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Capítulo 11 – Lady Gaga do asilo
"Ok mãe, preciso ir...". Cuddy disse quando notou que aquela conversa não levaria a nada.
"Você sempre precisa ir. Mas eu também estou ligando para dar uma notícia".
"Você vai se casar com Peter?".
"Não sei... Depende do câncer".
"O quê? Peter tem câncer?".
"Não. Eu tenho câncer".
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"Essa brincadeira não tem nenhuma graça...".
"Não é uma brincadeira". Arlene respondeu com tom de voz firme e tranquilo.
"Como você foi diagnosticada com câncer e eu não soube?...".
"Lisa, não existe só o seu hospital no mundo".
Cuddy ficou extremamente chocada com a noticia e também com o fato de sua mãe procurar outro hospital que não o dela.
"Onde é o câncer? Quando você foi diagnosticada?".
"Você não estava ocupada? Depois conversamos".
"Não mãe! Isso é mais importante do que tudo. Fale!".
"Intestino grosso e reto, desculpe se eu não quis que o seu oncologista espiasse dentro do meu...".
"Quando você soube?". Cuddy a interrompeu.
"A biopsia ficou pronta ontem, passei no médico no mesmo dia".
"E você não me disse nada sobe a suspeita?".
"Nem para sua irmã eu contei. Aliás, eu estou falando pra você antes de todos. Quer dizer... Eu falei com Peter antes".
"Você falou com o homem que conheceu ontem, mas não falou para a sua família?".
"Exatamente por essa reação eu não falei pra vocês. Julia será ainda pior. Mais dramática e cheia de lagrimas".
"Mãe, vá agora para o hospital, quero que você passe em um consulta com Wilson".
"Não é necessário, já tenho sessão de quimioterapia agendada para semana que vem".
"Mãe, eu faço questão de uma reavaliação e de que você faça a quimioterapia no meu hospital, se for o caso".
"Filha, você é teimosa, mas eu também sou. Eu gosto do Dr. Jon e vou seguir o tratamento com ele".
Cuddy estava frustrada e irritada. "Que Dr. Jon? Qual hospital?".
"Dr. Jonathan Greta do hospital Morristown".
Cuddy engoliu seco, tanto médico como o hospital eram muito renomeados no quesito de tratamentos Ontológicos. "Posso ao menos ver os seus exames?".
"Se você insiste... Eu mandarei as imagens pra você por e-mail, você sabe que agora eu sou uma mulher moderna". Arlene não parecia nenhum um pouco abalada ou preocupada.
"Obrigada por isso!". Cuddy falou sarcástica e muito ferida.
"Agora eu preciso ir, vou sair com Peter. Tchau!".
E ela desligou deixando Cuddy em estado de letargia.
Cuddy se atrasou para a primeira reunião do dia. "Desculpem tive um problema pessoal".
Todos olharam pra ela já imaginando que o problema se chamava Gregory House, claro. Mas Cuddy os ignorou. Sua cabeça estava muito longe.
Assim que a reunião terminou ela correu para falar com Wilson.
"Sinto muito!".
"Você conhece bem Dr. Greta?".
"Sim. Ele é excelente".
Cuddy respirou fundo. "Por que ela não quer vir pra cá?".
"Talvez pra não exigir que você misture vida privada com profissional...".
"Ela não é tão altruísta assim".
"Pode ser...".
"Ela ficou de me mandar os exames, você os avalia quando eu os tiver em mãos?".
"Você nem precisa me perguntar".
"Obrigada!".
Em seguida ela foi até a sala de Diagnóstico. "House eu preciso de você".
"Dessa vez eu não fiz nada errado".
"Eu sei, não é isso...". A voz de Cuddy estava um fiapo. Ela parecia preocupada e House assustou.
"Está tudo bem?".
"Comigo sim, mas não com a minha mãe".
O time todo estava curioso, mas House resolveu falar com ela em particular para a infelicidade dos ansiosos.
"Pegue suas coisas, vamos dar uma volta de moto". Cuddy ordenou.
"O quê?". Ele estranhou. Cuddy nunca queria andar de moto.
"Só uma volta, paramos em algum lugar pra almoçar. Eu preciso disso".
House arregalou os olhos surpreso, mas nada questionou. Pegou o capacete, jaqueta, bengala, chaves e saiu.
"Tem certeza?".
"Sim. Só vamos!".
E ela sentou na garupa da moto. House guiou com muito cuidado, deu o capacete para ela e teve certeza de que ela estava confortável. Depois de quinze minutos ele parou em um local deserto, com árvores ao redor, era um lugar bonito e tranquilo.
"Por que você parou?".
"Porque não vamos ficar andando o dia todo por aí. O que houve Cuddy?".
"Minha mãe".
"O que ela fez dessa vez?".
"Ela está com câncer".
Mais uma vez House se surpreendeu. "Oh...".
"Pois é". E Cuddy contou tudo para ele, todos os poucos detalhes que tinha e sobre sua insatisfação por sua mãe optar pelo tratamento em outro lugar. House não pode esconder o alivio, era realmente indicado que Arlene fizesse o tratamento longe da filha, já que a última experiência tinha sido pesada o bastante.
"Cuddy... Eu sinto muito por Arlene e pelo médico que precisou examiná-la".
Ela olhou com cara feia.
"Ok, desculpe por isso também, sei que é uma piada em uma péssima hora".
"House foco! Minha mãe está com câncer, não com uma gripe".
"Mas eu não acho ruim ela tratar em outro hospital. No mais, Morristown é referência Em Oncologia e Wilson nem é tão bom assim".
"House...".
"Cuddy, nós podemos avaliar os exames e, se percebermos que o tratamento ideal está errado, eu te ajudarei a virar o mundo ao contrário para trazer Arlene e tratá-la no seu hospital. Mas se notarmos que o tratamento prescrito está correto, eu também vou insistir em deixá-la se tratar lá. Eu até a acompanho durante as quimioterapias se você quiser". Ele disse essa última parte sem realmente ter tal intenção.
"Ok. Ok... Você está certo. Obrigada por estar aqui por mim e por me apoiar nisso".
House franziu a testa, ele não havia falado ou feito nada demais.
"Vai dar tudo certo. Aquela velha é durona demais pra um pequeno tumor abatê-la".
Cuddy riu pela primeira vez desde que recebeu a notícia.
"E você... Você precisa se cuidar. Você comeu alguma coisa hoje?".
"Só um pouco... Essa noticia me perturbou". Cuddy justificou.
"Pois vamos almoçar agora. Que tal aquele italiano perto do parque?".
"Alfredo? Sim! Por favor!".
Ele sorriu e foram até lá.
House conseguiu deixá-la muito mais calma. Ela comeu muito bem e voltaram para o hospital. Quando chegou ela recebeu o e-mail de Arlene e já puxou House para a sala.
"É... realmente é câncer. Não erraram nisso".
"Wilson, você pode vir?". Ela ligou para o Oncologista que chegou em poucos minutos.
Os três se debruçaram nos exames.
"Você não precisa de uma imagem maior? Do exame original?".
"Não Lisa, é bem nítido. Já houve metástase para o fígado, mas ainda muito pouca célula... O tratamento recomendado está certo: quimioterapia para reduzir o tumor e tentar destruir as células cancerígenas do fígado e depois, com ele menor, cirurgia no intestino para remover o que sobrou".
"Isso é estágio 4?". Cuddy perguntou apavorada.
"Eu diria que a metástase começou agora, há uma boa chance do tratamento funcionar".
"Wilson sou eu. Diga a verdade!".
"50%".
Cuddy se deixou jogar no sofá.
"50% é bom Cuddy". House tentou animá-la.
"50% não é o que eu esperava".
"Ela vai começar logo, Arlene é durona".
Então ela recebeu uma mensagem de Julia.
Você soube? Oh meu Deus! Faça alguma coisa Lisa. Cure mamãe!
Cuddy mostrou a mensagem para House.
"Oh sim, porque Lisa Cuddy sabe como curar câncer com um passe de mágica". Ele arrancou o telefone da mão dela.
"House!".
"Você já está tensa o suficiente, não deve se estressar mais com mensagens ridículas de sua irmã estúpida".
"Ela está abalada".
"Você também, mas nem por isso é estúpida".
"Eu sou médica. Ela não".
"Aposto que o jardineiro do hospital não pediria algo tão estúpido".
"Lisa, acho que Arlene está em boas mãos com o Dr. Greta, eu posso atendê-la, claro. Mas não faria nada diferente do que foi proposto".
Cuddy respirou fundo. "Obrigada Wilson. Agradeço sua opinião".
"Você devia ir pra casa hoje". Wilson sugeriu.
"Eu tenho muito que fazer aqui".
"Ela é teimosa". House disse frustrado.
"O que farei em casa? Ficarei pensando nisso o tempo todo. Aqui eu me distraio, já que não há nada a fazer agora".
E Cuddy começou a trabalhar. House ficou atento e a checava a cada hora.
"House, eu estou bem, não se preocupe". Ela respondeu ao telefone após a terceira vez que ele ligava.
"Vamos sair mais cedo? Eu posso fazer uma massa pra nós".
"Eu quero ir ver minha mãe hoje à noite".
"Realmente?".
"Sim, realmente".
"Ok".
"Você vai comigo?".
"Você quer que eu vá? Realmente?".
"Sim".
"Por quê?".
"Porque eu te quero ao meu lado. É tão ruim assim?".
"Com Arlene na mesma sala? Meio que é...".
"Nós vamos assim que sairmos daqui, eu já avisei Marina e ela ficará com Rachel".
"Eu tenho alguma escolha?".
"Não".
"Só pra esclarecer".
Às sete horas ela e House chegaram à casa de Arlene.
"Mais uma?". Arlene foi atender a porta reclamando. "Já não chega Julia que passou o dia chorando aqui no meu sofá".
"Lisa!". Julia correu para a irmã e a abraçou aos prantos.
"July, acalme-se!".
House queria sair correndo de lá. Ele odiava eventos familiares, quanto mais eventos familiares que envolvessem alguma emoção.
"Você veio bastardo!". Arlene falou pra ele.
"Não vou te abraçar, não importa o que você diga. E não vou tratar você diferente só porque você tem algumas células que se multiplicaram de maneira desordenada no seu organismo".
"Ótimo!". Ela respondeu aliviada. De fato, era muito bom que alguém a tratasse normalmente.
"Mamãe como você está?".
"Assim como eu estava ontem".
"Ela está assim Lisa, parece que não tem nada". Julia reclamou.
House sentou-se calado e só observava.
"Como você descobriu o câncer?".
"Essa história chata? Eu não quero falar nisso".
"Por favor!". Cuddy insistiu e Arlene tentou resumir o quanto pode, apesar das inúmeras perguntas cientificas de sua filha médica. House estava quase dormindo de tédio.
"Meu amor, o jantar está servido". Um homem careca apareceu.
House acordou de seu tédio.
"Esse é Peter". Arlene o apresentou.
"Sou o namorado dela". O homem careca falou e House segurou uma risada.
"Não, não temos títulos, só estamos... Ficando". Arlene esclareceu. House riu alto enquanto Cuddy estava chocada e Julia irritada.
"Muito prazer Peter, seja lá o que for de Arlene, você tem o meu respeito pela coragem...". House falou e o homem estendeu a mão sem entender.
"Tire essa mão, ele está zombando de mim". Arlene falou dando um tapa na mão do sujeito.
"Eu não! Estou sendo sincero".
O fato é que pelo resto da noite Julia chorou, Cuddy se preocupou e House foi ele mesmo. Arlene gostava mais e mais do genro à medida que a noite passava. Eles jantaram, menos Julia que só se debulhou em lágrimas, e depois se despediram.
"Mamãe, eu irei com você a sessão de quimioterapia". Cuddy explicou.
"Não você não vai". House disse.
"Não é radiação, eu posso ir".
"Não, não pode".
"Eu não consigo ir". Julia respondeu ainda chorosa. "Seria demais pra mim".
"Eu prefiro vê-la assim... Com lindos e belos cabelos, plena e feliz". Peter respondeu.
"Sim porque já basta um careca!". House falou irônico. "Aliás, se você for vão pensar que você já faz quimioterapia".
"House!". Cuddy chamou a atenção do namorado pela piada.
"Alguém tem que ir com mamãe". Julia comentou preocupada.
"O bastardo irá comigo". Arlene decidiu.
"O quê?". House perguntou surpreso. "A quem você está se referindo?".
"A você, claro. Quem mais seria?".
Ele riu alto, mas ninguém o acompanhou e todos o encaravam.
"Realmente?".
"Claro que sim".
"Mamãe, eu não acho que House...".
"Ele é o único são. O único que me trata normalmente, é minha escolha e ponto".
"Mas não é a minha escolha". House contestou.
"House... Por favor!". Cuddy disse.
"Sério?".
"SIM!". Todas responderam juntas.
"Acho que você é o homem escolhido". Peter complementou estendendo a taça de vinho para um brinde.
"É um absurdo eu ter que acompanhar a sua mãe na quimioterapia. O que iremos conversar por tanto tempo?".
"Você não quis me deixar ir".
"Mas não é só você que existe naquela família. Julia parece uma criança emocional. E o marido dela? Ele é oficialmente da família".
"Mamãe não suporta John".
"Pensei que ela o amava, vive falando nele".
"Pra me provocar. Pra te provocar".
"Ela me odeia também".
"Não, ela não te odeia".
"Revelações importantes hoje".
"House, por favor!". Ela fez uma cara com beicinho.
"Oh Deus! Isso não é justo".
"Uma vez. Se for muito terrível eu prometo que você não irá mais".
Ele bufou. "Uma vez".
"Eu te amo!". Ela pulou no pescoço dele.
"Eu não posso acreditar". Wilson o recebeu assim que ele entrou no hospital. "Além de curandeiro com poderes mágicos, também é o bondoso médico da família que segura a mão de velhinhas indefesas durante as sessões de quimioterapia".
"Vá se foder Wilson!".
"Oh alma bondosa, não fale assim".
House o ignorou e foi em direção ao elevador. Quando chegou a sua sala percebeu que Chase, Taub e Foreman riam. Ele bufou sabendo qual era a razão.
"Ao invés de rirem de bobagens, eu pensei que estariam fazendo coisas úteis como... Não sei... salvar vidas ou procurar novos sites pornograficos".
"House, eu quero expressar meu profundo respeito pela sua atitude". Masters disse e os rapazes riram ainda mais.
"Ok, vocês fizeram o exame de varredura?".
Eles não paravam de rir. Então House puxou a pasta que estava sobre a mesa e isso ocasionou a virada dos copos de café em cima de Chase e Taub.
"Exame de varredura?". Ele perguntou ignorando o fato de que café quente havia atingido seus dois funcionários que levantaram rapidamente da mesa.
Os dias passaram lentamente, House queria evitar pensar mas naquela manhã ele tinha um compromisso com Arlene.
House a buscou em casa. "O que é isso?".
"Isso o quê?".
"Esse cabelo".
"Oh, é meu novo cabelo. Eu quero estar preparada".
Era uma peruca vermelha.
"Mas os seus cabelos não cairão hoje, não sei se alguém te disse isso...".
"Mas eu quero que me conheçam assim desde hoje, ninguém verá Arlene ficando careca".
House balançou a cabeça em discordância, mas dirigiu. "Você parece a Lady Gaga do asilo".
"Dirija e cale-se!".
"Você não é normal...". Ele disse.
"Isso faz de nós dois".
"Você não vai a um passeio no parque. Quimioterapia não é isso".
"Eu não sou estúpida, eu sei disso".
"Ótimo".
"Bom".
Nesse momento Arlene pegou o telefone e ligou para alguém. "Alice, sim... Diga ao rabi que hoje não conseguirei estar lá, mas amanhã possivelmente".
"Não!". House argumentou.
"Só um minuto porque tem um homem chucro aqui do meu lado".
"Arlene, você não estará liberada para ficar passeando por aí nem hoje e nem amanhã. Você estará de repouso se recuperando da sessão de quimio...".
"Shhhhhh". Ela falou irritada. "Ninguém precisa saber disso". Então ela voltou para a ligação. "Alice, desculpe. Meu motorista me lembrou que amanhã tenho um evento, talvez eu não consiga estar lá".
House balançou a cabeça desaprovando as palavras dela.
"Mas diga ao rabi que estarei lá em pensamento".
Ele riu.
"Ok, até mais!".
"Você é idiota?".
"Você é alienada?".
Sorte que o hospital não ficava longe...
Eles chegaram, House odiava aquilo... Tiveram que ir até a recepção, fazer o cadastro, preencher formulários e depois foram encaminhados para o setor de quimioterapia. House quis saber exatamente quais substancias estavam presentes na dose que Arlene receberia, questionou tudo o que era possível e depois sentou-se ao lado da senhora.
"Satisfeito?".
"Eu estou fazendo o meu papel de médico aqui".
"Não te trouxe para ser meu médico, eu já tenho um".
"Então...".
"Você é minha companhia".
"Oh e que ótima companhia nós somos um para o outro". Ele zombou.
"Eu trouxe baralho".
"Você o quê?".
"Vamos jogar pôquer".
"Realmente?".
"Sim. Eu vou acabar com você".
Ele riu alto. "E o que vamos apostar?".
"Se eu ganhar você virá comigo na próxima sessão".
"Você gosta tanto de minha companhia assim?".
"Não, mas Lisa e Julia seria ainda pior".
"Não posso discordar disso".
"Ok. Se eu ganhar você virá na próxima sessão, se eu perder você está livre".
"Combinado!".
E começaram a partida de pôquer.
Eles estavam tão animados que as enfermeiras precisaram pedir para que se controlassem, pois lá era um hospital. Os outros pacientes ficaram interessados, era engraçado ver os dois jogando.
"Todos estão olhando pra nós, estamos fazendo sucesso na ala de quimioterapia". Arlene falou.
"Faríamos sucesso em toda parte, sobretudo na ala psiquiátrica".
Ela riu.
"Culpe o seu cabelo". House respondeu.
"Meu cabelo não tem nada a ver com isso, culpa do seu comportamento inapropriado".
"E por acaso fui eu quem gritou quando percebeu que tinha um Straight Flush".
"O que está em jogo?". Uma paciente perguntou.
"Caso eu ganhe ele terá que me acompanhar na próxima sessão de quimioterapia".
"Oh, eu estou torcendo pra você então".
"Ei! Eu tenho sentimentos". House falou fingindo estar ferido.
Arlene riu alto.
"Ele é seu filho?".
Agora foi a vez de House rir alto.
"Velho assim? Não!". Arlene respondeu irritada.
"Eu sou... nada dela".
"Ele namora minha filha. Na verdade, ele engravidou minha filha".
"Oh... Parabéns!".
House franziu a testa incomodado com aquela conversa.
"Mas ele não vai se casar com ela". Arlene pontuou.
"Oh Arlene, sempre tão profundamente ligada aos valores e padrões da família".
"Jogue e cale a boca!". A senhora ordenou.
De repente o telefone de House tocou.
"É Lisa. Tenho certeza". Arlene disse.
"Pode ser tanta coisa... Eu sou médico, se esqueceu?". Ele pegou o telefone e olhou no visor. "É Lisa!".
"Sabia".
"Oi".
"House... Como está indo? Mamãe?".
"Sua mãe ruiva está indo bem".
"Ruiva?".
"Spoiler!".
Cuddy não entendeu nada. "Como ela está reagindo ao tratamento".
"Bem... Como começou há uma hora e meia é difícil falar em efeitos colaterais, você deveria saber disso".
"Ela é minha mãe". Cuddy bufou.
"E por isso seu cérebro atrofia? Cuddy... Ela está bem. Arlene sendo Arlene, relaxe!".
"Diga a ela que ela está atrapalhando o nosso jogo". Arlene comentou.
"Jogo? Que jogo?". Cuddy perguntou sem entender.
"Estamos em um torneio de pôquer".
"Torneio de pôquer? Em plena quimioterapia?".
"Seria mais uma disputa acirrada entre dois jogadores".
"House!".
"Tchau Lisa!". Arlene gritou.
"Está tudo bem Cuddy, está indo tudo como esperado".
"Ok". Ela respondeu hesitante. "Me avise sobre qualquer coisa".
"Combinado. Tchau!".
O final do jogo coincidiu com o final da sessão. Arlene ganhou, mas... Há quem diga que House facilitou. Quem sabe? Talvez sim.
Continua...
