Sonho de Uma Noite de Verão

Nota: Todos os direitos sobre os personagens desta fanfic pertencem à J.K. Rowling, à Warner, às editoras espalhadas pelo mundo e a quem de direito. Não ganho nada escrevendo isto, muito menos dinheiro.

Capítulo 2 - Pirraça, o endiabrado.

Hogwarts. Aula do 6 ano de Poções. Pouco depois do almoço.

- Srta. Weasley, seria pedir muito, que prestasse atenção ao que está fazendo?!? - bradou o Professor Snape. Aquela era a quinta vez que ele, não muito gentilmente, lembrava-a que estava em sala de aula. Não que ela fosse uma má aluna, geralmente, seu desempenho era acima da média. Mas ultimamente, não conseguia concentrar-se em nada. Sempre que se descuidava, seus pensamentos voltavam para o Sonserino do 7 ano. Gostar dele já era um fardo pesado de se carregar, e sozinha era pior ainda. Seu irmão Rony e os amigos em geral, não aceitavam a paixão da menina. Não só os grifinórios eram terminantemente contra, Luna também não estava nada feliz.

- Weasley!!! Agora chega! Manipulando ingredientes tão perigosos e sem luvas?!? Detenção, esta noite! - Vociferou o professor e, lançando o seu olhar doentio, acrescentou: "E você acaba de perder 20 pontos para a sua casa, espero que esteja feliz agora!".

Miseravelmente, Gina tentou concentrar-se na poção que estava no quadro-negro, quando Snape voltou a dirigir-lhe a palavra: "Weasley, faça algo de útil, pegue um frasco de óleo essencial de acônito lapelo no armário do estoque". Rapidamente Gina dirigiu-se para o fundo da classe, e dentro do armário começou a procurar pelo frasco. Nesse instante, Pirraça entrou berrando e espalhando potes e vidros para todos os lados. Os alunos gritavam enquanto Snape tentava detê-lo, chamando o Barão Sangrento. Pirraça estava no teto, fazendo caretas para o professor, quando Snape, pelo canto dos olhos, percebeu que Gina estava quase derrubando um vidro.

- Weasley, pelas barbas de Merlin! Cuidado com esse líquido arroxeado! - A menina conseguiu segurá-lo com a ponta dos dedos, quase perto do chão. Na confusão, Snape esqueceu-se do fantasma e foi até o armário.

- Você sabe o que é este líquido, Srta. Weasley? É claro que não, trata-se de óleo essencial de amor-perfeito, sabe o que aconteceria se este vidro se espatifasse? - Gina, que não tinha nem idéia das propriedades da planta, negou com a cabeça.

- Uma só gota deste líquido em contato com a pele, e a pessoa se apaixona pela primeira criatura que vê. Tem noção das conseqüências que isso traria? - Perguntou o professor, e observando o olhar de cobiça de alguns de seus pupilos, completou: "O tiro pode sair pela culatra, se depois de entrar em contato com a poção, a pessoa olhar para um gato ou sapo, por exemplo." - As meninas fizeram caretas, mas Snape não estava satisfeito, e em tom de ameaça completou: "E a julgar pelo conhecimento de poções, dos meus alunos, eu sou o único que conhece o antídoto, e devo afirmar, que ele não está previsto para ser ensinado aqui em Hogwarts." - Concluiu com um sorriso cruel, que dizia muito mais que palavras, enquanto colocava o frasco na mais alta das prateleiras e fechava o armário.

Ninguém percebeu que Pirraça continuava na sala de aula, estranhamente quieto. Enquanto escondia-se da vista dos alunos e do professor, olhava fixamente para o armário de estoque, um olhar de pura maldade iluminava seu semblante.

Sala Comunal da Sonserina. Depois das aulas.

- O que será que ele quer me dizer! - Pansy Parkinson estava exultante, havia recebido um bilhete de Teodoro para encontrar-se com ele, na floresta proibida, à meia-noite. Segurava o bilhete com as duas mãos, e dava pequenos pulinhos de felicidade. Emília Bulstrode estava sentada em uma poltrona, com as pernas sobre uma mesa de canto e lia um livro.

- O que você acha? - Perguntou Pansy. Como não ouviu uma resposta, mas sim um grunhido, levantou os olhos do bilhete e olhou para a amiga.

- Emília, não dá para você me dar um pouquinho de atenção? - Queixou-se a menina, enquanto sentava-se na poltrona ao lado.

- Não, não dá! Você está muito chata... é Teo para cá, Teo para lá... Eu não te agüento mais! - E para dar um basta no assunto, deu as costas para a amiga e voltou a ler o livro.

- Tudo bem! Vou procurar a Gina, só ela me entende! - e saiu bufando.

- Isso mesmo, vá atormentar uma grifinória... - Respondeu Emília, e depois que Pansy já tinha saído, levantou-se e foi para o quarto, mas antes exclamou: "Pode sair de trás dessa cortina, Draco. A Pansy já foi. Acredito que você fará de tudo para tornar o encontro dos dois pombinhos um fiasco!" E foi para o quarto gargalhando como uma ensandecida, fazendo alguns alunos do primeiro ano, correrem para o lado oposto, tentando preservar suas preciosas vidas.

Biblioteca. Depois do Jantar

- Pansy, é tão romântico! Você tem tanta sorte! - Exclamou Gina, que olhava sonhadora para o bilhete nas mãos de Pansy.

- É, eu sei. O Teo é maravilhoso... - Notando o olhar cada vez mais triste da ruiva, Pansy perguntou:

- Será que não seria melhor você tentar gostar de outro rapaz? Quero dizer, o Draco é tão insensível...

- Eu sei, mas a gente não consegue escolher de quem vai gostar, não é? E depois, eu não sou tão bonita como você... - Pansy olhou para menina e respondeu:

- Você pode não ser uma beldade, mas até que é legal... Quer dizer, por ser uma grifinória... - Completou um tanto constrangida. Gina riu da colega e respondeu:

- Obrigada, Pansy. Sei que isso foi um elogio, à moda sonserina, mas certamente um elogio.

Gina olhou para o relógio e logo depois, o sorriso sumiu de sua face.

- Tenho que ir, detenção com Snape. - Reclamou a menina, enquanto recolhia o material para cumprir sua punição.

- Meus pêsames - Falou Pansy, enquanto olhava novamente para o bilhete em suas mãos.

- Você vê como é a vida? Você tem um encontro proibido e romântico; e eu tenho que padecer naquela masmorra...

- É... a vida não é justa... - Respondeu a menina, sem tirar os olhos do papel.

- Depois você me conta como foi, OK? - A única resposta que Gina teve foi um suspiro, que gerou um sentimento agradável, que a acompanhou até a porta da sala de poções. Porque, depois que o batente foi ultrapassado, só humilhação e ranger de dentes lhe serviu de companhia.

Nota2.: Obrigada pela força, Lilli-Evans! Espero que vc goste deste cap. Agora começa a ação... A noite está chegando...

Oi Dea Snape, tudo bem? É muito bom o livro original, não é? Toda vez que eu leio, fico com a impressão que o Demétrio poderia muito bem ser o Draco... Daí veio a idéia. Espero que vc goste deste cap.

Beijos p/ todo mundo!