- Mas, o que está dizendo Inuyasha, como você tem coragem de dizer isso?!! – Leah estava chocada com tamanha ignorância. – "E pensar que foi ele que prometeu protege-la e não fez nada!" – Leah pensou e também quis dizer, mas achou melhor não. Ela estava triste e magoada com ele por pensar isto dela.
- Eu...eu...err...VOCÊ DEVERIA TER TENTADO MAIS!!! – Inuyasha explode num grito que despertou a atenção de todos na cabana e eles vieram espiar a briga de longe.
- Mas eu fiz tudo o que podia, Inuyasha... mas...por que você está me tratando assim? O que eu fiz de mal à você afinal? – Leah estava sentindo seu coração apertar a cada movimento do meio youkai.
- Você apareceu na minha vida, na nossa vida, e se pôs entre mim e a Kagome! Como ainda pergunta?! E agora ela se foi, e é tudo culpa sua, somente sua, sua imprestável!
- Eu nunca me pus entre vocês! Mesmo tendo total consciência de meus sentimentos por você, desde o primeiro dia, e nunca quis ficar...queria me poupar o sofrimento de vê-los juntos, no entanto desde que estou aqui nunca fiz nada para atrapalhar, muito pelo contrário! - Leah estava cada vez mais transtornada com a situação e queria morrer ali mesmo. Ela desejou nunca ter conhecido aquele grosso. Então lembrou de todas as sensações que ela sentiu depois de conhecê-lo. Quando ele a amparou no dia em que se conheceram; quando ele a segurou pelo braço e pediu que ela ficasse com eles; quando ele a colocou em seus braços para tirá-la da floresta...Não, ela não se arrependia de tê-lo conhecido, jamais!
- Inuyasha, eu gostaria de... – Leah começara, mas fora interrompida pelo brado raivoso do hanyou.
- Cale-se! Quero que você vá embora! Suma, você não é bem-vinda aqui! Por sua causa MINHA Kagome pode estar morta!
Leah olha bem dentro dos olhos de Inuyasha e quando faz menção de falar, é novamente interrompida.
- Eu amo a Kagome! E quero que você saia da nossa vida, não quero vê-la nunca mais! – Inuyasha estava assustando a todos, os seus amigos não acreditavam no que estavam ouvindo, mas ninguém tinha coragem de enfrentá-lo naquele estado.
Os olhos de Inuyasha estavam brilhando, marejavam impulsivamente, sua voz estava embargando e mesmo assim ele disse todas aquelas coisas horríveis para Leah que juntou suas forças, pegou sua mochila, seu casaco e sua cimitarra e partiu em silêncio sem nem ao menos olhar, uma última vez, aquelas orbes douradas que tanto amava, apesar de tudo.
Leah passa por todos atônitos na sala, nem um ruído pode-se ouvir, apenas os passos tristes da Sacerdotisa ecoavam pela cabana. Leah não olhou para nenhum dos amigos do hanyou provavelmente todos pensavam o mesmo, então ela simplesmente saiu e nem se quer percebeu que a Sango chorava em silêncio nos braços do monge, Kaede tinha lágrimas nos olhos abraçada com Shippou que parecia estar em choque com toda a cena.
Todos ouviram os gritos de Inuyasha dentro do quarto e as tentativas de explicações da Sacerdotisa. Estavam atônitos e embora achassem tudo aquilo um absurdo, eles não podiam fazer nada naquele momento. O Inuyasha havia passado da conta.
Ao chegar do lado de fora da cabana Leah caminha em direção à floresta e ao chegar perto de um laguinho ela tenta ocupar a mente para não ficar lembrando do pior momento de sua vida. Leah coloca sua mochila no chão e com Pylea ela pretende cortar um galhinho de uma árvore que ela reconheceu como sagrada, segundo sua avó.
- Minha varinha já era, vou logo fazer outra, pois estou sozinha novamente. É para minha proteção, você me permite boa árvore? – Leah se dirige à árvore e após uns instantes uma leve brisa desalinha os cabelos da Sacerdotisa e vai embora.
– Obrigada! – Responde Leah e começa a trabalhar no galhinho que cortou, lapidando-o e esculpindo-o. Leah tira da bolsa o presente que ganhara de Kagome e em silêncio ela escuta suas músicas prediletas e ao tocar uma em especial toda a cena de uma hora atrás passa em sua cabeça como se fosse marcá-la para sempre, para que deixasse de ser inocente e não amasse mais. "Felicidade não existe" – pensa Leah enquanto sente seus olhos lacrimejarem, seu semblante naturalmente calmo dá lugar a uma expressão triste e ela tenta não chorar, mas é inevitável conter toda aquela emoção que sentia...era muito grande e a dor...ah a dor era imensurável, parecia que ia partir a caixa do peito ao meio. Leah sente seu coração ficar pequenininho, sente como se seu peito fosse explodir, uma pressão...a dor era maior do que ela esperava e transbordou...transbordou os sentimentos, transbordou seu corpo, sua alma e Leah chorou...
Ela chora sua dor, sua inocência
Chora por amar demais e amar de menos
Chora sua grande perda
Chora o que nunca pôde ter...
Chora por ter estado tão perto da felicidade
Chora por ela não ser completa...
Chora porque ele estava tão perto
Chora porque ele estava tão longe...
Chora porque agora ela não tinha nada, não era nada...
Chora porque voltara a ser ninguém outra vez...
Chora porque era, outra vez, alguém que não conhecia...
Chora porque as suas couraças, iria vestir novamente.
Andarilha, joguete da vida
Sozinha, serpente... ela chora
Leah havia passado por muitas situações difíceis durante toda a sua vida, havia travado muitas batalhas, lutou contra vários tipos de ameaças, mas ouvi-lo dizer aquilo foi, de longe, a coisa mais difícil e dolorosa que já lhe aconteceu. Naquele momento nada poderia consolar seu coração...ou causar-lhe dor maior.
O mundo parecia que ia desabar! "Que raios de felicidade é essa minha Deusa!? Isso não existe...neste mundo só existe sofrimento! Deusa madrinha...onde estás que me esqueceste?" - Leah pensava quando seus pensamentos foram interrompidos por uma voz doce e conhecida.
- Minha filha, não chore. – era a imagem da velha Brenna, sua avó querida refletida nas águas do laguinho.
Leah se debruçou na margem fitou-a incrédula. – vovó?
- Sim minha filha. Eu não pude deixar de vim te ver, mas tem uma outra visita para você, serei breve.
- Quem é vovó?
- Sua madrinha Leah, ela ama muito você e está vendo sua dor. Escute-a minha filha!
- Minha madrinha? Ah vovó faz um tempão que não falo com ela. Ando tão triste vovó...queria ter ido com você!
- Não diga isso minha querida você é muito jovem e especial, ainda vai ser muito feliz! Não posso mais ficar, mas quero que você ouça seu coração, ele é sábio e conhece os segredos da vida.
Leah baixa a cabeça e fitando um ponto qualquer no chão ela desabafa.
- Mas vovó Brenna, o homem que eu amo me odeia! E ama outra...
Silêncio...
- Não minha criança – Leah assusta-se ao ouvir que uma voz diferente responde – assim como o frio e a escuridão não existem, o ódio também não. O que existe é a ausência de calor e luz. Assim como a ausência de amor. Ele não é como você, ele vive em um mundo diferente do seu, portanto não compreende, ele não sabe como lidar com isso. Mas não é falta de amor, minha criança...ele apenas não sabe, está confuso e você terá que lhe mostrar. Se ele não sentisse nada por você ele teria deixado você morrer no primeiro dia que se viram.
Leah sente uma forte presença perto dela e se vira para afirmar quem era que lhe falava. Ao levantar a cabeça qual não foi a sua felicidade ao ver sua madrinha lhe fitando.
Uma velha senhora de cabelos brancos e compridos, ela tinha, normalmente uma expressão severa e implacável, mas hoje estava especialmente tocada com a dor da sua criança. Seu lado mãe gritou...
- Hécate madrinha, eu estou me sentindo melhor agora que sei que estás comigo.
- Eu nunca deixei de acompanhar os teus passos, minha criança. Mas precisas ouvir teu coração, ouça-o com atenção. Não se preocupe, tudo vai dar certo e lembre-se do que eu falei... – para o desespero de Leah a imagem antes a sua frente esteva desaparecendo e ficando apenas o eco de suas palavras:
"Ele não sabe...você terá que lhe mostrar..."
- Mas Hécate madrinha, espere eu...o que ele não sabe...mostrar o que? – Leah estava confusa...será que mesmo depois de tudo aquilo ainda poderia haver felicidade, mas como?
Leah ouve o barulho de alguém se aproximando, mas ela não queria ver ninguém, então aproveita o anoitecer e à sombra de uma das árvores mais ao fundo, com sua nova varinha, ela se esconde, "ofuscatus est". Ela se confunde com a sombra, ficando de certa forma invisível a olhos destreinados. Mas era apenas um cervo fugindo de algum aldeão.
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Inuyasha o que foi que você fez? Miroku adentra o quarto alguns instantes após a saída de Leah e encontra Inuyasha atônito mirando a floresta pela janela como se soubesse que Leah iria se esconder lá. E ao ouvir a voz do monge ele deixa escapar uma lágrima que logo é secada calmamente pelo hanyou.
Gota na cabeça do monge.
- Não sei Miroku, não sei o que aconteceu, era como se eu estivesse fora de mim...
Ao ouvir as palavras do amigo Miroku muda sua abordagem e seu semblante passa de irritado para preocupado. Ele fecha a porta atrás de si e se senta para ouvir o meio youkai.
- Maldição! – Inuyasha bate com o punho na parede – eu estou tão irritado com isso tudo! – Inuyasha continua a socar a parede a sua frente assustando o monge.
- Calma Inuyasha, isso não vai resolver nada. Pelo o que eu pude perceber nesses últimos acontecimentos, é que você gosta muito dela, mas gosta da Kagome também. E por experiência você sabe que não dá pra ficar com as duas.
- Mas é diferente...não sei explicar como.
- Em todo caso, é bem óbvio que vocês têm uma ligação. Acho que você está irritado porque Kagome vinha te tratando estranho há dias e também porque o Naraku nos atacou no dia que você estava em sua forma humana e frágil. – O hanyou estreitou os olhos para o monge que o ignorou e concluiu seu pensamento.
- E quer saber mais? Acho que você está com essa raiva toda porque não pôde fazer nada ontem contra o Naraku e a Leah fez quase tudo sozinha! É isso, você não está com raiva dela, mas de você mesmo por não ter podido proteger a Kagome dos braços lascivos do Naraku! Como você teve coragem Inuyasha? Acorde pelo amor de Buda!! – o monge se aproxima do Inuyasha e dá um tapa na cara do hanyou.
- Mas...maldição... – Inuyasha começa, está vermelho e furioso, mas logo sua expressão vai mudando ao perceber que o monge estava certo. A raiva que ele sentia era dele mesmo e não da Sacerdotisa Leah e o que ele sente por ela ele não ia descobrir sozinho, precisava dela. – Inuyasha encarou o monge.
- Você sabe que ao me bater você arriscou sua vida, não sabe?
- Rai, claro...o fiz consciente.
- Você é um bom amigo Miroku. – Inuyasha saiu do quarto deixando Miroku boquiaberto.
- "O que Leah fez a ele? Seja lá o que for está melhor assim!" – pensou o monge.
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no outro dia pela manhã...
- Inuyasha, vou até meu vilarejo pegar umas coisas que poderão nos ajudar, esperem por mim.
- Você vai sozinha, não é perigoso? – pergunta o monge.
- É mais perigoso se você for com ela! – diz o kitsune irritado.
- Vá com ela Shippou. Miroku fica aqui comigo, para cuidar dos ferimentos do Inuyasha. – diz Kaede.
- Raí, vamos Sango. – disse o kitsune ainda triste devido aos últimos acontecimentos.
O kitsune sobe na Kirara e junto com a exterminadora ele ruma para o vilarejo dela.
- Nossa, seria muito melhor se eu tivesse ido com ela. – reclama o monge. – mas preciso convencer o Inuyasha a ir buscar a Leah, sem ela estamos complicados...
Ao voltarem para dentro da cabana a Sacerdotisa Kaede acha que a poeira sentou e começa.
- Inuyasha, o que você fez com Le... – Kaede tentou começar uma conversa, mas foi logo cortada.
- Não é da sua conta velhota! Precisamos nos concentrar em Kagome, Leah sabe se virar. Depois resolvemos isso!
- Você não está preocupado em como ela pode estar sofrendo Inuyasha? – Insistiu a Sacerdotisa.
- Não quero pensar nisso agora. Pode ser que sim e que não! – ele sai e a deixa falando sozinha.
"A quem eu quero enganar, sinto uma dor no peito, mas não é minha... o que é isso...?" – pensava Inuyasha sozinho. Sentado numa árvore enquanto esperava Sango voltar de seu vilarejo. - Essa dor, é como se tivesse um vazio no meu estômago...
FIM DO CAPÍTULO V
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Oi Povo legal!
Desculpem-me pelo atraso na postagem, mas inventei uma tal de pós-graduação que está me consumindo, além de assumir a secretaria de um tipo de instituição...e apesar de não termos atividades ainda, já dá para consumir um tempinho. Mas faço tudo com amor!
Não esqueci de vocês não...a fic está pronta num caderno e também tem o pró da minha infindável tendinite, então já viu, né? Pra digitar é uma comédia! Já digitei até o cap 10, portanto estão garantidos regularidade, ok? Acredito postar em 3 semanas, se obtiver uma quantidade razoável de reviews...já vi que tem gente que não está gostando da presença da Gaijin na história, mas é legal, acompanhem!
Bom, lá vão os agradecimentos:
Yukyuno Hikari: Obrigada pela review e desculpa o atraso, meu MSN mudou e te adicionei de novo, tá? Legal, você está gostando da Leah...ela é legal, aguarda que a história vai ficar melhor! Bjus.
Daniel: Obrigada pela review, apesar de você não estar gostando da Leah "roubando" o Inuyasha...mas ela não o rouba! Bom, pelo menos você está lendo e todos têm direito a uma opinião, não é mesmo. Só digo, acompanhe, quem sabe não muda de idéia? A história vai ficar melhor!!! Bjus!
Bjus povo!
Ja ne!
Akemi
