Respostas às Reviews do Capítulo Anterior:
Lilibeth: Ah, mas você está muito otimista... Agora acabou a parte hilária. Vamos ver se o amor deles sobrevive... Obrigada pelo incentivo, amiga!
Paula Lirio: É verdade, ele foi horrível com a Ginny. Eu não concordo com ele não, viu, Paulinha? Você É lindinha! Perfeição? Isso não existe. Sobre o tio Dumble, você saberá lendo este capítulo...
Youko Julia Yagami: Sabia que essa fórmula, reduzir o cara aos pedaços depois juntar os pedacinhos, é uma fórmula clássica da literatura de ficção? Mas eu sou daquelas autoras covardes... Eu gosto de angst, mas não gosto de torturar os personagens por muito tempo.
Baby Potter: Ah, isso você vai saber agora. Ou será que não? Sei lá, o Dumbledore é daquelas figuras míticas; eu acho que ele sempre sabe tudo, mas isso não significa que a gente saiba como ele irá agir.
Ainsley Haynes: Opa! Mas se você me estrangular eu não vou poder atualizar! Help!!!
CAPÍTULO 7
Volto aos meus aposentos. Encontro Harry em meu escritório, lendo em minha escrivaninha mais um daqueles livros de mistério de que ele gosta tanto. Já é tarde, e ele está com os olhos vermelhos. Eu me pergunto se estava mesmo lendo ou se apenas fingia que lia.
— Harry... Já é tarde, você deve estar cansado. Vamos para o quarto.
Ele larga o livro e me acompanha. Sento na cama e faço com que se sente a meu lado.
— Precisamos conversar.
Fitamo-nos por um longo instante. Os olhos dele estão mesmo vermelhos. Será que chorou? Nunca vi Harry Potter chorar, nem nos piores momentos de dor, física ou emocional. Respiro fundo, tentando ganhar coragem.
— Harry, eu sinto muito. Amanhã você irá embora, e eu terei de voltar a... procurar os Comensais da Morte. A guerra é cruel, impiedosa.
— Não...
Ele se agarra a mim, e enterra o rosto na curva do meu pescoço. É uma posição um tanto incômoda, nós dois sentados lado a lado na cama. Não sei mais o que dizer, como confortá-lo. Queria dizer-lhe que vamos nos encontrar de novo, que tudo será perfeito, que vamos ficar juntos para sempre, mas... não acredito em nada disso. Não tenho forças para acreditar. Tudo está contra nós.
— Sev, faça amor comigo.
— Harry, isso não é certo. Não sabemos se... vamos nos ver de novo.
— Por isso mesmo. Quero guardar comigo essa lembrança.
Sinto meus olhos ficarem úmidos. Não me lembro qual foi a última vez que chorei. Snivellus, eles me chamavam quando eu era pequeno. Depois que cresci, só chorei uma vez. Quando Albus resolveu me dar uma segunda chance.
Começo a tirar as roupas dele, lentamente, acariciando cada pedaço de pele que revelo, com as mãos, com os lábios, a língua, os dentes — de leve, com cuidado. Ele já está totalmente ereto. Lembro-me de que, afinal, ele tem dezessete anos. Tiro minhas próprias roupas — um processo excruciantemente lento, com todos os botões das minhas vestes! Quando, enfim, nenhum pedaço de pano cobre nossos corpos, eu vou até a cômoda e retiro, da gaveta de cima, um pequeno frasco. Segurando-o em uma das mãos, volto para junto de Harry e o tomo nos braços. Capturo seus lábios num longo beijo, comprimindo-o contra mim. É como se ele nunca estivesse suficientemente perto, sempre quero mais dele.
Afasto-me um pouco, abro o frasco, e espalho um pouco do lubrificante em meus dedos. Ele me olha com expressão ansiosa, talvez com medo.
— Você tem certeza de que é isso que quer?
Ele faz que sim com a cabeça. Eu preferia que ele falasse, mas não vou insistir, por enquanto. Tenho de me preparar para lhe fazer essa pergunta ainda várias vezes. Não pode haver nenhuma sombra de dúvida de que ele realmente quer fazer isso.
— Vire de bruços.
Ele obedece. Separo-lhe delicadamente as pernas e massageio-lhe externamente a região do períneo. Quando ele se acostuma com o contato, introduzo lentamente o dedo. Ele é tão estreito, apertado, quente... Meu membro vibra e eu quase me perco nas sensações até que noto que ele está tenso.
— Não vai doer. Essa poção lubrificante previne qualquer ferimento externo. Eu sei que no começo é meio estranha a sensação, mas logo você se acostuma. E pode parecer estranho, mas se, em vez de relaxar, você for ativo, for na direção do meu dedo, vai ser menos estranha a sensação.
Ele faz o que digo, e passa a mover os quadris. Introduzo o segundo dedo. De imediato, ele volta a ficar tenso. Movo-me com cuidado e me deito sobre ele, mordo-lhe os ombros. Ele se contorce, entregue aos meus carinhos.
— Isso. Assim mesmo — digo.
Flexiono meus dedos e ele estremece.
— Oh.
— Foi bom?
— Uau!
— Acha que agüenta outro dedo?
— Sim, por favor...
Oooh. Um arrepio percorre todo o meu corpo ao ouvi-lo dizer "por favor". O terceiro dedo se junta aos outros dois, e Harry o aceita bem. Passa a se mover ritmicamente contra eles. Flexiono-os novamente como havia feito da outra vez, e ele geme alto.
— Por favor...
Oh, Merlin. Tenho de perguntar a ele.
— Tem certeza, Harry? Me diga.
— Tenho. Por favor, Sev.
Abro-lhe mais as pernas e passo o lubrificante em meu membro, sem economizar. Posiciono, então, o membro junto à fenda estreita.
— Harry, apóie-se nos braços e venha na minha direção — murmurei. — Agora.
Foi a minha vez de gemer, e alto, ao senti-lo me envolver completamente em seu calor. Respirei fundo outra vez e fui penetrando aos poucos, fazendo pequenas paradas. Cada vez mais, Harry respondia vindo em minha direção e me deixando louco. Era como se ele quisesse que eu entrasse cada vez mais fundo.
— Calma. Vá devagar — eu lhe digo.
Faço amor com ele devagar, penetrando-o profundamente, e depois recuando. Nunca aumentando o ritmo. Sinto-o derreter sob mim. O ritmo nos envolve completamente e nos perdemos um no outro.
Seguro a mão dele com a minha.
— Severus — ele murmura, baixinho.
— Harry — digo-lhe, ao ouvido, mordendo-lhe o lóbulo da orelha.
Continuamos nos movendo juntos, em sincronia total, sem pressa de chegar ao clímax. É como se não apenas nossos corpos estivessem unidos, mas nossas almas também. Lentamente, o clímax vai desabrochando dentro de mim, e sinto que nele também. As ondas de prazer nos envolvem. Aperto sua mão com força enquanto gozamos juntos.
Depois, estamos abraçados no aconchego da cama, e ele me olha daquele jeito que me deixa arrepiado.
— Severus, eu...
Levo um dedo aos lábios dele, silenciando-o.
— Psiu. Não diga nada ainda. Você ainda não me conhece o suficiente. Amanhã, nós vamos nos separar. Ninguém sabe o que pode vir a acontecer depois. Tente não... você sabe... Você é muito jovem. Não deve se prender a ninguém.
Se ele soubesse o quanto me dói dizer isso.
— Mas...
Desta vez, silencio-o com beijos até que ele adormeça.
FIM DA SEGUNDA PARTE
A terceira parte é contada de um ponto de vista absoluto. A história está chegando ao fim: só mais duas atualizações para acabar. Próxima atualização... em breve!
