Apesar da correria do dia a dia não pude deixar de iniciar uma nova viagem. Infelizmente não conseguirei atualizar com tanta frequência, mas prometo uma atualização semanal. Espero que gostem dessa nova empreitada Huddy.
Capítulo 01 – A resolução
"Amanhã quando você acordar vai faltar 40 dias para o seu aniversário".
"Isso é muito?". Rachel perguntou fazendo House rir.
"Bom... depende do ponto de vista. Para uma criança pode ser muito, para um adulto cheio de trabalho pode ser nada...".
A menina não parava de perguntar sobre seu aniversário. Ela faria quatro anos e Cuddy prometeu uma festa.
"Esses dias cabem na minha mão?".
House riu. "40 dias? Não Rachel, eu sinto muito!".
"Nunca chega o meu aniversário". A menina reclamou emburrada.
Cuddy, que ouvia a tudo da cozinha, ria sozinha.
"Ok filha, vamos dormir para amanhã faltar um dia a menos para a sua festa".
"Posso ter uma festa antes então? Porque demora muito...".
House riu. "A menina é inteligente".
"Não Rachel, você terá que esperar...". Cuddy respondeu.
"Droga!".
"Não fale assim Rachel, você não pode usar essas palavras dentro de casa".
"Desculpe".
"Vamos... mamãe vai ler alguma coisa pra você dormir".
"Tá bom. Tchau House!".
"Tchau pirata".
"Você não vai dar um beijo em House?". Cuddy perguntou. Ela estava estimulando a proximidade do namorado e da filha nos últimos meses. Já que House ficaria na vida dela, e ela assim esperava, ele também seria parte da vida de Rachel.
A garotinha abraçou House e o beijou na bochecha. House sempre se sentia desconfortável com isso e chegava a corar. Cuddy achava graça, mas nada comentava, ela tentava agir com naturalidade para normalizar a interação entre os dois.
Quando Rachel dormiu, Cuddy encontrou House na sala assistindo a televisão.
"House, precisamos conversar".
"Você vai terminar comigo?".
"Não". Ela respondeu surpresa.
"Ok, então pode dizer".
"Você pode desligar a televisão para prestar atenção em mim?".
Ele desligou a televisão e olhou pra ela.
"Eu visitei minha ginecologista hoje...". Cuddy começou.
"Ei não fui eu quem transmitiu Sífilis pra você".
Ela arregalou os olhos. "Você tem sífilis?".
"Claro que não!".
Ela balançou a cabeça, respirou fundo e continuou. "Então...".
"Não sei... tudo que começa com ginecologista não é bom".
"Você tem alguma DST, House?". Cuddy perguntou preocupada.
"Não Cuddy, eu estou limpo. Acho que você já teria notado se meu pênis apresentasse secreções suspeitas e verrugas...".
"Ok". Cuddy o cortou com cara de nojo.
"Mas aparentemente meu pênis é bem limpo e agradável, a julgar pela maneira como você...".
"Foco House!".
"E você?". House perguntou.
"Eu o que?".
"Você vai me dizer que descobriu alguma DST?".
"NÃO!". Ela praticamente gritou surpresa.
"Ótimo. Era isso?".
"Não!"
"Então o que é?".
"Deixe-me falar...".
"Ok". House fez mimica fingindo que passava um zíper na boca.
Cuddy respirou fundo. Seria tão fácil tocar nesse assunto se o namorado dela não fosse Gregory House. Ele sempre tinha que tumultuar cada pequena coisa?
"Eu e minha médica decidimos que eu vou parar de tomar anticoncepcionais".
"O quê?". House quase gritou.
"Shhhhh, Rachel está dormindo!".
"Mas você e sua médica decidem algo sobre nossa vida sem me consultar?".
"Calma House... Deixe-me explicar e depois você fala".
Ele respirou fundo e tentou manter-se quieto.
"Há anos faço uso de pílulas anticoncepcionais, é uma bomba hormonal diária em meu organismo, eu não quero mais isso. Quero algo mais natural".
"Como chá? Igual aos antigos faziam em 1800?".
Ela olhou feio pra ele.
"Ok, continue...".
"Existem alguns DIU com uma dosagem hormonal muito baixa, alguns até sem hormônios. Isso tem revolucionado os métodos anticoncepcionais. Isso não vai interromper o meu ciclo, meu corpo poderá se livrar de toda essa droga...".
"Posso expressar uma opinião?".
"Sim". Ela disse já imaginando que ele viria com gráficos e planilhas estatísticas.
"Você terá que monitorá-lo sempre".
"Sim, eu sei disso".
"Você sabe que pode haver efeitos colaterais".
"Sim, pouco prováveis. House, eu e minha médica ginecologista vamos avaliar. Ela acha que é o método ideal para mim, eu também acho".
"Ok, então essa conversa que estamos tendo é puramente informativa?".
"Não, você é meu parceiro, o meu namorado. Sua opinião é importante, mas o corpo é meu!".
"Ótimo. Já que deixamos tudo claro".
"House...".
"Cuddy, se você já se decidiu eu tenho pouco a fazer".
"Eu parei de tomar o anticoncepcional no último ciclo. Deveria recomeçar a tomar as pílulas hoje e não farei isso".
Ele franziu a testa.
"Ficarei limpa por um mês para então fazer exames hormonais e definir se realmente vamos optar por DIU".
"Então você quer dizer que não teremos sexo por um mês?".
"Claro que teremos sexo, e eu espero ter sexo hoje". Ela lhe deu um olhar malicioso.
"Tenho que dizer que essa conversa não é bom afrodisíaco".
"Preservativos".
"Oh, menos afrodisíacos ainda".
Ela sorriu. "Venha! Vamos para o quarto porque eu quero você".
"Você também está só me informando sobre esse fato?".
"House... Por favor não complique as coisas, eu estou com tesão!".
House se se esqueceu de tudo, nada mais importava. Ele teria sexo com a namorada e seu cérebro focou só nisso.
Eles subiram na cama juntos, trocaram beijos e abraços. Despiram-se, fizeram sexo oral um no outro e na hora H...
"House, eu não tenho preservativos".
"Ok, eu devo ter algum na minha carteira".
Cuddy arregalou os olhos. "Por que você tem preservativos na sua carteira?".
"São antigos, antes de nós namorarmos".
"E eles ainda estão bons?".
"Não é como se estragasse em uma semana, caso contrário os adolescentes estariam ferrados".
Ele levantou nu e com o pênis ereto. Cuddy adorava essa visão, ele sempre parecia tão poderoso e másculo.
"Tenho só um".
"Ok".
"Ok? Eu queria pelo menos dois rounds".
"Então vamos caprichar nesse".
Cuddy voltou a chupá-lo para garantir que ele estaria na rigidez máxima e então ela enrolou o preservativo nele.
"Pronto! Venha garanhão!".
House se posicionou entre as pernas dela e a penetrou.
Ela reagiu imediatamente e eles cavalgaram assim até a liberação de ambos. Depois House saiu, retirou o preservativo, o amarrou e o deixou em cima da cômoda.
"Isso é nojento House, leve para o banheiro".
"Nojento? Você já fez coisas inimagináveis com meu esperma".
"Nojento deixar isso em cima do móvel".
"Eu já descarto... Dê-me um segundo...". Mas ele pegou no sono.
Cuddy pegou o preservativo para ela mesma descartar e ficou olhando. O que ela não teria dado para ter uma carga do sêmen de House no passado quando estava buscando engravidar? Ela balançou a cabeça tentando tirar esse pensamento da mente, desprezou o preservativo usado através do vaso sanitário e voltou para dormir com ele.
No dia seguinte ele acordou excitado e começou a beijá-la.
"House, não podemos".
"Sim, nós podemos".
"Não temos outro preservativo".
"Mas temos o coito interrompido".
"Não isso não". Ela disse tentando empurrá-lo.
"Por quê?".
"Porque isso é falho, muito falho".
"Os antigos usavam esse método, era o único que tinham".
"E era um método tão eficaz que eles tinham milhões de filhos".
"Vamos! Eu tenho autocontrole, você melhor do que ninguém sabe disso".
"Você sabe que existe a possibilidade do liquido pré-ejaculatório conter esperma".
"Você vai quebrar o clima assim, fazendo palestras".
"Não é palestra, você sabe que 16,7% dos homens têm espermatozoides no liquido pré-ejaculatório. Em outro estudo mais recente foi constatado que 41% das amostras continham espermatozoides".
"Ok, você está realmente querendo quebrar o clima".
"Eu também queria sexo com você, mas sem preservativo...".
"Ok". Ele ia se levantando quando ela o puxou, afinal de contas, Cuddy também era uma mulher com grande apetite sexual e aquela conversa a havia excitado.
"Ok, você me promete que vai tirar seu pênis muito antes de gozar?".
"Claro". Ele respondeu sorrindo.
Eles começaram a se beijar e as coisas esquentaram rapidamente. Assim que House a penetrou ele disse: "Muito melhor assim, sentindo você".
Cuddy concordava, mas um mês... Um mês era algo que passaria rapidamente. Não?
E em pouco tempo ela chegou ao orgasmo, ele sentiu a vagina dela latejar com a liberação e sabia que não resistiria por mais tempo, então House retirou o pênis e ejaculou sobre a barriga dela.
"Hooooooooooo". Ele gozou com um gemido grave.
Segundos depois Cuddy recuperada olhou para sua barriga que brilhava com o liquido pegajoso do namorado.
"Se você não ejacula na minha vagina, você ejacula em outras partes do meu corpo...".
"Desde quando você tem nojo dos meus fluidos?".
"Eu não tenho, você sabe... É só uma observação". Ela o beijou e pra provar passou o dedo indicador no esperma dele e chupou o dedo.
"Meu Deus mulher! Você vai me matar assim!".
Ela sorriu maliciosa, mordeu o lábio e foi para o banho.
"Essa mulher ainda vai me matar". House falou consigo mesmo.
Nos dias seguintes eles revezavam entre uso de preservativos e coito interrompido, pois Cuddy tinha certeza de que não engravidaria assim. Se ela não foi capaz de engravidar nem quando queria...
"Você já... Você já passou por algum susto de gravidez?". Cuddy perguntou ao final de uma sessão de sexo que terminou com House gozando na coxa dela.
"Sim".
Ela ficou enciumada, sem saber ao certo a razão.
"Sim? E?".
"Oh, você realmente quer ir fundo nisso?".
"Como um homem sabe se não é estéril sem fazer um teste? E sem engravidar ninguém?". Cuddy queria tirar algo dele, House era péssimo para falar sobre o passado, então ela estava ficando experiente em estimulá-lo a falar sem que ele notasse.
"Oh baby, eu definitivamente não estou lançando jatos brancos e vazios. Minha espingarda está carregada".
"Como você sabe? Você já foi testado?". De repente ela ficou pálida. "Você já engravidou alguém?".
"Uma vez, em Hopkins".
"Você tem um filho?". Cuddy já estava em desespero.
"Não que eu saiba".
"O que aconteceu?".
"Eu a levei para uma clinica de aborto".
Cuddy tentou, mas não conseguiu disfarçar o choque.
"Cuddy... Nós éramos jovens, estávamos na faculdade. Não éramos namorados nem nada assim... Ela engravidou por um descuido de dois jovens bêbados".
"Ainda bem que eu não engravidei em Michigan". Ela disse um tanto desapontada.
"Com você seria diferente".
"Você diz isso agora".
"Não leve para o lado pessoal".
"Eu não estou". Ela mentiu. "E foi só isso? Mais algum caso de gravidez e aborto? Você lança suas sementes por aí?".
"Ei, eu era jovem e fiz uma bobagem. Você nunca fez nada parecido na sua juventude?".
"A coisa mais louca que fiz na minha juventude foi sexo sem proteção com você em Michigan. De resto, sempre fui chata e responsável". Por alguma razão aquela história de House havia mexido com ela.
House sentiu-se orgulhoso de ter sido a maior loucura de Cuddy jovem e controladora.
"Se eu soubesse que você não usava preservativos por aí...". Cuddy complementou.
"Ei, não jogue isso contra mim. Fui honesto com você aqui. No mais, nesse caso especifico, o preservativo estourou. E eu nunca tive uma DST sequer".
Cuddy ainda estava chocada com tudo aquilo, ela nada respondeu.
"Ei...". Ele a abraçou. "Podemos fazer muitas loucuras agora".
"Eu acho que já estamos fazendo. Se você aponta essa sua pistola carregada para mim todos os dias sem proteção".
Ele não pode deixar de rir. "Vem cá!". E a puxou.
"House não... Estamos atrasados".
"Eu só quero te abraçar um pouco mais".
Ela se deixou abraçar, mas sua mente ainda estava incomodada com toda a história que acabara de ouvir. Ela se sentiu uma boba ingênua e sempre tão controlada e reprimida.
"Quer dizer que Cuddy vai aderir ao DIU?".
"Se você falar isso pra ela será um homem morto!".
"Ok, eu sou seu amigo".
"E fofoqueiro também".
"Eu não sou fofoqueiro".
"Ok, você não é fofoqueiro, é que a sua boca coça quando você sabe de algum segredo".
"Vá se foder!".
House roubou as batatas fritas do prato de Wilson.
"Compre as suas próprias batatas fritas".
"As suas são melhores".
Wilson balançou a cabeça. "Como vocês estão fazendo sexo então?".
"Eu introduzo o meu pênis na vagina dela...".
"Oh não seja ridículo!".
"É verdade. É assim que funciona".
"Como vocês estão prevenindo a gravidez?".
"Cuddy não vai ficar grávida. Ela não ficou antes, agora é mais velha...".
"Vocês não estão fazendo nada para prevenir?".
"Sim. Preservativos, ou... eu retiro o grande Greg antes de jorrar leite...".
"Oh seu nojento!". Wilson falou com cara de nojo se levantando da mesa.
"Wilson, eu sei que você toma leite!".
Wilson correu de lá e House riu alto. Depois ele arregalou os olhos feliz, Wilson havia deixado o restante das batatas fritas para trás.
Naquela noite...
House fazia sexo oral nela. Cuddy estava quase chegando ao ápice, quando ele a penetrou. Eles entraram em uma corrida furiosa pelo prazer. Cuddy o empurrou de costas para a cama e o montava selvagem. Depois de alguns minutos, House notou que não teria controle sobre si mesmo se continuasse naquela posição, então ele a virou de costas para cama e a penetrou novamente. Eles cavalgavam intensamente.
"Oh House... Como você é grande! Você me enche completamente!".
House ficava descontrolado quando ela falava assim...
"House... Você se sente tão bem dentro de mim. Tão grande!".
E ele sentiu que chegaria muito rápido ao ápice.
"Não pare nunca, por favor!". Cuddy dizia, ela também estava tão perto.
House sentiu que estava perto demais, perigosamente perto, então ele fez o movimento para se retirar dela e Cuddy o prendeu com as pernas cruzadas ao redor da cintura dele. Foi demais e ele gozou, Ele gozou profundamente dentro dela. Cuddy foi junto...
Ao término eles ficaram assim por algum tempo até descerem da nuvem de excitação.
"House, você gozou dentro de mim?".
"Sim".
"Oh Deus!". Ela o empurrou e ia se levantando.
"A culpa foi sua".
"Minha?".
"Você com essa boca... Falando essas coisas...".
"Onde está o seu grande autocontrole?".
"Eu ia retirar o meu pau, mas você me prendeu com as suas pernas".
"E você é mais forte do que eu!".
"Não nessa hora...".
"E agora?". Ela disse indo para o banheiro.
"Não tenho como sugar meu sêmen de volta de suas entranhas".
Ela olhou séria para ele.
"Temos a pílula do dia seguinte...". House lembrou.
"Não! Eu não vou colocar uma bomba de hormônios no meu organismo. Eu estou tentando fazer exatamente o oposto".
"Então?".
"Entreguemos para o universo".
House franziu a testa. "É sério isso?".
"Foi sua ideia o coito interrompido. Foi você quem não conseguiu se controlar. Lide com as consequências!".
E ela entrou no banho. House ficou chocado. 'Ok, não há de ser nada. É Cuddy! Ela não podia engravidar e não pode agora. No mais, o corpo dela ainda está impregnado de hormônios, leva tempo para a mulher engravidar quando interrompe os anticoncepcionais'. Ele falou para si mesmo.
Cuddy tomou banho e sentiu o esperma de House descendo por suas coxas. Mas ela sabia do histórico de infertilidade, não haveria de ser nada, só uma lição para House. No mais, ela não era fértil como aquela garota de Hopkins, Cuddy não havia se esquecido dessa história.
Nas próximas semanas House usou preservativos sem reclamar. Na verdade ele comprou uma caixa com 48 deles.
"Esconda isso, não deixe Rachel ver".
"Ela não saberia o que é".
"Ela ia fazer perguntas e eu quero evitar falar sobre isso com uma garotinha de quatro anos".
"Teoricamente ela ainda não completou quatro anos. E ela só fala nisso. Nessa maldita festa de quatro anos. Por que você foi antecipar isso para uma menina?".
Cuddy riu. "Ela está ansiosa".
"Temos até um quadro cronológico na porta da geladeira".
Ela riu. "E você ajuda ela a atualizar...".
"Eu sou obrigado".
"Aham". Cuddy respondeu rindo, pois ele se fazia de durão, mas amava ajudar Rachel a desenhar naquele quadro.
"É sério! Eu vivo no meio de duas Cuddies autoritárias".
Isso era verdade, Rachel passou a se mostrar muito autoritária nos últimos meses.
"Você vai superar!". Cuddy falou e acariciou a barba do namorado, e logo deu um beijo.
"Se ela por acaso perceber os preservativos podemos falar que são bexigas para a festa".
Cuddy olhou pra ele com cara de choque.
"O quê?".
"Nunca mais fale isso".
"Por quê?".
Rachel continuava na contagem regressiva para a festa de aniversário e apareceu com a mesma pergunta de sempre.
"Mamãe! Falta muito para a festa?". Isso mudou a atenção de sua mãe, para sorte de House.
"Faltam alguns dias filha. Olhe na geladeira o cronograma".
"Oh Deus, não!". House falou.
"Então, como está indo a coisa toda do coito interrompido?".
"Depois quando eu faço comentários detalhados você não aguenta. Melhor você não saber". House respondeu.
"Você só não precisa falar detalhes nojentos".
"Ok, como eu não sei o que é nojento pra você, não falarei nada".
"Vocês continuam tendo sucesso no método?".
"Eu diria que 90% de sucesso".
Wilson arregalou os olhos. "Você quer dizer que já falhou em retirar a tempo?".
"Não foi minha culpa... Se você estivesse dentro de Cuddy com ela falando daquele jeito e molhada...".
"Ok... Melhor não termos mais essa conversa". Wilson disse.
"Você está ficando excitado?".
"Não!". Wilson respondeu tenso.
"Você está!".
"Cala a boca! É de você e de Cuddy que estamos falando".
"Então: quente!".
"Vá se foder!".
"Você é quem está precisando...". House gritou enquanto Wilson saia. "Você virou um celibatário".
Na manhã seguinte Cuddy acordou com muita dor de cabeça, enxaqueca mesmo.
"Tome um remédio".
"Não".
"Cuddy, pare com essa besteira de naturalismo, você é médica, lida com drogas... Quer dizer... Você lida só com papeis agora".
"Vá se foder!".
Ele riu.
"Precisamos de mais preservativos". Cuddy falou.
"Você zombou de mim quando cheguei com aquela caixa e usamos tudo em quinze dias".
Ela sorriu. "Nós somos bons assim".
"Sim!".
"Eu farei os exames ginecológicos hoje pra ir adiante com o DIU, mas até lá...".
"Ok, eu vou comprar outra caixa daquelas".
"Ok". Ela o beijou e saiu para o trabalho.
Naquele dia Cuddy coletou tubos e tubos de sangue para os exames padrões e alguns mais e também passou pelo ultrassom transvaginal e de abdômen, além do Papanicolau.
O problema é que nos dias seguintes Cuddy sentiu-se ainda pior. Ela não tinha disposição, muita dor de cabeça e dor generalizada pelo corpo. Um cansaço excessivo.
"Eu acho que estou com alguma virose". Ela falou para House. "Devo ter pego a virose de Rachel".
A menina esteve doente dias atrás.
"Fique você com a sua virose, não venha transmitir pra mim".
"Ok, não vou ter intimidades com você por alguns dias".
"Ok, tudo bem. Pode transmitir pra mim".
Ela sorriu. Mas não tinha desejo de ter relação sexual, de nada. Cuddy só queria ficar na cama. Mas ela se obrigava a ir trabalhar e a ter uma vida normal.
"House... Sobre o que falamos outro dia...".
"O quê?".
"Que você já engravidou uma garota antes".
"Sério mesmo Cuddy? Sério que você ainda está pensando nisso? Faz milhões de anos".
"Eu não posso evitar".
"Por quê?".
"Não sei".
"Cuddy, isso não significou nada pra mim".
"Então... Era um filho. Como não significou nada pra você?".
"Eu tinha vinte anos".
"Mesmo assim".
"Ok, você agora vai se doer pela garota? Ela ficou muito bem com isso, inclusive ela me agradeceu porque eu paguei por todo o procedimento".
"E como ela está hoje? Será que ela dorme em paz?".
"Cuddy, eu espero mesmo que você coloque o DIU logo porque essa oscilação hormonal não está te fazendo bem".
"Agora eu sou sensível?".
"Meio que sim...".
Ela se levantou da cama bruscamente. "Você acha que pode ter engravidado mais alguém?".
"Não".
"Oh, como você tem tanta certeza? Se você anda por aí com a 'pistola carregada'?". Ela perguntou com tom de voz jocoso.
"Porque eu me protejo, aquilo foi uma fatalidade".
"E Stacy? Você nunca a engravidou?".
"Não!".
"Tem certeza?".
"Oh claro que não, talvez Stacy crie o pequeno Greg no porão".
Cuddy jogou uma almofada nele. "Stacy nunca quis ser mãe?".
"Não! Ela ficou desesperada uma vez quando pensou estar grávida. Fiquei com medo que ela cortasse minhas bolas depois daquele susto".
"Então você teve mais sustos de gravidez?".
"Acontece...".
"Não, comigo nunca aconteceu!". E Cuddy saiu irritada.
House ficou olhando para a porta do banheiro que se fechou. Ele não estava entendendo nada.
Naquela manhã Cuddy recebeu uma ligação de sua ginecologista Patrícia.
"Lisa, estou com os seus exames aqui. Você pode dar uma passada rápida aqui? Agora?".
"Agora? Algo errado?".
"Nada errado".
"Ok, estarei aí em cinco minutos".
O coração de Cuddy acelerou, o que será que Patrícia havia encontrado? Ela pensou nas piores possibilidades. A sua estafa, cansaço e isso? Será que ela tinha um câncer? Cuddy não conseguia mais pensar em nada, ela correu para a sala da médica.
"Ok Patrícia, diga logo!".
"Cuddy, não há nada errado. Relaxe!".
Cuddy respirou fundo. "Então quando agendaremos a colocação do DIU?".
"Não agendaremos".
"Patrícia eu não quero ser tratada de maneira diferente só por conta de ser a reitora... Eu tenho que agendar os procedimentos como todos...".
"Não Lisa, você não está entendendo. Nós não podemos introduzir o DIU em você agora".
Cuddy arregalou os olhos. "Algo errado? Contraindicação?".
"Sim, há uma contraindicação".
"O quê?".
"Gravidez!".
Continua...
