STFD - MEU PRIMEIRO NATAL

CAPÍTULO QUATRO

Thanks: Cris, Kakau, Rosa, Claudia, Jess, Aline Krux, Spirita, Nessa Reinehr.


Após dormir a noite inteira abraçado a Verônica, Thomy acordou e deu-lhe um delicioso sorriso que ela retribuiu.

"Ow." – disse de repente parecendo perceber que estava no lugar errado.

Empurrando Malone e a moça para o lado pulou da cama com cara de poucos amigos.

Foi até a porta do quarto que estava fechada e ali ficou em pé aguardando até que o jornalista levantou-se para abri-la.

"Você definitivamente é um cabeça dura."

Batendo o pé a criança foi até o quarto de Marguerite onde, estando fechado, se sentou com os braços cruzados e o cenho fechado.

Viu Verônica passar em direção a cozinha e decidiu que aquela era a hora de fazer-se notar. Cerrando o punho bateu na porta com toda força.

"Iiiitttttteeeeeee!!!"

Parou de gritar e olhou em direção a loira, tentando averiguar se atraia sua atenção. Aparentemente ela continuava seus afazeres sem ao menos lhe dar uma olhada. Ainda mais nervoso, tornou a bater.

"IIIIITTTTTEEEEEE!!!!!"

"Thomy" - censurou Verônica - "Vai acordar todo mundo."

"IIIIITTTTTEEEEEE!!!!"

Quando a porta abriu abruptamente, o garoto perdeu o equilíbrio e quase caiu.

"Eu não acredito" - disse a herdeira com olhar furioso, fechando o roupão.

Mas Thomy nem pestanejou. Entrou rapidamente no quarto e puxou Marguerite para dentro, ele mesmo fechando a porta.

Verônica decidiu que era o bastante. Uma coisa era tentar provoca-la, mas aquilo estava passando dos limites.

Começou a andar em direção ao quarto com a firme intenção de levá-lo para um passeio e pedir desculpas a herdeira.

Quase chegava quando Marguerite saiu. Dirigiu a palavra a Ned que se aproximava.

"Segure o pirralho Malone." - apontou para a criança que vinha logo atrás. Depois pegou a loira pelo braço - "Você o quer e eu não o quero. Então, precisamos conversar."

As duas mulheres dirigiram-se a mesa da cozinha onde passaram a cochichar enquanto alguém muito curioso tentava prestar atenção ao que diziam. Ao final elas se separaram.

A herdeira foi até o garoto e o pegou pela não.

"Ok pirralho. Já negociei com sua 'mamá'. A partir de agora você é todinho meu."

Malone ficou parado sem entender até que percebeu a loira e a morena trocarem discretas piscadelas enquanto Verônica o puxava pela mão para uma conversa que também teria com os outros moradores assim que acordassem.


Marguerite não largava a criança um minuto sequer. Para onde ia o levava consigo. Se quisesse brincar sozinho ou com algum dos outros moradores da casa da árvore ela o afastava fazendo com que a seguisse.

Viu Challenger tranquilamente sentado em um toco de árvore com um potinho e o molde, fazendo bolinhas de sabão. Um sorriso iluminou o rostinho quando George cumprimentou-o.

"Olá nobre cavalheiro. Está um lindo dia não está?"

Tentou correr para o cientista sendo impedido pela herdeira. Irritou-se, porém não teve opção ao ser praticamente arrastado por ela.

De passagem pela horta Summerllee remexia a terra. Parecia se divertir muito. Thomy vislumbrou o monte de terra fofa, pronta para ser mexida pelas mãozinhas, porém mais uma vez Marguerite o conduziu para outra parte.

"Muito bom." – escutaram a voz de Roxton e a seguiram. Encontraram o caçador metros adiante, cercado por arapucas.

"O que é muito bom Lorde Roxton?" – Perguntou a herdeira.

"Minhas armadilhas. Estão perfeitas." – ele riu e dirigiu a palavra ao menino, visivelmente interessado. – "Está divertido rapaz."

"Ox!"

Quando Thomy fez menção de se aproximar do homem, Marguerite o pegou pelo ombro.

"Desculpe John, temos muito o que fazer." – e lá se foram a mulher e a criança.

Tim, clang, tum pling, plang, ouviram eles. Correram em direção aquele som estranho para ver Malone tocando um xilofone improvisado com diversas colheres de vários tamanhos penduradas entre duas árvores.

"One." – Gritou ele estendendo as mãozinhas.

"Oi Thomy. Peguei suas colheres emprestadas, depois devolvo."

"Até mais tarde Malone." – disse Marguerite, já puxando o menino quase desesperado.

E no meio da tarde ela o levou para um passeio na mata.

FFFFFFIIIIIIUUUUUUUUUU!!!!

A herdeira e o garoto olharam para cima seguindo o assobio.

"O que você está fazendo ai?" – riu a morena ao ver Verônica empoleirada em um galho da mangueira descascando a fruta.

"Comendo. Quer um pedaço?" - Sorriu a moça fingindo ignorar o garoto já com a lingüinha de fora.

"Não obrigada." – começou a puxar o menino pela mão – "Vamos pirralhinho."

O menino estendeu os braços para a árvore.

"Quééé!!!"

"Nem pensar menino. Eu não vou subir em árvore e acho que Verônica não vai ser boazinha e jogar uma pra você."

"Não vou mesmo." – Verônica saboreou mais um pedaço – "Hummm!!! Está realmente uma delícia."

"Dááááá!!!"

"Esquece." – Marguerite puxou o garoto que irritado soltou sua mão correndo até debaixo do galho onde estava a loira. Estendia os bracinhos enquanto se esticava todo nas pontas dos pés.

"Mamááááá!!!"

A morena pegou a criança, levantando-o até Verônica que já se inclinava estendendo a mão e puxando-o para cima. Rapidamente Thomy roubou um pedaço de manga da mão dela gargalhando em seguida.

"Você é um vendido pirralho." – disse a herdeira fingindo irritação – "Me trocar por uma manga? Estou ofendida."

"Obrigada por cuidar dele Marguerite."

"Acredite, não foi um prazer." – Sorriu para si mesma ao perceber como. havia sido divertido. Já ia virando para voltar para a casa da árvore quando escutou.

"IIIIIttttttteeeeeee!" – Ela virou-se para ver o garoto jogar-lhe um beijo.

"Tchau pirralho."

"Xau" – Repetiu ele.

A loira não cansava de beijar as bochechas do menino que a abraçou com carinho.

"Você sabe que é o mais importante não sabe?"

"É?"

"É."

Delicadamente ele colocou um pedaço da fruta em sua boca. Há dias se continha no desejo de tê-la tão pertinho dele quanto antes.

Ali ficaram por um bom tempo até que Verônica cometeu um grande erro. Olhou fixamente para ele que interpretou como sendo o sinal para a brincadeira de luta. Jogou-se para ela com uma força e velocidade que a surpreendeu.

"AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!" – Gritaram os dois ao mesmo tempo...TUM!!!


Ned preocupou-se ao ver Verônica parecendo meio claudicante com Thomy agarradinho a seu pescoço e correu para ajudá-la. Estendeu os braços para o garoto que se recusou, abraçando a loira ainda mais forte.

"O que houve com vocês?"

"Caímos da árvore."

"Vocês estão bem?"

"Thomy está bem. Quanto a mim, nada que um carinho não cure." – E foi assim que ela ganhou o mais estalado e babado dos beijos.


Todos falavam e conversavam animadamente quando Challenger pigarreou insistentemente. Queria um minuto de atenção.

Aos poucos foram se calando e só Thomy, o pequeno papai Noel de verão, ria sem motivo. Verônica fez-lhe um sinal de silêncio, que ele imitou inconscientemente.

"Caros amigos... gostaria de ressaltar que..." - Visivelmente paciente Challenger olhou para o semblante de cada um sabendo que todos ansiavam por seus presentes e pela ceia - "... que serei breve em meu discurso".

Um alívio geral se fez e Challenger sorriu.

"...Gostaria de dizer que, como todos vocês já sabem, estamos reunidos para compartilharmos nossos corações e agradecermos por estarmos vivos e com saúde que é o mais importante..." - riram - "...e unidos para qualquer desafio que precisemos enfrentar. Brindemos a isto meus caros!"

George iniciou levantando sua taça e logo foi seguido pelos demais. Thomy também levantou sua mamadeira com suco.

"...que o ano que se aproxima seja melhor do que o anterior" - disse Roxton.

"Impossível..." - Marguerite disse entre os dentes, mas só Roxton ouviu, e riu. - "E que os presentes também sejam melhores, vamos abrir por favor?!" - Falou a impaciente e curiosa herdeira.

Assim que pronunciou a palavra presente, Thomy já se contorcia nos braços de Ned que o colocou no chão. Saiu disparado, correndo o máximo que suas perninhas podiam agüentar até chegar a enfeitada árvore de natal.

Ficou alegre ao ver algum grandes pacotes enfeitados. Abrindo os braços e tentava pegar todos ao mesmo tempo, até que Verônica se aproximou para acalmá-lo.

"Aposto que pensa que todos são pra ele." - Marguerite murmurou.

"Não fique triste Marguerite, papai Noel não esqueceu da sua cartinha."

"E eu escrevi alguma Roxton?" - Perguntou irritada vendo o caçador ir até junto da árvore rindo.

"Abra rapaz, é todo seu pode abrir!" - Encorajou o caçador.

"O certo é abrir os presentes só no dia vinte e cinco." – Comentou Summerlee - "Se bem que um pacote deste tamanho, não é?... passará da meia-noite e ele ainda o estará abrindo...".

"Summerlee, me dê essa taça de vinho." - Disse Ned emendando os risos dos exploradores.

"O que tem lá dentro?" - Challenger cochichou para Marguerite que fez o sinal de zíper na boca.

Roxton tentava ajudar o pequenino que mal conseguia puxar o laço de cima.

"Droga Marguerite, tinha que apertar tanto? Thomy gostaria de ver o presente ainda este ano!"

"Homens, como reclamam!" – Com ar entediado ela aproximou-se puxando o laço que se desfez com facilidade diante de um caçador desconfiado de algum truque por parte da herdeira.

Thomy foi arregalando os olhos enquanto tapava a boca com as mãozinhas em forma de concha. Estava tão surpreso quanto os demais que esperavam uma reação do pequeno.

"Ow!"

Era um carrinho. De construção muito simples, mas bem feito tinha um pedaço de madeira como base com rodinhas também de madeira. Mas era enfeitado por uma almofada feita com muito capricho, fixada como assento e uma haste também revestida com almofada macia para que o garoto pudesse segurar. Na frente tinha uma corda para que fosse puxado.

"Este é para você Malone".– Riu o caçador entregando a corda que estava atada na frente do brinquedo.

"Muito obrigado!" - Respondeu Ned já começando a puxá-lo com Thomy já confortavelmente instalado e sem conseguir parar de rir.

Passaram algum tempo brincando com o carrinho, e ouvindo Marguerite repetir quem fez as almofadas coloridas.

Summerllee aproximou-se com outro embrulho.

"Para você meu amiguinho." – Thomy olhou para o botânico com um carinho que o comoveu. Depois inesperadamente o abraçou com força, para em seguida estalar um beijo em seu rosto. Só então voltou sua atenção para o presente. Sentou-se no chão e sem nenhuma cerimônia abriu o pacote. Um rastelinho, uma pá e um regador. Sorriu.

"Preciso de um ajudante na horta." – Completou Arthur.

"Minha vez." – Prosseguiu Challenger estufando o peito. Em pé, Thomy olhou para cima impressionado com a imponência do cientista que olhava para ele. – "Nobre cavalheiro, meu presente não é um brinquedo." – Ajoelhou-se diante do garoto. Challenger ajudou-o com o pequeno pacote.

"Que você possa encontrar caminhos seguros e felizes." – Sorriu o cientista abraçando o garoto que parecia hipnotizado pelo ponteiro da bússola que acabara de ganhar. Repetindo o que fizera com o botânico, abraçou o cientista longamente. – "Obrigado por este presente meu amiguinho." – sussurrou George.

Malone e Verônica pegaram o grande saco de estopa ajudando o ansioso garoto a abri-lo. Ele nada falou. Ficou ali parado, completamente estático com a boca aberta.

"Thomy?" – Verônica interrompeu seus pensamentos. A criança indicou que ela pegasse o que acabara de ganhar.

"Vem." – disse ele. Depois fez com que ela se sentasse no banco diante do cavalete enquanto ele fazia o mesmo diante do pequeno cavalete e o banquinho semelhantes ao dela que acabara de ganhar. Ali ficaram juntinhos rabiscando por algum tempo.

Thomy também deu seus presentes.

Para Summerllee, deu uma plantinha que ele mesmo arrancara, ainda com as raízes cheias de terra.

Challenger ganhou um pedaço de vidro que o garoto ensinou como ele deveria usar como suposta lente de aumento. É óbvio que não funcionava, mas o cientista gostou da brincadeira.

Roxton ganhou um punhado de gravetos e um pedacinho de corda, obviamente matéria prima para suas arapucas.

Marguerite foi presenteada com um saquinho cheio de pedrinhas coloridas que o garoto carinhosamente havia catado.

Malone recebeu uma das coisas que Thomy mais gostava. Sua colher favorita. É lógico que no dia seguinte ele a tomaria de volta.

Verônica ficou encantada ao receber uma folha com impressões das mãos e pés do garoto além de um monte de rabiscos coloridos.

A entrega dos presentes entre os adultos foi rápida. Mas antes encontraram pedras destinadas a cada um dos exploradores, mas sem remetente. Até Thomy ganhou a sua cujo formato lembrava um leão. Ninguém comentou, mas todos suspeitaram de alguém de cabelos escuros, olhos claros e hábitos misteriosos.

Marguerite ganhou de Malone e Verônica um cordão com uma pedra como pingente, enquanto Summerllee desenhou e Challenger chapeou um par de brincos.

Com exceção de Roxton a herdeira deu uma camisa para os homens da casa, feita em tecido rústico que conseguira com os amigos da aldeia zanga. Para Verônica fez uma lamparina de argila em substituição a que Thomy quebrara em um acesso de ciúmes.

Roxton e Verônica riram ao darem o mesmo presente um ao outro. Uma faca de caça. O caçador ainda deu a Challenger uma pequena estante com buracos para colocação de tubos de ensaio e para Malone uma sacola de couro para seus diários e ainda de couro, um porta-cachimbo para Arthur.

Summerllee deu flores desidratadas as duas emocionadas damas da casa. Para Marguerite uma margarida que mantinha consigo desde que sua Anna partira e para Verônica um lindo e raro edelweiss que ele possuía desde a adolescência. Para Challenger uma deliciosa garrafa de licor feito com frutas nativas de quem recebeu um novo estoque de fumo para o cachimbo.

Verônica deu a Challenger um de seus livros favoritos, devidamente reencadernado e com uma dedicatória, cujo conteúdo ele preferiu manter como um segredo entre os dois, pacto este selado com um delicado abraço.

Para Ned deu um retrato dele mesmo. Por dias ela acordara no meio da noite e sob a luz tênue do lampião desenhava o rapaz adormecido.

Malone colocou Thomy no chão, balançou-lhe os cabelos e falou.

"Vá com Roxton rapaz." – O garoto sorriu e correu para o caçador que ainda o virou de cabeça para baixo antes de acomodá-lo as gargalhadas em seu colo.

O jornalista pegou Verônica pela mão e a conduziu até o centro da sala. Ela o olhava intrigada e ele deu-lhe um sorriso.

"Não saia daí está bem?"

Foi até um canto e de um vão tirou uma pequena caixa de madeira. Depois retornou sob olhares curiosos dos amigos.

Parou em frente a moça segurando-lhe as mãos. Suava. Ela preocupou-se.

"Ned? Você está bem?"

"Não... Mas ficarei... Espero... Ok, vamos lá".– mantinha a caixa fechada. – "Sabe, eu pensei muito no que lhe dar neste natal, mas acho que acabei sendo egoísta e cultivando a esperança de que você pudesse me dar o melhor dos presentes.." – Todos olhavam sem entender.

Ned abriu a caixa. Levantou os olhos para Verônica que ficara estática, sem reação.

"Você aceita?".

Ela olhou-o, emocionada. Percebeu que ele mesmo havia, desajeitadamente, trançado os finos e simples cordões de couro conforme mandava a tradição.

Após uma pausa pegou um dos cordões e sem falar nada amarrou no pulso do rapaz.

Challenger cochichou no ouvido de Marguerite.

"Eles estão fazendo o que eu acho que estão fazendo?"

"Estão casando a moda zanga George. Eu acho."

Ned atou o outro cordão ao pulso da moça, e em seguida permaneceu segurando suas mãos. Nenhum dos dois conseguia desviar os olhos um do outro.

"Vamos lá Malone." – interrompeu Roxton – "Não enrole."

"Beije a moça." – Completou Summerlee.

Só então os dois riram encabulados para em seguida beijarem-se ao som das vivas dos amigos e das palminhas de um animado Thomy.


Após a maravilhosa ceia e Thomy ter ido dormir, Challenger e Summerlee saboreavam uma xícara de café com algumas gotas de conhaque.

"No que está pensando Arthur?"

"Provavelmente no mesmo que você." - respondeu o botânico com olhar nostálgico.

"Minha Jessie."

"Meus filhos e netos."

"Já imaginou Arthur? Uma Natal no platô. Roxton, Marguerite, Malone, Verônica, Thomy, eu, você, sua família, Jessie." - Challenger parecia imaginar a cena.

"Seria maravilhoso meu amigo. Quem sabe um dia."

"Um brinde a nossas famílias e a família que conquistamos aqui."

Arthur levantou a xícara.

"Feliz Natal George."


Sozinho na base da casa da árvore, Roxton contemplava o céu e respirava o ar puro enquanto saboreava um licor. Pensava no quanto sentiria falta dali se algum dia viessem a encontrar a saída do platô.

"Uma moeda pelos seus pensamentos Lorde Roxton."

Ele virou-se e não pode conter um suspiro ao ver Marguerite chegando, emoldurada pelo luar.

"Eu pensava senhorita Krux, que não me lembro de ter recebido nenhum presente seu."

"Que coincidência. Não me lembro de também ter recebido algum seu."

Os dois sorriram e Roxton mais uma vez admirou sua beleza ao luar.

"O que tem aí?" – perguntou ela.

"Licor... dos bons...".

"Oh sim...".

"Quer um pouco?".

"Eu?".

"Se beber, digo no que estava pensando."

"Tem certeza que não tem veneno?"

"Apenas vai deixá-la submissa aos meus caprichos a noite toda."

"O-ow!" – Riram - "Aceito o desafio, no máximo isso vai provocar uma dor de barriga."

Ele sorriu vendo-a sentar-se ao seu lado cuidadosamente. 'Como uma dama' pensou.

"Oh, esqueci a taça, volto em um instante!".

"Espera." - Roxton a segurou pelo braço, oferecendo sua taça. - "Não será preciso."

Marguerite fez uma careta divertida.

"Como não? Não tem medo de que assim eu possa vir, a saber, sobre seus segredos?" - Brincou.

"Acho que você já sabe o mais importante."

John começou a se a aproximar enquanto ela chegava divertidamente pra trás. Parou, recostando-se ao tronco.

Ele tirou algumas mechas de cabelo que atrapalhavam a visão do colo da herdeira, e a observou com olhar penetrante. Marguerite sentiu um arrepio na espinha.

Os dois olhares se cruzaram e havia um brilho astuto em cada um. John lentamente mergulhou o dedo indicador na taça e o colocou suavemente nos lábios da herdeira, que saboreou cada gota.

Ela pegou a taça e arremessou ao chão dizendo.

"Não quero beber o da taça."

Suavemente John Roxton foi puxado pela camisa bem passada para perto dela.

Beijaram-se com o ardor e a emoção da descoberta do que sentiam no momento.

"Feliz Natal Marguerite." – ela sorriu.

Já ia dizer mais alguma coisa quando ele a puxou pela cintura para mais perto de si e dando-lhe outro beijo, ainda mais profundo e apaixonado. Estavam deixando-se levar pelas sensações do momento, e não queriam parar.

"Quer que eu vá pegar o seu presente agora?" – perguntou ele.

"Quer que eu vá pegar o seu?"

"Pode esperar."

"Eu acho que este Natal vai ser o melhor de todos." - Sussurrou ela para logo ser tomada novamente nos braços do caçador.


Malone e Verônica ficaram um longo tempo sozinhos na varanda, abraçados na espreguiçadeira.

"Ele se divertiu muito hoje."

"Ficou completamente exausto com toda a agitação."

"E você? Está feliz?"

"Mais do que nunca." – Ele a olhou acariciando-lhe o rosto – "Nunca poderia imaginar que viria tão longe para ter minha própria família." – Abraçou a moça com ternura – "Vamos entrar?"

"Hum, hum."

Nos braços um do outro entraram no quarto, já antecipando o final de uma noite perfeita.

"Ned?" – Disse ela interrompendo o beijo.

"O que?"

"Olhe."

Malone virou-se.

"Eu não acredito."

De braços e pernas abertos, Thomy dormia bem no meio da cama.

"Ned." – Verônica ficou encabulada.

"Feche os olhos e fique quietinha ai." – ordenou o rapaz já fechando a porta.

Em pouco tempo ele retornou sorrindo. Pegou sua mão puxando a moça.

"Não abra os olhos...Ok, pode abrir."

Verônica riu ao ver no chão o pequeno corredor entre o berço e a parede ocupado por um acolchoado, um lençol e travesseiros.

"Acha que ai tem espaço suficiente pra nós dois?" – Perguntou chegando bem perto dele e enlaçando seu pescoço com os braços.

"Hm... Tenho certeza de que vai sobrar." – Respondeu com um ardente beijo já a levando para o chão.


Com a cama de casal todinha só para ele, mesmo dormindo, Thomy não conseguia parar de sorrir.

"Está feliz pequenino?" – perguntava em seu sonho, aquele enorme senhor de barbas brancas, gorro vermelho e um olhar bondoso.

"Tá." – falou o garoto adormecido.

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OBS: Papai Noel foi descrito como um velhinho de barbas brancas e bochechas rosadas num trenó puxado por oito renas em 1822 por Clement Clark Moore em um poema hoje conhecido como "Twas the Night Before Christmas", ou, em português, "A Noite antes do Natal". O símbolo de Santa Claus foi logo utilizado pela publicidade comercial. Em 1931, a Coca-Cola encomendou ao artista Habdon Sundblom a remodelação do Santa Claus de Nast para torná-lo ainda mais próximo. Sundblom se inspirou em um vendedor aposentado e assim nasceu o Papai Noel que a gente conhece.

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