Respostas às Reviews de Capítulos Anteriores:

Karla Malfoy: Puxa, obrigada. Nem sei o que dizer! Você também é lindinha!

Marck Evans: Sempre vai ter algo de competitivo na relação entre Snape e Harry, não é? Talvez porque, nos livros, eles se odeiem. (Será que Snape odeia Harry realmente? Bem, depois que o menino foi fuçar lá na penseira dele, acho que sim... E no entanto, mesmo assim, na cena final entre os dois ele parece ter superado o ódio e, daquele jeito torto dele, está protegendo-o de novo.) Enfim, divagações... Ah, eu não inventei "Deus Slytherin do Sexo". Talvez tenha inventado a tradução. É um termo bastante usado no fandom de língua inglesa.

Paula Lirio: Vou sentir sua falta. Quando você voltar, eu já vou ter postado o final da história. As suas reviews são um dos maiores incentivos pra mim.

Baby Potter: Eu também fico vermelha quando escrevo certas coisas. A gente vai se soltando aos poucos. Primeiro, é importante ler autores de que você goste e que escrevam cenas de sexo do jeito que você gosta de ler. Depois você pode começar aos poucos, não precisa pegar pesado direto. Aos poucos você se acostuma. Mas vou te contar um segredo: em inglês eu uso palavras muito mais cruas do que em português, porque morro de vergonha de escrever certas palavras em português.

Dana Norram: Aha! Sabe por que você não viu antes? Porque, apesar de ser a primeira associada do Potter Slash Fics, você NÃO LÊ AS MENSAGENS DO GRUPO! Azar seu, porque a gente está se divertindo um monte. Apareça por lá qualquer hora e a gente troca figurinhas! Sobre a Ginny, foi o Snape, não fui eu!!! Eu nunca me referiria a uma garota nesses termos! Obrigada por ter me favoritado (!) e pelas palavras de carinho e estímulo.

TERCEIRA PARTE

CAPÍTULO 8

— Severus. — Lucius empinou o queixo, tentando fitar Snape de cima para baixo. Os dois tinham aproximadamente a mesma altura. — Finalmente! Duas semanas sem notícias! O que aconteceu?

— Dumbledore não me deu folga um só instante. Há muitas baixas de guerra e eles precisam de poções. Ele colocou um Auror especialista em Herbologia comigo noite e dia. Eu não tive como escapar senão agora.

— Severus, a situação é grave. O Lord das Trevas não recuperou a consciência desde o dia daquela batalha em Atropos. Eu estou mantendo isso em sigilo, mas não sei ainda por quanto tempo vou conseguir, se ele não recuperar logo a consciência.

Snape franziu a sobrancelha.

— Ele está inconsciente mas... seu espírito permanece preso ao corpo?

— Sei lá! Não sei nada dessas coisas. Você é que é especialista nessas bruxarias antigas. Não sei como funciona essa bruxaria que fez com que o Lord recuperasse um corpo físico.

— É realmente bastante complexo, Lucius. Deixe que eu cuido disso. Você já tem muitas responsabilidades com a parte política, não é? — Snape encarou o Comensal da Morte, que fez um gesto de impaciência. — Deixe-me vê-lo e avaliar o seu estado.

oOoOo

— Lucius, a única forma de ele se recuperar é refazermos o ritual que o ligou a este corpo. Senão ele ficará eternamente preso ao corpo, e talvez nunca recupere a consciência.

— Refazer o ritual? Mas para isso precisamos do sangue de Harry Potter!

oOoOo

— Severus! — Harry correu para abraçá-lo. Estavam no salão principal de Grimmauld Place. — O que está fazendo aqui?

— Harry, você confia em mim?

— Claro! Por que pergunta?

— Então venha comigo. Agora.

Snape segurava um pequeno escaravelho dourado — uma chave de portal. Com o outro braço, enlaçou Harry, e os dois desapareceram do salão de Grimmauld Place para aterrissar bem no meio de um... cemitério.

Em um piscar de olhos, Harry se viu amarrado por uma corda a uma pedra. De onde viera a corda? E onde estava Snape? Então baixou os olhos e viu uma cobra gigante deslizando pelo gramado, contornando a pedra onde ele estava amarrado.

Um pouco à sua direita, Wormtail empurrava um pesado caldeirão de pedra até o pé do túmulo. O caldeirão estava cheio de um líquido que parecia ser água e que se aquecia muito rápido. A superfície começou a borbulhar e a emitir faíscas agudas, como se estivesse em chamas. O vapor se concentrava, fazendo com que a silhueta de Wormtail cuidando do fogo ficasse borrada. Harry estava com uma terrível sensação de déja-vu. Desta vez, no entanto, não havia outros Comensais da Morte presentes. Apenas Wormtail e o corpo inconsciente de Voldemort.

Então Wormtail, reunindo todas as forças, ergueu o corpo inerte de Voldemort e lançou-o para dentro do caldeirão. A seguir, pronunciou as palavras:

— Osso do pai, dado sem saber, renove o filho!

A superfície do túmulo se abriu sob os pés de Harry, e ele viu um fio de poeira se erguer nos ares sob o comando de Wormtail e cair suavemente dentro do caldeirão. A superfície cor-de-diamante da água se abriu e sibilou, enviando faíscas em todas as direções, e adquiriu um tom azul vívido, venenoso.

Agora Wormtail se lamuriava. Retirou uma adaga de prata, comprida e fina, de dentro do manto. Sua voz saiu em soluços.

— Carne... do servo... d-dada... de bom grado... reanime... o seu amo.

Ele estendeu a mão esquerda — a mão de carne, não a de prata. Agarrou a adaga com firmeza na mão direita e golpeou para cima.

Harry escutou algo cair ao chão, ouviu o arfar angustiado de Wormtail, depois o ruído repugnante de algo caindo no caldeirão.

Harry não teve coragem de olhar, mas a poção se tornou vermelho-fogo; o brilho dela se refletia nas pálpebras fechadas de Harry.

Arquejando e gemendo em agonia, Wormtail se aproximou de Harry.

— San-sangue do inimigo... tirado à força... ressuscite seu inimigo.

Fazendo magia sem a varinha, Harry conseguiu paralisar Wormtail, mas, no exato instante em que conseguiu afrouxar as cordas que o imobilizavam, sentiu também a ponta de uma adaga penetrar em seu ombro por trás, e o sangue jorrou pela manga de suas vestes rasgadas. Braços fortes o seguraram por trás e um frasco de vidro foi seguro junto ao corte em seu ombro, recolhendo o sangue que jorrava. Atônito, Harry viu Snape dirigir-se com o frasco ao caldeirão, e despejar seu sangue lá dentro. O líquido se tornou branco de imediato, um branco ofuscante. O caldeirão fervia, emitindo faíscas cor-de-diamante em todas as direções, com um brilho tão ofuscante que tudo o mais se transformava em trevas aveludadas.

E então, de repente, as faíscas que emanavam do caldeirão se extinguiram. Uma onda de vapor branco se elevou, densa, do caldeirão, cobrindo tudo diante de Harry. Uma voz conhecida sussurrou-lhe ao ouvido:

— A chave de portal. Agora!

E o dono da voz lhe entregou o escaravelho dourado.

— Não! — gritou Harry. — Você... Seu traidor!

— Harry, faça o que estou lhe dizendo — sussurrou Snape, apertando-lhe a mão. — Você está perdendo sangue. Vá embora enquanto é tempo.

— Não! Eu vou ficar e lutar! E você não vai conseguir me impedir, traidor!

Em meio à neblina, Harry se desvencilhou de Snape e correu na direção do caldeirão. Nesse instante, um homem magro saiu de dentro do caldeirão, olhando para Harry... e Harry olhou para o rosto que assombrara seus pesadelos durante todos aqueles anos. Mais pálido do que um cadáver, com enormes, lívidos olhos escarlates e um nariz chato como o das cobras, com fendas no lugar de narinas.

Lord Voldemort ressuscitara.

TBC - Agora só falta um capítulo!